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Endodontia 1 - TOTAL DE: 73 PÁGINAS

1. Anatomia Interna Dental (Considerações Gerais) – 5 páginas;

2. Anatomia Interna Dental (Grupos Dentários) – 11 páginas;

3. Abertura Coronária (Dentes Anteriores) – 6 páginas;

4. Abertura Coronária (Dentes Posteriores) – 5 páginas;

5. Instrumentos Endodônticos – 6 páginas;

6. Odontometria – 5 páginas;

7. Instrumentação do Canal Radicular - Técnica Regressiva – 6 páginas;

8. Instrumentação do Canal Radicular - Técnica Progressiva – 4 páginas;

9. Obturação do Canal Radicular – 5 páginas;

10. Substâncias Químicas Utilizadas no Preparo Biomecânico do Canal Radicular – 8 páginas;

11. Medicação Intracanal (Curativo de Demora) - 8 páginas

12. Técnica da Condensação Lateral - 4 páginas.

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Odontologia Pré-Clínica 2 (Endodontia) – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Anatomia Interna Dental
(Considerações Gerais)

 Introdução:
 Na endodontia o foco a ser estudado vai ser a raiz dental, estudando a anatomia interna dental;
 Vai-se estudar a anatomia interna dental, para poder fazer o tratamento endodôntico, pois durante o
procedimento odontológico não consegue-se ver como está por dentro, logo deve-se conhecer a
anatomia daquele dente, para entender e saber fazer o tratamento endodôntico.
 Cavidade pulpar:
 Espaço no interior do dente, ocupado pela polpa e limitado por
dentina, logo dentro da dentina vai-se ter um espaço onde se
tem a polpa no interior da dentina, e esse espaço é conhecido
como espaço pulpar, sendo ocupado pela polpa;
 A cavidade pulpar é dividida em duas partes
o Porção coronária: câmara pulpar  está na coroa;
o Porção radicular: canal radicular  dentro da raiz;

 Câmara Pulpar
 Aloja polpa coronária;
 Forma externa da coroa  A câmara pulpar vai seguir o formato
externo da coroa;
 Paredes  Circundam;
 Teto  Côncavo (voltado para a face oclusal);
 Corno pulpar ou divertículo pulpar  Um para cada cúspide. Nos
molares por exemplo tem-se várias cúspides, logo a câmara pulpar acompanha o formato das cúspides, logo
tem-se o corno pulpar. É importante ver isso na radiografia para tomar cuidado para durante o preparo para
uma restauração, para não atingir o corno pulpar e causar uma exposição da polpa;
 Assoalho  piso da câmara pulpar (está no nível da linha cervical).

Quando se vai fazer um tratamento endodôntico deve-se ter acesso a câmara pulpar e ao canal radicular
para se fazer esse tratamento. O tratamento endodôntico é feito porque, se houver alguma condição em
que a polpa se apresenta inflamada, como quando por exemplo um paciente tem cárie, as vezes aquele
paciente está com a cárie a mesma se apresenta profunda, e atingiu a polpa, na hora que a cárie atinge a
polpa, vai-se ter um monte de bactérias invadindo a câmara pulpar e o canal, essas bactérias vão causar
primeiro uma inflamação da polpa, por isso que o paciente sente dor. Quando tem inflamação tem edema,
dor... Depois que tiver a inflamação se o paciente não procura atendimento a polpa vai necrosar, se a polpa
necrosar essas bactérias da cárie vão consumir essa polpa e vão colonizar todo o canal e vão faze uma
infecção até chegar na região do periápice, por isso que se tem às vezes na radiografia uma lesão periapical.
Logo por isso tem-se que fazer um tratamento endodôntico, onde tira-se a polpa inflamada, limpa o canal e
depois coloca o material para celar.
Quando vai-se fazer o tratamento endodôntico precisa-se atingir a câmara pulpar e o canal para poder
limpar, então precisa-se fazer uma abertura na coroa com as brocas. Então a parte da dentina que vai-se
tirar vai ser a dentina do teto, tirando a dentina, chegando assim na câmara pulpar e nos canais. Só que
quando se está fazendo o processo de abertura deve-se tomar cuidado para não desgastar o assoalho, se
não vai ocorrer uma perfuração, havendo assim uma comunicação da câmara pulpar com o periodonto da

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região de furca. Isso não é bom pois pode ter uma contaminação, uma lesão de furca e o paciente pode
perder o dente.
 A entrada do canal é chamada de  EMBOCADURA DO CANAL;
 Os canais são localizados através da embocadura, localizando cada canal e tratando cada um
deles;

 Canal Radicular:
 Espaço ocupado pela polpa radicular;
 Vai seguir a forma externa da raiz.;
 Quando vai fazer o tratamento endodôntico não se enxerga o canal, vai
enxergar apenas a entrada dos canais, vai-se observar apenas a entrada
dos canais, somente a radiografia vai ajudar fazer a visualização e só nos
permite enxergar em duas dimensões, por isso deve-se conhecer a
anatomia interna;
 Tem dentes que apresentam uma raiz mais arredondada, se aquela raiz é
mais arredondada significa dizer que o canal também vai ser mais
redondinho. O incisivo inferior é um dente que tem uma raiz mais
achatada, então o canal também vai ser mais achatado;
 Quando vai-se fazer o acesso endodôntico vai-se enxergar apenas a entra dos canais não vai enxergar o
que está dentro da raiz, só vai conseguir ver isso através de radiografias, logo a radiografia vai ajudar
observar alguns aspectos do canal, mas a radiografia só da duas dimensões, então precisa-se ter o
conhecimento da anatomia para realizar um bom tratamento endodôntico;
 O canal de um incisivo por exemplo, é bem estreita em uma visão frontal, mas em uma visão lateral é
larga, então quando se estiver limpando o canal com as limas, irá ser preciso saber a anatomia do dente,
para que se possa fazer uma excelente limpeza com a lima. Já no caso de não conhecer a anatomia do
dente e pensar que o canal é estreito e passar a lima em apenas uma direção, vai-se ter um canal que
não vai ser 100% limpo, podendo assim gerar futuros problemas;
 Vamos supor que um dente esteja cariado, e o processo carioso é formado a partir do biofilme que está
cheio de bactérias. Se esse paciente não procurar um atendimento odontológico, essas bactérias do
biofilme vão chegar até a câmara pulpar, chegando até a câmara pulpar a polpa tem algumas células de
defesa, essas células de defesa vão responder à essa agressão das bactérias a partir de um inflamação,
então essa polpa primeiro vai ficar inflamada, se o paciente não procurar atendimento as bactérias vãos
e proliferando, e essa polpa que estava inflamada vai entrar em um processo de necrose, vai chegar um
momento em que a defesa da polpa não vai conseguir mais se defender de tantas bactérias, assim ela
via necrosar. Quando a polpa está necrosada, as bactérias utilizam essa polpa como substrato, então as
bactérias vão proliferar e vão produzindo como subprodutos dessas bactérias toxinas, que vão chegar
até a região periapical, assim, na região periapical, tem também células de defesa, essas células de

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defesa vão tentar se defender dessas toxinas que estão sendo produzidas e liberadas na região
periapical, e para se proteger aquelas células de defesa da região acabam reabsorvendo osso, por isso
que se enxerga na radiografia uma lesão periapical.
 Como tratar o canal quando se tem um abscesso? Se o canal está cheio de bactérias, deve-se limpar. Aí
então precisa-se primeiramente fazer a abertura, aí vai ter acesso a câmara pulpar e ao canal e aí vai
limpar, e para isso tem-se algumas substâncias que são utilizadas para lavar o canal que mata as
bactérias, vai também entrar com as limas, para limpar o canal, vai colocar uma medicação para ajudar
matar as bactérias, e depois que o canal estiver limpinho, pega e fecha-se com o material restaurador.
Então quando se tem um abcesso deverá tratar o canal com algumas substâncias que vão matar as
bactérias. Quando a polpa está inflamada mas ainda não se tem o quadro de abscesso, tem que tirar
essa polpa que está inflamada, pois ela já está em um processo de inflamação que é irreversível, não
tem como mais reverter esse processo de inflamação, então tira-se essa polpa, limpa o canal, e aí depois
sela. Então nesse caso que se tem uma polpa
ainda que não está necrosada, pode-se
dispensar a medicação para matar as bactérias,
logo pode-se fazer o tratamento do canal em
um dia só, abre o dente, limpa e obtura tudo no
mesmo dia.

 Forame Apical:
 Local por onde o feixe vásculo-nervoso penetra
da região periapical para a cavidade pulpar;
 Ao redor da raiz do dente tem-se o ligamento periodontal, esse ligamento periodontal vai ter vasos e
nervos, e esses vasos e nervos vão penetrar pelo forame apical, e eles que vão dar o suprimento da
polpa, então diz-se que é através do forame apical que o feixe vásculo-nervoso penetra e vai suprir toda
a polpa.
 As vezes em uma raiz tem-se mais de um forame apical, por conta das ramificações;

 Canal Radicular:
 O canal é dividido em três partes/terços, e em cada parte/terço , tem-
se uma característica diferente
 Terço cervical:
o É o mais próximo da oclusal
o O canal é mais largo nesse terço cervical, a medida que
se aproxima do terço apical fica mais fino o canal;
 Terço médio:
o Está na parte média da raiz;
 Terço apical:
o É a parte que está mais próxima do forame apical.
 Quando vai-se fazer o tratamento endodôntico é mais fácil tratar o terço cervical, primeiro porque ele
está mais próximo da oclusal, e o canal radicular nunca é reto, todos os canais vão ser cônico, e isso quer
dizer que na parte cervical o canal é mais largo, e ele vai ficando sempre mais fino a medida que se
aproxima do terço apical;
 A lima que se utiliza no terço cervical não é por exemplo igual a lima que se utiliza no terço apical;

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 A anatomia interna da raiz
é complexa, pois na
maioria dos casos não tem
somente uma raiz e um
único canal, pode ter
dentro dessa raiz uma
série de ramificações.

 Sistema de canais radiculares  é


uma série de ramificações que
formam um sistema;
 Canal Lateral;
 Canal Colateral;
 Canal Recorrente;
 Canalículos Dentários;
 Canal Secundário;
 Canal Acessório;
 Delta Típico;
 Forame Principal;
 Delta;
 Canal Interradicular

 Sistema de Canais radiculares  Reig e Pucci

1. Canal Principal:
 Sempre em cada raiz vai-se ter um canal, que é o canal principal;
 De maior calibre  sempre mais largo do que as outras ramificações;
 Percorre a raiz em toda extensão;
 Terminando no ápice.

2. Canal Colateral:
 Acompanha o trajeto do canal principal, porém de menor calibre (mais fino) podendo terminar no
mesmo forame(do principal), ou terminar em outro forame apical (separadamente);
 Obs: cuidado para não confundir um canal colateral com uma raiz que apresenta dois canais
principais. Logo o canal principal é diferente do colateral, pois ele (o colateral) é tão fino, que não se
tem o acesso e somente com a substância vai conseguir fazer a limpeza dele, já o canal principal vai-
se ter no caso em questão duas entradas principais, e vai ter que tratar um canal principal depois o
outro canal principal;
 Como muitas vezes não consegue acessar esse canal colateral com a lima, utiliza-se um
líquido/substância utilizada para limpar o canal

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3. Canal Lateral ou Adventício:
 Sai do conduto (canal) principal;
 Termina no periodonto lateral;
 Esta ramificação está localizado no terço cervical e médio

4. Secundário:
 Sai do conduto principal;
 Termina no periodonto lateral;
 Localizado no terço apical;

5. Canal Acessório:
 Derivado do canal secundário, se ramificando para o ligamento periodontal na região apical;
 Logo não sai do canal principal

6. Canal Interconduto:
 Canal que coloca em comunicação os canais principais.

7. Canal Recorrente:
 Parte do conduto principal;
 Percorre o interior da dentina;
 Voltando ao principal;

8. Canal Delta Apical:


 Conduto principal termina no ápice por diversos forames.

9. Canal Cavo inter-radicular:


 Sai do assoalho da câmara pulpar;
 Termina na bifurcação ou trifurcação radicular;
 É o mais difícil de acontecer mas pode acontecer;
 É uma ramificação bem fina, as vezes não consegue nem ver;
 Pode-se desconfiar que se tem um canal cavo inter-radicular, se as vezes na radiografia vai-se ver
uma rarefação óssea, como se fosse uma lesão de furca, mas na hora que se faz uma sondagem
periodontal está tudo normal, não se tem bolsa, não tem nenhuma doença no periodonto, e isso vai
ser tratado com as substâncias que vão ser utilizadas para tratar o canal.

 Direção das raízes dentárias: 3. Raízes Bicurvilíneas:


 Raízes Retilíneas;  Uma mesma raiz exibe duas
 Raízes Curvilíneas; curvaturas geralmente em sentidos
 Raízes Bicurvilíneas; opostos;
 Raízes Anguladas;  É como se tivesse um formato de “S”
4. Raízes Anguladas:
1. Raízes Retilíneas:  O eixo radicular apresenta mudança
 O eixo radicular é reto e contínuo; brusca de direção;
2. Raízes Curvilíneas:  Curvatura muito acentuado;
 O eixo radicular é curvado num único  Difícil tratamento;
sentido;  Geralmente são 3º molares.

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Odontologia Pré-Clínica 2 (Endodontia) – 5ª Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 - Anatomia Interna Dental (Grupos
Dentários)

 Incisivo Central Superior


 Número e forma radicular:
 Raiz única (entretanto pode ter alguma anomalia, onde se encontra mais de uma raiz, mas em geral
apresenta apenas uma única raiz);
 Raiz com forma cônica triangular com ápice rombo (ápice mais arredondado);
 Cavidade pulpar:
 Canal único – 100%
 Tratamento:
 Geralmente é um dente fácil de ser tratado, por conta da sua localização anterior, e também pelo fato
da sua raiz ser mais arredondada, ter um canal único e ser mais circular, mais largo, então é um dente
que não trás muita dificuldade para se fazer seu tratamento endodôntico.

 Incisivo Lateral Superior:


 Número e forma radicular:
 Raiz única: 100%;
 Raiz com forma cônica triangular;
 A raiz apresenta um pouco de achatamento no sentido mesiodistal, logo o canal radicular vai ser um
pouco mais achatado no sentido mesiodistal
 Complicação Anatômica:
 Presença de Dens in Dente (dente invaginado);
 Desvio apical para distal  dificulta o tratamento endodôntico;
 O forame apical está localizado lateralmente ao ápice em 79,8%;

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 Incisivo Central Inferior:
 Número e forma radicular:
 Raiz única, de forma elipsoide (como se fosse uma elipse);
 Achatamento de mesial para distal acentuado (o que pode às vezes determinar o aparecimento de
dois condutos pois o canal vai ficar bem achatado também, o que pode fazer a dentina no meio se
uma formando dois canais);

 Características do conduto:
 Conduto único, cônico, achatado de mesial para distal;
 Presença de 1 canal – 73,4%;
 Presença de 2 canais (1 – Vestibular e 1-Lingual)- 26,6%;
 Pode-se desconfiar se o dente tem dois canais, a partir de algumas análises, geralmente ao analisar
uma radiografia, ao ver a imagem com um canal radiolúcido e contínuo até o final tem-se somente
um canal radicular e as vezes ao analisar a radiografia o canal único radiolúcido vai descendo e de
repente some, quando isso é observado é um INDICATIVO de que talvez esse dente tenha dois
canais. Já ao fazer uma análise clínica, coloca-se a lima e identifica na embocadura a entrada dos
dois canais, colocando uma lima na vestibular e outra na lingual, ao tirar a radiografia vai-se analisar
se as limas estão realmente em dois canais diferentes.

 Complicação Anatômica:
 Achatamento muito grande no sentido proximal (mésio-distal), o que pode levar a união da dentina
na região do centro, o que vai levar o aparecimento de dois canais pois o canal vai se dividir em
dois, tendo um canal vestibular e um canal lingual, mas na maioria dos casos vai-se ter um único
canal, mas um canal bastante achatado.
 Presença acentuada de dois condutos.

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 Incisivo Lateral Inferior
 Cavidade Pulpar:
 Raiz única;
 Forma cônica elipsóide;
 Achatamento mesiodistal.
 Complicação Anatômica:
 Presença de 1 canal – 84,6%;
 Presença de 2 canais (1- Vestibular e 1-Lingual) – 15,4%;

 Canino Superior:
 Geralmente são os dentes mais longos da arcada dentária;
 Canino superior é mais longo do que o canino inferior;
 Número e forma radicular:
 Raiz única;
 Forma cônica triangular;
 Base para vestibular;
 Achatamento mesiodistal;
 Característica do Conduto:
 À altura do terço médio, sofre uma ampliação (embolsamento) para se estreitar progressivamente
até o ápice;
 Ápice é mais pontiagudo e fino.

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 Canino Inferior:
 Número e forma radicular:
 Raiz única em 97,7%;
 Forma cônica triangular;
 Achatada de distal para mesial, se for muito grande, divide a raiz em duas;

 Característica do Conduto:
 Único canal de forma cônico triangular;
 Alongado de vestibular para lingual;
 Com achatamento de mesial para distal;
 O achatamento de mesial para distal pode determinar o aparecimento de dois condutos ou
bifurcação da raiz;

 Pré-Molares Superiores:
 1º Pré-Molar Superior:
 Número de raízes:
o Os primeiros pré-molares superiores geralmente apresentam duas raízes, sendo uma
vestibular e uma palatina, podendo ter, porém, variações no número e nível de bifurcação,
o que influi diretamente nos condutos.
o 21,9% (duas raízes separadas com região de furca mais próxima da coroa);
o 23% (duas raízes separadas com região de furca mais próxima do ápice radicular);
o 9,7% ( raízes com um união de dentina no meio);
o 43% (raízes fusionadas);
o 2,4% (três raízes)

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 Número de canais:
o 1 canal  8,3%
o 2 canais  84,2%
o 3 canais  7,5%
 Características do Conduto:
o Contudo vestibular:
 Estreito;
 Forma elíptica.
 Logo é mais achatado
o Conduto palatino:
 Mais calibroso que o vestibular;
 De forma ligeiramente circular;
 Logo é mais largo.
 Tratar o canal palatino vai ser mais fácil;
o Conduto transversal – 2 contudo:
 Terço cervical: dois condutos de forma elíptica unidos por um pequenos istmo;
o Corte transversal – 2 condutos:
 Terço médio e apical: condutos em forma circular totalmente separados.

