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CURSO DE ODONTOLOGIA
LAGES
2022
LUIZ FELIPE WELER DALAGNOL
LAGES
2022
LUIZ FELIPE WELER DALAGNOL
________________________________
LAGES
2022
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................7
2 MATERIAIS E MÉTODOS....................................................................................9
3 REVISÃO DA LITERATURA...............................................................................10
3.1 Extrações dentárias.................................................................................................10
3.1.1 Acidentes.............................................................................................................10
3.1.2 Complicações.......................................................................................................10
3.2 Terceiros molares...................................................................................................10
3.2.1 Complicações.......................................................................................................10
3.2.2 Prevalência...........................................................................................................12
3.2.3 Interferência da posição dentária.........................................................................12
3.2.4 Acidentes.............................................................................................................13
3.3 Conduta do cirurgião-dentista................................................................................13
4 RESULTADOS .......................................................................................................14
5 DISCUSSÃO............................................................................................................15
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................16
7 REFERÊNCIAS.......................................................................................................17
APÊNDICES................................................................................................................18
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1 INTRODUÇÃO
nos espaços aponeuróticos. Essa entidade patológica pode apresentar-se como tumefações
localizadas ou generalizadas (RODRIGUES, 2013).
Para evitar estas complicações, segundo Prado e Salim (2009), além dos princípios
básicos da técnica, o cirurgião-dentista deve estar apto a realizar a cirurgia, obter uma boa
visualização do campo operatório, fácil acesso, iluminação, proteger os tecidos além de
manter o campo estéril. Um bom planejamento cirúrgico mostra-se de grande importância,
sempre baseado no exame clínico e radiográfico do paciente, além da história médica. Com
o auxílio do exame radiográfico consegue-se prever as possíveis dificuldades e
complexidades do ato cirúrgico. Com esse conjunto de fatores, podem-se prevenir acidentes
transoperatórios e complicações pós-operatórias.
Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo investigar a prevalência das
complicações associadas a exodontia de terceiros molares na Odontologia.
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2 MATERIAIS E MÉTODOS
Foram utilizados para realização deste trabalho artigos e livros, entre os anos de 1998
e 2015. Como palavras chaves buscou-se pelas seguintes: Exodontia; terceiros molares e
cirurgião dentista.
3 REVISÃO DA LITERATURA
3.1.1 Acidentes
3.1.2 Complicações
3.2.1 Complicações
As complicações comuns após a extração dentária são aquelas que ocorrem em quase
todos os pacientes, sendo as mais frequentes, dor, edema e trismo, que apesar de transitórias,
geram desconforto e ansiedade para o paciente. Sangramento excessivo ou persistente e
alveolite também são bastante comuns após a extração do elemento dentário (PAULESINI
JUNIOR, 2008).
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Estudos apontam que a dor persiste durante as primeiras 12 horas após o término do
efeito anestésico local. São empregados analgésicos e anti-inflamatórios para o controle da
dor pós-operatória. O edema após a extração dentária é considerado uma reação normal do
organismo pela vasoconstrição causada durante o ato cirúrgico. Em pacientes de pele clara e
de idade mais avançada, o edema pode apresentar-se de cor amarelada ou mais arroxeada. O
edema alcança sua expressão máxima até 48 horas após o procedimento e começa a regredir
no terceiro dia de pós-operatório (NOGUEIRA, 2006).
A complicação mais comumente relatada é o sangramento quando o assunto é
cirurgia, mas ele pode ser efetivamente diminuído com medidas locais, sendo a pressão com
gaze, a melhor para o controle do sangramento. Quando o sangramento for persistente,
suturas adicionais podem ser realizadas e também aplicado frio sobre a área (PAULESINI
JUNIOR, 2008).
Alveolite ocorre em 0,6% a 19% em cirurgias de remoção de terceiros molares. É
uma complicação local e dolorosa que ocorre a partir dos primeiros dias após a extração
dentária e se dá ao redor do sítio cirúrgico. Ocorre devido à desintegração do coágulo
alveolar. A dor que a alveolite causa, não cessa com analgésicos e pode também causar
halitose, com ou sem exposição de osso. Apresenta-se na forma de alveolite seca ou
purulenta. A seca ocorre devido à ausência de coágulo após a extração dentária, já a
purulenta, ocorre normalmente após a seca, devido a uma infecção no alvéolo (MEYER,
2011).
As complicações incomuns são aquelas que não ocorrem com tanta frequência, mas
da mesma forma que as comuns, são possíveis na prática clínica do cirurgião dentista.
