- Estrutura dental (esmalte, dentina, polpa): São translúcidos. O esmalte não se forma mais,
a dentina aumenta de quantidade e a polpa diminui de volume, com isso, o dente fica com cor
mais saturada (mais amarelada). A cor depende da interação entre os três.
- Cor: não é uma propriedade do objeto, mas sim da luz que entra em nossos olhos a partir
dele. Depende da fonte de luz e área refletida. O objeto não tem cor, mas sim uma área que
reflete um comprimento de luz. Depende de conceitos: 1) Físicos: luz, comprimento, reflexão 2)
Psicofísicos: do nervo óptico ao cérebro 3) Psicológicos: interpretação. Cor é algo físico: tem
propriedade e área refletida. Estimula os olhos da pessoa e pelo nervo óptico leva o
comprimento ao cérebro, onde é interpretado. Enxergamos a faixa de 330 a 700 nm.
- Dimensões:
* Transparência: capacidade de o corpo deixar passar luz por ele de forma livre, sem
distorções (para ir e voltar). No dente não tem transparência e sim translucidez.
* Translucidez: passagem parcial da luz (uma parte passa e outra reflete); no dente é o
esmalte. Ex: borda incisal azulada, cinza ou não tem. Azul: a luz passa neutra e sai refletindo o
fundo da boca. Cinza: a luz passa, mas não muito. Ausente: não passa luz.
- Características ópticas: 1) Reflexão: luz chega e volta ao olho. Área plana/central do dente.
2) Dispersão: luz chega a superfícies curvas e sai para o lado, voltando menos luz. Cervical,
proximais e incisal do dente. 3) Refração: quando a luz bate no objeto, na parede e volta para
você. Nas irregularidades do dente, como sulcos. * A área plana (refletora) é a que determina o
tamanho do dente. Para deixar o dente mais comprido, as cristas marginais são levadas para o
centro, diminuindo a área plana. Para dar impressão de dente mais largo, as cristas marginais
são afastadas do centro do dente, aumentando a área plana. Isso se faz na técnica direta com
resina e indireta através da faceta feita pelo protético. Para ajuste, deve ser marcado com
grafite as arestas proximais do dente homólogo e transferido para o dente restaurado utilizando
um compasso com ponta seca, com isso uma nova área plana é definida.
- Translucidez incisal: depende do ângulo que se vê. No frontal não se vê (é o que manda) e
até chegar aos 45° se vê o halo azul (translucido).
- Opalescência: reflexão de luz em tom azul no bordo incisal. A luz refletida é azul e a
transmitida é laranja.
- Seleção de cor: o dente mais saturado é o canino, pois é o mais volumoso, sendo mais fácil
ver o matiz. Observa-se também o dente homólogo hígido: se no canino o matiz foi A3, neste
será A3 na cervical (mais saturado – satura um tom), A2 no terço médio e A1 no terço incisal
(abaixa um tom). Em seguida ver a borda incisal - se é translúcida para azul, cinza, rosa, etc;
borda do esmalte aprismático e desenhar; pegar resina e verificar: se a cor bater indica erro,
uma vez que, com isolamento, o dente está desidratado e fica mais claro. A resina deve ficar
mais escura que o dente, pois depois que o dente ficar hidratado novamente a cor
corresponderá. * Mapa cromático: para registro imediato e documentação para usos futuros.
Matiz: A / Croma: 2, 1... / Brilho: tirar foto, deixa preta e branca e vê brilho ou sem brilho.
- Grampos utilizados: 200 – 205: posteriores / 206 – 205: PM / W8A: dentes parcialmente
irrompidos ou cônicos / 26: molares, equador do dente bem marcado/ 212 retrator / 209: com
asa para PM/ 210 e 211: anteriores superiores. Isola-se só o hemiarco de trabalho e do outro
lado só estica, não fura. Isola-se um dente à distal e dois à mesial do dente em questão.
