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REABILITAÇÃO DENTAL PÓS ENDODONTIA 05/09

Clínica de endodontia
Reabilitação dental pós endodontia Linha de pensamento:

Dentes tratados endodonticamente: É possível reabilitar?


Os dentes tratados endodonticamente são Endodontia
estruturalmente diferente dos dentes vitais. As Tipo de reabilitação
principais mudanças físicas incluem alterações nas
características do tecido, perda de estrutura Raiz residual?
dentária e possivelmente ainda uma descoloração.
Assim, as alterações dos tecidos devem ser
analisadas em diferentes níveis, incluindo a
composição do dente, a microestrutura da dentina
e a macroestrutura do dente.

Resistência a fratura:
As principais alterações na biomecânica do dente
são atribuídas a perda de tecido após cáries,
fraturas ou preparo cavitário, incluindo a cavidade
de acesso antes da terapia endodôntica. Reabsorção radicular
O preparo endodôntico afeta aproximadamente 5%
da rigidez dentária.
A perda de cristãs marginais é o principal fator para
redução da rigidez.
Presença de tecido residual má região cervical
(férula) aumenta a resistência à fratura.

Objetivos das restaurações:


Restabelecer a saúde dental. Perda óssea
Restabelecer a saúde periodontal.
Restabelecer a função.
Restabelecer a fonética.
Restabelecer a estética.

Endodontia

Opções de reabilitação pós endodontia

O que importa é a quantidade de parede


remanescente
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Clínica de endodontia
Situação clínica Isolamento final

Remover tecido cariado


Raiz residual?
Aumento de coroa clínica?
Invasão do espaço biológico (estética)
Isolamento pata endodontia (utilizar os sentes
vizinhos).

Pontos a avaliar:
Dente com ausência de coroa
Condição pós endodontia

Isolamento absoluto
Restauração o mais rápido possível.
Importância do selamento duplo pós endodontia.

Erros na escolha
Consequência = Fratura
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Clínica de endodontia
Restaurações Em dentes posteriores = contra-indicada quando
mais de 1/3 do tecido de coroa foi perdido.
Tipos: Lesão de cárie sem envolvimento de estruturas de
Direta (adesivada) reforço do dente.
Indiretas (cimentada) Cavidades supragengivais.

Pontos a avaliar: Resina composta - etapas operatória


Quantidade de tecido dentinário remanescente.
Espaço oclusal e proximal. Técnica incremental da resina:
Possibilidade de restauração estética.
Raiz: curvatura, formato, largura e comprimento.
Necessidade de cirurgia periodontal (aumento de
coroa clínica?).
Condições financeiras do paciente.

Restaurações diretas

Causas:
Cárie
Fratura Resinas Bulkfill
Estética
Erosão/abrasão/abfração
Restauração insatisfatória
Proteção do remanescente

Resina composta

Quantidade mínima de estrutura dentária coronal


perdida após a terapia endodôntica - restauração
direta em resina composta.
RC = altamente estéticas, apresentam propriedades
mecânicas elevadas e podem reforçar a estrutura
dental remanescente através de mecanismos de
adesão.
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Resinas Bulkfill Enceramento diagnóstico

Guia de silicone - técnica de confecção:

Como reabilitar este caso?

Coroa de acetato:
Adaptação marginal.
Preencher com resina sem estratificação.
Encaixe no remanescente.
Polimerizar.
Geralmente feito em crianças.

Prints do vídeo = enceramento diagnóstico


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Dentes escurecidos Por que usar?
Utilizada em superfícies proximais, na presença de
Tonalidades até 3,5 ou A4: dente adjacente como suporte artificial temporário
Apenas a RC dentina de alta opacidade é suficiente para o material restaurador.
para mascarar o substrato escuro. Ex: RC dentina
da Z350 (3M) ou WD FORMA (ultradent). Onde que usar?
Cavidades proximais: classe II, III e IV de Black ou
Se o dente tiver tonalidades maior que A4: classe I composta. Ocasionalmente em classe V.
Apenas RC Dentina de alta opacidade não é
suficiente para mascarar o substrato escurecido. Objetivo:
1 = É necessário usar agentes opacificadores.
2 = Fazer término cervical subgengival. Permitir a inserção e condensação do material
restaurador.
Confinar o material ainda plástico dentro da
cavidade.
Permitir a reconstrução anatomofisiológica dos
dentes.
Possibilitar a restituição do contato interproximal.
Permitir a escultura.
Impedir o extravasamento de material para região
cervical.
Auxiliar no isolamento do dente preparado.