Algumas destas complicações podem causar lesões graves aos tecidos, grande morbidade,
hospitalização, medicação e sequelas irreversíveis. Entre as mais descritas na literatura,
estão: fraturas de mandíbula, infecções de espaços faciais, lesão de nervos e deslocamento
de dentes (PAULESINI JUNIOR, 2008).
Fraturas de mandíbula ocorrem durante as extrações dentárias ocorrem quando a
resistência do tecido ósseo é menor do que a força aplicada pelo cirurgião dentista durante a
cirurgia. Normalmente está associada a um incorreto planejamento cirúrgico, técnica e
instrumental inadequado, e força inapropriada. Consideram-se fatores de risco para a fratura
mandibular: dentes impactados profundamente, lesões associadas a cistos ou tumores,
atrofia mandibular e infecções em nível de terceiro molar (RODRIGUES, 2013).
As infecções de espaços faciais fazem parte de quadros graves que, quando não
tratados a tempo e adequadamente, podem causar até o óbito do paciente. Estas infecções
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podem disseminar-se para espaços cervicais, torácicos e órbita. Os fatores que são
considerados predisponentes para a infecção pós-operatória são, por exemplo, a experiência
e concentração do profissional, tempo de cirurgia, doenças debilitantes e pericoronarite. Para
prevenir infecções indesejáveis deve-se manter uma cadeia asséptica durante a cirurgia,
hemostasia, manusear corretamente os tecidos e irrigação constante do sítio cirúrgico
(PAULESINI JUNIOR, 2008).
Lesões aos nervos sensitivos ocorrem devido a sua proximidade aos tecidos moles,
colocando-os em risco durante cirurgias de extração dentária. Estas lesões causam na
maioria das vezes parestesia, que podem ser temporárias ou permanentes. Esta condição
normalmente traz desconforto e incomodo ao paciente, que relata ausências de sensibilidade
(LOPES; FREITAS, 2013).
Lesões ao nervo alveolar inferior têm como maior fator de risco as raízes dos
terceiros molares que se localizam muito próximas ao canal mandibular, e podem ocorrer
também por consequência de traumas diretos (incisão sobre o nervo), ou indiretos
(compressão devido a hematoma e edema). Deve ser feita uma avaliação radiográfica
minuciosa, com radiografias panorâmicas e até mesmo tomografias computadorizadas
(LOPES; FREITAS, 2013).
Deslocamentos dentários na maxila ocorrem para dentro do seio maxilar ou para a
fossa infratemporal, na maioria das vezes elementos dentários inteiros durante a extração,
mas podem ser pequenos fragmentos de raízes e coroas. Quando em elementos inferiores, os
deslocamentos podem ocorrer para o espaço submandibular, assoalho da boca e região
cervical (PAULESINI JUNIOR, 2008).
3.2.4 Acidentes
4 RESULTADOS
5 DISCUSSÃO
O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão bibliográfica dos estudos realizados
acerca das complicações associados a exodontia de terceiros molares. Foram encontrados 11
artigos que abordavam o tema. Nesses estudos comprovou-se sobre os riscos relacionados a
exondontia de terceiros molares.
No estudo de Cardoso et al (2018), às complicações pós-operatórias, alguns autores
atribuem a estas um transoperatório complicado e prolongado. Outros consideram a técnica
cirúrgica e a experiência do operador como fatores determinantes. Também se acredita na
influência da idade e do sexo.
Na pesquisa do autor, observou-se que maiores taxas de alveolites estão diretamente
relacionadas a procedimentos mais extensos em que foi necessária a utilização da técnica III
com ostectomia e odontosseção para posterior exodontia do dente envolvido (OLIVEIRA,
et.al, 2006).
Meyer et al (2011), acreditam que a menor prevalência de alveolite encontrada nos
estudos mais recentes, pode estar relacionada à utilização de técnicas cirúrgicas menos
traumáticas, requisitos relacionados à biossegurança mais rígidos, cirurgiões mais
capacitados, bem como anamnese e instruções pós-operatórias mais detalhadas ao paciente.
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CARDOSO, Camila Lopes. RIBEIRO, Eduardo Dias; BERNINI Gabriel Fiorelli; FREITAS,
Daniel Salvatore de; FERREIRA JÚNIOR, Osny; SANT'ANA, Eduardo. Abscesso tardio
após exodontia de terceiros molares inferiores: relato de dois casos. Rev. Cir. Traumatol.
Buco-Maxilo-fac., Camaragibe, v.8, n.3, p.17-24, jul-set. 2008.
LOPES, Gabriela Barros; FREITAS, João Batista de. Parestesia do nervo alveolar inferior
após exodontia de terceiros molares. Arquivo Brasileiro de Odontologia, Minas Gerais,
v.9, n.2, p.35-40, 2013.