- Tipos de isolamento:
1) Relativo: tenta controlar a umidade, mas o tempo de trabalho deve ser menor pois há risco
de contaminação. A) Indicações: intervenções de curta duração, aplicação tópica de flúor e
selantes, restaurações provisórias, colagem de braquetes e bandas, impossibilidade do
isolamento, dente com coroa clínica ou pouco erupcionados, pacientes alérgico a borracha e
derivados, paciente com dificuldade respiratória e cimentação de peças protéticas adesivas. B)
Materiais: sugador e rolete de algodão ou pedaço de algodão enrolado na pinça. Em dente
superior coloca no fundo (p/ posterior) e em dente anterior coloca dois roletes (direita e
esquerda). Em dentes inferiores a realização é difícil, uma vez que a saliva se deposita no
assoalho, devendo colocar o rolete em toda área (V, L) e sugador. C) Controle da umidade do
sulco gengival: resinas bloqueadoras (borrachóides) – coloca sobre a gengiva marginal livre,
até 2mm acima, polimeriza, trabalha e tira no final – ou fios retratores (de algodão livre de
vasoconstritores), que apresentam o problema de não entrar no sulco quando molhados com
saliva e serem jogados para fora com o sangue, já que absorvem umidade, ressecam e não
param.
*Ex: Classe V- Como saber se usa fio ou grampo? Quando há pouca gengiva marginal livre, o
grampo não desce e há perigo de romper a junção epitelial, ocorrendo retração da gengiva.
Coloca-se instrumento rombo entre dente e gengiva e abre o sulco para ver o limite cervical da
restauração: se não vê 1mm além do limite cervical, não usa grampo e sim o fio retrator.
2) Absoluto: separa a porção coronária dos dentes dos tecidos moles da cavidade bucal
mediante o uso de dique de borracha preparado especialmente para este fim, sendo o único
meio de campo livre de umidade. A) Vantagens: promove retração e proteção dos tecidos
moles, melhor acesso e visibilidade, condições adequadas de inserção do material,
manutenção do campo limpo e seco, auxilia no controle da infecção, proteção para o CD,
auxiliar e paciente, redução do tempo de trabalho e respeito às propriedades dos materiais. B)
Materiais e instrumentais: dique (deve ficar invaginado no sulco), porta-dique, perfurador (5º
furo para grampo com asa – 200 a 205 – e 4º furo para grampo sem asa – 26, W8A), grampos,
godiva, lamparina, sugador, espelho, pinça porta-grampo, explorador, tesoura, fio dental
(verificação de pontos de contato, passagem do dique, amarrilhos ao redor do colo do dente e
enlaçar o grampo como medida de segurança), lubrificante (substancia hidrossolúvel – KY ou
anestésico – para facilitar o deslizamento do dique).
* Resina Bulk Fill: para classe 1; usada em incremento único. Há 2 tipos: bulk fill com mais
carga (mais consistente) e bulk fill flow (mais fluida -> enche a cavidade até uns 4mm de resina
flow e dps faz a escultura com 1mm de resina de esmalte), ambas fotopolimerizáveis.
- Técnica de colocação do dique: 1) Conjunto todo de uma vez: grampo + dique + arco ao
mesmo tempo – procedimentos prévios são compostos de profilaxia, teste dos contatos
proximais, remoção das arestas cortantes e lubrificação dos lábios na comissura. 2) Ingraham:
grampo + dique e depois o arco (para 2º e 3º molares superiores e 2º inferior). 3) Dique + arco
e depois grampo. 4) Grampo, depois dique e depois arco – mais comum e mais fácil. 5)
Grampo sem asa depois dique + arco.
- Proteção do complexo dentinopulpar: interação entre dois tecidos – polpa forma dentina e
dentina tem complexos citoplasmáticos que se comunicam com a polpa. Temos que preservar
a vitalidade pulpar (polpa reage à agressão com dor).