OBS: Qualquer dente que possui um raiz e dois canais pode possuir o ISTMO;

O ISTMO é o espaço que tem entre dois canais, e a lima não consegue entrar, somente a substância que coloca;

 Complicação anatômica:
o Curva:
 Baioneta  Dupla curvatura, formato de “S”;
 Pseudobaioneta  Curvatura não muito acentuada, é uma baioneta mais suave;

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 2º Pré-Molar Superior:
 Número de raízes:
o Neste caso ocorre o inverso do que acontecia no primeiro pré-molar, ou seja, aqui é mais
frequente encontrar uma raiz e um conduto;
o Uniradicular;
o 2%
o 7%
o 7,7%
o 90,3%;

 Forma radicular:
o Elipsóide:
 Alongamento de vestibular para palatino;
 Achatamento mesiodistal.
 Direção da raiz:
o Curvatura distal: 29,5%
o Baioneta: 7,0%
o Pseudobaioneta: 6,0%
 Número de canais:
o 1 Canal – 53,7%
o 2 Canais – 46,3%

OBS: Comparando o primeiro pré-molar superior com o segundo pré-molar superior é mais fácil fazer o tratamento
do segundo pré-molar superior.

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 Pré-Molares Inferiores:
 1º Pré-Molar Inferior:
 Número e forma das raízes:
o De modo geral é cônico triangular podendo apresentar bifurcação e trifurcação:
o Raiz única com um conduto  84,2%;
o Raiz fusionada com dois condutos  2,2%;
o Bifurcação no terço apical  2,8%;
o Trifurcação da raiz  10,6% - isso pode complicar o tratamento
 Características do Conduto:
o O achatamento pode ser tão intenso que origina dois canais distintos ou até uma
trifurcação, com dois condutos para vestibular e um para lingual;

 2º Pré-Molar Inferior:
 Número e forma das raízes;
o De modo geral é cônico
com raiz única;
o Pode apresentar
bifurcação e trifurcação,
porém em menor
incidência que o primeiro
pré-molar inferior, apenas
1,4%

OBS: Geralmente como um todo os canais onde os dentes são mais achatados no sentindo mésio-distal, no terço
cervical e médio e tem uma tendência a se tornar um pouco mais circular no terço apical.

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 Molares Superiores:
 1º Molar Superior:
 Número e forma das raízes:
o Possui 3 raízes bem diferenciadas, sendo 2 para o lado vestibular e uma para o lado
palatino;
o Raízes são bem divergentes;
o Raiz mesiovestibular:
 Ampla de VP, achatada de mesial para distal;
 É muito comum o aparecimento de 2 canais radiculares na raiz mesiovestibular,
logo é comum apresentar 3 raízes e 4 canais;
 Radiograficamente é difícil reconhecer a presença do 4º canal.
 Canais radiculares:
o 3 canais radiculares bem diferenciados (MV, DV, P);
o 30%: apenas 3 canais radiculares;
o 70%: presença do 4º canal radicular (mesiopalatino).
o Canal Palatino:
 Amplo (largo, calibroso) e extenso;  diâmetro e comprimento maior do que os
vestibulares;
 Comprimento e diâmetros maiores que os vestibulares;
 Único, forma ovalar ou circular.

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 2º Molar Superior:
 Número e forma das raízes:
o 53,7%: 3 raízes separadas;
o 19,5%: raízes vestibulares fusionadas;
o 12,5%: 3 raízes fusionadas
 Canais Radiculares:
o 3 canais radiculares bem diferenciados em 53,7% dos casos;
o Duplicidade do canal MV é rara;
o Pode apresentar apenas 2 canais radiculares quando tem a fusão das raízes;

 3º Molar Superior:
 Anatomia Imprevisível:
o 57,5%: 3 canais;
o 19%: 4 canais;
o 11,9%: 2 canais;
o Dificuldade técnicas;
o Valor estratégico: radiografia  pode ajudar na hora do tratamento endodôntico
 Geralmente não é um dente que se trata endodônticamente;
 Geralmente não tem muita função e é mais indicado para exodontia;
 Curvatura muito acentuada;
 Região muito posterior, o acesso é difícil;

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 Molares Inferiores:
 1º Molar Inferior:
 Número e forma das raízes:
o 2 raízes diferenciadas/distintas/separadas: 1 Mesial e 1 Distal (92,0%);
o 2 raízes fusionadas (5,3%);
o 3 raízes: 2 Mesial e 1Distal (2,5%);
o Raiz suplementar DL (muito raro);
 Canais Radiculares:
o Normalmente apresenta 3 condutos (MV, ML e D), pode apresentar também um quarto
conduto ou apenas 2 condutos;
o 56% com 3 canais (Mésio Vestibular, Mésio Lingual e Distal);
o 36% com 4 canais (Mésio Vestibular, Mésio Lingual, Disto Vestibular e Disto Lingual);
o 8% com 2 canais (M e D);
o Canal distal:
 Amplo diâmetro;
 Reto em 73% dos casos.
o Canais mesiais:
 Canais Mésio Vestibular e Mésio Lingual são atresiados (estreitos) e longos;
 Curvatura para distal em 83% dos casos.

 Complicações Anatômicas:
o Achatamento da raiz mesial forma uma área com tecido pulpar difícil de remover durante o
tratamento endodôntico (ISTMO);

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 2º Molar Inferior:
 Número e forma das raízes:
o 2 raízes diferenciadas desde o terço cervical (39,2%);
o 2 raízes diferenciadas desde o terço médio (31,8%);
o Raízes fusionadas (26,7%);
o Raiz Suplementar (2,3%).
 Canais radiculares:
o Normalmente apresenta 3 condutos (Mésio Vestibular, Mésio Lingual e Distal);
o Pode apresentar também um quarto conduto (Mésio Vestibular, Mésio Lingual, Disto
Vestibular , Disto Lingual) ou condutos (Mesial e Distal) e, em casos excepcionais, apenas 1
conduto.
o 3 canais (mais comum):
 Conduto Mésio Vestibular: é o mais estreito dos 3;
 Conduto Mésio Lingual: também estreito, porém de maior calibre que o MV;
 Conduto Distal: bastante alongado de Vestibular para Lingual, com achatamento de
mesial para distal o que às vezes determina o aparecimento de 2 condutos.

 3º Molar Inferior:
 Características Gerais:
o Apresentam grande variabilidade de forma, número de raízes;
o Podem apresentar grandes dilacerações (curvaturas – raízes muito curvas) radiculares ou
raízes fusionadas;
o Dificuldade de tratamento pela sua localização, curvatura radicular e anatomia pouco
definida.

Odontologia Pré-Clínica 2 (Endodontia) – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Anatomia Interna Dental


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Odontologia Pré-Clínica 2 (Endodontia) – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Abertura Coronária (Dentes
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 Abertura Coronária (Acesso coronário):


 Objetivo:
 Permitir o acesso ao interior da cavidade pulpar, por meio da
remoção do teto da câmara pulpar e desgastes específicos, a
fim de permitir o acesso direto e sem obstáculos à região
apical.;
 Deve-se remover todo o teto da câmara pulpar e tomar cuidado para não fazer o
desgasto do assoalho

 Princípios básicos da abertura coronária:


 Acesso direto ao canal radicular por meio de linha reta;
 Ação livre dos instrumentos para que eles trabalhem sem tensão, minimizando os riscos
de acidentes;
 Remoção completa do teto e cornos pulpares;
o Uma consequência da não remoção completa do teto é dificultar a
entrada livre da lima;
o Remoção de todo o teto  Mas não pode se exagerar no tamanho
da estrutura se não pode-se enfraquecer toda a estrutura dentária:
 Localização de todos os canais  Caso não se retire o teto como
um todo possa ser que não seja localizado todos os canais
radiculares;
 Permite um acesso direto e mais livre aos canais radiculares;
 Tem-se um melhor manejo durante o preparo biomecânico, logo
o instrumento vai entrar mais livre no canal;
 Prevenção de escurecimento  O tratamento
endodôntico vai escurecer a estrutura dentária?
DEPENDE. Se ele for bem feito e se tiver um
cuidado não, mas caso ocorra algumas negligências
possa ser que esse dente escureça. Alguns
exemplos de negligência são: Se deixar o teto no
dente anterior por exemplo, vai ficar um resto de sujeira em parte desse dente, já que com a não
remoção completa do teto o instrumento endodôntico não consegue fazer seu trabalho direito,
assim ficando resto de polpa e resto de sangue, e o sangue pode escurecer a estrutura dentária.
O material obturador que vai ser utilizado para selar o canal também pode escurecer a estrutura
dentária, pois depois que sela tem que limpar bastante para tirar todo o resíduo de cimento, se
ficar resto do material restaurador vai escurecer a estrutura dentária.
 Manutenção da integridade do assoalho da câmara pulpar;
o Caso desgaste o assoalho da câmara pulpar, enfraquece a estrutura dentária, não tendo nem como
colocar um pino e uma prótese.
 Conservação da estrutura dentária  Logo não pode desgastar demais a estrutura dentária;
o Tem uma preservação do cíngulo, da incisal/”oclusal” do dente

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 Etapas da abertura coronária:
1. Ponto de eleição:
o Abordagem inicial – permitir acesso mais retilíneo à câmara pulpar;
o Incisivo:
 Centro da face lingual;

2. Direção de trepanação:
o Direção assumida pela broca para atingir a câmara coronária;
o Varia segundo a posição do dente na arcada e a configuração da câmara coronária;
o Broca em direção a área de maior volume da câmara coronária;
o Nem sempre o paciente chega com o dente alinhado, o dente do paciente pode está girovertido ou
apinhado, então deve-se fazer a análise correta do dente como ele está posicionado;
o A forma da câmara pulpar pode variar de paciente para paciente. A câmara pulpar de um paciente
jovem é maior, já de uma pessoa de mais idade é menor, por conta da produção de dentina e a
câmara pulpar vai ficando mais estreita;
o Antes de começar a abertura coronária deve-se tirar uma radiografia do dente e deve-se observar
tudo, inclusive a câmara pulpar;

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3. Forma de contorno:
o Característica geométrica conferida ao preparo de acesso no intuito de reproduzir o tamanho e forma
da câmara coronária;
o A câmara pulpar reflete o formato externo do dente, então quando for fazer a abertura coronária
deve-se seguir o formato original do dente

4. Forma de conveniência:
o Contorno final conferido à abertura coronária com a finalidade de facilitar a visualização, localização e
acesso ao (s) canal (is) radicular (es);
o Deve-se remover a dentina de modo que o instrumental tenha um acesso livre, ficando mais fácil
fazer a instrumentação do canal.

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 Instrumental adequado:
 Acesso à câmara pulpar:
o O primeiro instrumental a ser utilizado para iniciar a abertura
coronária vai ser uma broca esférica de alta rotação
diamantada;
o A broca a ser utilizada varia de acordo o tamanho do dente do
paciente;
o 1011, 1012, 1013, 1014, 1015, 1015
o HL (Haste Longa): 1011HL, 1012HL; 1014 HL; 1016 HL
o Vai utilizar a broca até atingir a câmara pulpar;

 Pontas diamantadas esféricas

 Remoção do teto;
o Começa com a broca esférica até atingir a câmara pulpar, depois
utiliza uma broca tronco-cônico, com ponta inativa;

 Pontas diamantadas tronco-cônico ponta inativa:


o 2082, 3083, 4084, 3080, 3081, 3082, 4083

 Broca Endo Z:
o Broca de Alta rotação;
o Multilaminada (logo não é diamantada);
o Ponta inativa;

 Broca de Batt:
o 012, 014, 016
o Baixa rotação;
o Tronco-cônica
o Ponta inativa
 Sonda exploradora nº 5:
o Utilizada para identificar para saber
se ainda há a presença de teto, se a sonda prender, significa
que ainda tem tento na região onde ficou presa;
 Sonda endodôntica:
o Utilizado primeiro quando se está fazendo o desgaste inicial
para saber se a broca já caiu na câmara pulpar, logo vai
sempre com a sonda para saber se a broca entrou na câmara
pulpar. Além disso a sonda endodôntica é utilizada para localizar a entrada dos canais.

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 Brocas Gates-Glidden:
o Baixa rotação;
o Ponta inativa;
o É uma broca comprida pois ela vai entrar desde o terço cervical até o
terço médio;
o É mais comprida pois vai entrar com ela no canal, só não pode chegar no
terço apical, fazendo assim a forma de conveniência;
o Tem 6 tamanhos (vai de 1 a 6) e para saber qual é qual basta olhar o risco
que tem na base da broca, se for número 1 tem 1 risco, número 2 tem 2
riscos, e assim por diante...

ABERTURA CORONÁRIA NOS INCISIVOS SUPERIORES E INFERIORES

 INCISIVOS:

1. Ponto de eleição:
 Centro da face palatina/lingual, imediatamente acima do cíngulo;
 Divide em 3 partes na horizontal e 3 partes na vertical (“jogo da velha”);
 Broca diamantada esférica.

2. Direção de trepanação:
 Inicialmente penetração com ponta
diamantada perpendicular à superfície;
 Penetra-se até a espessura do esmalte e
metade da dentina;
 Modifica-se a direção da broca esférica;
 Paralela ao eixo longitudinal do dente;

3. Forma de contorno:
 Triangular com base voltada para face incisal

4. Forma de conveniência:
 Paredes proximais discretamente expulsivas;
 Remoção da projeção palatina com a broca de Gates-Glidden

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 Incisivos Inferiores:
 Forma de abertura semelhante à dos superiores;
 Mais estendida lingual e incisalmente;
 Mais estreita no sentido mesio-distal;
 Segue os mesmos passos dos incisivos superiores;
 Fica um triângulo mais estreito;

ABERTURA CORONÁRIA NOS CANINOS SUPERIORES E INFERIORES

 CANINOS:

1. Ponto de eleição:
 Centro da face palatina/lingual, imediatamente acima do cíngulo;
 Divide em 3 partes na horizontal e 3 partes na vertical (“jogo da velha”);
 Broca diamantada esférica.
2. Direção de trepanação:
 Inicialmente penetração com ponta diamantada perpendicular à superfície;
 Penetra-se até a espessura do esmalte e metade da dentina;
 Modifica-se a direção da broca esférica;
 Paralela ao eixo longitudinal do dente;
3. Forma de contorno (única coisa diferente do que o grupamento acima):
 Ovalada com eixo maior no sentido cérvico-incisal;
 Ovalada ou Ovóide;
 É diferente do de cima por conta do formato do dente ser diferente;
4. Forma de conveniência:
 Paredes proximais discretamente expulsivas;
 Remoção da projeção palatina com a broca de Gates-Glidden

 Erros mais frequentes:


1. Direção de trepanação;
2. Não remoção de todo o teto;
3. Perfuração da parede vestibular (durante a direção de trepanação);
4. Não conservação da estrutura dentária (desgaste excessivo da estrutura dentária).

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 Abertura coronária nos Pré-Molares Superiores


 Ponto de eleição:
 Centro da Face Oclusal;
 Precisa-se de uma broca esférica diamantada em alta rotação, corta-se primeiro o
esmalte;
 Direção de trepanação:
 Penetração inicial com broca direcionada paralelamente ao eixo longitudinal do
dente;
 Depois direcionar a broca discretamente para a região do canal palatino (mais volumoso)  Isso não
quer dizer que a broca deve entrar no canal palatino, deve-se tomar cuidado com essa informação. Vai
seguir com a direção de trepanação até a broca atingir a câmara pulpar;
 Com a sonda de endodontia (exploradora nº 5) vai sondando para saber se a broca chegou na câmara
pulpar ou não.
 Troca-se agora a broca de ponta esférica por uma broca tronco-cônica de ponta inativa;
 Com a broca tronco-cônica de ponta inativa vai-se fazer a remoção do teto da câmara pulpar e dará a
forma de contorno.
 Forma de contorno:
 Ovalada com eixo maior no sentido vestibulopalatino;
 Terá uma forma mais achatada no sentido mésio-distal e mais alongada no sentindo
vestibular palatino.
 Tira-se o teto com a alta rotação;
 A remoção do teto pode ser feito com a broca de Batt;
 Forma de conveniência:
 Faz alguns desgastes adicionais no intuito de facilitar a utilização dos instrumentos endodônticos
 Parede mesial divergente para oclusal;
 Paredes vestibular e palatina divergentes para oclusal;
 Remoção do teto dando expulsividade, com a broca de Batt;
 Remover toda e qualquer interferência que impeça o acesso o mais reto possível das limas no interior do
canal.
o Primeiro Pré-Molar Superior:
 Câmara Pulpar:
Corte Transversal:
 Forma Ovalada  A câmara pulpar é bastante elíptica;
 Alongada de vestibular para palatino;
 Achatada de mesial para distal.
 Localização das embocaduras dos canais após a abertura coronária:
Canal vestibular: abaixo da cúspide vestibular;
Canal Palatino: abaixo da cúspide palatina;
Utiliza-se a lima para identificar o canal vestibular e o canal palatino;
Se for apenas um conduto (um único canal), ele estará localizado no centro da abertura
coronária, logo nesse caso a lima ficaria mais centralizada, já no momento que a lima fica mais
voltada para o vestibular por exemplo, mais provável que se tenha um outro canal para
palatino.