APÊNDICES
Estudos encontrados = 29
PubMed n= 16
Fontes
Scielo n= 04
Biblioteca Virtual n= 09
Aplicação de critérios de
ilegibilidade
Artigos selecionados
n= 11
PubMed n = 03
Scielo n = 0
Fontes
Biblioteca Virtual n= 08
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cirúrgicos de terceiros
molares por causa das
curvaturas proeminentes e
anatomia diversa.
LOPES, Gabriela Revisão de literatura Realizar uma revisão de A avaliação de exames A frequência da exodontia dos
Barros; literatura, buscando complementares de imagem – terceiros molares faz com que
FREITAS, João avaliar a relação entre a radiografia panorâmica e complicações pósoperatórias
Batista de. 2013. exodontia de terceiros tomografia computadorizada ocorram em maior número. A
Minas Gerais. molares e a ocorrência – é muito importante para parestesia do nervo alveolar
da parestesia do nervo conferir a posição anatômica inferior pode advir como
alveolar inferior. assumida pelo canal consequência da falta de
mandibular em relação aos planejamento cirúrgico, da
terceiros molares e não deve inabilidade técnica do
ser deixada de lado pelos profissional e do uso incorreto
profissionais. de instrumentos.
MEYER, A amostra foi Estudar a prevalência Na avaliação e quantificação Conclui-se que a prevalência de
Augusto Cesar de constituída por 131 de alveolite no pós- dos 131 pacientes, foram alveolite após exodontia de
Andrade. 2011. pacientes, de ambos operatório de pacientes extraídos 197 dentes, sendo terceiros molares não
São Paulo. os gêneros, sendo 53 submetidos à cirurgia 42 terceiros molares irrompidos, realizada com o uso
homens e 78 bucal para remoção de superiores e 145 terceiros de caneta de alta rotação para
mulheres, na faixa terceiros molares não molares inferiores. Do total osteotomias e odontossecção,
etária entre 16 e 40 irrompidos, com o uso de cirurgias realizadas, foram foi baixa. Assim, o emprego
anos. de alta rotação. diagnosticados apenas dois desses procedimentos cirúrgicos
casos de alveolite, ambos em contribui para a não ocorrência
terceiros molares inferiores, de alveolite pós-operatória.
representando uma
prevalência de 1,015% do
total de cirurgias.
NOGUEIRA, A. Pesquisa Apresentar e justificar As orientações pós- Assim, todo paciente, ao
S. 2006. Brasil. bibliográfica uma rotina de operatórias devem ser submeter-se a um atendimento
orientações pós- antecipadas e justificadas ao odontológico, por mais
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operatórias aplicada aos paciente, assim como consagrado e rotineiro que seja,
pacientes submetidos à ressaltada a sua importância deve ter conhecimento dos
cirurgia bucal. para o sucesso cirúrgico. eventuais riscos envolvidos,
cabendo ao profissional
orientar-lhe adequadamente, não
lhe tirando a autonomia de
querer ou não realizar o
tratamento.
OLIVEIRA, Neste trabalho foram Avaliar a incidência de Como resultado, observamos O tempo cirúrgico e a
Leandro Benetti avaliados os acidentes e que o trismo foi a principal habilidade do profissional são
de. 2006. acidentes e complicações ocorridas complicação encontrada de fundamental importância
complicações no serviço de Cirurgia e 15,66% (13 pacientes), para um pósoperatório mais
ocorridos durante Traumatologia Buco- seguida da parestesia do confortável.
159 exodontias de Maxilo-Facial da nervo alveolar inferior com
terceiros molares Faculdade de trismo 8,43% (7 pacientes).
realizadas em 83 Odontologia de Com relação à posição
pacientes. Araraquara – UNESP. dentária, os dentes verticais
erupcionados apresentaram-se
em maior quantidade 27,67%
(44 dentes), sendo a técnica
III associada à ostectomia e
odontossecção utilizada na
maioria dos casos 37,73% (60
dentes).
PAULESINI Revisão Revisar as As complicações menos São muitas as complicações
JUNIOR, Walter. bibliográfica complicações frequentes como fraturas associadas à CRTM, que podem
2008. São Paulo. associadas à cirurgia mandibulares, infecção de gerar diferentes graus de
para remoção de espaços faciais, exigem morbidade. As complicações
terceiros molares, diagnóstico preciso e consideradas menores incluem
discutindo os eventos tratamento adequado, onde se dor, edema, trismo e na maioria
mais comumente justifica a atuação do das vezes evoluem
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