1) Dentina: 50% inorgânica (hidroxiapatita), 30% orgânica (colágeno) e 20% água, estas duas
ultimas são responsáveis pela resiliência. A penetração do adesivo nas fibras colágenas
promove retenção. Quando é feito o condicionamento ácido e a smear layer é removida, a
polpa fica aberta e entende como agressão, mandando fluidos que irão se difundir. É
constituída por odontoblastos, fibras colágenas (que colapsam quando seca demais, sumindo
com o espaço que a resina fluida entraria – a retenção na dentina é por embricamento da
resina fluida nas fibras colágenas), arcabouço e sais de cálcio e fosfato. A resina sela os
túbulos dentinários e a polpa para de atender como agressão, parando a dor, o que é forma de
proteção pulpar. Hoje não se usa mais Dycal, CIV, etc, mas sim sistema adesivo em cavidades
médias, profundas e rasas. O forramento é feito somente em casos específicos: cavidades
profundas onde limpou tudo e vê a polpa por baixo (não se sabe se houve microexposição),
podendo colocar Dycal ou CIV somente neste local. Classificação: primária (dente recém-
irrompido), secundária (aposição fisiológica) e terciária (reparadora – após estimulo de baixa
intensidade e longa data – pode ser marrom, amarela; lisa, brilha, textura de vidro). Região
dentinária exposta: o numero e diâmetro de túbulos dentinários varia.
- Causas de injurias ao CDP: 1) Cárie dental: desmineraliza a estrutura dental, chega à polpa,
agride, causa necrose e dá sensibilidade dolorosa. Deve-se tirar toda a dentina cariada. 2)
Preparo cavitário: o instrumento rotatório deve ter qualidade e adequada refrigeração. Usa-se
fresa esférica laminada, pois corta dentina cariada e joga para cima, evitando o aquecimento
do dente com movimentos intermitentes (até 42° a agressão pulpar é muito severa e irrigação é
importante). Em cáries profundas usa-se primeiro instrumento rotatório, depois manual com
força de aplicação e depois com movimento único remove-se a cárie em sentido à lateral e não
axial. Ponta diamantada não deve ser utilizada, pois entre as partículas de diamante há
espaço onde a gordura do tecido vai entrar (só abre cavidade), além disso, se usa muito a
diamantada, perde-se gradualmente as partículas de diamante e passa a só lixar, liberando
muito calor. 3) Material restaurador: hibridização – o condicionamento ácido não agride a polpa
pois o tempo de uso é baixo (só alcança de 5 a 7 microns), a concentração e o pKa também.
Além disso, a polpa manda fluido diluindo o ácido e controlando sua penetração. O primer é
agressivo, quando não polimerizado direito entra na dentina e agride a polpa, por isso em
cavidades profundas coloca-se CIV (ou outro) antes do primer. A técnica restauradora
incremental evita fator de contração.
A) Pulpite reversível: dor provocada (necessita de estímulo externo para que ocorra – abre,
limpa e restaura), momentânea, desaparece rapidamente após a remoção do estímulo,
percussão, resposta negativa a menos que haja trauma oclusal. * História clínica: procedimento
odontológico recente (como preparo cavitário, raspagem periodontal, presença de áreas de
dentina exposta – abrasão, erosão, atrição – trauma oclusal). Cor normal. Rx (depois do exame
clínico): periápice (-) pode evidenciar restaurações ou pequenas cáries.
B) Pulpite irreversível: dor espontânea, não necessita de estímulo externo primário, sugerindo
injuria ou necrose pulpar, contínua (persiste por minutos/horas depois do estímulo removido),
intermitente (aparece e some) – espontânea de curta duração, pulsátil – reflete pulsação
arterial sanguínea cefálica. Não é caso para dentística, mas sim para endodontia, não devendo
usar OZE, pois o eugenol fica residual e depois age na resina composta alterando-a. Neste
caso usa-se o OZE como antiinflamatório para o paciente ir tratar o canal. Dor reflexa, evento
comum (aumenta a pressão sanguínea cefálica/ aumento da pressão intrapulpar), em decúbito
dorsal, percussão – pode ocorrer em estágios avançados de pulpite associada a lesão
periapical aguda.* História clínica: restaurações extensas, cavidades profundas, resultante de
lesões muito próximas a polpa, capeamento pulpar direta ou indireto, trauma oclusal. Cor
alterada, periápice (-) em estágios iniciais e (+) em estágios avançados.