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Pode-se ter uma situação de um primeiro pré-molar superior com 3 condutos (3 canais), mas é
mais difícil isso ocorrer:
 Mésio-Vestibular e Disto Vestibular: abaixo da cúspide vestibular sendo mais para
mesial e outro mais para distal;
 Palatino: abaixo da cúspide palatina

o Segundo Pré-Molar Superior


 Câmara Pulpar
Anatomia da câmara pulpar parecida com o do primeiro pré-molar superior, só que a
anatomia radicular vai ser inversa;
Alongamento da vestibular para palatino;
Achatada de mesial para distal
1 conduto  a entrada do canal vai ser no centro da abertura coronária;
2 condutos  vai ter dois canais.
 Localização das embocaduras dos canais:
1 Conduto  Mais prevalente no segundo do que comparado com o primeiro
 Centro da abertura coronária
2 Condutos:
 Canal vestibular: abaixo da cúspide vestibular;
 Canal palatino: abaixo da cúspide palatina;

 Abertura Coronária Pré-Molares Inferiores  Simples de ser realizada


 Ponto de eleição:
 Centro da face oclusal;
 Desgaste com a broca esférica diamantada em alta rotação, que tenha o tamanho compatível com a
coroa do dente;
 Direção de trepanação (não muda):
 Paralela ao eixo longitudinal do dente, vai ser sempre a mesma, não vai variar;
 Sonda com a sonda endodôntica para saber se chegou na câmara pulpar;
 Tira a broca esférica e coloca uma broca tronco-cônica de ponta inativa fazendo a remoção do teto e
fazendo a forma de contorno.
 Forma de Contorno:
 Ovalada com eixo maior no sentido vestibulolingual:
 Mais largo mesiodistalmente do que o antagonista superior
 Forma de conveniência:
 Parede mesial divergente para oclusal;
 Paredes vestibular e lingual divergentes para oclusal;
 Remoção da projeção lingual  Pode ser feito com as brocas de Gates
o Estender o acesso da parede lingual a mais lingualmente possível.

o Primeiro Pré-Molares Inferior


 A forma de contorno é ovalada, mas não é tão ovalada como o pré-molar superior;
 Câmara pulpar
Corte Transversal:
 Forma ovalada com base maior para vestibular. A base da vestibular em relação à lingual é
maior.

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 Localização das embocaduras dos canais
A embocadura do conduto está bem no centro da face oclusal.

o Segundo Pré-Molar Inferior:


 Câmara pulpar:
De forma elíptica, com achatamento de distal para mesial, porém menos que o primeiro pré-
molar inferior;

 Abertura Coronária nos Molares Superiores:


 A coroa dele é maior, um pouco mais quadrada;
 Ponto de eleição:
 Sulco central entre as margens mesial e distal;
 Vai iniciar com a broca esférica de alta rotação no sulco central;
 Direção de trepanação:
 Vai-se ter duas direções de trepanação;
 Primeiro a broca entra paralela ao eixo longitudinal do dente, depois vai ser discretamente inclinada
para o canal radicular de maior volume (palatino);
 Depois coloca-se a sonda endodôntica para saber se conseguiu atingir a câmara pulpar, entrou na
câmara pulpar, troca uma broca esférica por uma tronco-cônica de ponta inativa, e aí com a broca
tronco-cônica com a ponta inativa vai-se remover todo o teto da câmara pulpar e da a forma de
contorno.
 Forma de Contorno:
 Vai variar de acordo a quantidade de canais;
 Triangular com a base voltada para face vestibular (3 canais);
 Trapezoidal (4 canais).
 Forma de conveniência:
 Parede mesial divergente para oclusal;
 Parede distal convergente para oclusal;
 Paredes vestibular e palatina paralelas às suas respectivas faces  Não precisará desgastar na vestibular
e palatina, deixando assim paralelas.

o Primeiro Molar Superior:


 Câmara Pulpar:
Localizada mais para o lado mesial;
Irregularmente cúbica  Forma de contorno mais trapezoidal;
Achatada no sentido mésio distal;
Forma triangular a medida que se aproxima do assoalho sendo a base voltada para vestibular

o Segundo Molar Superior:


 Câmara pulpar:
Morfologicamente semelhante ao 1º Molar Superior, porém com dimensões menores, logo a
forma de abertura para ambos (1º molar e 2º molar superiores, são as mesmas)
Maior achatamento no sentindo mésio-distal;
 Na maioria das vezes tem-se 3 canais radiculares  mésio-vestibular, disto-vestibular (não está tanto
para a distal pois a câmara está mais para a mesial), e o palatino.

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 Se houver 4 canais, vai-se ter os seguintes canais  mésio-vestibular, disto-vestibular, canal palatino
e canal mésio palatino, para esses casos amplia-se um pouco mais a forma de contorno para
trapezoidal.

 Abertura Coronária Nos Molares Inferiores:


 Geralmente se têm em um molar inferior duas raízes (mesial – geralmente mais longa e mais curva e distal –
mais curta e reta). Geralmente tem-se 2 raízes e 3 CANAIS  Dois canais na raiz mesial (canal mésio-
vestibular e canal mésio-lingual) e na raiz distal (um canal mais amplo);
 A câmara pulpar dos molares inferiores também está um pouco mais voltada para a mesial;
 Ponto de eleição:
 Centro da face oclusal;
 Inicia o desgaste com a broca esférica em alta rotação;
 Direção de trepanação:
 Tem-se duas direções de trepanação;
 A direção da broca inicial é paralela ao eixo longitudinal do dente desgastando o esmalte e uma
parte da dentina, depois em um segundo momento vai-se inclinar discretamente a broca para o
canal radicular de maior volume (canal distal);
 Após a broca esférica atingir a câmara pulpar, tira-se a broca esférica, pois se manter a broca
esférica corre o risco de desgastar a dentina do assoalho, logo coloca-se agora a broca tronco-cônica
de ponta inativa, fazendo a remoção do teto e ao mesmo tempo da a forma de contorno.
 Forma de Contorno:
 Trapezoidal: com a base voltada para face mesial (3 canais)
 (4 canais)
 Forma de conveniência:
 Parede mesial divergente para oclusal;
 Parede distal convergente para oclusal, conseguindo conservar mais;
 Paredes vestibular e lingual paralelas às suas respectivas faces.

o Primeiro Molar Inferior:


 Câmara Pulpar:
Formato trapezoidal da câmara pulpar;
Lado mais largo para mesial, e mais amplo e achatado para a distal;

 Canais radiculares:
Localização das entradas dos canais (3 canais):
 Canal Mésio-Vestibular: abaixo da cúspide Mésio-Vestibular;
 Canal Mésio-Lingual: abaixo da cúspide Mésio-Lingual;
 Canal Distal: 2 mm a partir do centro para distal.
Localização das entradas dos canais (4):
 Canal Mésio-Vestibular: abaixo da cúspide Mésio-Vestibular;
 Canal Mésio-Lingual: Abaixo da cúspide Mésio-Lingual;
 Canal Disto-Vestibular: Abaixo da cúspide médio Vestibular;
 Canal Disto-Lingual: abaixo da cúspide Disto-Lingual.

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o Segundo Molar Inferior:
 Geralmente menor do que o segundo molar inferior;
 Câmara Pulpar:
Em corte transversal apresenta forma trapezoidal, com base maior para Mesial e menor para
Distal;
Quase sempre menor que do 1º MI;
 Canais Radiculares:
Localização das entradas dos canais (3 canais):
 Canal Mésio-Vestibular: abaixo da cúspide Mésio-Vestibular;
 Canal Mésio-Lingual: abaixo da cúspide Mésio-Lingual;
 Canal Distal: partindo da fossa central, 2 mm para distal.

 ERROS MAIS FREQUÊNTES:


 Remoção do teto ampliando demais, desgastando demais a estrutura dentária;
 Abertura coronária voltado mais para o lado distal ao invés de mesial (em alguns casos);
 Canal radicular pouco instrumentado;
 Desgaste do assoalho;
 Falta de observação de como está localizado o longo eixo do dente na arcada do paciente.

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Odontologia Pré-Clínica 2 (Endodontia) – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 5 - Instrumentos endodônticos

 Material e instrumental endodôntico:


 Instrumental Clínico  Espelho, pinça e sonda (levar para a pré-clínica também);
 Instrumental e Aparelhos para Diagnóstico;
 Instrumental e Material para Anestesia;
 Instrumental e Material para Isolamento Absoluto  Todo tratamento endodôntico deve-se fazer o
isolamento absoluto, para evitar a contaminação do canal radicular;
 Instrumental para Abertura Coronária;
 Instrumental para Instrumentação  Principalmente as LIMAS;
 Instrumental para Irrigação e Aspiração;
 Instrumental e Material para Obturação.

 Limas Endodônticas:
 Tem-se basicamente as limas manuais, que vai fazer o movimento com as
mãos e tem-se algumas limas que são acionadas com o moto, que são limas
rotatórias.

 Limas Manuais: Vai fazer os movimentos com as mãos;


 Numeração;
 Diâmetro; Variavam de Fabricante para Fabricante.
 Forma
 Comprimento
 Lima (década de 40)

 Limas Acionadas a Motor: São as limas rotatórias

 Padronização dos instrumentos:


 Ingle (1958)  é considerado o Pai da Endodontia
 Ingle propôs a padronização das LIMAS, onde cada empresa poderia produzir suas LIMAS, no entanto as
LIMAS teriam que seguir um determinado padrão, um certo protocolo. Logo, agora cada empresa teria
que fabricar as limas de acordo com cores, de acordo com números, com certos tipos de comprimentos.
 Ingle e Levine;
 2ª Conferência Internacional de Endodontia (USA)  Ingle apresentou essa padronização nessa
conferência;
 1962 a padronização proposta por Ingle foi aceita pela AAE e até hoje essa padronização é utilizado para
as limas manuais, e isso é bastante vantajoso, pois pode-se saber a característica da lima independente
de onde estiver, de qual empresa fabricou;
 Padronização aceita pela Associação Americana de Endodontia (AAE);
 Padronizou a numeração dos instrumentos;
 Padronização da cor do cabo;
 Padronização do diâmetro do instrumento;
 Comprimento da parte ativa;
 Conicidade do instrumento, respeitando a anatomia do canal Pois o canal é cônico;
 Comprimento do instrumento  pois tem dentes que são mais compridos e dente que são mais curtos
 Contextualizando: Antigamente cada fabricante fazia a lima do jeito que queria, em relação as formas,
sua numeração, diâmetro da LIMA.

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 Instrumento Endodôntico:

OBS.: Sempre deve escolher para se utilizar a menor LIMA para aquele canal, de modo que se tenha um
comprimento correto e de acordo com o canal.
 Cabo  Vai trazer algumas informações importantes, como COR, NÚMERO, FORMATO;
 Cursor ou Stop de borracha  Serve para determinar o comprimento da LIMA que se quer, que entre no
canal. Esse cursor ou stop de borracha é móvel;
 Intermediário:
 Também apresenta uma medida fixa a depender do tamanho do instrumento
 Parte Ativa ou Lâmina;
 Responsável por cortar a dentina;
 É uma lâmina que corta;
 Sempre tem um comprimento fixo de 16 mm;
 O que muda de uma lima para outra é o comprimento do intermediário;

 Parte Ativa = Haste Helicoidal + Ponta ou guia de penetração;


 Conicidade da parte ativa:
o Ingle também padronizou a conicidade. As limas não são cilíndricas, se a anatomia do canal é
cônica, vai-se precisar também de um instrumento cônico, respeitando a anatomia do canal.
Então a LIMA também vai seguir o mesmo “pensamento”, pois vai ser mais larga próximo ao
cabo e mais fina a medida que se chega na ponta. Logo a ponta da lima vai ser sempre a parte
mais fina.
o A lima é mais larga próxima ao cabo e vai ficando mais fina a medida que se aproxima do
final;
o O calibre ou diâmetro dos instrumentos aumenta 0,02 mm a cada 1 mm da LÂMINA ATIVA
(Logo as LIMAS manuais possuem
uma conicidade de 02 ou 2). Logo
a cada vez que a vai da ponta em
direção ao cabo o diâmetro vai

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aumentando.

 Diâmetro dos instrumentos:

 O diâmetro de D0 corresponde aos números dos instrumentos;


 O aumento de D0 para D16 é 0,32 mm (16 x 0,02) - constante;
 D16 = D0 + 0,32 mm;
 Ex.: LIMA Nº 30 AZUL QUADRADO;

 D0 = 0,30 mm;
 D16 = D0 + 0,32
 D16 = 0,30 + 0,32 = 0,62 mm
 1º Série (LIMAS) = Diâmetro Menor (15, 20, 25, 30, 35, 40);
o A Lima 15, tem um diâmetro na ponta de 0,15 mm
o A Lima 25, tem um diâmetro na ponta de 0,20 mm
 2º Série (LIMAS) = Diâmetro Intermediário (45, 50, 55, 60, 70, 80):
o A Lima 60, tem um diâmetro na ponta de 0,60 mm
o A Lima 55, tem um diâmetro na ponta de 0,55 mm
 3º Série (Limas) = Diâmetro Maior (90, 100, 110, 120, 130, 140);
 Por exemplo, um lima de 15 mm tem um diâmetro de 0,15 mm na sua ponta,
uma lima de 30 mm tem um diâmetro de 0,30 mm na sua ponta. Uma lima 55
tem na sua extremidade (na sua ponta) 0,55 mm, logo D0: 0,55. D16: 0,55 +
0,32mm = 0,87 mm

 Guia de penetração ou ponta:


 Vai ser ATIVA ou INATIVA, a depender do tipo de canal. Se houver um canal que está atrésico,
mais calcificado, mais difícil da lima entrar, vai-se precisar de uma LIMA que tenha uma ponta ou
guia de penetração mais pontuda, logo ATIVA. Algumas LIMAS vão ter uma guia de penetração
ou ponta mais arredondada, logo sendo uma guia de penetração INATIVA.
 Toda vez que vai se iniciar um tratamento, a primeira LIMA que vai se usar, vai ser uma LIMA
que tenha uma guia de penetração mais ativa, para poder entrar mais fácil no canal.

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 Padronização dos instrumentos

Na LIMA 15 tem-se 0,15 mm (na ponta) depois aumenta 0,02 mm a cada 1 mm. Em D16: 0,47 mm de diâmetro.

 Características de Fabricação:
 Vão existir LIMAS que cortam mais, e vão ter LIMAS que cortam menos,
só que a depender da variação da parte ativa, tem lima que vai ser mais
rígida e tem lima que vai ser mais flexível, por isso existem diferentes
tipos de Limas.
 Formas da Haste Metálica:
 Triangular;
 Quadrangular;
 Circular.
 Metal Utilizado para fabricação:
 Até 1961 – AÇO CARBONO;
 Atualmente – AÇO INOXIDÁVEL  O aço não pode oxidar (enferrujar)
NITI (NÍQUEL TITÂNIO).
 Método de fabricação:
 Torção (Ex.: Limas tipo K);  A máquina pega o fio quadrangular e faz a torção:

 Usinagem (Ex.: Limas tipo Hedströem)  Tem um poder de corte maior, comparada á Lima tipo
K.  A parte ativa é fabricada a partir de uma haste metálica circular onde essa haste (fio) é
levado para a máquina e lá a máquina faz vários cortes no fio e vai modelando o fio;

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 Características das Limas:

 Limas Tipo K  Quadrado sem está pintado (na parte de cima do


cabo)

 Fabricados a partir de hastes QUADRANGULARES, retorcidas


em torno de seu próprio eixo;
 Apresentam parte ativa sob a forma de ESPIRAIS DE PASSO
CURTO (mais espirais por unidade de comprimento);
*A distância entre um espiral e outro é chamado de passo,
logo as limas tipo K tem espirais curto, logo tem mais espirais.
Se fosse espirais de passo longo, teria menos epiral.
 Se tiver passos mais curtos, logo tem mais espirais, logo o poder de corte é um pouco maior, do
que quando se tem espiral de passo longo.
 Guia de Penetração ATIVA.

 Limas Tipo Hedströem  Formato circular (bolinha)


 Fabricada por usinagem de HASTES METÁLICAS CIRCULARES;
 Guia de penetração INATIVA;
 Fabricada pelo método de usinagem;
 Caracterizado por espiral sob a forma de CONES SUPERPOSTOS
e LIGEIRAMENTE INCLINADOS;
 Tem um poder de corte um pouco maior do que a lima tipo K
 Utilizada APENAS com movimentos de limagem: introdução e
tração com pressão lateral contra as paredes.
 NUNCA GIRE O INSTRUMENTO HEDSTRÖEM NO CANAL!!!!!
 Possuem EXCELENTE CAPACIDADE DE CORTE por conta do desenho da lâmina ativa, mas tem
uma guia de penetração INATIVA;
 Devem ser utilizadas nos canais sempre após a abertura do espaço por outro instrumento com
limas tipo K, por exemplo (Leonardo e Leal, 1998);
 Indicada para:
o Regularização de paredes;
o Preparo do terço cervical;
o Remoção de resíduos;
o Remoção de obturação.

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 Lima K-Flexofile (Maillefer)  Quadrado pintado (na parte de
cima do cabo).  Era para se ter um triângulo como forma,
pois as limas tipo K-Flexofile são fabricadas a partir de uma
haste triangular.
 Fabricados por TOÇÃO de uma HASTE COM SECÇÃO
TRIANGULAR;
 Parte ATIVA semelhante à lima tipo K, porém com
um MENOR NÚMERO DE ESPIRAIS por unidade de
comprimento;
 Apresenta espirais de passos longos, tendo menos
número de espirais, logo o poder de corte é menor do que a lima tipo K;
 Cinemática de uso igual as limas tipo K, porém possuem GUIA DE PENETRAÇÃO INATIVA;
 Apresentam ALTA FLEXIBILIDADE, favorecendo a passagem nas porções curvas do canal.
 Mais flexível do que a Lima do tipo K;
 Indicada para canais curvos.

OBS: Lima que corta mais  Lima Hedströem. Lima com um poder de corte intermediário  Lima tipo K. Lima que
corta menos  Lima K-Flexofile (o parâmetro em questão são apenas as três limas).

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 A odontometria é a fase do tratamento endodôntico em que o dente é mensurado, para que


seja estabelecido o limite apical de instrumentação. Logo, precisa-se medir o dente, para
descobrir qual vai ser o comprimento daquele tratamento, a cimentação e a obturação. Vai-se
entrar com a lima até um certo ponto, não se pode entrar com a lima nem a mais, nem a menos
cada milímetro faz a diferença;

 Odontometria Incorreta
 Perfuração apical | Sobreintrumentação (instrumentação além do limite ideal) |
Sobreobturação (obturação além do limite ideal)  Dor Pós-Operatória;
 Restauração aquém (antes) do limite ideal  Vai ficar cheio de bactérias na região do ápice, o paciente vai
apresentar lesão periapical, com consequente insucesso do tratamento endodôntico;
 Instrumentação Deficiente | Obturação deficiente  Insucesso do tratamento endodôntico.

