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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACVEST

CURSO DE ODONTOLOGIA

LUIZ FELIPE WELER DALAGNOL

UESLEI GRABRIEL CONRADO

COMPLICAÇÕES ASSOCIADOS A EXODONTIA DE TERCEIROS


MOLARES: REVISÃO DE LITERATURA

LAGES
2022
LUIZ FELIPE WELER DALAGNOL

UESLEI GABRIEL CONRADO

COMPLICAÇÕES ASSOCIADOS A EXODONTIA DE TERCEIROS


MOLARES: REVISÃO DE LITERATURA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao


Centro Universitário UNIFACVEST como parte
dos requisitos para a obtenção do grau de
bacharel em Odontologia.
Orientadora Profa. Mithellen Dayane de Oliveira
Lira.

LAGES
2022
LUIZ FELIPE WELER DALAGNOL

UESLEI GABRIEL CONRADO

COMPLICAÇÕES ASSOCIADOS A EXODONTIA DE TERCEIROS


MOLARES: REVISÃO DE LITERATURA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao


Centro Universitário UNIFACVEST como parte
dos requisitos para a obtenção do grau de
bacharel em Odontologia.
Orientadora Profa. Mithellen Dayane de Oliveira
Lira.

LAGES, SC ___ / ___ / 2022. Nota: ____ ________________________________

Mithellen Dayane de Oliveira Lira

________________________________

Coordenador do Curso de Odontologia Lessandro Machry

LAGES
2022
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................7
2 MATERIAIS E MÉTODOS....................................................................................9
3 REVISÃO DA LITERATURA...............................................................................10
3.1 Extrações dentárias.................................................................................................10
3.1.1 Acidentes.............................................................................................................10
3.1.2 Complicações.......................................................................................................10
3.2 Terceiros molares...................................................................................................10
3.2.1 Complicações.......................................................................................................10
3.2.2 Prevalência...........................................................................................................12
3.2.3 Interferência da posição dentária.........................................................................12
3.2.4 Acidentes.............................................................................................................13
3.3 Conduta do cirurgião-dentista................................................................................13
4 RESULTADOS .......................................................................................................14
5 DISCUSSÃO............................................................................................................15
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................16
7 REFERÊNCIAS.......................................................................................................17
APÊNDICES................................................................................................................18
7

1 INTRODUÇÃO

A cirurgia bucal inclui o domínio da cirurgia dentária e de todos os procedimentos


da cavidade bucal em pacientes em nível ambulatorial. Dentre estes procedimentos, a
extração dentária de terceiros molares são os mais comumente realizados pelo cirurgião-
dentista (SAILER, 2000).
A extração dentária é o procedimento cirúrgico mais antigo da Odontologia e até
hoje o mais realizado. Sua técnica requer maior conhecimento da anatomia topográfica e
descritiva, de técnicas anestésicas, da anamnese adequada, do preparo e planejamento pré-
operatório, do controle pós-operatório além dos princípios cirúrgicos (PRADO; SALIM,
2009).
As exodontias envolvem a combinação dos princípios da cirurgia, física e de
mecânica. E para que estes princípios sejam aplicados corretamente, o cirurgião-dentista não
necessita de força, mas de técnica, para que o dente possa ser removido do seu sítio de
origem sem maiores danos aos tecidos (HUPP et al., 2009).
Os grandes índices de cirurgia de extrações de terceiros molares geralmente
ocorrem para alívio da dor, prevenção da cárie e doença periodontal, para tratamentos
ortodônticos, cirurgia ortognática e prevenção de condições patológicas, tais como, cistos e
reabsorção radicular externa do segundo molar adjacente (SAILER, 2000).
Normalmente, a exodontia é um procedimento corriqueiro na clínica odontológica,
mas pode resultar em algumas complicações, incluindo, a dor, o trismo, o edema, o
sangramento e a alveolite, que são mais comumente observadas na prática clínica. Outras
complicações como fraturas dentoalveolares, injúrias periodontais, parestesia temporária ou
permanente, infecções abrangendo espaços faciais, fratura óssea da tuberosidade maxilar
e/ou mandibular, comunicações buco-sinusais, deslocamento de dentes para regiões
anatômicas nobres, entre outras. Outras complicações observadas na literatura são:
deiscência do retalho, fístula oro-antral, danos iatrogênicos no segundo molar adjacente.
Existem também complicações de maior gravidade, como infecções (CARDOSO et al.,
2008).
A comunicação buco-sinusal normalmente ocorre como consequência de uma
extração de dentes superiores posteriores, com deslocamento ou não do dente para o interior
do seio maxilar, pelo intimo contato com essa nobre estrutura anatômica. Já a celulite facial
é uma infecção odontogênica oriunda dos tecidos dentais e periodontais que se desenvolve
8