Adesivos

Função das cunhas:

Estabilizar a matriz.
Reestabelecer o contorno adequado da face
perdida (aproxima matriz do dente na região
cervical da face proximal).
O que é?
Impede extravasamento de material cervical.
Ajuda a retrair o dique de borracha e a papila.
Matriz = fita de material metálico ou plástico que
Separa os dentes adjacentes para compensar a
funciona co,o uma forma, onde será realizada a
espessura da tira-matriz.
restauração.
Porta matriz = dispositivo mecânico que segura a
matriz em posição e ajustando-se ao redor do
dente, permitindo que o contorno correto seja
obtido.
Cunha = peça de madeira ou plástico com secção
piramidal que pode ser inserido no espaço proximal
para estabilizar a matriz, exercendo pressão entre
os dentes.
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Indicações: Overlay:
Materiais = metal, cerâmica, resinoso.
Dentes com pouco remanescente dental Abrange todas as cúspides.
(envolvimento de cuspide de suporte). Se estende até o terço médio próximo ao terço
Dentes com tratamento endodôntico (pouco cervical.
remanescente coronário). Indicações = cáries grandes sem tratamento
Áreas de grande esforço mastigatório (prevenção endodôntico.
de fraturas dentais).
Pilares ou apoios de próteses.
Prevenção de fraturas.

Restaurações indiretas

Inlay:
Materiais = metal, cerâmica, resinosos.
Restauração indireta Intra-coronária.
Não envolve nenhuma cúspide.

Onlay:
Materiais = metal, cerâmica, resinosos.
Atinge pelo menos 1 cúspide (não todas).

Onlay em ouro:
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Restaurações indiretas Coroa metalo-plástica

Coroa total (metálica e cerâmica)


Preparo: dentes molares (nível gengival ou supra)
Dentes anteriores (nível gengival ou 0.5 subgengival
sem envolver espaço biológico).

Coroa total metálica


Dentes molares (estética).

Retentores intra-radiculares

Dissipação de cargas = transmissão de forças


recebidas pelo dente a partir do núcleo para pino.
Retenção e estabilização corono-radicular =
dentes cuja porção coronária foi destruída.
Reforço radicular para dentes com tratamento
endodôntico.
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Enceramento prévio Ajustes
Moldagem Continuação...
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Coroa finalizada

Ajustes proximais com papel carbono

Acabamento
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Aplicação de silano na coroa Cimentação e retirada de excessos

Condicionamento ácido no dente

Secagem

Tratamento do dente
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Clínica de endodontia
Caso clínico: 07/10 - Obturação

Paciente = JNC Obturação: com técnica de condensação lateral =


Sexo = Masculino cone R40 individualizado +AH Plus.
Idade = 43 anos Selamento: coltosol + CIV Riva foto.
HM = sem histórico de doenças Pós-operatório: sem sintomatologia.
HD = dente com rest. Grande que fraturou
"comendo costelinha" Obturação
Sinais e sintomas = ligeira sensibilidade ao teste frio,
sem dor espontânea
Exame radiográfico = ???
Diagnóstico clínico = ???
Plano de tratamento =???

RX um mês antes do trauma

18/10/19 - Instalação do pino de fibra de vidro

1) Qual o prognóstico? Vale a pena tratar? Desobturação de 19mm.


Vale, bom prognóstico. Pino individualizado com RC e cimentado com
Relyx U200.
2) Diagnóstico? Realização de munhão em RC.
Polpa viva. Preparo.
Instalação de coroa provisória.
3) Plano de tratamento?
Tratamento endodôntico com finalidade curativa.
Pulpectomia.

4) Alternativas reabilitadoras?
Pino intra-radicular + coroa total.
Digite
Prova do cone:
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Clínica de endodontia
Instalação do provisório

12/12/2019 - Instalação da coroa definitiva

Consultas anteriores: repreparo do pino +


moldagem + prova.
Instalação de coroa E-max maquiado com Relyx
U200.
BIOSSEGURANÇA EM ENDODONTIA 05/09

Clínica de endodontia
Biossegurança em endodontia EPI's obrigatórios:

Preocupação de contaminação no dia a dia: EPI's obrigatórios alunos:

Se não estiver bem, fique em casa. Pijama cirúrgico da universidade


Manter sempre distância segura. Sapatos fechados
Elevadores atenção a capacidade de pessoas. Touca descartável
Lavar sempre as mãos. Máscara n95 ou PFF2 sem válvula
Durante o atendimento, atenção, unhas, Óculos de proteção
vestimentas e adereços. Protetor facial (face shield)
Roupas ao chegar em casa. Avental descartável com mangas e punho
Cabelos presos
Sem acessórios (anéis, brincos, pulseiras ou unhas
compridas)

Organização do box:

Separar apenas material listado no seu


planejamento (deixar material que não será
utilizado de fácil acesso no armário ou embaixo da
pia).
Nem pacientes nem alunos devem utilizar
celulares durante o atendimento (solicitar modo
silencioso assim que o paciente chegar).
Utilizar apenas quando necessário a seringa
tríplice.
BIOSSEGURANÇA EM ENDODONTIA 05/09

Clínica de endodontia
Utilizar barreiras em todos os locais que pode-se 3. Régua de plástico não estéril
encostar as mãos: seringa tríplice, sugador, refletor,
canetas (sugestão = saquinhos de gelinho).
Cadeiras, canetas, alça dos carrinhos, gavetas e
armário. Utilizar sobre luvas.
O não cumprimento de todos os requisitos de
biossegurança desta, acarretará em perda de nota 4. Régua endodôntica
AP no dia.