 Conceitos:
 Ápice radicular (ponto extremo da raiz)
 Ápice radiográfico (ponto extremo da raiz na radiografia)
 O ponto mais estreito da raiz é o ÁPICE. Só é possível enxergar o
ápice da raiz em uma radiografia;
 Quando vai-se fazer a Odontometria vai precisar medir o dente
desde o ponto extremo na coroa, até o ponto extremo na raiz que
é o ápice radiográfico, logo precisa-se de uma radiografia bem
feita, com uma angulação correta.
 Constricção Apical:
 Ponto onde o canal radicular apresenta o menor
diâmetro de todo seu trajeto;
 Tem-se um momento na raiz onde a dentina
acaba e começa-se o cemento. Logo termina-se
o canal dentinário e inicia-se o canal
cementário;
 Canal cementário (final do ápice)  abriga
outro tecido conjuntivo que é o ligamento
periodontal. Logo tem-se um momento na raiz
onde a dentina acaba e começa o cemento, logo
 Dentro do canal dentinário tem-se polpa (tem-se odontoblastos) e dentro do canal cementário tem o
ligamento periodontal (tem fibrobrastos), logo a composição histológica dos dois canais são diferentes;
 Ao fazer o tratamento endodôntico, o endodontista vai somente atuar no canal dentinário, só vai remover
a polpa, logo atuar dentro do canal dentinário, ele não vai atuar no canal cementário, se vai ele vai está
agredindo o ligamento periodontal. Então, quando se faz o tratamento endodôntico, o limite é onde
termina o canal dentinário e onde o canal cementário começa, esse limite é chamado de LIMITE CDC
(junção Cemento Dentina Canal) e vai coincidir com a CONSTRICÇÃO APICAL;
 Ao final do canal dentinário tem-se a parte mais estreita do canal radicular, logo nesse ponto onde o canal
dentinário termina, tem-se a CONSTRICÇÃO APICAL, onde depois dessa constricção abre-se o canal
cementário, que tem uma outra conformação;
 Logo, ao realizar um tratamento endodôntico o tratamento tem que terminar no limite CDC que coincide
com a constricção apical. O tratamento endodôntico não pode ser feito além do limite CDC se não vai

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haver uma lesão do tecido periapical, e nem aquém do limite CDC se não, não vai limpar todo o canal.
Logo precisa-se fazer todos os cálculos da Odontometria para saber qual a medida para instrumentar e
obturar em cima do limite CDC;
 Limite CDC (Junção cemento-dentina-canal):
 União entre os canais dentários e cementário.
 Exame Microscópico dos ápices radiculares:
 Limite CDC:
 Local onde o tecido pulpar termina e o tecido periodontal começa;

 Limite ideal de instrumentação:

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 Observações:
 Cada canal radicular vai ter uma medida própria;
 A média da medida do canal cementário é 1 mm aquém do forame apical;
 Corte Histológico  Constricção Apical
A constricção apical deve ser o limite ideal de instrumentação e obturação

 Conceitos:
 Comprimento do dente:
 Distância desde um ponto de referência coronário até o ápice radicular;
 Comprimento de trabalho:
 Distância entre um ponto de referência coronário e o limite CDC, onde devem se
encerrar a instrumentação e obturação;
 Esse comprimento de trabalho sempre vai ser 1mm aquém do ápice, logo se encerrando no limite CDC;
 A única maneira de enxergar é pela radiografia;

 Ponto de referência:
 Ponto clínico e radiograficamente visível que servirá como ponto de parada para o instrumento, sendo
utilizado em toda etapa da instrumentação e obturação.
 Se ao fazer os cálculos da odontometria e der 20 mm para fazer a instrumentação, deve-se pegar uma lima,
colocar um stop de borracha a 20 mm e aí esse stop de borracha deve parar no ponto de referência da coroa;
 Deve ser fixo e estável – para evitar que ocorram fraturas entre as consultas, assim tendo que refazer a
odontometria toda novamente;
 Cúspides sem suporte – desgastadas.
 Conceitos:
 Diâmetro Anatômico:
 Todo canal vai ter um diâmetro, tem canal que é mais largo, que
vai ter um diâmetro maior, por isso que se tem limas de segunda e
terceira série, e tem-se canais mais finos de diâmetro menor. Na
porção mais apical final do canal tem-se um diâmetro que
corresponde ao calibre original do canal, é o diâmetro anatômico
do canal na parte mais estreita;
 Calibre original que a porção apical final do canal radicular exibe
antes dos procedimentos de instrumentação;
 No ponto da constricção apical é o ponto mais estreito do canal,
então isso quer dizer que ali tem o menor diâmetro do canal radicular. Nesse ponto da constricção apical
vai-se ter então o diâmetro anatômico;
 Depois da instrumentação do canal vai-se alargar o canal, e aí não vai-se ter o mesmo diâmetro original,
sendo chamado agora de diâmetro cirúrgico;
 Está na constrição apical

Depois da
instrumentação tem-se o
 Diâmetro Cirúrgico (é
maior do que o Diâmetro
Anatômico – anterior)

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 Técnica da Odontometria Radiográfica (Técnica de Ingle):
 Técnica de Ingle;
 Técnica mais utilizada;
 Simples Execução.
 1º Passo:
 Radiografia Inicial;
 A radiografia deve ser bem tirada, com uma técnica bem executada. A radiografia
não pode está alongada, nem encurtada, deve-se mostrar da coroa ao ápice, além
de ser bem processada quimicamente.
 2º Passo:
 Medir todo o comprimento do dente na radiografia 
da coroa até o ápice;
 Comprimento Aparente do Dente (CAD);
*É aparente pois toda as radiografias por melhor que
sejam, tem o mínimo de distorção.
 Exemplo.: CAD: 24 mm

 O próximo passo é colocar uma lima no canal e radiografar com a lima no canal para confirmar as
medidas.
 3º Passo:
 Não pode entrar com a lima toda, então rimeiro vai-se diminuir 1 mm da lima, e depois vai diminuir
também por segurança de 1 a 2 mm dessa lima, pois pode haver alguma distorção na radiografia;
 Diminuir entre 2 a 3 mm da medida inicial (ao final de “tudo”), assim pode-se colocar a lima no canal
e radiografar
 Exemplo.: 24 mm – 1 mm (por conta do limite CDC) = 23 mm| – 1 ou 2 mm (por conta das distorções
da radiografia) = 22 mm ou 21 mm
 Adaptar cursor ao instrumento;
 4º Passo:
 Transferir essa medida para o instrumento inicial;
 Comprimento de Trabalho Provisório (CTP)  é a medida colocada na lima  Só vai ser definitivo
depois que se tirar a radiografia e verificar o tamanho na lima em relação ao canal.
 Adentrar com instrumento no interior do canal;
 Depois tirar uma radiografia.
 As limas não deverão ficar frouxas no interior do canal radicular durante a tomada radiográfica  Evitar seu
deslocamento, se não perde-se tudo o que foi feito antes.
 5º Passo:
 Proceder a tomada radiográfica com o instrumento (lima) no interior do canal;
 6º Passo:
 Medir a diferença entre a ponta do instrumento (lima) e o ápice radicular. Cumprimento Real dos
Dentes (CRD)  Pois os 21 mm da lima foi visto na mão, sabendo-se que é real. Logo o comprimento
real do dente vai ser os 21 mm + a diferença entre a ponta da lima e à radiografia. No exemplo foi 4
mm, logo CRD = 21 mm (comprimento da lima) + 4 mm = 25 mm.
 O comprimento real do dente foi diferente do comprimento aparente, pois no comprimento
aparente, tem-se uma distorção na radiografia;
 Não vai-se instrumentar o comprimento real do dente, vai-se instrumentar o comprimento real de
trabalho, vai instrumentar até o limite CDC;

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 7º Passo:
 Comprimento real de trabalho (CRT) = Subtrair em média 1 mm do comprimento real do dente.
 No exemplo o CRT vai ser 25 mm – 1 mm que vai ser igual à 24 mm;
 Ainda para poder confirmar se está certo, vai-se ter que tirar uma radiografia dentro do canal
novamente, porém vai está com 24 mm essa lima.

 Odontometria:
 Presença de mais de um canal radicular;

 Realizar tomada radiográfica com todas as limas nos canais;

 Economia de tempo e material e menor exposição à radiação.

 Técnicas Radiográficas Modificadas:


 São necessárias radiográficas anguladas para dissociar limas e estruturas sobrepostas;
 Técnicas de Clark:
 Orto-Radial;
 Mésio-Radial;
 Disto-Radial.
 O canal radicular localizado na região palatina ou lingual será
projetado para o mesmo lado da mudança de angulação.
 Dissociação de raízes e canais:
Dente Variação do Ângulo horizontal
Pré-Molar Superior Mésio-Radial
Molar Superior Orto-Radial
Canal MP molar superior Disto-Radial
Molar Inferior Disto-Radial

 Técnica de Le Master:
 Conseguir um maior paralelismo entre o dente e o filme e a
diminuição do ângulo de incidência vertical das raios X;
 Coloca-se o rolinho de algodão;
 Por exemplo, ao tirar a radiografia do molar superior, o
processo zigomático ficou em cima do que se quer ver, logo
vai-se ter que utilizar a técnica de Le Master.

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Odontologia Pré-Clínica 2 (Endodontia) – 5º Semestre – 2ª Unidade – Aula 2 – Instrumentação do Canal Radicular –
Técnica Regressiva

 Instrumentação:
 Etapa do tratamento endodôntico que visa à limpeza e preparo do
canal radicular por meio da ação mecânica dos instrumentos;
Logo a limpeza do canal radicular vai ser realizada durante a
instrumentação;
Preparo do canal radicular = INSTRUMENTAÇÃO + IRRIGAÇÃO do canal.
Não existe instrumentação sem irrigação pois quando se utiliza os
instrumentos vai-se formando raspas de dentina, e se deixar a raspa de
dentina dentro do canal, vai-se ter sujeira dentro do canal, e precisa-se
limpar, logo precisa da solução irrigadora para ir lavando o canal.

 Objetivos:
 Limpeza  Vai ser feita por meio da ação mecânica dos instrumentos, ao mesmo tempo que vai lavar o
canal radicular; Utiliza-se as limas e lava-se com uma solução irrigadora. Remove-se polpa viva,
inflamada ou necrosada, bactérias, dentina infectada;
 Conicidade (anatomia do canal – sempre é mais largo no terço cervical e vai se estreitando a
medida que chega no terço apical)
 Criar o batente apical;
 É como se fosse um degrau, um anteparo, para o
material obturador chegar naquele local e parar
(limitar o material obturador), logo o material
obturador vai assentar, se acomodar no batente
apical;
 Se o batente apical não for criado corretamente corre risco do material obturador
extravasar .

 Manter o trajeto original do canal:


 Deve respeitar a curvatura do canal;
 Tem técnicas de instrumentação que ajuda a manter o trajeto original do
canal respeitando a curvatura.
 Deve-se selecionar também o tipo de instrumento, pois existem limas
mais flexíveis a depender da curvatura do canal, logo devem ser aplicadas;

Observação:

 No STOP DE BORRACHA apresenta um traço preto, e o mesmo deve ser colocado


na direção onde está a curvatura da lima, ao fazer o seu pré-curvamento.

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 Regras básicas para técnicas de instrumentação:
 Explorar o canal previamente  Depois da abertura coronária é importante “sentir” o canal radicular, já
que o mesmo só pode ser visto por meio da radiografia e a radiografia não mostra tudo, só mostra duas
dimensões. Deve-se entrar com uma lima bem fina e ter uma sensibilidade tátil do canal, precisa sentir
se o canal está amplo ou mais atrésico, se tem algum obstáculo, se está atingido todo o comprimento
que se quer.
 Nunca forçar o instrumento dentro do canal;
 Conhecer a cinemática  movimento realizado com cada instrumento utilizado:
 Tipos de movimentos:
 Exploração ou Cateterismo;
 Alargamento;
 Limagem.
 Permitir um acesso livre e direto  dos instrumentos em toda a extensão do canal radicular
 Odontometria eficiente

 As técnicas regressiva e progressiva:


 Vão ser diferentes no sentindo da instrumentação;
 Sua instrumentação vai ser realizada por terços.

Regressiva  Sentido Progressiva


Sentido  Ápice-Coroa (Começa do terço apical, depois Coroa-ápice  Começa a instrumentar o terço cervical,
terço médio, depois terço cervical) depois terço médio, depois terço apical)
Step-Back Crown-Down
Indicação: Polpa Viva + Canal Reto Indicação: Polpa Necrosada ou Canal Curvo

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 TÉCNICA REGRESSIVA - ETAPAS:
 (Depois da abertura coronária...)
 Localização do canal;
 Exploração  Conhecer e “sentir” o canal. Entra com a Lima até o instrumento de trabalho
provisório;
 Odontometria;
 Extirpação pulpar  Deve-se retirar/remover a polpa;
 Confecção do batente apical;
 Escalonamento  objetiva a obtenção de formato cônico do canal radicular;
 Uso da Gates-Glidden  Complementa o escalonamento, complementa o preparo, alarga mais um
pouco.

1. Localização dos canais:


 Utiliza a sonda Endodôntica:
 Pode utilizar a Lima  tipo K 10 ou 15 de 21 mm.
 Quanto mais curto a lima, maior o controle do instrumento;

2. Exploração do canal radicular:


 Deve-se “sentir”, conhecer o canal radicular;
 Utiliza-se Lima tipo K, pois ela tem a guia de penetração ativa, entrando mais facilmente no canal;
 É importante entrar com a extremidade pré-curvada;
 Realizar um movimento de cateterismo ou exploração  Oscila a lima para direta e esquerda;

3. Odontometria:
 Seguir toda a técnica de Ingle da aula 1;
 Fazer os ajustes até a ponta do instrumento ficar a 1 mm do ápice radiográfico, descobrindo assim o
comprimento real de trabalho;

4. Extirpação pulpar:
 Remoção completa do tecido pulpar vivo;
 Deve-se entrar com a lima e tentar remover a polpa:
 Bloco  Remove-se a polpa de uma única vez;
 Fragmento.
 Feita com a Lima tipo K ou em alguns casos pode-se utilizar a lima Hedströem, sendo mais fácil a
polpa se enroscar na Lima Hedströem por conta do formato da parte ativa.

5. Confecção do batente apical:


 Ampliação do canal radicular em nível do limite CDC (comprimento real de trabalha) com a intenção
de criar o degrau apical (batente apical);
 O batente apical sempre vai ser feito no comprimento real de trabalho;
 Tem a função de limitar o material obturador;
 Para a confecção do batente apical vai-se ter uma regra, pois para escolher a lima que vai utilizar no
batente apical, pois deve-se respeitar a anatomia do diâmetro. Para isso precisa-se descobrir o
diâmetro anatômico.

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 Diâmetro Anatômico:
 É o diâmetro original do canal (antes da instrumentação), determinado
pelo primeiro instrumento que atinge o comprimento de trabalho justo às
paredes do canal.
 A que entrar justa determina o diâmetro do canal;
 Comprimento do dente (exemplo): após fazer a odontometria descobre-se
que o comprimento real de trabalho seja 22 mm (comprimento). Precisa
descobrir o diâmetro, para escolher a Lima que vai começar o batente
apical. Vai descobrir o diâmetro primeiro descobrindo o diâmetro
anatômico, testando as Limas até achar uma Lima que fique compatível
com aquele diâmetro anatômico.

 Diâmetro Cirúrgico:
 É o novo diâmetro no limite CDC após a dilatação (ampliação do canal), sendo determinado
pelo último instrumento (última lima) empregado na confecção do batente apical;
 Para a confecção do batente apical segue uma regra, onde utiliza-se a primeira lima do
diâmetro anatômico e mais três instrumentos;
 Logo, três instrumentos acima do diâmetro anatômico;
 Exemplo: DA (Diâmetro Anatômico) = Lima K 20 a 21 mm;
Lima K 25 a 21 mm;
Lima K 30 a 21 mm;
DC (Diâmetro Cirúrgico) = Lima k 35 a 21 mm;

 Exemplo:
 Imagem  Dente com uma lima 20 quadrado cheio na lateral
 Dente que apresenta comprimento de trabalho de 21 mm;
 Diâmetro anatômico Lima 20;
 Instrumento DA (20 A 21 MM)
 Movimento de alargamento (gira um pouco e puxa)
 Adentrar no CRT (25 a 21 mm)
 Realizar movimento de alargamento
 Adentrar no CRT (30 a 21 mm)
 Realizar movimento de alargamento
 Adentrar no CRT (35 a 21 mm)
 Realizar movimento de alargamento
Obs.: O movimento de alargamento consegue confeccionar um batente apical mais
correto/adequado. Logo sempre no batente apical utiliza-se um movimento de
alargamento, e sempre a Lima tem que chegar no comprimento de trabalho. Sempre
que for trocar de uma Lima para outra, deve-se lavar o canal irrigar para retirar a raspa
de dentina;
A Lima 35 também utiliza-se para instrumentar, fazendo o movimento de alargamento
DA = Diâmetro Anatômico;
CRT = Comprimento Real de Trabalho;

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DC = Diâmetro Cirúrgico.
 Após esse alargamento tem-se agora o DC e quem vai determinar esse DC vai ser a última
Lima que confeccionou esse batente apical;
 Última Lima de confecção do batente apical  Determina o Diâmetro cirúrgico  Chamada
de Instrumento de memória.