nos espaços aponeuróticos. Essa entidade patológica pode apresentar-se como tumefações
localizadas ou generalizadas (RODRIGUES, 2013).
Para evitar estas complicações, segundo Prado e Salim (2009), além dos princípios
básicos da técnica, o cirurgião-dentista deve estar apto a realizar a cirurgia, obter uma boa
visualização do campo operatório, fácil acesso, iluminação, proteger os tecidos além de
manter o campo estéril. Um bom planejamento cirúrgico mostra-se de grande importância,
sempre baseado no exame clínico e radiográfico do paciente, além da história médica. Com
o auxílio do exame radiográfico consegue-se prever as possíveis dificuldades e
complexidades do ato cirúrgico. Com esse conjunto de fatores, podem-se prevenir acidentes
transoperatórios e complicações pós-operatórias.
Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo investigar a prevalência das
complicações associadas a exodontia de terceiros molares na Odontologia.
9

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Este trabalho trata-se de uma revisão de literatura. A revisão literária consiste em


uma relação profunda do tema a ser abordado, buscando informações através de um
levantamento realizado em base de dados, com o objetivo de detectar o que existe descrito
sobre o tema (RAMPAZZO, 1998).

Foram utilizados para realização deste trabalho artigos e livros, entre os anos de 1998
e 2015. Como palavras chaves buscou-se pelas seguintes: Exodontia; terceiros molares e
cirurgião dentista.

Foram utilizados 30 artigos no decorrer da pesquisa. Em relação aos critérios de


colocação para a pesquisa, foram incluídos artigos nos idiomas de português e inglês,
disponíveis na íntegra sobre o tema em estudo. Ademais, foram excluídos os artigos quanto
a dualidade, indisponibilidade e o não atendimento aos propósitos desta pesquisa.
10

3 REVISÃO DA LITERATURA

3.1 Extrações dentárias

3.1.1 Acidentes

Os acidentes são intercorrências durante o ato cirúrgico, podendo acontecer do


começo ao fim das cirurgias, como nas incisões e ostectomias. Já as complicações são
ocorrências pós-operatórias, podendo advir desses acidentes, da falta de cuidados pós-
operatórios, da resposta sistêmica do paciente, bem como do desenvolvimento de infecções
e abscessos (ARAUJO, et al, 2011).

3.1.2 Complicações

De acordo com Bazarin e Oliveira (2018), complicação é definida como situações


que ocorrem após o término da cirurgia, enquanto acidente diz respeito a toda intercorrência
durante o procedimento cirúrgico.
Dentro das complicações, encontramos: hemorragia, alveolite, dor, edema, trismo,
lesão do nervo alveolar inferior, infecções, lesões dos dentes adjacentes, fratura óssea da
tuberosidade maxilar, fratura mandibular, comunicação buco sinusal, complicações
periodontais em dentes adjacentes, deslocamento de dentes para regiões anatômicas nobres
(CORDEIRO e SILVA, 2016).