- Proteção pulpar: preservar a vitalidade pulpar. Pode ser direta (houve sangramento – usa
material para reparar a polpa) ou indireta (suspeita de exposição, mas não é visível).
* Cimento de hidróxido de cálcio (Dycal): não se usa muito por não aderir ao dente, ter baixa
resistência mecânica e solubilidade. Estimula formação de ponte de dentina. Exposição pulpar
acidental, curetagem, pulpotomia.
* Cimento de hidróxido de cálcio, hidróxido de cálcio pró-análise e pode-se usar OZE (somente
em provisórios).
* CIV: baixa toxicidade, adesão à estrutura dentaria, libera Fl, coeficiente de expansão térmica
linear muito próxima ao dente.
- Proteção pulpar indireta: cavidade muito profunda e vê polpa por translucidez; faz proteção
em local específico e não em toda a cavidade. 1) após término do preparo 2) como proteção
adicional em que tenha dentina reparadora 3) tratamento expectante. Para amálgama o
material protetor é verniz (rasa e média) e CIV + verniz (profunda) ou verniz + Dycal + CIV (em
muito profunda). Para resina composta o material protetor é S. adesivo (rasa, superficial e
média), CIV + adesivo (profunda) ou Dycal + CIV + S. adesivo (muito profunda – CIV no meio
para a resina não contrair e puxar o Dycal). * Artigo científico: limpeza com clorexidina 2%,
aplicação de Dycal, cobertura com CIV – na parede do dente também -, S. adesivo e
restauração. Verificou-se que o CIV se une à resina sem a formação de fendas, evita-se que a
resina puxe o material de baixo colocando pequenos incrementos e em muitos casos é melhor
a proteção pulpar com S. adesivo mesmo.
- Selantes de fossas e fissuras (resina composta com ou sem carga): diferente de selante
de superfície (a base de EVA – sobre superfície de restauração de RC), que é utilizado para
dar brilho e servir de interferência entre restauração e antagonista. Objetiva ocupar áreas de
sulcos para evitar colonização de bactérias. 1) Condições de uso: Preventivo; em superfícies
hígidas. S. mutans precisa de cavidades com irregularidades para sobreviver, por isso bebês
não o têm até que a mãe passe através do beijo ou sopro na comida. Se a pessoa tem cárie e
S. mutans no sulco e coloca selante por cima, dá carie por baixo. 2) Terapeutica: em lesões
incipientes; S. mutans libera ácido que desmineraliza esmalte e começa a cárie, mas não se vê
em sulcos; o selante não chega até o fundo (quando vê lesão no Rx, já ocorreu mais de 60%
de desmineralização). A colonização de fossas e fissuras ocorre após 7 dias do aparecimento
do S. mutans na cavidade bucal.
- Critério para indicação de selantes: risco de atividade de cárie, risco individual da superfície
(estágio de erupção, morfologia e condição biológica), idade do paciente.
* Pigmentação por tetraciclina: a cor dos dentes é mais susceptível ao efeito da tetraciclina do
terceiro mês de vida intrauterina até os 8 anos de idade. A tetraciclina parece se ligar ao cálcio
(através de seu Fl), ser incorporada pelos cristais de hidroxiapatita até sua mineralização e
desta forma os dentes ficam com cor cinza. Grau 1) levemente acinzentado, em baixas doses e
em idade de 5 a 6 anos 2) mais ou menos acinzentado e marrom na cervical (esmalte mais
fino) 3) linhas horizontais amarronzadas 4) linhas mais definidas – crescimento do dente – e
amarronzadas.
- Descoloração fisiológica: alteração da cor pelo tempo. Dependendo dos traumas e dentina
secundária (maior dentina e pigmentação). Pode ser desde que nasceu ou pelo tempo (maior
saturação e menos esmalte – dente fica bem amarelado, mas é fácil de resolver).