6. Escalonamento regressivo:
 É a ampliação em direção coronária, objetivando a obtenção de formato cônico do canal;
 Utiliza-se de 3 a 4 Limas acima da Lima memória sempre recuando 1 mm;
 Recuo programado de 1 mm em 1 mm a cada instrumento
maior entrando, assim dando uma conicidade ao canal;
 O escalonamento pode ser feita com a Lima tipo K e
Hedströem;
 LIMA 35 (LIMA MEMÓRIA)  Entra nos 21 mm, foi até o
comprimento real de trabalho. Realizar movimento de ¼ de
volta sentido horário e traciona (retira);
 LIMA 40  Entra no 20 mm, pois recuou 1 mm;
Passa a lima memória. Entra no comprimento de trabalho,
realizar movimento de ¼ de volta sentido horário e traciona
(retira)
 Lima 45  Entra nos 19 mm;
Passa a lima memória. Entra no comprimento de trabalho,
realizar movimento de ¼ de volta sentido horário e traciona
(retira);
 Lima 50  Entra nos 18 mm;
Passa a lima memória. Entra no comprimento de trabalho, realizar movimento de ¼ de volta sentido
horário e traciona (retira);
 Lima 55  Entra nos 17 mm;
Passa a lima memória Entra no
comprimento de trabalho, realizar
movimento de ¼ de volta sentido
horário e traciona (retira);
OBS.: A lima memória garante que
vai limpar as raspas de dentina do
terço apical;
A LIMA DE MEMÓRIA sempre
vai usar até o comprimento real de
trabalho

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7. Gates-Glidden
 Trabalhar somente na porção reta do canal;
 Restrita ao terços cervical e médios;
 Evitar a alavanca  Deve-se entrar somente em relação ao longo eixo, movimento reto, não fazendo
movimentos de alavanca;
 Encontro de resistência  Não forçar;
 Remoção da broca girando.
 Uso da broca Gates-Glidden:
 Canais amplos – emprego Gates-Glidden 3 e 4;
 Canais menos amplos – Gates-Glidden 2eE 3
 Canais muito constrictos – Gates-Glidden 1 e 2
 Passar a gates 2 em 2/3 do canal;
 Passar a gates 3 em 2/3 do canal;
 Se utilizou a Gates no momento da abertura coronária, não se usa a
Gates no escalonamento.

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Odontologia Pré-Clínica 2 (Endodontia) – 2ª Unidade – Aula 3 – Instrumentação do Canal Radicular – Técnica
Progressiva

 Técnicas Progressivas:
 São as técnicas que se realizam o preparo dos terços cervical e médio antes do apical;
 Necrose Pulpar:
 Benefício Biológico:
o Neutralização do conteúdo tóxico
o Reduz risco de extrusão de bactérias e de próprias raspas de dentina da instrumentação para a região
periapical.
*extruir (passar algum tipo de material do canal, através do forame apical para a região periapical)
o Se houver, por exemplo, uma lesão periapical bem grande, quando se tem essa situação, pode ter
acontecido de ter uma cárie extensa no dente, o que deve ter causado uma inflamação do tecido pulpar,
que foi evoluindo para uma necrose pulpar, quando se tem a necrose da polpa, as bactérias vão
consumindo aquela polpa como substrato, e as bactérias vão se proliferando pelo canal radicular, que
tem como produto toxinas bacterianas, causando uma lesão periapical, uma reabsorção óssea.
o Precisa-se então descontaminar, fazer o tratamento endodôntico, para que o próprio organismo repare
essa lesão periapical.
o Se fosse utilizar uma técnica regressiva vai-se está colocando a lima diretamente no terço apical e estaria
empurrando toda a contaminação, as bactérias para a região periapical.
o Então neste caso, precisa-se fazer uma neutralização do conteúdo tóxico do canal (bactérias e toxinas
bacterianas), e isso é feito pela instrumentação do terço cervical primeiro, instrumenta, irrigar, limpar,
mantando as bactérias.
o Depois de limpar o terço cervical, limpa-se o terço médio, e quando a lima chegar no terço apical vai está
limpo e o risco de jogar as bactérias para o periápice vai ser menor.

 Canais Curvos:
 Benefício Técnico:
o Quando se tem canais curvos, a lima tem que passar pelos terços cervical, médio, até o apical, pois a
lima vai ter que chegar até o limite CDC;
o Para a lima é mais difícil passar por um canal curvo, do que por um canal reto. Nesse caso, para facilitar a
passagem da lima, alarga-se o canal no terço cervical, alarga o terço médio e quando chegar ao terço
apical a lima já entra solta;
o Logo tem-se esse benefício técnico de facilitar a entrada da lima no canal curvo quando se utiliza uma
técnica progressiva de instrumentação;
o Se não fizer a técnica progressiva pode acontecer algum acidente, como a lima descer reta e desviar da
instrumentação, ou então não consegue chegar na curvatura, fazendo uma instrumentação aquém,

 Patência Foraminal:
 Manutenção do forame apical desobstruído com a lima fina;
 A Patência Foraminal não necessariamente é feita em casos de polpa viva;
 Em caso de necrose pulpar, o canal está cheio de bactérias, o que pode atingir a região do canal cementário,
destruindo até o ligamento periodontal. Então precisa-se também limpar a região do canal cementário,
precisa-se retirar essas bactérias para aumentar a chance do sucesso do tratamento endodôntico. Logo a
Patência Foraminal é a limpeza do canal cementário. Entretanto, NÃO vai-se limpar e alargar o canal até o
forame, vai instrumentar e alargar o canal até o batente apical, e o canal cementário vai ser limpo com uma
lima fininha, e essa lima chega até o forame, e mantem o forame apical desobstruído para assim a solução
irrigadora chegar e matar as bactérias. Logo, a Patência Foraminal não é uma instrumentação até o forame
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apical, se instrumentar com todas as lima até o forame apical, o material obturador vai extravasar, então
vai-se fazer a instrumentação do batente apical no limite CDC, e só faz uma limpeza do canal cementário,
mantendo a Patência Foraminal, só para a solução irrigadora chegar até o local e lavar e matar as bactérias.
 Finalidade:
o Limpar o canal cementário;
o Melhor pós-operatório  Pois vai-se retirar as bactérias, logo tirou a causa, tem uma maior chance de
sucesso;
o Favorece o reparo  Do ligamento periodontal e osso
o Maior chance de sucesso do tratamento endodôntico, do que deixar bactérias no canal radicular.
 Como fazer?
o Utiliza uma Lima tipo K  pois tem uma guia de penetração ATIVA;
o Instrumentos de números 10 ou 15  Pois são mais finas;
o Utiliza-se no comprimento real do dente  vai até o final do forame apical;
o Movimentos curtos de limagem.
 Em qual momento fazer?
o Após a determinação do diâmetro anatômico;
o A cada troca de instrumento do batente apical.
o Batente Apical  1ª Lima (Diâmetro Anatômico) + 3 Instrumentos (4ª Lima Diâmetro Cirúrgico –
memória):

o Na hora que fizer a odontometria e descobrir qual é a lima que fica justa no comprimento de trabalho,
que é a que fica justa ao diâmetro anatômico, já vai fazer a patência foraminal, então antes de se fazer o
batente apical, já faz a patência foraminal, pois se fizer o batente apical, na hora que chegar com a lima
de patência vai ser mais difícil, ela vai tender a ficar batendo no batente apical;
o Durante o batente apical, é importante a cada troca de lima do batente apical, manter a patência, que é
passar de novo a lima de patência, fazer o movimento de limagem, e tirar e deixar o forame apical
desobstruído e a solução conseguir limpar/lavar com a solução irrigadora.
o A última lima da instrumentação que vai alargar o canal vai ser a lima memória. A última lima utilizada
para desobstrução vai ser a de patência (em caso de necrose pulpar)
CRT  Fica 1 mm aquém do ápice, onde vai-se fazer o batente apical;
 Técnica Progressiva:
 Instrumenta-se primeiro o terço cervical, depois o terço médio, depois o terço apical, logo o sentindo da
instrumentação é COROA  ÁPICE;
 Técnica de Oregon – Crown-Down:
o Medir radiografia inicial e através dessa medida se obtém
duas outras medidas:
 Medida 1 = 2/3 cervical e médio
 Medida 2 = Comprimento de Trabalho Provisório
(CTP)
o Calcular 2/3 e comprimento de trabalho provisório;
o Acesso radicular – 2/3  fazer a instrumentação dos 2/3
progressivamente;

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o Uso da Gates-Glidden para complementar a limpeza dos 2/3;
o Progressiva até CTP (medida 2)  Logo vai-se utilizando várias limas ate chegar na medida 1, depois
várias limas até chegar na medida 2. Quando chegar até a medida 2, só aí que irá ser feito a
odontometria, para fazer no final o batente apical. Logo nessa técnica progressiva, faz-se primeiro o
escalonamento progressivo e no final faz o batente apical.
o Odontometria  Faz-se a odontometria normalmente;
o Progressiva até CRT para fazer o batente apical;
o Patência Foraminal  em casos de necrose pulpar, é feita antes do batente apical;
o Confecção de batente apical

 Técnica de Oregon:
 Medir o dente na radiografia calcular 2/3 (Medida 1) subtrair “3 mm” da medida RX inicial (Medida 2) (CTP);
 Girar ¼ de volta sentido horário 4 vezes (lima 80)
 Deve-se escolher uma lima que fique justa na cervical do dente, logo na embocadura do canal, sem atingir a
medida 1, mesmo posicionando o stop de borracha para a medida 1, a lima não chega na medida 1, pois a
lima é muito mais calibrosa;
 Gira ¼ de volta sentido horário 4 vezes (lima 70k)
 Gira ¼ de volta sentido horário 4 vezes (lima 60k)
 “Atingiu” 2/3 (medida 1). Gira ¼ de volta sentido horário 4 vezes (lima 55k)
 OBS.: Sempre entre a troca de lima, deve-se irrigar (lavar) e sugar;
 Passar a Gates Glidden 3 (só vai até os 2/3, logo só utiliza até a medida 1);

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 Passar a Gates Glidden 2 (só vai até os 2/3, logo só utiliza até a medida 1);
 Continuar progressivamente para chegar a medida 2 (CTP);
Girar ¼ de volta no sentindo horário 4 vezes (lima 50k)
 Continuar progressivamente para chegar a medida 2 (CTP);
Girar ¼ de volta no sentindo horário 4 vezes (lima 45k);
 Chegou na medida 2 (Comprimento de Trabalho Provisório);
* Realizar a odontometria:
- A lima que está dentro do canal vai deixar e tirar uma radiografia de odontometria;
- Observar a posição da lima em relação ao ápice;
 Medir a diferença entre a ponta do instrumento e o ápice (CRD)
CRT = CRD – 1 mm
 Continuar progressivamente para chegar ao CRT, depois da lima que parou logo na 35k ;
Girar ¼ de volta no sentindo horário 4 vezes (lima 35k)
 Continuar progressivamente para chegar ao CRT
Gira 1/34 de volta no sentido horário 4 vezes (lima 30k)
 Chegou ao CRT (lima 25k)
Tira-se uma radiografia para confirmar se a lima está a 1 mm do ápice;
Se tiver certinha (a lima) no limite CDC, chegando ao CRT pode-se fazer agora o batente apical;
A primeira lima que chega ao CRT é a lima que determinar o Diâmetro Anatômico
 Pode-se fazer agora o batente apical;
 Se for um caso de necrose pulpar, antes do batente apical, faz-se a Patência Foraminal
 No exemplo em questão o CRD = 25 mm – faz a PATÊNCIA
 CRT = 24 mm – Faz o Batente
 Confecção de batente apical  25 k (DA) + 3 instrumentos/limas (30k, 35k, 40k (Lima Memória) )
 Adentrar no CRT;
 Realizar momento de alargamento;
 Se for um caso de necrose pulpar, entre a realização do batente, faz-se a Patência Foraminal com a lima 10k
ou 15k

 Técnica Progressiva;
 Técnica de Oregon Modificada
 Escalonamento progressivo (primeiro) + Escalonamento regressivo (posteriormente)

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Odontologia Pré-Clínica 2 (Endodontia) - 5º Semestre – 3ª Unidade – Aula 1 - Obturação do Canal Radicular

 Obturação:
 É o preenchimento, tridimensional (preencher todo o sistema de canais
radiculares) e hermético (o mais selado possível), do sistema de canais
radiculares de canais radiculares por um material inerte (que não cause
irritação, que não seja agressivo aos tecidos periapicais) ou material que
estimule a reparação (quando se tem destruição por conta de uma lesão
periapical, essa região periapical vai ser reparada).

 Em alguns casos serão utilizados uma medicação intracanal radicular antes de


obturar esse canal. Por exemplo, um paciente que chega com uma fístula,
com um edema, é sabido que esse canal está todo contaminado, está com
necrose pulpar, está cheio de bactérias dentro desse canal, então deverá ser
feita a instrumentação, vai lavar com a solução irrigadora que vai eliminar
grande parte das bactérias, só que esses dois procedimentos citados
anteriormente não conseguem eliminar todas as bactérias, então entra-se
com uma medicação intracanal, não elimina tudo, mas consegue diminuir
muito a quantidade de bactérias. Após todos os procedimentos, marca-se o retorno do paciente para analisar
se o quadro está melhor para ser obturado ou não. Então basicamente precisa-se alegar o paciente para
saber se o mesmo tem sinais e sintomas, para saber se vai realizar a obturação ou não.

 Momento ideal da obturação:


 Preparo biomecânico/químicomecânico completo  é a instrumentação e a irrigação;
 O paciente deve apresentar ausência de sintomatologia dolorosa  Se o paciente apresentar dor a
apalpação, dor a percussão, ou quando mastiga dói, isso pode indicar que ainda há presença de infecção
dentro do canal radicular, então o ideal é limpar novamente, colocar uma nova medicação, até melhorar
o quadro.
 Ausência de exsudato (canal seco);
 Sem um canal seco, o material obturador não vai aderir;
 Ausência de edema;
 Ausência de odor.

 Limite apical da obturação:


 Limite CDC;
 Na mesma medida do CRT;
 1,0 mm aquém do forame apical;

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 Materiais Obturadores:

 Basicamente o que será utilizado para obturar o canal radicular vão ser os cones de Gutta-Percha e o
cimento obturador;
 Utiliza-se Cones de Gutta-Percha e precisa-se selar o canal de maneira tridimensional com o cimento
endodôntico
 Cones de GP + Cimento Obturador = obturação do canal;
 Precisa-se utilizar o máximo de cones de Gutta-Percha que se conseguir, e o espaço que não for
preenchido pelos cones o cimento tem que escoar e preencher;
 Requisitos de um material obturador ideal:
 Propriedades físico-químicas:
1. O material deve ser plástico no momento de inserção, tornando-se sólido posteriormente;
2. Propiciar bom tempo de trabalho e de presa  LENTO, logo a presa não deve ser rápida. Se for
fazer uma prótese para o dente, precisa-se esperar o cimento endurecer, e deve-se esperar no
mínimo 24 horas;
3. Ser radiopaco e de fácil remoção  Tanto a Gutta-Percha e o cimento têm radiopacidade. Em
relação à fácil remoção, está relacionado com o sucesso ou não do tratamento, caso o
tratamento tenha um insucesso, o material de fácil remoção é melhor. Logo, nesses casos de
insucesso precisa-se refazer todo o tratamento, precisa-se tirar todo o material, para limpar
novamente, colocar uma medicação, e obturar novamente.
4. Possuir bom escoamento e aderência  O cimento deve possuir esse bom escoamento e essa
boa aderência. A Gutta-Percha não tem nenhuma dessas duas características;
5. Não deve ser solubilizado no interior do canal radicular  O cimento é solubilizado no interior do
canal, com uma infiltração, e geralmente tem uma infiltração mínima.

OBS.: A quantidade de cimento deve ser mínima, a quantidade maior deve ser com os cones de Gutta-Percha

 Propriedades biológicas:
1. Boa tolerância tecidual  Não deve ser irritante, deve ter uma biocompatibilidade;
2. Ser reabsorvido no periápice quando extravasado  O ideal é que o cimento seja reabsorvido
quando extravasado. Vai-se fazer a obturação no limite CDC, e o batente apical é feito justamente
para tentar limitar esse material obturador, só que às vezes, aquele paciente tem um forame
muito amplo, aí foi lá, limpou, fez a patência foraminal, e sem querer o cimento escoa, então vai
acompanhar o paciente para ver se o cimento vai ser reabsorvido. Nessa situação, passa-se uma
medicação anti-inflamatória, pois provavelmente o paciente vai sentir um pouco de dor.
3. Estimular ou permitir a deposição do tecido mineralizado a nível foraminal;

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4. Ter ação antimicrobiana  Essa ação é um pouco controvérsia, pois toda substância que tem a
capacidade de matar bactérias, também vai ter capacidade de atingir as células vivas do
ligamento periodontal, logo vai ser irritante. Logo, se o cimento endodôntico tiver uma
capacidade antimicrobiana, ele também vai ser irritante.

OBS.: Deve-se evitar extravasar cimento endodôntico para região periapical, se não vai ocorrer um processo
inflamatório, transitório para aquela região, logo as células de defesa vão tentar reagir à situação.

OBS.: Se extravasar cimento endodôntico, deve-se fazer um acompanhamento, pois o próprio organismo consegue
reabsorver aquele cimento com o passar dos anos.

OBS.: O material obturador precisa ser inerte ou estimular a deposição de tecido mineralizado, se possível. A Gutta-
Percha é inerte, como se fosse uma borracha, ela não vai ser irritante nem vai estimular a devolução de tecido
mineralizado para reparação. Entretanto alguns cimentos endodônticos tem a capacidade de estimular a deposição
de tecido mineralizado, como por exemplo, cimentos que tem hidróxido de cálcio. O hidróxido de cálcio quando está
em contato com algumas células, como por exemplo, odontoblastos, osteoblasto, cementoblastos, o hidróxido de
cálcio vai ter a capacidade de chegar nessas células e estimular aquelas células a formar tecido mineralizado. Logo,
por exemplo, o cimento de hidróxido de cálcio está por exemplo no nível do limite CDC, e ele estimula o osso que
teve reabsorção óssea e lesão periapical a ser novamente formado. O maior estímulo não é do cimento, o maior
estímulo é retirar as bactérias e o próprio organismo com o processo de remodelação óssea, vai formar um novo
osso. Só que o cimento a base de hidróxido de cálcio vai “pegar” os cementoblastos que estão no ligamento
periodontal e estimular eles a formarem cemento, que vai vedar o forame, então é o que se chama de SELAMENTO
BIOLÓGICO, então o próprio cimento a base de hidróxido de cálcio, vai estimular esses cementoblastos que vão
vedar esse forame, e isso é bom, pois vai isolar o próprio canal radicular de fluidos que pode vir pelo forame apical,
então se o cemento tiver essa capacidade de estimular a deposição de tecido mineralizado, isso é uma boa
característica.