3.2 Terceiros molares

3.2.1 Complicações

As complicações comuns após a extração dentária são aquelas que ocorrem em quase
todos os pacientes, sendo as mais frequentes, dor, edema e trismo, que apesar de transitórias,
geram desconforto e ansiedade para o paciente. Sangramento excessivo ou persistente e
alveolite também são bastante comuns após a extração do elemento dentário (PAULESINI
JUNIOR, 2008).
11

Estudos apontam que a dor persiste durante as primeiras 12 horas após o término do
efeito anestésico local. São empregados analgésicos e anti-inflamatórios para o controle da
dor pós-operatória. O edema após a extração dentária é considerado uma reação normal do
organismo pela vasoconstrição causada durante o ato cirúrgico. Em pacientes de pele clara e
de idade mais avançada, o edema pode apresentar-se de cor amarelada ou mais arroxeada. O
edema alcança sua expressão máxima até 48 horas após o procedimento e começa a regredir
no terceiro dia de pós-operatório (NOGUEIRA, 2006).
A complicação mais comumente relatada é o sangramento quando o assunto é
cirurgia, mas ele pode ser efetivamente diminuído com medidas locais, sendo a pressão com
gaze, a melhor para o controle do sangramento. Quando o sangramento for persistente,
suturas adicionais podem ser realizadas e também aplicado frio sobre a área (PAULESINI
JUNIOR, 2008).
Alveolite ocorre em 0,6% a 19% em cirurgias de remoção de terceiros molares. É
uma complicação local e dolorosa que ocorre a partir dos primeiros dias após a extração
dentária e se dá ao redor do sítio cirúrgico. Ocorre devido à desintegração do coágulo
alveolar. A dor que a alveolite causa, não cessa com analgésicos e pode também causar
halitose, com ou sem exposição de osso. Apresenta-se na forma de alveolite seca ou
purulenta. A seca ocorre devido à ausência de coágulo após a extração dentária, já a
purulenta, ocorre normalmente após a seca, devido a uma infecção no alvéolo (MEYER,
2011).
As complicações incomuns são aquelas que não ocorrem com tanta frequência, mas
da mesma forma que as comuns, são possíveis na prática clínica do cirurgião dentista.
Algumas destas complicações podem causar lesões graves aos tecidos, grande morbidade,
hospitalização, medicação e sequelas irreversíveis. Entre as mais descritas na literatura,
estão: fraturas de mandíbula, infecções de espaços faciais, lesão de nervos e deslocamento
de dentes (PAULESINI JUNIOR, 2008).
Fraturas de mandíbula ocorrem durante as extrações dentárias ocorrem quando a
resistência do tecido ósseo é menor do que a força aplicada pelo cirurgião dentista durante a
cirurgia. Normalmente está associada a um incorreto planejamento cirúrgico, técnica e
instrumental inadequado, e força inapropriada. Consideram-se fatores de risco para a fratura
mandibular: dentes impactados profundamente, lesões associadas a cistos ou tumores,
atrofia mandibular e infecções em nível de terceiro molar (RODRIGUES, 2013).
As infecções de espaços faciais fazem parte de quadros graves que, quando não
tratados a tempo e adequadamente, podem causar até o óbito do paciente. Estas infecções
12