Organização do material endodôntico

Organização do material endodôntico


Atenção:
Estado do material (examinar se usado no
laboratório).
Material é estéril ou precisa esterilizar?
Validade dos produtos.
Correto armazenamento e data de esterilização.

Limas
Caixa organizadora endodontia.

Composição da caixa de isolamento absoluto

Lixa de aço
Tesoura
Perfurador de Ainsworth
Pinça Palmer
Arco de N-Ostby
Taças de borracha para polimento
Grampos para isolamento
Fio dental
Lençol de borracha
Caneta hidrográfica com ponta fina
Barreira gengival
2. Tamborel de limas Não utilizar vaselina

Composição da caixa auxiliar

Lupa plástica
Gaze
Eucaliptol
Cimento de óxido de zinco e eugenol
Cimento de fosfato de zinco (pó e líquido)
Cimento provisório
Medicação intracanal (MIC)
Régua plástica flexível e transparente
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Colgaduras individuais Limpeza
Filmes radiograficos (embalados em filme PVC)
Isqueiro Imersão em detergente enzimático = na
Materiais para teste de vitalidade proporção/tempo/temperatura recomendados
Lamparina pelo fabricante (20 min).
Imersão em lavadora ultrassônica = na
Composição da caixa de obturação proporção/tempo/temperatura recomendados
pelo fabricante. Colocar primeiro os instrumentais
Placa de vidro despolido metálicos e numa nova imersão os materiais
Placa de vidro não despolido plásticos (seringas, pontas e etc). Não
Espátula n⁰ 24 flexível sobrecarregar.
Espátula n⁰ 24 rígida
Pinça tipo Perry (com marcador)
Calcadores de Paiva n⁰ 1, 2, 3 e 4
Espátula de inserção n⁰ 1
Cones de papel estéreis individualizados
Cimento endodôntico (pó e líquido)
Cones de guta-percha principal
Cones de guta-percha acessórios Processamento dos instrumentais limpeza
Espaçadores digitais manual
Lâmina de bisturi estéril
Cimento provisório (Cimpat, Cavit ou similar) Instrumentais, limas, brocas e espaçadores
Lavar cuidadosamente com água, sabão e escova.
Exames radiográficos Manter instrumentais e escovas imersos na
solução ou dentro da pia.
Cuidado no manuseio dos aparelhos de raio X. Não utilizar esponjas ou escovas abrasivas.
Após o uso o cilindro deve ser posicionado junto a
sua base com o cilindro voltado para cima. Seringas de irrigação e aspiração
Organizaçãoda bancada de revelação. Utilizar escovas compatíveis com o calibre das
Pós fixar o filme em copo coletor contendo fixador. seringas.
Não dobrar o avental de chumbo. Cânulas (???).
Imersão total na solução de detergente enzimático.
Processamento dos instrumentais Lavar abundantemente com água para retirar toda
a matéria orgânica do seu interior.

Processamento dos instrumentais pré-limpeza Stops de silicone


Pré-lavagem.
Pré-limpeza = utilizar água pata não deixar a Lavar com água e sabão.
matéria orgânica ressecar (pouco tempo). Secar e colocar no grau cirúrgico.
Pré-limpeza = detergente pré lavagem (instruções
do fabricante).
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Lavagem dos instrumentais enxágue e Agendamento
secagem
Levar o cronograma e datas das clínicas impresso.
Enxague = abundante (remover todo o detergente). Levar caneta.
Peças canuladas = correr água por dentro. Reagendamento = avisar ao professor quando
Pode fazer último enxágue com água deionizada, paciente irá retornar.
destilada ou de osmose reversa (prevenir manchas). Encaminhamento dos pacientes = deve ser
preenchida a folha de encaminhamento.
Secagem Não ir embora enquanto não dermos baixa a ficha
Não deixar os materiais secarem sozinhos do paciente no sistema.
(corrosão).
Não utilizar toalhas de pano. Finalização 1 hora a 30 minutos antes para:
Utilizar insumos descartáveis. Cadastro das atividades no dia na plataforma da
faculdade (se houver).
Inspeção visual Preenchimento da ficha clínica.
Se houver sujicidade = voltar para imersão em Preenchimento da ficha do aluno.
detergente enzimático.
Presença de sujicidades = maior risco de não serem
esterilizados e formar biofilme.

Embalagens dos instrumentais

Embalar todos os materiais em papel grau cirúrgico.


Colocar pouco material por envelope.
Selagem lisa e sem rugas (largura aproximadamente
de 1cm).
Não utilizar fita zebrada para fechar embalagens.
Todas as embalagens são de uso único.
Bandejas não perfuradas = colocar base/apoio
voltada para o plástico (vapor entra pelo papel).

Acidentes e perfurações

Importância do preenchimento completo da ficha


do paciente.
Comunicar o professor.
Preencher o caderno de ocorrência.
Ir juntamente com o paciente para o hospital
indicado pela UBS paraas primeiras medidas. Ex:
Hospital municipal de emergências Albert Sabin.

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