 Gutta-Percha:
 Toda Gutta-Percha é derivada do Látex;
 É feita de um isômero da borracha;
 Vai-se preencher o canal com o máximo de Gutta-
Percha possível, e o cimento vai ser usado em
conjunto somente para complementar o espaço que a Gutta-Percha não preenche, porque, o
cimento não tem a estabilidade que a Gutta-Percha tem, ele é solubilizado. O cimento vai ficar o
mínimo.
 Vantagens:
Não mancha a estrutura dental  A Gutta-Percha não vai ter aderência à parede do canal,
então ela não vai manchar o dente, só que se deixar a Gutta-Percha na câmara pulpar, o dente
vai ficar mais escuro, então deve-se deixar a obturação ao nível da embocadura ou abaixo, tira
todo o material da câmara pulpar, porque se não pode aparecer. Já o cimento endodôntico, se
ficar grudado na câmara pulpar, ele mancha, e o dente fica meio acinzentado.
Apresenta certa plasticidade;
Não é solubilizada pelos fluidos orgânicos;

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Facilidade de remoção, por tração ou por meio de solventes  Para tirar os cones de Gutta-
Percha utiliza-se limas, brocas de Gates ou existe um solvente que quando coloca no canal
derrete a Gutta-Percha e vai removendo depois.
É estável  Logo a borracha ao longo do tempo não vai deteriorar, solubilizar, é um material
estável, logo o material pode ser permanente dentro do canal.

 Desvantagens:
Não se adapta às irregularidades do canal, necessitando que um cimento obturador seja
associado;
A Gutta-Percha não exibe adesão à estrutura dental e não apresenta bom selamento

 Cones principais:
Tem o mesmo calibre da lima memória (instrumento final),
que vai se encaixar certinho no batente apical;
Deve-se colocar apenas 1 cone principal em cada canal, os
demais espaços vazios preenche-se com cone acessório;
1ª Série;

2ª Série;

 Cones Acessórios:
São mais finos;
Coloca-se vários, até preencher os espaços, pois deve-se
preencher o máximo de espaço possível com os cones de
Gutta-Percha.

 Cimento endodôntico:
 Ocupar os espaços entre a guta-percha e as paredes do canal;
 Ocupar os espaços entre os cones de guta-percha;
 O cimento vai penetrar as ramificações  canais radiculares;
 Cimentos à base de óxido de zinco e eugenol;
 Cimentos à base de resina epóxicas (é um pouco diferente
das conhecidas, de monômeros);
 Cimentos contendo hidróxido de cálcio;
 Cimentos à base de silicona;
 Cimentos à base de ionômero de vidro (tem ionômero na composição);
 Cimentos à base de MTA  Material mais avançado.

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1. Cimentos à base de óxido de zinco e eugenol
Endofill (CIMENTO ENDODÔNTICO CEMENTO ENDODÓNTICO)
o Pó; (12g) – Óxido de Zinco;
o Líquido (10 ml) – Eugenol;
Obs.: O eugenol tem uma desvantagem, ele é
tóxico.
Apresenta poder antimicrobiano;
Não é o cimento de primeira escolha pois ele
apresenta citotoxidade, ele tem um poder
antimicrobiano, mas é irritante;
Citotoxidade;
Sua biocompatibilidade não é favorável,
induzindo à formação de infiltrado inflamatório
crônico (eugenol livre);
Cimento tipo Grosma  Cimento a base de óxido de zinco e eugenol;
Tem o custo mais baixo.

2. Cimentos à base de resina epóxicas:


Cimento AH Plus;
o Excelente radiopacidade;
o Excelente escoamento;
o Boa biocompatibilidade;
o Solubilidade é menor;
o É mais estável;
o É caro, mas rende;
o Padrão Ouro.
Cimento Pasta-Pasta;
o Coloca-se duas tiras de pasta do mesmo tamanho e mistura-se.

3. Cimentos com Hidróxido de Cálcio:


Cimento Sealer 26;
o Cimento Endodôntico com Hidróxido de Cálcio
o Pó  Contém na sua composição o hidróxido de
cálcio;
o Líquido  Contém na sua composição a resina
epóxicas.
o Valor intermediário
o Caraterísticas:
 Muito bem tolerado pelos tecidos
periapicais, logo não é irritante;
 Alto índice de selamentos biológicos.

OBS.: Quando o cimento endodôntico for oriundo de um pó e líquido, vai-se manipular de uma maneira que fique
com a consistência de “ponto de fio”.

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Odontologia Pré-Clínica 2 (Endodontia) – 5º Semestre – 3ª Unidade – Aula 2 – Substâncias Químicas Utilizadas no
Preparo Biomecânico do Canal Radicular

 Contextualização:
 O preparo biomecânico ou preparo químicomecânico é a instrumentação do canal radicular juntamente
com a irrigação. Não existe instrumentação sem irrigação, então essa associação da instrumentação com
a irrigação é chamado de preparo do canal radicular;
 Então esse preparo biomecânico, tem a função de limpar o canal radicular, através da instrumentação e
da irrigação;
 A limpeza é no sentido de: tirar restos de polpa necrótica, bactérias, raspa de dentina, tudo precisa ser
removido do canal radicular;
 A limpeza do canal é feita pela ação mecânica dos instrumentos, então, as limas vão fazer movimentos
de alargamento, de limagem, e vão remover uma parte da dentina, remover polpa, através da ação
mecânica dos instrumentos. Além disso, para a limpeza precisa-se da ação física da solução irrigadora,
quando está irrigando esse liquido vai lavar o canal, vai arrastar, então o movimento do líquido dentro
do canal, que é a movimentação do líquido, faz o arraste mecânico, faz a limpeza física da sujeira do
canal. Só que, apenas essa ação física não é suficiente, pois como tem um sistema de ramificações no
canal radicular, dentro dessas ramificações tem tanto tecido pulpar, quanto bactérias, que precisam ser
removidos, então precisa-se da ação química da solução irrigadora, para realizar a limpeza do canal.

 Irrigação:
 É o ato de limpar o canal radicular pela movimentação e renovação frequente do líquido em seu interior.

 Ausência de irrigação (Se a irrigação não for feita em abundância, se a irrigação for deficiente, colocar pouca
quantidade de líquido):
 Vai ficar material na luz do canal;
 Presença de raspas de dentina  Formadas durante a instrumentação;
 Plug de dentina no ápice  Um monte de raspa de dentina entulhada na região apical. O plug é como se
fosse um tampão formado pelas raspas de dentina;
 Extravasamento de material (raspas de dentina) para o periápice  Sendo um corpo estranho na região
periapical, causando uma reação inflamatória;

Odontologia Pré-Clínica 2 (Endodontia) – 5º Semestre – 3ª Unidade - Aula 2 – Substâncias Químicas Utilizadas


no Preparo Biomecânico do Canal Radicular - @Resumodontologia Página 1

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 Propriedades desejáveis das soluções irrigadoras:
 Baixo coeficiente de viscosidade  Logo precisa ser fluida:
 Fluidez;
 Tem líquidos que são mais fluidos, e tem líquidos que são mais viscosos. Se
colocar um líquido mais viscoso para irrigar o canal, é ruim pois vai precisar
que a solução irrigadora escoe pelo canal, e atinja todas as ramificações, logo
a solução tem que escoar até pelas ramificações.

 Baixa tesão superficial:


 Se o líquido tiver uma tensão superficial muito grande, ele não vai conseguir espalhar bem pela parede
do canal e molhar bem a parede do canal;
 Molhando as paredes do canal, vai-se assim ter reações químicas;
 Detergentes  Alguns detergentes possuem uma tensão superficial baixa, só que ao mesmo tempo,
uma solução que é detergente não tem muita ação química, por exemplo não tem ação química sobre as
bactérias, então esses detergentes acabam sendo acrescentados aos outros líquidos que são utilizados
para abaixar a tensão superficial;
 Hipoclorito de sódio  Ele tem uma baixa tensão superficial, então não precisa acrescentar o detergente
para o hipoclorito de sódio, o hipoclorito de sódio, por si só, uma das vantagens dele, é ter uma baixa
tensão superficial, então tem um grande poder umectante, que é de molhar o canal radicular.

 Então se o líquido tiver uma alta tensão superficial, ele vai entrar no canal e não vai conseguir penetrar
nas ramificações, então quanto menor a tensão superficial, maior o poder umectante (de molhamento),
e aquele líquido vai escoar para todas as ramificações, e escoando para essas ramificações esse líquido
vai conseguir agir na limpeza dessas ramificações

 Ter a capacidade de dissolver tecido orgânico:


 Remoção de tecido pulpar;
 A dentina é formada principalmente de mineral (hidroxiapatita que é inorgânico), tem em sua
composição o colágeno que é orgânico;
 A lima não tem capacidade de entrar no istmo, dentro dele tem também tecido pulpar, e não pode
deixar esse tecido pulpar, pois com o tempo pode necrosar e virar substrato para as bactérias, se

Odontologia Pré-Clínica 2 (Endodontia) – 5º Semestre – 3ª Unidade - Aula 2 – Substâncias Químicas Utilizadas


no Preparo Biomecânico do Canal Radicular - @Resumodontologia Página 2

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proliferando no canal, causando um insucesso do tratamento, logo precisa-se de uma solução
irrigadora que dissolva essa polpa;
 O hipoclorito de sódio tem a capacidade de dissolver matéria orgânica/tecido orgânico. Quando se fala
em hipoclorito de sódio, a água sanitária que é utilizada em casa é o hipoclorito de sódio, só que a
2,5%, só que não vai ser utilizada nos tratamentos o mesmo hipoclorito de sódio que é utilizado em
casa, pois ela pode conter impurezas, vai ser comprado o hipoclorito de sódio na dental.

 Precisa facilitar a instrumentação:


 Pela atividade lubrificante;
 Toda solução irrigadora vai ter a capacidade de lubrificar o canal radicular;
 Se for instrumentar um canal que está seco, sem líquido nenhum, e um que está úmido, o que está
úmido vai ser mais fácil;
 Logo, a lubrificação facilita a ação mecânica dos instrumentos;
 Quando está fazendo a irrigação do canal, e trocando de lima e renovando a solução, deixa-se a câmara
pulpar encharcada de líquido, inundada de solução irrigadora. Só vai sugar ao final de tudo, quando se
quer secar o canal para obturar.

 Precisa ter atividade antimicrobiana:


 Principalmente nos casos de necrose pulpar, lesão periapical;;
 Precisa-se fazer a desinfecção do canal radicular;
 Essa atividade antimicrobiana é a capacidade de matar a bactéria, vai ter ação química;
 Não consegue esterilizar o canal (eliminar 100% das bactérias), então utiliza uma medicação intracanal,
para tentar eliminar mais bactérias do canal, mas nunca vai conseguir esterilizar.

 Atividade quelante:
 Remoção da Smear Layer;
 Logo, precisa ter a capacidade de remover a Smear Layer de entro do canal;
 Quando se está fazendo o preparo do canal, a instrumentação, está sendo formada uma lama
dentinária, logo a Smear Layer, que é a mistura da raspa de dentina, com resto de polpa, com resto de
bactérias, com fragmentos de odontoblastos, com colágeno da dentina. Logo fica essa camada de
Smear Layer grudada na parede do canal

 Biocompatibilidade:
 Toda substância desinfetante apresenta toxidade para células vivas;
 Toda substância química que vai agir na bactéria, matando, a substância química vai também chegar
nas nossas células, do nosso organismo e vai ser agressiva, irritante, então o hipoclorito de sódio vai ter
a capacidade de matar bactérias, só que ele tem essa desvantagem, que é uma solução que não tem
uma boa biocompatibilidade, logo é irritante;
 Logo, o ideal é que a solução tivesse uma biocompatibilidade, pois vai irrigar o canal radicular e vai
entrar em contato indireto com o ligamento periodontal, mesmo que a irrigação seja feita de uma
maneira que fique somente dentro do canal, já que as agulhas de irrigação tem uma saída lateral, logo
se a agulha travar no canal tem uma saída de líquido lateral, evitando que o líquido vá para a região
periapical. Se injetar os líquidos irrigadores dentro da região periapical, como por exemplo injetar uma
água sanitária na região periapical do paciente, sendo isso um acidente gravíssimo, e se isso acontecer
o paciente volta com edema, hematoma, necrose de tecido, o paciente precisa ser internado, precisa

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ser utilizado corticoide, adrenalina, anti-inflamatório, antibiótico, tem uma série de medicações para
ser utilizada;
 Mas mesmo tendo cuidado durante a irrigação, é visto que dentro do canal, o líquido fica em contato
com o tecido periapical que está livre, então o ideal é que a solução seja biocompatível.

 Soluções irrigadoras do canal radicular :


 Classificação das Soluções Irrigadoras:
 Compostos Halogenados  Substâncias que liberam cloro. A importância de liberar cloro é ter a
capacidade antimicrobiana, então o cloro vai agir e matar a bactéria.
 Tensoativos (detergentes)  Os detergentes tem uma grande vantagem que é ter uma baixa tensão
superficial, só que o detergente não tem muita ação química, não dissolve matéria orgânica, não mata
microorganismo, então o que acaba acontecendo com os detergentes, é que eles acabam sendo
associados, ou misturados a outras soluções, como com os quelantes;
 Quelantes
 Ácidos  Existem alguns ácidos que atuam como quelantes, que são os casos do ácido cítrico;
 Peróxidos  Ex.: Peródixo de hidrogênio e água oxigenada (porém este tem uma ação antimicrobiana
muito pequena, não justificando sua utilização, já que existe o hipoclorito de sódio que tem uma ação
antimicrobiana muito maior);
 Associações e/ou misturas.

PRINCIPAIS

1. Compostos Halogenados:
 Hipoclorito de Sódio;
 NaOCl  é obtido pela reação entre o hidróxido de sódio e o cloro à frio;
 1915 – Dakin:
o Começou a utilizar o hipoclorito de sódio, na limpeza de feridas de soldados em guerras,
entretanto esse NaOCl é muito menos concentrado, percebendo que se utilizasse o NaOCl nas
feridas iria diminuir a infecção. A água sanitária utilizada em casa é o hipoclorito de sódio a
2,5%.
 Uma coisa muito importante que o hipoclorito de sódio faz é em relação às bactérias. As bactérias
no processo de cárie, formam um biofilme, onde as bactérias conseguem produzir polissacarídeos
extracelulares, que parece uma cola, então as bactérias formam aquela cola e ficam dentro daquela
cola de polissacarídeos extracelulares, então é isso que é o biofilme, então esse biofilme fica
aderido à estrutura do dente, e forma a cárie. Só que dentro do canal radicular tem bactéria soltas e
tem também bactérias que estão formando o biofilme, o problema do biofilme é que a solução
irrigadora passa por cima do biofilme, e as bactérias ficam protegidas por aquela cola, sendo uma
superproteção para as bactérias. O hipoclorito de sódio tem capacidade de dissolver matéria
orgânica, então o hipoclorito de sódio tem capacidade de dissolver o biofilme, e poucas soluções
irrigadoras tem essa capacidade.
 1936 – Walker.
o Emprego do NaOCl na Endodontia;
o Desde 1936 até os dias de hoje, o NaOCl é a solução irrigadora mais utilizada.
 O NaOCl é uma das substâncias mais utilizadas, pois ela possui a maior quantidade de propriedades
que foram explicadas anteriormente;

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 Na endodontia o NaOCl pode ser utilizado em diferentes concentrações:
o Líquido de Dakin  NaoOCl a 0,5 %  Praticamente já não é quase utilizado na endodontia,
por sua baixa concentração;
o Solução de Milton  NaOCl a 1 %  Utilizado principalmente na odontopediatria;
o Licor de Labarraque  NaOCl a 2,5 % Mais utilizado na clínica odontológica. Mesma
concentração da água sanitária utilizada em casa. Já tem uma boa ação antimicrobiana e
capacidade de dissolver tecido pulpar satisfatória;
o Soda Clorada  NaOCl entre 4 a 6 %  Geralmente utilizada na concentração de 5,25%.
Utilizada principalmente em casos de necrose pulpar, onde tem lesão periapical, quando
precisa-se de uma desinfecção maior do canal radicular

OBS.: O hipoclorito de sódio que é menos concentrado é menos irritante, só que também a ação antimicrobiana dele
é muito menor, a capacidade matar bactéria e dissolver matéria orgânica é menor. Se o hipoclorito de sódio é mais
concentrado ele tem uma capacidade maior de matar bactéria, dissolver tecido pulpar, só que ele também vai ser
mais irritante.

OBS.: As embalagens que contém esses líquidos são escuras, não são transparentes, pois o hipoclorito de sódio, com
o tempo vai liberando cloro, e uma coisa que acelera essa liberação do coloro é a luz do ambiente, então se colocar
o NaOCl em um frasco transparente, ele vai liberando cloro mais rápido, diminuindo assim a concentração ainda
mais rápida. Então por exemplo se comprar um NaOCl com uma concentração de 0,5%, se ela não tiver bem
protegida, não vai ter nem essa concentração de 0,5% na verdade vai estar abaixo.

OBS.: Um outro ponto importante a ser avaliado é a validade. Quando for ser comprado o hipoclorito de sódio na
dental, não deve ser adquirido aquelas que estão próximo do vencimento, sempre deve-se procurar comprar uma
solução mais fresca, pois se tiver próximo de vencer, a sua concentração vai ter caído bastante, logo se for um de
0,5% vai ter ainda menos do que 0,5%.