podem disseminar-se para espaços cervicais, torácicos e órbita. Os fatores que são
considerados predisponentes para a infecção pós-operatória são, por exemplo, a experiência
e concentração do profissional, tempo de cirurgia, doenças debilitantes e pericoronarite. Para
prevenir infecções indesejáveis deve-se manter uma cadeia asséptica durante a cirurgia,
hemostasia, manusear corretamente os tecidos e irrigação constante do sítio cirúrgico
(PAULESINI JUNIOR, 2008).
Lesões aos nervos sensitivos ocorrem devido a sua proximidade aos tecidos moles,
colocando-os em risco durante cirurgias de extração dentária. Estas lesões causam na
maioria das vezes parestesia, que podem ser temporárias ou permanentes. Esta condição
normalmente traz desconforto e incomodo ao paciente, que relata ausências de sensibilidade
(LOPES; FREITAS, 2013).
Lesões ao nervo alveolar inferior têm como maior fator de risco as raízes dos
terceiros molares que se localizam muito próximas ao canal mandibular, e podem ocorrer
também por consequência de traumas diretos (incisão sobre o nervo), ou indiretos
(compressão devido a hematoma e edema). Deve ser feita uma avaliação radiográfica
minuciosa, com radiografias panorâmicas e até mesmo tomografias computadorizadas
(LOPES; FREITAS, 2013).
Deslocamentos dentários na maxila ocorrem para dentro do seio maxilar ou para a
fossa infratemporal, na maioria das vezes elementos dentários inteiros durante a extração,
mas podem ser pequenos fragmentos de raízes e coroas. Quando em elementos inferiores, os
deslocamentos podem ocorrer para o espaço submandibular, assoalho da boca e região
cervical (PAULESINI JUNIOR, 2008).

3.2.2 Interferência da posição dentária

Devido a extensa variabilidade e frequência de exodontia de terceiros molares, e a


posição dos mesmos (o que altera consideravelmente o grau de dificuldade) o risco de danos
é bem relevante, tornando-se imprescindível a qualquer cirurgião dentista possuir todos os
conhecimentos para poder realizar a cirurgia, e para evitar a ocorrência de complicações,
visando sempre a saúde do paciente que deposita toda a sua confiança no profissional em
que procurou para a realização do procedimento cirúrgico (PAULESINI JUNIOR, 2008).

3.2.3 Faixa etária


13

O aumento da idade do paciente e a remoção óssea aumentam os riscos, portanto,


uma revisão cuidadosa das indicações e necessidade de remoção do elemento dentário deve
ser considerada no pré-operatório e o procedimento deve ser realizado quando os benefícios
forem maiores que os potenciais riscos de acidentes e complicações (PARISE E TASSARA,
2016).

3.2.4 Acidentes

De acordo com Oliveira (2006) os acidentes mais comuns no pós-operatório de


exodontias de terceiros molares são as hemorragias, alveolites, dor, edema e trismo, injúria
ao Nervo Alveolar Inferior, infecções abrangendo espaços fasciais, injúrias em dentes
adjacentes, fratura óssea da tuberosidade maxilar e/ou da mandíbula, comunicações buco
sinusais, problemas periodontais em dentes adjacentes, deslocamento de dentes para regiões
anatômicas nobres. Este mesmo autor em um estudo sobre complicações no pós-operatório
observou no tocante ao tempo cirúrgico dos procedimentos que a incidência de acidentes e
complicações se relaciona com o tempo da cirurgia, visto que, dentre as exodontias
realizadas num período de até 60 minutos, obteve-se um índice de 9,6% de acidentes e
complicações, enquanto que, nas cirurgias com duração acima de 120 minutos, este índice
foi de 83,33%.
Para Oliveira (2006), as alveolites representaram 8,43% do total de acidentes e
complicações, que compreendem um quadro de natureza inflamatória, envolvendo as
porções ósseas mais superficiais do alvéolo dentário. Manifestam-se entre 48 a 72 horas pós-
cirurgia, com uma sintomatologia exacerbada de dor, halitose e periadenite cervical,
podendo alguns pacientes apresentar mal-estar geral e febre; a mucosa encontra-se
edemaciada, hiperêmica, e o alvéolo, com tecido ósseo exposto ou mesmo recoberto por um
coágulo sanguíneo em fase avançada de desorganização.

3.3 Conduta do cirurgião-dentista

É importante que o cirurgião dentista tenha conhecimento da condição dos pacientes,


que realize uma avaliação clínica rigorosa e uma boa integração com a equipe médica, e
realize uma análise rigorosa da condição do paciente e avaliação do seu estado geral de
saúde, associada ao conhecimento científico da patologia e suas particularidades, para que
com isso realize definição da terapêutica que melhor se adeque às necessidades clínicas
14

apresentadas. Isso requer do profissional de odontologia um pensamento crítico,


embasamento teórico e integração com a equipe médica (OLIVEIRA, 2006).