- Fator traumático: pode haver ruptura do filete vasculo-nervoso e alterar a cor por nódulos
pulpares (calcificações). Polpa vital com trauma intermediário: envelhecimento precoce da
mesma com redução do volume e calcificações distróficas pontuais (nódulos pulpares); em
trauma muito forte ocorre reabsorção dentária interna, necessitando de tratamento
endodôntico. A metamorfose cálcica da polpa (calcificação pulpar) ocorre, por exemplo, por
trauma em esportes e tem como consequência o rompimento do filete vasculo-nervoso,
necrose da polpa e escurecimento do dente. A descoloração por fator traumático por
hemorragia inicial (cor avermelhada e depois de um tempo mais escura – abre, tira a polpa,
limpa com H2O2 e observa) responde bem ao tratamento; Na descoloração por fator
traumático por degeneração pulpar sem hemorragia os tecidos necróticos contem produtos de
degradação que criam uma coloração marrom-acinzentada no dente, sendo o grau de
pigmentação menor que o anterior.
- Fator iatrogênico: CD tira a polpa, mas deixa restos necróticos na endodontia, fazendo com
que o dente fique azul.
- Qual técnica utilizar? Para casos simples e fáceis – cor homogênea - a técnica caseira pode
ser utilizada (P.de carbamida 10% aplicado de 1 semana a 15 dias), tendo resultado bom.
Para casos com dentes mais amarelados, cores misturadas, canino mais cinza: saber a causa
da necrose, calcificação, se fez tratamento ortodôntico e houve força exagerada; analisa-se Rx;
quanto mais tempo o dente está com alteração de cor, mais difícil é o tratamento. Neste caso
utiliza-se a associação: atacar dentes mais cinzas para chegar na cor da boca toda e depois
somente clarear tudo. * O clareamento deve dar translucidez incisal para o dente ficar com
aspecto de vida e profundidade.
- Técnica caseira: 1) Registro da cor através de fotografia com dente guia ao lado do dente
que será clareado (úmido), servindo de documento para mostrar ao paciente a modificação da
cor. 2) Moldagem (alginato e gesso comum) 3) Confecção da moldeira: protético corta o gesso
e faz alívio (1mm do contorno cervical; das proximais) com objetivo de aumentar o volume da
região para ficar espaço entre a moldeira e os dentes, servindo como reservatório do material.
Leva no plastificador e protético manda cortado no modelo ou o CD recorta no colo do dente
para evitar que o clareador chegue nas áreas expostas (recessão) e aumente ainda mais a
sensibilidade. Pode-se colocar CIV para proteger. 4) Adaptação da moldeira: acompanha o
contorno do dente, liberando papilas e gengiva. 5) Pega o material, mostra a viscosidade ao
paciente e coloca na moldeira – uma gota a cada face vestibular (de PM a PM) e insere de
incisal para cervical sem pressão, apenas acomodando. O que extravasa é removido com gaze
úmida. Pode ser usado no horário que quiser, mas recomenda-se um menor tempo de uso e
este em mais vezes; máxima liberação de oxigênio de 2h (até 4h). A mudança é vista a partir
de 15-18 dias e começa-se usando o inferior por ter maior sensibilidade.
- Observações de aulas práticas: 1) Remoção de amalgama é feita com broca carbide 2156
e 2157 ou com fresas 56 e 57. 2) Remoção de resina é feita com esférica diamantada 1012 ou
1014. 3) Abertura pode ser feita com carbides (329, 245, 330) ou pontas diamantadas. 4) A
remoção do tecido é feita primeiramente com instrumentos rotatórios (fresas 1,2,3,4 e 5 –
possuem ângulo de ataque e de escape, cortando e jogando a dentina cariada para fora) e
depois colher de dentina. Não se deve remover com ponta diamantada, pois não desgastará e
só gerará calor. 5) Dentina hígida: grito dentinário ao passar sonda, úmida, brilhante e lisa. 6)
Dentina amolecida: fosca, não brilha – lesão de cárie. 7) A cárie é retirada primeiro na região
circundante (longe dos cornos pulpares) para evitar exposição pulpar. 8) Antes da restauração
deve-se verificar os pontos de contato com papel carbono, sendo importante que estes fiquem
todos em dente ou em resina e nunca na fenda. A restauração começa com condicionamento
ácido, lavagem, secagem, clorexidina (deixar escoar) na dentina para desproteinizar – tira
colágeno, libera proteína, estimula a liberação de enzimas para eliminá-las e o colágeno
também, aumentando a vida útil da camada híbrida. Espera secar, adesivo e polimeriza. A
escultura pode ser anatômica, fisiológica ou geométrica.