 Vantagem:
o NaOCl 5%  Tem uma ação mais potente, mais rápida, mais eficiente;
o Dissolução de matéria orgânica  Capacidade de dissolver tecido pulpar;

 Propriedades:
o Atividade Antibacteriana  O cloro liberado vai conseguir agir na bactéria e matar a bactéria;
o Solvente de matéria orgânica  Consegue dissolver tecido pulpar;
o Ação desodorizante  Neutraliza os gases produzidos pelas bactérias do canal, diminuindo o
odor fétido;
o Clareadora  Consegue agir removendo o sangue que pode manchar a estrutura dental;
o Ação lubrificante dentro do canal;
o Baixa tensão superficial;
o Neutraliza produtos tóxicos  Toxinas bacterianas;
o pH alcalino  Poucas bactérias conseguem sobreviver em um ambiente que tem o pH alcalino.

 Uso do hipoclorito de sódio (CUIDADO):


o Irritante aos tecidos periapicais em altas concentrações. Logo ele não é biocompatível, e se
estiver mais concentrada, mais irritante ele será;

 Desvantagens:
o A biocompatibilidade não é favorável;

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o Corrosão dos instrumentos endodônticos;
o Odor e sabor desagradáveis (não deve ser sentido por conta do isolamento absoluto, se sentir,
houve alguma falha no isolamento, a falha deve ser vedada, como por exemplo, com o auxílio
do TOP DAM)
o Descoloração das roupas seja do paciente ou do profissional;
o Alergia  Não é uma coisa muito comum. Mas na hora da anamnese deve perguntar se o
paciente é alérgico à algum produto. Se houver alergia ao hipoclorito de sódio deve-se
substituir por uma outra solução irrigadora, como por exemplo pela clorexidina.

 Clorexidina:
 Digluconato de clorexidina (Conhecida como Periogard 0,12% | Clorexidina em endodontia
utilizada é a  2%, logo de maior concentração);
 Agente antibacteriano de amplo espectro:
o Mata diversas bactérias, várias espécies de bactérias gram (-), gram (+);
 Não dissolve biofilme, mas tem uma enorme capacidade de matar bactérias;
 Concentração entre 0,12% a 2%;
 Substantividade:
o A clorexidina consegue agir na estrutura dentária, mesmo depois do
seu uso. Logo se o paciente fizer um bochecho com o Periogard
aquela clorexidina vai continuar agindo até depois, no canal radicular
a mesma coisa, irriga no canal, e a clorexidina por ter
substantividade ela tem uma ação prolonga mesmo depois do seu
uso;
o Se liga à hidroxiapatita do esmalte ou dentina;
o Lentamente liberada;
o Tempo de atuação prolongado (até 72 horas após seu uso);
o A clorexidina é carregada positivamente, e o dente é carregado negativamente, pois o dente é
-
formado por hidroxiapatita (PO4 ). Então a clorexidina que é positiva liga-se com o negativo da
hidroxiapatita, então a clorexidina vai se ligar à hidroxiapatita do esmalte ou da dentina. Então
mesmo depois que a solução não está mais ali, se ela está ligada no dente, ela vai ser
lentamente liberada, então é isso que é a substantividade, a capacidade que a clorexidina tem
de agir mesmo depois do seu uso.

OBS.: Pode-se fazer uma “associação” entre o hipoclorito de sódio e a clorexidina, entretanto precisa-se de um
cuidado muito grande, pois a clorexidina se utilizar com o hipoclorito de sódio, reage, formando um líquido marrom,
que é altamente tóxico e cancerígeno, conhecido como para-cloroanilina (PCA). Então se for usar clorexidina junto
com o hipoclorito de sódio, deve-se usar entre cada troca de lima o hipoclorito de sódio, lavar com soro, tira todo o
hipoclorito de sódio, e faz a irrigação com a clorexidina, logo deve-se tomar cuidado.

 Atividade antibacteriana:
o Atuar sobre um grande número de bactérias, tanto Gram (+) quanto Gram (–)
o Amplo espectro;
o Em baixas concentrações: bacteriostática;
o Em altas concentrações: bactericida.

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 Propriedades (vantagens):
o Substantividade (efeito residual);
o Atividade antimicrobiana;
o Biocompatibilidade  Não é totalmente biocompatível, mas é muito maior em relação ao
hipoclorito de sódio.

 Uso em endodontia:
o Preparo biomecânico – durante a irrigação PRINCIPALMENTE;
o Existe a clorexidina gel, que algumas pessoas usam como medicação também;
o Relato de alergia ao hipoclorito de sódio, utiliza a clorexidina como alternativa;
o Tratamento de dentes com rizogênese (formação da raiz) incompleta:
 O dente ao lado está com o ápice aberto, então ele ainda está na
fase de raiz da odontogênese, só que às vezes esse dente está
com necrose pulpar, e precisa-se fazer o tratamento endodôntico
e o risco de extravasamento para o periápice é altíssimo, até
pode usar o hipoclorito de sódio, só que em uma solução muito
menos concentrada, uma concentração muito baixa, mas tem a
opção também, por ter uma maior biocompatibilidade, pode-se utilizar a clorexidina no
tratamento desses dentes com rizogênese incompleta.

 Desvantagens:
o Não dissolve matéria orgânica  Não dissolve tecido pulpar vivo. Não dissolve a matéria
orgânica do biofilme;
o Não possui ação detergente  Não possui a baixa tensão superficial;
o Não elimina Smear Layer.

OBS.: O hipoclorito de sódio elimina uma parte da Smear Layer (parte orgânica);

OBS.: Para eliminar mesmo a Smear Layer, vai precisar de uma solução QUELANTE;

2. Quelantes:
 São substâncias que removem íons cálcio da dentina, logo essas soluções quelantes tem a capacidade de
se ligar ao cálcio da dentina, então por isso consegue remover a Smear Layer;
 Podem ser utilizado em casos de canais atrésico, utilizado com muito cuidado.;
 Diminuem a resistência dentinária à ação de corte dos instrumentos durante o preparo de canais
atrésico, logo diminui a dureza da dentina;
 Quelante mais utilizado na endodontia é o EDTA (17%)  Ácido Etileno Diamino Tetracético;
 Quelante  Ácido Cítrico  Concentração de 10%
 EDTA:
 Remoção da Smear Layer (PARTE INORGÂNICA), expondo os túbulos dentinários:
o SMEAR LAYER:
 Parte Orgânica  Removida pelo NaOCl
 Remanescentes pulpares;
 Matriz colágena da dentina;
 Fragmentos de odontoblastos;
 Microorganismos;
 Material necrótico.
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 Parte Inorgânica  Removida pelo EDTA
 Dentina mineralizada (raspas de dentina);

 Remoção da Smear Layer:


o NaOCl  Remove a parte orgânica da Smear Layer;
o EDTA  Remove a parte inorgânica da Smear Layer;
o Expõe os túbulos dentinários  Tendo como vantagem, uma melhor ação da solução
irrigadora, agindo nas bactérias que estão dentro dos túbulos dentinários, inclusive se for
utilizar medicação intracanal depois, essa medicação também vai agir na bactéria que está no
interior do túbulo dentinário;
o Melhor ação das soluções irrigadoras e de medicação intracanal;
o Melhor selamento da obturação se remover a camada de sujeira, no caso, a Smear Layer;
o Logo, o ideal para a remoção da Smear Layer é usar o NaOCl e o EDTA;

 Princípios da irrigação e aspiração:


 A cânula de aspiração vai ficar apoiada na coroa do dente, então ao mesmo tempo em que está fazendo
irrigação, está sendo feita também a aspiração, lembrando que a aspiração é feita e deixada o líquido dentro
da câmara pulpar, a câmara pulpar tem que ficar inundada, para que o hipoclorito de sódio vá agindo.
 A agulha de irrigação sempre vai ser mais fininha, então ela vai chegar próximo ao comprimento de trabalho,
o ideal é a agulha chegar a 1mm, 2 mm aquém do comprimento de trabalho,
 Cânula aspiradora sempre com maior calibre (mais grossa) do que a agulha de irrigação, logo a agulha deve
ser mais fina para conseguir entrar até o terço apical do canal;
 Agulha levada até encontrar resistência, sem obstruir/travar o canal, se não corre o risco de injetar
hipoclorito de sódio para o periápice  Logo a agulha deve ficar “solta” no canal para que se tenha o refluxo
do líquido, o movimento da irrigação e aspiração;
 Efetuar movimentos de vai e vem com a agulha de irrigação – causando uma agitação mecânica da solução,
logo ajuda a movimentar o líquido dentro do canal;
 Irrigação – a cada troca de instrumento;
 Irrigação – abundante!

 Protocolo da Faculdade (Sugestão)


o NaOCl 2,5% (geralmente é essa concentração, varia a depender da situação)  Utilizado a cada
troca de instrumento;
o EDTA 17%  Utilizado depois que terminar toda a instrumentação;
 Remoção da Smear Layer
 Irrigação final
 Algumas pesquisas mostram que o ideal é deixar o EDTA 3 minutos dentro do
canal;
 Não precisa fazer uma irrigação tão abundante, como a que faz com o
hipoclorito de sódio, então se utilizar 1 ml de EDTA já está suficiente no canal para remoção da
Smear Layer;
o Outra irrigação com NaOCl 2,5 % - após o EDTA  Porque aí o NaOCl vai atuar sobre os
microorganismos que dentro dos túbulos dentinários.

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Odontologia Pré-Clínica 2 (Endodontia) – 5º Semestre – 3ª Unidade – Aula 3 - Medicação Intracanal (Curativo de
Demora)

 Em algumas situações o tratamento endodôntico pode ser feito em sessão única. Quando o tratamento
endodôntico não é feito em uma sessão só, precisa-se deixar uma medicação dentro do canal, entre uma sessão
e outra.

 Instrumentação:
 A ação mecânica dos instrumentos é insuficiente para eliminar todo tecido orgânico (polpa) e micro-
organismos do sistema de canais;
Ingle e Zeldow, 1958, Bystrom e Sundqvist, 1981, Siqueira Jr, 1999.
 Logo, associado à instrumentação, vai-se utilizar a solução irrigadora.

 Medicação Intracanal:
 Utilizada nos casos em que o tratamento endodôntico não pode ser concluído em uma sessão única;
 Polpa necrosada com ou sem lesão periapical, vai-se fazer mais de uma sessão e vai utilizar uma medicação
intracanal, já que se tem bactérias no canal;
 Os casos que podem ser feita uma sessão única: polpa viva, pois quando se tem tecido pulpar vivo, ainda não
se tem bactérias dentro do canal radicular. Quando possível, e se conseguir fazer sessão única em polpa viva,
será melhor, pois assim evita contaminação entre as sessões, pois as vezes o selamento provisório cai, ou até
mesmo durante o isolamento tem-se problemas, mas em alguns casos mesmo com polpa viva, vai-se utilizar
uma medicação entre uma sessão e outra, por conta dos motivos abaixo.
 Polpa Viva:
 Quando usar a medicação entre as sessões:
o Falta de habilidade técnica do profissional;
o Sobre instrumentação  Instrumentação além do limite ideal (além do limite CDC);
o Canais com anatomia complexa;
o Ruptura da cadeia asséptica  Quando existe algum tipo de contaminação durante o tratamento, e isso
acontece principalmente por conta do isolamento absoluto.

 Polpa Necrosada – Finalidade:


 Mesmo não sendo obrigatório, pode-se fazer em alguns casos sessão única, onde se limpa bastante o canal
radicular, para fazer uma boa desinfecção;
 Mas como regra geral, em polpa necrosada, se tem bactérias dentro dos túbulos dentinários, sistema de
canais radiculares, ramificações, tudo está contaminado de bactéria, o preparo químico mecânico vai tirar
uma grande parte, mas quando se usa uma medicação intracanal elimina uma maior quantidade de
bactérias;
 Inibir a proliferação bacteriana residual – depois do preparo químico-mecânico (bactérias na luz do canal,
nos túbulos dentinários, nas ramificações);

 Medicamentos mais utilizados:


 Hidróxido de cálcio Ca(OH)2;
 Paramonoclorofenol canforado;
 Formocresol ou tricresol formalina;
 Associação corticosteróide-antibiótico (anti-inflamatório e antibiótico);
 Toda medicação intracanal vai precisar de um tempo para agir dentro do canal, algumas medicações com
dois dias já conseguem uma boa ação, algumas outras medicações precisam de um mês, outras medicações
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precisam de duas semanas, mas então, precisa-se dar um tempo para aquela medicação agir dentro do
canal.

1. Hidróxido de Cálcio:
 Não vai ter a mesma formulação do hidróxido de cálcio utilizado em
dentística, vai ter outra formulação do hidróxido de cálcio para ser utilizado
dentro do canal radicular;
 Hidróxido de cálcio P.A. (Pró-Análise);
 Apresentado como um Pó Branco;
 Base forte, pH alcalino (12,6);
 Sempre que tiver uma substância com o pH alcalino, esse pH alcalino é um
meio letal para as bactérias, então a maioria das bactérias não consegue
sobreviver em um meio com pH alcalino;
 Tem atividade antimicrobiana;
 Medicação intracanal mundialmente mais empregada  Pois tem o maior número de propriedades
desejáveis entre as medicações intracanais;
 Agrega o maior número de propriedades desejáveis;
 Ação por contato, em necrose e pulpectomia, após instrumentação  Logo o hidróxido de cálcio age por
contato nas paredes do canal radicular, então o hidróxido de cálcio precisa estar em contato direto com as
paredes do canal para se ter ação. Isso quer dizer que deve-se preencher corretamente o canal com
hidróxido de cálcio, não adianta não colocar direito e ficar cheio de falhas;
 O canal precisa estar todo instrumentado, todo limpo, para poder o hidróxido de cálcio conseguir agir na
parede do canal;
 Então, em casos onde a primeira sessão só conseguiu fazer a abertura coronária, não deu tempo fazer a
instrumentação, logo NÃO DEVE ser utilizado o hidróxido de cálcio, já que não foi preparada a parede do
canal, não limpou a parede do canal, assim não conseguindo agir por contato, vai ter ainda resto de polpa,
bactérias, logo a ação do hidróxido de cálcio não vai ser boa;
 O hidróxido de cálcio pode ser utilizado tanto em casos de necrose pulpar, como em casos de pulpectomia
(remoção do tecido pulpar vivo), sendo que em qualquer caso só pode utilizar o hidróxido de cálcio após a
instrumentação;
 Possui tanto atividade antimicrobianas, como em casos de polpas vivas, pois o hidróxido de cálcio tem
propriedades biológicas;
 Propriedades antimicrobianas:
o Quando se tem bactérias no canal radicular, em casos de necrose pulpar o hidróxido de cálcio vai inibir
algumas enzimas bacterianas a partir da ação em nível de membrana citoplasmática da bactéria, então
o hidróxido de cálcio dissocia em íons, e esses íons conseguem penetrar na membrana plasmática da
bactéria e alterar o metabolismo da bactéria;
 Propriedades biológicas:
o O hidróxido de cálcio tem a capacidade de motivar o efeito mineralizador, ou seja vai estimular a
formação de tecidos mineralizados;
o Coloca-se o hidróxido de cálcio em cima da polpa direto, pois ele vai estimular os odontoblastos a
formarem dentina, isolando a polpa do meio. Além disso o hidróxido de cálcio estimula os
cementoblastos a formarem cemento e estimulam osteoblastos a formarem osso;
o Em casos de dentes com ápice aberto, se colocar o hidróxido de cálcio em contato com o tecido
periodontal aqueles cementoblastos vão formar cemento os osteoblastos vão formar osso alveolar;

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o Umas das ações do hidróxido de cálcio se devem à ativação enzimática tecidual (fosfatase alcalina), que
motiva o efeito mineralizador, observada a partir de sua ação sobre a fosfatase alcalina.

 Quando coloca-se a medicação do hidróxido de cálcio dentro do canal, vai atuar da seguinte maneira:
 Vai se dissociar em íons  Dissociação iônica do Ca(OH)2  Logo o hidróxido de cálcio ao longo do
tempo, dentro do canal vai liberando íons.
 Com o passar dos dias o hidróxido de cálcio vai liberando íons cálcio e íons hidroxila dentro do canal, e
cada íon desse vai ter uma ação.
 Ca(OH)2  Ca++ (Íons Cálcio) OH- (íons hidroxila);
 Forma de atuação dos  Íons cálcio (Ca++):
o Vão estimular o efeito de mineralização (barreira de dentina);
o Formação de sais de cálcio  Depois formação de  Carbonato de cálcio  Desta maneira vai
estimular a mineralização, formando a barreira de dentina;
o Barreira de dentina (Pulpotomia)  Remove a polpa coronária e aplica o hidróxido de cálcio, para que
assim em casos, principalmente de crianças, onde a raiz está na fase de raiz da odontogênese, a polpa
radicular que ficou termine de formar o ápice da raiz, que não está completamente formado;
o Ca(OH)2  Pulpotomia | Capeamento pulpar direto  Observa-se posteriormente a mineralização
o Selamento Biológico Apical
 Mineralização osteocementária (atuação sobre cementoblastos e osteoblastos):
Fechamento apical em ápice incompleto

 Forma de atuação dos  Íons de Hidroxila (OH-):


o Responsáveis pela atividade antibacteriana (antimicrobiana):
 Alteram o metabolismo enzimático das bactérias;
 Alteram a integridade da membrana citoplasmática bacteriana.
 Ca(OH)2  Elevado pH:

Ativa a fosfatase alcalina  Iniciar ou favorecer a mineralização.