4 RESULTADOS

Foram encontrados 11 artigos que abordavam a complicações associados a exodontia


de terceiros molares. Através dos estudos, se mostra a importância do acompanhamento dos
pacientes, para que não ocorram complicações, e que venham a sair com resultados
satisfatórios e sem riscos à saúde.
15

5 DISCUSSÃO

O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão bibliográfica dos estudos realizados
acerca das complicações associados a exodontia de terceiros molares. Foram encontrados 11
artigos que abordavam o tema. Nesses estudos comprovou-se sobre os riscos relacionados a
exondontia de terceiros molares.
No estudo de Cardoso et al (2018), às complicações pós-operatórias, alguns autores
atribuem a estas um transoperatório complicado e prolongado. Outros consideram a técnica
cirúrgica e a experiência do operador como fatores determinantes. Também se acredita na
influência da idade e do sexo.
Na pesquisa do autor, observou-se que maiores taxas de alveolites estão diretamente
relacionadas a procedimentos mais extensos em que foi necessária a utilização da técnica III
com ostectomia e odontosseção para posterior exodontia do dente envolvido (OLIVEIRA,
et.al, 2006).
Meyer et al (2011), acreditam que a menor prevalência de alveolite encontrada nos
estudos mais recentes, pode estar relacionada à utilização de técnicas cirúrgicas menos
traumáticas, requisitos relacionados à biossegurança mais rígidos, cirurgiões mais
capacitados, bem como anamnese e instruções pós-operatórias mais detalhadas ao paciente.
16

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da revisão de literatura realizada neste trabalho, constatou-se a importância


do cuidado para evitar as complicações associados a exodontia de terceiros molares, não
causando a necessidade de nova cirurgia.
Dessa forma, sugere-se a realização de novos estudos acerca do tema em estudo, para
que consiga entender-se sobre as reais indicações e contraindicações desse procedimento
cirúrgico.
17

REFERÊNCIAS

ARAUJO, C.O; AGOSTINHO, C.N.L.F, MARINHO, L.M.R.F, RABELO, L.R.S,


BASTOS, E.G, SILVA, V.C. Incidência dos acidentes e complicações em cirurgia de
terceiros molares. Rev Odontol UNESP 2011; 40(6): 290- 295.

BAZARIN R, OLIVEIRA RV. Acidentes e complicações nas exodontias. Revista Uningá.


2018; v.1, n. 55, p. 32-39.

CARDOSO, Camila Lopes. RIBEIRO, Eduardo Dias; BERNINI Gabriel Fiorelli; FREITAS,
Daniel Salvatore de; FERREIRA JÚNIOR, Osny; SANT'ANA, Eduardo. Abscesso tardio
após exodontia de terceiros molares inferiores: relato de dois casos. Rev. Cir. Traumatol.
Buco-Maxilo-fac., Camaragibe, v.8, n.3, p.17-24, jul-set. 2008.

CORDEIRO, T.O; SILVA, J.L. Incidência de acidentes e complicações em cirurgias de


terceiros molares realizadas em uma clínica escola de cirurgia oral. Rev. Ciênc. Saúde, São
Luís, 2016.

LOPES, Gabriela Barros; FREITAS, João Batista de. Parestesia do nervo alveolar inferior
após exodontia de terceiros molares. Arquivo Brasileiro de Odontologia, Minas Gerais,
v.9, n.2, p.35-40, 2013.

MEYER, Augusto Cesar de Andrade. Prevalência de alveolite após exodontia de terceiros


molares impactados. RPG Rev Pós Grad, São Paulo, v.18, n.1, p.28-32, 2011.

NOGUEIRA, A. S. Orientações pós-operatórias em cirurgia bucal. J Bras Clin Odontol


Int, Edição Especial, p.1-6, 2006.

