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PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL

ROTEIRO DE AULA

DELINEAMENTO

Passos clínicos e laboratoriais


1- Exame clínico
2- Exame radiográfico
3- Moldagem e confecção de modelos de estudo
4- Montagem dos modelos em articulador
5- Delineamento dos modelos (traçado do equador protético)

Finalidade: determinar a área ou áreas das superfícies dentais ou não dentais, que estarão
aptas a receber e acomodar a peça desempenhando suas funções sem alterar os tecidos
biológicos do paciente.

Delineador: Instrumento que determina paralelismo relativo de duas ou mais superfícies


dentais ou outras partes de um modelo de arcada dentária.

Equador Protético: Linha de maior contorno dental resultante, ou dependente, da inclinação


do modelo em relação à ponta analisadora do delineador.

Trajetória de inserção: É a trajetória que a prótese faz desde um ponto de contato inicial
com os dentes suportes até a posição terminal de repouso com os apoios assentados nos
nichos e a base em contato com o rebordo alveolar.
Os fatores determinantes da trajetória de inserção são: Planos guias, áreas retentivas,
ausência de interferência e estética.

OBJETIVOS

1- determinar a trajetória de inserção mais aceitável que eliminará ou reduzirá a um mínimo


a interferência na colocação e remoção da prótese;
2- Identificar as faces proximais dos dentes que são ou podem ser tornadas paralelas com a
finalidade de agir como plano guia de inserção da prótese;
3- Localizar e medir áreas de retenção nos dentes pilares (p,m e g);
4- Traçar o equador protético.

Professor Christianno Vinicius Semedo


Docente e vice-diretor executivo da AAPM da ETE Philadelpho Gouvêa Netto
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Seqüência para o delineamento

1- Posicionamento do modelo na mesa porta-modelos do delineador;


2- Determinar o plano oclusal: Localize três pontos não alinhados na superfície oclusal
ou incisal dos dentes remanescentes. (utilize uma placa de vidro como auxiliar);
3- Trave o modelo na mesa. Neste momento temos uma trajetória de inserção que é
perpendicular ao plano oclusal.
4- Análise dos fatores determinantes da trajetória de inserção (plano-guia, retenção,
interferências e estética)
5- Se os fatores determinantes foram satisfeitos, esta é a trajetória de inserção ideal.
6- Se os fatores determinantes não foram satisfeitos, destravar o modelo e alterar a
inclinação do modelo na mesa até satisfazê-los e então esta nova inclinação será
eleita, travamos o modelo na mesa e esta será a trajetória de inserção escolhida.
7- Localizar os planos-guia;
8- Localizar e quantificar retenção com os calibradores;
9- Se houver necessidade do registro da trajetória de inserção, cimente ou cole um pino
metálico;
10- Traçado do equador protético;

Feito o delineamento, fazemos o planejamento e desenho da estrutura e encaminhamos


ao cirurgião-dentista para aprovação e preparos de boca, tais como paralelizar as faces
proximais dos planos-guia, confecção de nichos e incremento de retenções.

MODELO DE TRABALHO
Após os preparos de boca, o cirurgião-dentista molda-la-á para obter o modelo de
trabalho. Vazar com gesso tipo IV, recortar e transferir as informações delineadas no
modelo de estudo para este modelo.
Neste momento vamos fazer o Desenho da estrutura com lápis cópia.

ALÍVIO
O alívio nos modelos desenhados consiste na colocação de cera fundida:
- Sobre o rebordo alveolar da área desdentada, ou seja, na região de fibromucosa onde
serão esculpidas as redes de retenção;
- Nas ameias e gengivas marginais por onde passarão os conectores menores;
- No palato ou assoalho de boca por onde passará o conector maior;
- As zonas retentivas são aliviadas a partir da linha de marcação da zona de ação global
retentiva para cervical, quando são indicados grampos de roach.
O objetivo do alívio é fazer com que a estrutura metálica não comprima a
fibromucosa, uma vez instalado o aparelho, e para isto uma fina camada é suficiente.
Quando não sc faz os alívios, a estrutura comprime as mucosas e o paciente apresenta
sintomatologia dolorosa, isquemia, atrito e até “tatuagem” da mucosa que muda de
aspecto e posição
É importante lembrar que as gengivas marginais, por serem muito sensíveis devem
ser mantidas distante do enceramento, geralmente de 3 a 4mm de distância.
Na vestibular de todos os dentes que não forem pilares, fazemos alívio com cera ou
massa de vidro de modo que o modelo fique expulsivo, facilitando a duplicação do
modelo em material refratário.
Professor Christianno Vinicius Semedo
Docente e vice-diretor executivo da AAPM da ETE Philadelpho Gouvêa Netto

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