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Figura 1. Destaque para as vertentes internas e externas observadas nas superfícies dentais.
Prof. Milton Edson Miranda, DDS, MS, PhD; Andréa Araújo de Vasconcellos, DDS, MS, PhD.
Os contatos prematuros são classificados como tipo “A”, “B” ou “C” (Figura 2).
a. Em contatos classificados como tipo “A” e tipo “C”, que desviam a mandíbula em
direção à linha média, observa-se que o contato prematuro ocorre entre a vertente
externa da cúspide de trabalho contra a vertente interna da cúspide de não trabalho.
Dessa forma, deve-se desgastar a vertente externa da cúspide de trabalho.
Contatos tipo “A”: deve-se desgastar a vertente externa da cúspide
vestibular inferior até que o contato migre para a ponta da cúspide e
oclua na fossa oponente (Figura 3).
Figura 3. Contatos do tipo “A”. As setas correspondem ao local para onde os contatos prematuros
deverão ser migrados.
Prof. Milton Edson Miranda, DDS, MS, PhD; Andréa Araújo de Vasconcellos, DDS, MS, PhD.
Contatos tipo “C”, deve-se desgastar a vertente externa da cúspide
palatina superior até que o contato migre para a ponta da cúspide e oclua
na fossa oponente (Figura 4).
Figura 4. Contatos do tipo “C”. As setas correspondem ao local para onde os contatos prematuros
deverão ser migrados.
b. Em contatos tipo “B”, que desviam a mandíbula em direção oposta à linha média,
observa-se contato prematuro entre as vertentes internas de duas cúspides de
trabalho. Assim, o desgaste deve ocorrer meio a meio, desgastando a vertente
interna da cúspide palatina superior e a vertente interna da cúspide vestibular
inferior até que o contato migre para a ponta da cúspide e oclua na fossa oponente.
Figura 5. Contatos do tipo “B”. As setas correspondem ao local para onde os contatos prematuros
deverão ser migrados.
Prof. Milton Edson Miranda, DDS, MS, PhD; Andréa Araújo de Vasconcellos, DDS, MS, PhD.
O objetivo desses desgastes em Relação Cêntrica consiste em migrar o contato
prematuro para a ponta da cúspide e deslocar a ponta da cúspide para ocluir na fossa
oponente, de forma a diminuir a tábua oclusal e direcionar a força no sentido axial do
dente. Entretanto, caso o contato tenha migrado para ponta da cúspide mas ainda haja
prematuridade, deve-se proceder da seguinte maneira: se nos movimentos excursivos a
cúspide desocluir, deve-se aprofundar a fossa. Entretanto, se há contato da cúspide em
cêntrica e nos movimentos excursivos, deve-se desgastar a ponta da cúspide. É
importante destacar que, uma vez estabelecida a oclusão em RC (MIC = RC), não se
deve desgastar mais as vertentes internas e/ou externas das cúspides de trabalho.
III. Protrusão
Por fim, realiza-se o ajuste oclusal durante o movimento protrusivo da
mandíbula. Assim, observa-se quais dentes anteriores estão envolvidos na guia anterior
e se existe a desoclusão de todos os dentes posteriores durante o movimento de
protrusão (Fenômeno de Christensen).
a. Quando há contato prematuro dos dentes posteriores, deve-se seguir a Regra de
BULL, desgastando-se sempre as cúspides de não trabalho (cúspide vestibular
superior e lingual inferior);
b. Se apenas um dente anterior mantiver contato durante o movimento protrusivo,
deve-se desgastar a concavidade palatina dos dentes anteriores superiores até
que os seis dentes tenham contato durante o início da protrusão e mantenham a
desoclusão dos dentes posteriores.
Prof. Milton Edson Miranda, DDS, MS, PhD; Andréa Araújo de Vasconcellos, DDS, MS, PhD.
Referências
1. Huffman RW, Regenos JW. Principles of occlusion laboratory and clinical teaching
manual: The Ohio State University. Columbus: H and R Press; 1977.
2. Bataglion C, Nunes LJ. Ajuste oclusal por desgaste seletivo: procedimentos
laboratoriais e clinicos. 1ª ed. São Paulo: Santos; 2009.
3. McHorris WH. Occlusal adjustment via selective cutting of natural teeth. Part II. Int
J Periodontics Restorative Dent. 1985b;5(6):8-29.
Prof. Milton Edson Miranda, DDS, MS, PhD; Andréa Araújo de Vasconcellos, DDS, MS, PhD.