OLIVEIRA, Leandro Benetti de. Avaliação dos acidentes e complicações associados à


exodontia dos 3os molares. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac, Camaragibe, v.6, n.2,
p.51-56, abril-junho. 2006.

PAULESINI JUNIOR, Walter. Complicações associadas à cirurgia de terceiros molares:


revisão de literatura. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo, São
Paulo, v.20, n.2, p.181-185, maio-ago. 2008.

PARISE, G.K; TASSARA, L.F.R. Tratamento cirúrgico e medicamentoso das


comunicações buco-sinusais: Uma revisão da literatura. Rev Persp. 2016; 40(149):153-162.

RAMPAZZO, L. Metodologia científica: para alunos dos cursos de graduação e pós-


graduação. São Paulo: UNISAL, 1998.
18

RODRIGUES, Átila R. Fratura mandibular durante remoção do terceiro molar: fatores


de risco, medidas preventivas e métodos de tratamento. Rev Odontol Bras Central,
Uberlândia, v.22, n.63, p.124-127, 2013.

APÊNDICES

Figura 1. Fluxograma do estudo

Estudos encontrados = 29

PubMed n= 16
Fontes
Scielo n= 04
Biblioteca Virtual n= 09

Aplicação de critérios de
ilegibilidade

Artigos selecionados
n= 11

PubMed n = 03
Scielo n = 0
Fontes
Biblioteca Virtual n= 08
19

Estudo Estudo de Revisão não Revisão


transversal caso de sistemática sistemática
n= 03 controle n=
n = 01 N=
20

Tabela 1. Principais estudo encontrados a partir da busca literária sobre...

Autor/ ano/ local Nº de participantes Objetivo Resultados Conclusões


do estudo e desenho
do estudo
ARAUJO, C.O; et Foram realizadas O objetivo deste estudo O acidente mais prevalente A fratura radicular foi mais
al., 2011. 154 exodontias de foi analisar a incidência no transoperatório foi a prevalente no transoperatório e
Maranhão. terceiros molares de acidentes e fratura radicular (5,1%), o trismo, no pós-operatório. A
inferiores e/ou complicações nas seguida da fratura elaboração e a execução de um
superiores em 91 cirurgias de terceiros dentoalveolar (1,2%), e plano de tratamento adequado
pacientes. molares, relacionando- ocorreu em maior número são fatores fundamentais na
os com a técnica com as técnicas cirúrgicas IV redução da incidência de
cirúrgica, tempo de e VI. Em relação às acidentes e complicações.
cirurgia e trismo. complicações, o trismo
(15,5%) foi a complicação
mais prevalente após uma
semana de cirurgia e ocorreu
em maior número nas
cirurgias de zero a
30 minutos, com a técnica I,
seguido pela lesão de
comissura labial (9,0%).
BAZARIN R, Trata-se de uma Mostrar que acidentes e A exodontia é uma cirurgia O cirurgião dentista deve ter
OLIVEIRA RV. revisão bibliográfica, complicações podem na qual possui seu grau de conhecimento total do que está
Et al., 2018. onde foram ocorrer sim, mais pode- complexidade, mas pode-se se fazendo, para que em casos
Paraná. coletados dados se tentar evitá-las, tentar diminuir riscos de de complicações saiba como
sobre os acidentes e mostrar os cuidados que acidentes e complicações, proceder. Em casos de não
complicações, que devem-se ter e o que aprimorando uma boa conseguir evitar uma
21