- Técnica com o uso de caneta de baixa rotação: é utilizado Oncilon para proteção dos
tecidos moles, isolamento absoluto, ponta dourada cilíndrico-cônica (fresa) age sobre o
esmalte para retirada da mancha, passa-se Prema manualmente, polimento sof-lex e, ao final,
obtém-se um dente plano e liso. A cor fica satisfatória, mas a anatomia vestibular é
prejudicada.
Ácido fosfórico em gel a 37% + pedra pomes: profilaxia, Oncilon para proteção dos
tecidos moles, isolamento absoluto, profilaxia, aplicação de pedra pomes + ácido no local da
mancha, tomando cuidado para não penetrar excessivamente, lavagem e retirada do
isolamento. Normalmente, com a perda do esmalte, a translucidez é aumentada e a dentina faz
com que o dente fique mais saturado, o que dá origem a um dente sem mancha mas
amarelado, sendo aconselhado, posteriormente, o clareamento. Ex: amelogênese imperfeita.
Facetas
- Faceta: reposição da porção visível de esmalte por um material restaurador que se une
intimamente com a estrutura dental. Não é uma técnica nova, uma vez que foi proposta em
1930. Colocava-se resina acrílica nos dentes dos atores (sem condicionamento) para aumentar
a estética na gravação. Com o advento do sistema adesivo o tratamento com faceta pôde ser
definitivo. O preparo para coroa em prótese desgasta de 63 a 72% da coroa do dente. O
desgaste para coroa total é 4x > do que a faceta, que necessita de pouco desgaste.
- Faceta direta x indireta: Na direta o CD, após planejamento, realiza o preparo e restauração
em uma única sessão (dente isolado; no máximo 2 dentes); já na indireta o CD planeja,
prepara e molda em uma sessão, há necessidade de protético e numa outra sessão a
restauração é cimentada (vários dentes).
Facetas Diretas
- Resina Composta
- Limitações: exige a habilidade do profissional, pois é ele quem vai construir a face vestibular,
as RC podem lascas ou fraturar, não são capazes de mascarar substratos muito escurecidos
(translucidez), alteram de cor, pacientes com hábitos parafuncionais, fumantes e dentes com
grande alteração de posição.
- Procedimentos clínicos:
* Preparo para faceta: desgaste em esmalte para maior longevidade. A espessura de esmalte é
de 0,3 a 0,5mm no terço cervical, 0,6 a 1mm no terço médio e 1 a 2mm no terço incisal. Os
desgastes em dente com escurecimento na cervical é de 0,3-0,4mm, médio 0,5mm e incisal
0.5mm; já em dentes sem escurecimento é de 0,5mm na cervical, 0,7 médio e 0,7 incisal
(desgaste é maior, mas deve-se tentar manter substrato em esmalte).
1) Canaletas cervicais, proximais e incisal com ponta diamantada esférica em alta rotação
(de 1011 até 1014 – dentes com alteração de cor o desgaste é maior – utiliza-se a 1014).
Primeiramente é feita a canaleta cervical supragengival e contornando a gengiva com a broca
inclinada 45° para servir de stop. Posteriormente é feita a extensão para proximal e incisal.
2) Canaleta vestibular: é realizada com tronco cônica com extremo arredondado (2135 ou
4138) no centro da face (primeiro no terço cervical, médio e depois incisal, fazendo as
mudanças de ângulo necessárias). É feito um lado de cada vez para controle do desgaste.