podem acontecer pode acontecer. anamnese, um bom complicação como, fratura


durante ou pós uma planejamento, utilizando os mandibular, alveolite, trismo,
cirurgia de recursos que temos hoje de hematoma, hemorragia,
exodontia. grande qualidade para ser comunicação buco-sinusal,
bem planejado. parestesia, tem que se ter o
conhecimento para tratar e obter
sucesso em seu procedimento.
CARDOSO, Dois casos com Relatar dois casos No caso 1, foi diagnosticada a Pode-se concluir que as
Camila Lopes. Et evoluções atípicas clínicos com evoluções presença de um fragmento infecções odontogênicas são
al., 2008. São após exodontia de atípicas após exodontia ósseo expelido, incomuns após exodontias de
Paulo. terceiro molar de de terceiro molar e que correspondente à tábua óssea terceiros molares, porém podem
dois pacientes apresentara quadro de lingual e teve sua drenagem ocorrer e devem ser tratadas
jovens. abscesso tardio. intra-oral. Porém, no caso 2, com antibióticos de amplo
o abscesso se disseminou espectro e controle da evolução
envolvendo os espaços do quadro, pois, muitas vezes,
fasciais e foi necessária quando ocorre invasão dos
drenagem por via extra-oral. espaços fasciais primários e
secundários, o paciente
necessita de internação e
tratamento em ambiente
hospitalar.
CORDEIRO, Estudo Avaliar a incidência de Foram constatados 9 casos de O presente estudo permite
T.O; SILVA, J.L. observacional, acidentes e acidentes ocorridos durante o concluir que os cuidados pré,
2016. Brasil. retrospectivo com complicações ato cirúrgico. As fraturas de trans e pós-operatórios são
abordagem relacionados à instrumentais (2) e hematoma indispensáveis para evitar a
qualitativa exodontia de terceiros (3) fraturas radiculares (4). ocorrência de acidentes e
molares. Dentre estes acidentes o que complicações.
fora mais recorrente foram as
fraturas radiculares que são
os acidentes mais comuns
durante procedimentos
22

cirúrgicos de terceiros
molares por causa das
curvaturas proeminentes e
anatomia diversa.
LOPES, Gabriela Revisão de literatura Realizar uma revisão de A avaliação de exames A frequência da exodontia dos
Barros; literatura, buscando complementares de imagem – terceiros molares faz com que
FREITAS, João avaliar a relação entre a radiografia panorâmica e complicações pósoperatórias
Batista de. 2013. exodontia de terceiros tomografia computadorizada ocorram em maior número. A
Minas Gerais. molares e a ocorrência – é muito importante para parestesia do nervo alveolar
da parestesia do nervo conferir a posição anatômica inferior pode advir como
alveolar inferior. assumida pelo canal consequência da falta de
mandibular em relação aos planejamento cirúrgico, da
terceiros molares e não deve inabilidade técnica do
ser deixada de lado pelos profissional e do uso incorreto
profissionais. de instrumentos.
MEYER, A amostra foi Estudar a prevalência Na avaliação e quantificação Conclui-se que a prevalência de
Augusto Cesar de constituída por 131 de alveolite no pós- dos 131 pacientes, foram alveolite após exodontia de
Andrade. 2011. pacientes, de ambos operatório de pacientes extraídos 197 dentes, sendo terceiros molares não
São Paulo. os gêneros, sendo 53 submetidos à cirurgia 42 terceiros molares irrompidos, realizada com o uso
homens e 78 bucal para remoção de superiores e 145 terceiros de caneta de alta rotação para
mulheres, na faixa terceiros molares não molares inferiores. Do total osteotomias e odontossecção,
etária entre 16 e 40 irrompidos, com o uso de cirurgias realizadas, foram foi baixa. Assim, o emprego
anos. de alta rotação. diagnosticados apenas dois desses procedimentos cirúrgicos
casos de alveolite, ambos em contribui para a não ocorrência
terceiros molares inferiores, de alveolite pós-operatória.
representando uma
prevalência de 1,015% do
total de cirurgias.
NOGUEIRA, A. Pesquisa Apresentar e justificar As orientações pós- Assim, todo paciente, ao
S. 2006. Brasil. bibliográfica uma rotina de operatórias devem ser submeter-se a um atendimento
orientações pós- antecipadas e justificadas ao odontológico, por mais
23

operatórias aplicada aos paciente, assim como consagrado e rotineiro que seja,
pacientes submetidos à ressaltada a sua importância deve ter conhecimento dos
cirurgia bucal. para o sucesso cirúrgico. eventuais riscos envolvidos,
cabendo ao profissional
orientar-lhe adequadamente, não
lhe tirando a autonomia de
querer ou não realizar o
tratamento.
OLIVEIRA, Neste trabalho foram Avaliar a incidência de Como resultado, observamos O tempo cirúrgico e a
Leandro Benetti avaliados os acidentes e que o trismo foi a principal habilidade do profissional são
de. 2006. acidentes e complicações ocorridas complicação encontrada de fundamental importância
complicações no serviço de Cirurgia e 15,66% (13 pacientes), para um pósoperatório mais
ocorridos durante Traumatologia Buco- seguida da parestesia do confortável.
159 exodontias de Maxilo-Facial da nervo alveolar inferior com
terceiros molares Faculdade de trismo 8,43% (7 pacientes).
realizadas em 83 Odontologia de Com relação à posição
pacientes. Araraquara – UNESP. dentária, os dentes verticais
erupcionados apresentaram-se
em maior quantidade 27,67%
(44 dentes), sendo a técnica
III associada à ostectomia e
odontossecção utilizada na
maioria dos casos 37,73% (60
dentes).
PAULESINI Revisão Revisar as As complicações menos São muitas as complicações
JUNIOR, Walter. bibliográfica complicações frequentes como fraturas associadas à CRTM, que podem
2008. São Paulo. associadas à cirurgia mandibulares, infecção de gerar diferentes graus de
para remoção de espaços faciais, exigem morbidade. As complicações
terceiros molares, diagnóstico preciso e consideradas menores incluem
discutindo os eventos tratamento adequado, onde se dor, edema, trismo e na maioria
mais comumente justifica a atuação do das vezes evoluem
24

observados e cirurgião bucomaxilofacial. satisfatoriamente mesmo sem


complicações menos Em todos os casos os tratamento específico, no
comuns descritas na pacientes submetidos à entanto devem ser prevenidas e
literatura, assim como remoção de terceiros molares tratadas corretamente para
seus fatores devem ser orientados sobre os maior conforto pós-operatório,
predisponentes. riscos e possibilidades de tais diminuição da morbidade e dos
complicações. custos.
PARISE, G.K; Revisão Realizar uma revisão de As comunicações buco- Através desta revisão de
TASSARA, bibliográfica literatura, abordando as sinusais são complicações literatura, também é possível
L.F.R. 2016. principais formas de que podem ser evitadas pelo concluir que todas as técnicas
tratamento cirúrgico e cirurgião-dentista através de existentes são resolutivas, mas
medicamentoso das um planejamento e avaliação que cada uma possui suas
comunicações buco- detalhados do paciente e do indicações específicas,
sinusais, assim como procedimento a ser realizado. tornando-as mais eficientes para
definir o(s) os diferentes tamanhos de
procedimento(s) mais comunicação que possa ocorrer
adequado(s) a ser(em) entre o seio maxilar e a cavidade
realizado(s) diante oral.
dessas situações
RODRIGUES, Revisão Apresentar um caso Fatores de risco associadas as Fraturas mandibulares
Átila R. 2013. bibliográfica clinico de fratura fraturas mandibulares devem associadas à remoção do
Minas Gerais. mandibular durante a ser identificadas e terceiro molar é uma
exodontia do terceiro minimizados durante o complicação incomum, com
molar e também procedimento cirúrgico e o consequências graves e
discutir os riscos, cirurgião deve ter múltiplos fatores contribuem
medidas preventivas e conhecimento destes riscos, para essa ocorrência.
métodos de tratamentos estando preparado para
diagnosticar, tratar,
encaminhar o paciente caso
uma fratura indesejada
ocorra.
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