 Os íons hidroxila também vão ser responsáveis por ativar a fosfatase alcalina, e a fosfatase alcalina
vai iniciar ou favorecer o processo de mineralização. Então esses íons hidroxilas são importantes
não só nos casos de necrose pulpar, mas também em casos de polpa viva, onde eles irão ativar essa
enzima, favorecendo o processo de mineralização.
 Veículos para o HCA:
Precisa-se de um pó associado à um veículo que é um tipo líquido, então prepara uma pasta unindo
pó + veículo, e aplica essa pasta no canal. Precisa-se do pó mais um líquido para que assim ocorra a
dissociação entre íons cálcio e hidroxila.
Pó + Veículo = Pasta;
Existem algumas pastas que já são vendidas prontas;
Tem-se diferentes tipos de veículos  Hidrossolúveis e os Oleosos;
É importante saber sobre o veículo, pois vai influenciar na dissociação do hidróxido de cálcio em
íons de cálcio e íons de hidroxila.
Hidrossolúveis:
 Veículos Aquosos:
 Dissociação iônica dos íons cálcio e hidroxila é extremamente rápida nesse meio;

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 Maior difusão  o hidróxido de cálcio quando dissocia os íons cálcio e hidroxila, aqueles
íons vão difundindo pela dentina, e isso é ótimo pois vai atuar nas bactérias que estão
dentro dos túbulos dentinários;
 Maior ação por contato de íons cálcio e hidroxila com os tecidos e microorganismos;
 Tem um problema, se os íons cálcio e hidroxila vão ser liberados de maneira rápida,
então rapidamente vai perder a ação da medicação intracanal dentro do canal, então vai ter
uma rápida diluição dentro do canal, e se a ação daquela medicação rapidamente se perde,
vai precisar ficar fazendo várias trocas daquela medicação, para se ter uma medicação ativa;
 Situação  se atender um paciente hoje, e só dará tempo de obturar o canal semana
que vem, vai-se ter que colocar uma medicação intracanal, mas vai ter uma ação mais
rápida, pois o paciente vai ser atendido semana que vem, então pode-se escolher o
hidróxido de cálcio com o meio aquoso. O ideal é deixar por mais de 7 dias, mas com 7 dias
já tem alguma ação. Na próxima semana o quadro já apresenta uma desinfecção maior,
logo pode-se obturar o canal radicular. Mas digamos, que hoje seja a última clínica da
faculdade, e só vai voltar o atendimento em 2 meses, no próximo semestre. Logo nesse
caso, não vai escolher o hidróxido de cálcio com meio aquoso, pois nesse caso, rapidamente
vai agir, com 15 dias não vai ter mais ação, e aquele paciente vai ficar com a medicação por
2 meses no canal e não terá mais ação nenhuma dentro do canal, então não é indicação
nesse caso por exemplo de um veículo aquoso. Logo para esse caso, poderia colocar um
veículo viscoso, onde a liberação é mais lenta, e aí o paciente consegue ter a dissociação
dos íons cálcio e hidroxila por mais tempo.
 Rápida diluição dentro do canal;
 Necessidade de trocas sucessivas;
 Exemplos de veículos aquosos:
 Soro Fisiológico;
 Solução Anestésica (está estéril) Pode usar o anestésico, por ela está estéril e não
por querer a ação anestésica dela;
 Água Destilada.
 Coloca-se um pouco do pó e um pouco de líquido e mistura-se até a consistência de
creme dental, e leva-se para o canal;
 Veículos Viscosos:
  Tornam a dissolução do hidróxido de cálcio mais lenta  Isso é bom pois mantem o
hidróxido de cálcio por mais tempo atuando no canal radicular;
 Mantêm o hidróxido de cálcio por mais tempo na área desejada;
 Prolongamento da ação indutora de mineralização;
 Exemplos:
 Glicerina;
 Polietilenoglicol;
 Propilenoglicol  Muito utilizado. Pode mandar manipular em farmácia de
manipulação.

 Pastas com veículos viscosos (pasta que já vem pronta):

 Calen (PURO)  Fica ativa até dois meses dentro do


canal;
 Calen PMCC (Paramonoclorofenol Canforado) -
ASSOCIADO

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OBS.: O fabricante recomenda em caso de polpa viva utilizar o Calen puro, já e
caso de polpa necrosada, utilizar o Calen PMCC, pois esse segundo tem uma
atividade antimicrobiana a mais contra bactérias.

 Técnica de uso da pasta Calen:


 Seringa ML  Para utilizar a Calen precisa da seringa especial para Calen, a
carpule de cirurgia não serve;
 Agulha 27-G Longa  Vai precisar necessariamente de agulha longa, agulha
curta não serve, o Calen não sai.
Primeiro usa o tubete de glicerina par lubrificar a agulha, deixa sair umas 3 gotas
de glicerina, depois vai com o tubete da medicação. Coloca o stop de borracha na
agulha e vai levando o Calen dentro do canal.

Veículos Oleosos:
 Praticamente não usa;
 Óleo de Olivia;
 Pouco solúveis em água;
 Pouca solubilidade e difusão da pasta;
 Dissociação lenta dos íons cálcio e hidroxila;
 Diminui o número de trocas da pasta.

 Técnicas para introdução das pastas de CaOH2 no canal radicular:


o Lima Endodôntica limpa, que não tenha utilizado na instrumentação  Pode usar Cone de Papel para
empurrar  Pode utilizar condensadores verticais  Só que isso
muitas vezes é difícil de ser feito e pode ficar falhas, e o hidróxido de
cálcio precisa agir por contato, então vale a pena adquirir as pastas de
hidróxido de cálcio, que já vem prontas para ser utilizadas;
o Exemplo de marca comercial de pasta  UltraCal Xs
 Essa seringa já vem com essa ponta, e um stop de borracha, e
utiliza para preencher o canal com a pasta de hidróxido de
cálcio;
 Essa pasta tem um radiopacificador, então ela é radiopaca, então se colocar a pasta de
hidróxido de cálcio e tirar uma radiografia dentro do canal, se enxerga ela dentro do canal, e
isso é ótimo, pois se não tiver bem preenchido, vai lá e tenta preenche novamente.

 Medicação de rotina:
 Maior facilidade de eliminação de microorganismos – maior velocidade de dissociação e difusão iônica;
 Preferência a ser utilizado são os  Veículos hidrossolúveis (aquosos ou viscosos)

 Considerações Importantes:
 Tempo de permanência mínimo da pasta de Ca(OH)2  14 dias;
 Somente 7 dias: tempo insuficiente para que o Ca(OH)2 se difunda por toda a estrutura do sistema de canais
radiculares.
(Nerwich et al, 1993)
 Como regra geral, deixa-se a pasta de hidróxido de cálcio, no mínimo por 15 dias dentro do canal radicular,
mas tem exceções, como em casos de atendimento na faculdade, onde o paciente está com polpa viva, e
colocou-se o hidróxido de cálcio somente porque não deu tempo terminar o canal naquele dia, não tem
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contaminação, então pode-se deixar a pasta por apenas 7 dias. Mas em caso de necrose pulpar, por exemplo,
e se quer uma descontaminação/desinfecção do canal, aí nesse caso vai remarcar o paciente para 15 dias e
vai alternar com outro paciente.

2. Formocresol
 Citotóxico (formaldeído e cresol);
 Pode ser utilizando quando não se instrumentou ainda o canal radicular, e quando se tem um caso de
necrose pulpar pois ele é bastante efetivo sobre bactérias anaeróbicas;
 Deve-se tomar cuidado por o Formocresol é toxico;
 Bastante efeito sobre anaeróbios;
 Ação discreta por contato e forte por volatilização: atravessa qualquer exsudato;
 Não tem que colocar ele todo no canal e deixar, pois ele não vai agir por contato, e ele é muito tóxico, como
ele é líquido se preencher todo o canal, ele vai escorrer para a região periapical causando a necrose do
tecido;
 Como ele age por vapores, ele age a distância, então por isso em casos onde não fez a instrumentação ainda
pode-se utilizar o Formocresol;
 Técnica de Uso:
o Bolinha de algodão embebida com Formocresol liberando vapores, e esses vapores vão matar
bactérias;
o Remoção do excesso do Formocresol com gaze estéril;
o Colocação da bolinha somente na câmara pulpar;
o Selamento da cavidade com IRM por exemplo, deixando a bolinha de algodão com Formocresol na
câmara pulpar.
 Se tiver exsudado o Formocresol consegue atravessar o exsudato;
 Em canais neutralizados (instrumentados) ou não, mas nos canais que foram instrumentados não justifica,
é melhor utilizar o hidróxido de cálcio.

3. Paramonoclorofenol Canforado – PMCC (Cloro e Fenol):


 Geralmente vai utilizar ele associado à pasta de hidróxido de cálcio;
 Citotóxico potente  Logo deve-se tomar cuidado;
 Pouco efetivo sobre anaeróbios estritos;
 Pouco efeito sobre bactérias anaeróbias, então por isso geralmente não utiliza ele puro, utiliza ele
associado ao hidróxido de cálcio, dando uma atividade antimicrobiana a mais para aquela medicação;
 Ação discreta de volatilização e forte por contato, logo não vai ter uma ação igual ao Formocresol (por
meio de vapor), e sim por contato, logo precisa que ele tenha contato com a parede do canal, por isso
pode ser misturado com o hidróxido de cálcio;
 Não age na presença de matéria orgânica (polpa), logo precisa-se que o canal esteja instrumentado, sem
resto de polpa;
 Utilizado em com canais necrosados (pois vai ter atividade antimicrobiana) e instrumentados.

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4. Corticosteróide e antibiótico  Vai ter uma ação anti-inflamatória e uma ação antimicrobiana, e pode usar
dentro do canal;

 Componentes do Otosporin:  Componentes do Maxitrol:


o Hidrocortisona; o Dexametasona;
o Sulfato de NEOMICINA; o Sulfato de Neomicina;
o Sulfato de Polimixina B; o Sulfato de Polimixina B

 O Otosporin é uma solução para ser utilizada no ouvido, já o


Maxitrol é para o olho (solução oftálmica);
 A composição deles é bem parecida, vão ter um corticosteróide e
um antibiótico. A diferença entre eles dois é que o corticosteróide
do Otosporin vai ser a hidrocortisona, e o corticosteróide do
Maxitrol vai ser a Dexametasona.
 Os antibióticos serão os mesmos;
 Essas duas medicações vão ter pouca ação antimicrobiana, esses dois antibióticos não vão ter uma
ação muito grande sobre bactérias anaeróbicas, a maior ação que se vai querer dessas duas
substâncias é o corticosteróide;
 O ostoporin e maxitrol vão ser utilizados em casos de polpa viva, que precisa de uma ação anti-
inflamatória;
 Por exemplo, chegou um paciente de emergência, e ele estava com pulpite, fez-se a remoção da polpa,
e não deu para instrumentar aquele dia, logo não pode colocar hidróxido de cálcio, pois o mesmo age
por contato, logo pode-se colocar o Otosporin ou Maxitrol;
 Não vai utilizar o Otosporin ou Maxitrol em casos de necrose pulpar, pois a ação antibacteriana é muito
fraca, logo não vai agir bem sobre algumas bactérias (anaeróbias estritas);
 Atividade antimicrobiana na presença de oxigênio;
 Eficaz sobre aeróbios e anaeróbios facultativos  Ineficaz contra anaeróbios estritos.

 Medicações Intracanais:
 Tempo de ação:
 Formocresol: por 48 horas já tem uma ação efetiva. Após o tempo de 2 dias, aumenta a ação irritante
no periápice, pois ele é extremamente tóxico;
 Paramonoclorofenol: perda de 50% em 48h e efetivo até por 14 duas. É mais efetivo nas primeiras 48
horas, depois ele perde 50% da sua ação, mas ele ainda é ativo por 14 dias, logo pode-se colocar o
Paramonoclorofenol junto com a pasta de hidróxido de cálcio e deixar no canal ali por 14 dias ou até
mais;
 Corticosteróide (Otosporin ou Maxitrol): efetivo até 48 horas;
 Hidróxido de cálcio: melhores condições de reparo apical e periapical, em necrose com lesão, por no
mínimo 14 dias/2 semanas (para uma boa ação) e até 30 dias (é o ideal).

 Protocolo de Uso  Polpa Viva:


 Canais não-instrumentados:
o Corticosteróide/antibiótico – Ex.: Otosporin ou Maxitrol.
 Canais instrumentados:
o Hidróxido de cálcio PA + Veículo (aquoso ou viscoso) ou usar as pastas prontas – Ex.: Calen ou
Ultracal.

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 Protocolo de Uso  Polpa Necrosada (com ou sem lesão):
 Canais não-instrumentados:
o Formocresol  Vai agir por vapor;
 Canais instrumentados:
o Hidróxido de cálcio PA + Veículo + Paramonoclorofenol canforado ou utilizar a pasta pronta como por
exemplo – Ex.: Calen PMCC.

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Lateral

1. Seleção da cone principal;


2. Prova do cone (radiografia);
3. Preparo do cimento obturador;
4. Assentamento do cone principal (com cimento obturador);
5. Posicionamento dos cones secundários;
6. Radiografia comprobatória;
7. Corte da obturação;
8. Compactação vertical.

 Foi feita a abertura coronária, instrumentação e irrigação. No paciente está lavando com a solução irrigadora, e
antes da obturação precisa-se secar o canal. Então, aspira-se com a ponta de aspiração e seca com os cone de
papel absorvente. Vai utilizar o cone de papel com o mesmo calibre da lima memória. Se o instrumento memória
por exemplo for 40, vai-se secar com o cone de papel 40. A quantidade de cone de papel será a quantidade
suficiente para que o último cone de papel que foi colocado saia do canal seco, enquanto sai molhado, deve-se
secar. Com o canal limpo e seco, começa-se então a obturação;
 Existem várias técnicas de obturação, mas a básica que será feita a seguir, que é a mais utilizada ainda é a
técnica da condensação lateral. Nessa técnica utiliza-se um cone principal de Gutta-Percha no comprimento de
trabalho, que se encaixe certinho no batente apical, e aí depois vai complementar todos os espaços com os
cones acessórios. Os espaços que ficam entre os cones, e os cones e a parede do canal, é completado com o
cimento endodôntico.

P A S S O S:

1. Seleção do Cone Principal de Gutta-Percha;


 Lima 60 K  Cone 60;
 Deve chegar ao comprimento real de trabalho;
 Mesmo calibre do instrumento memória;
 A parede do canal é cheia de irregularidades, então essas áreas onde a Gutta-Percha não preenche são
preenchidas pelo cimento endodôntico. Essas áreas mínimas podem abrigar muitas bactérias, então tem
que selar tudo bem direito;
 O cone PRINCIPAL de Gutta-Percha está correto quando:
 O cone principalde Gutta-Percha atinge a extensão de instrumentação;
 O cone principal de Gutta-Percha não ultrapassa o limite quando pressionado apicalmente;
 O cone principal de Gutta-Percha precisa oferecer pequena resistência ao ser removido  O cone está
travado ao canal, logo se adaptando bem às paredes do canal.

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2. Prova do Cone Principal de Gutta-Percha:
 São feitos 3 tipos de prova do cone:
 Visual: O cone principal de Gutta-Percha deve atingir todo o comprimento real de trabalho. Se não
atingir, repassar a lima memória. O comprimento de trabalho no cone é medido com o auxílio da
régua endodôntica e da pinça clínica, onde a pinça clínica faz uma marca no cone de Gutta-Percha,
servido essa marca para “bater” em cima do ponto de referência.
O cone principal deve ficar 1 mm aquém do forame, e ficar bem adaptada às paredes do canal.
 Tátil: Travamento do cone no CRT. Se não travar, cortar 1 mm da ponta do cone de Gutta-Percha
com lâmina de bisturi. Se o cone não travar, corta-se mais 1 mm, ou vai cortando até travar.
É perceber se o cone está travado dentro do canal, se o cone oferece resistência quando tenta-se
removê-lo.
Às vezes o cone pode até chegar ao comprimento real de trabalho, mas ele está folgado, e isso
não é bom pois vai deixar muito espaço vazio entre o cone de Gutta-Percha e a parede do canal,
já que o cone tem que ficar bem adaptado. Se o cone não travar dentro do canal (ficar folgado),
corta-se 1 mm da ponta do cone de Gutta-Percha para tentar travar esse cone. As vezes corta-se
tanto, que acaba compensando pegar um outro cone mais grosso.
o OBS.: Não deve-se cortar com a tesoura, e sim com a lâmina de bisturi.
 Radiográfica: para confirmar

OBS.: As vezes pode acontece de se colocar o cone principal de Gutta-Percha e o mesmo não chegar ao
comprimento real de trabalho, e isso pode acontecer porque faltou irrigação ficando resto de raspa de dentina, ou
então o batente apical foi pouco instrumentado. Se não atingir o comprimento de trabalho, deve-se repassar a lima
memória.

Em casos que o cone ultrapassa o comprimento de trabalho, houve um erro na odontometria e na confecção do
batente apical. Logo, nessa situação tem-se que fazer uma nova odontometria e um novo batente apical.

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3. Preparo do Cimento (Manipulação do cimento obturador)
 Precisa-se da Placa de Vidro e da espátula de manipulação;
 Manipular até formar a consistência de ponto de fio

4. Inserção do Cimento Endodôntico (Inserção do cimento obturador no canal radicular):


 Cone principal;
 Insere o cimento manipulado com o próprio Cone Principal de Gutta-Percha.
 Movimentos de avanço e retrocesso;
 Logo, passa-se muito cimento no cone principal e leva-se ao canal, fazendo movimentos de avanço e
retrocesso, nesse movimento vai-se espalhando cimento endodôntico por todas as paredes do canal.
Deve-se colocar bastante cimento para não ficar falha na obturação, até observar que está saindo cimento
pela câmara pulpar;
 Como as veze o cone que fez a prova do cone está muito fino, fica-se flexível logo fica difícil levar o
cimento com ele, então a outra opção é inserir o cimento primeiro com uma lima de calibre um número
menor do instrumento memória, espalha bastante cimento, e depois assenta o cone principal de Gutta-
Percha.
 Assentamento do cone principal juntamente com o cimento  Cimento Endodôntico + Cone;
 Levar o cimento com a lima e depois assentar o cone de Gutta-Percha;
 Lima manual:
 Calibre menor que o instrumento de memória.
 Entre o cone principal e as paredes do canal, ainda vão ficar muitos espaços, então deve-se ocupar o
máximo desses espaços com cone de Gutta-Percha acessórios ou secundários.

5. Posicionamento dos cones acessórios ou secundários:


 XF = Extra-Fino (R7);
 FF = Fino-Fino (R8);
 F = Fino
 MF = Médio-Fino.
 Vai-se inserir os cones acessórios ou secundários com o auxílio do ESPAÇADOR DIGITAL:
 Obturação dos terços cervical e médio;
 Condensação Lateral Ativa;
 Tem a função de abrir um espaço para fazer a inserção do cone de
Gutta-Percha acessório;
 Usar na sequência  Espaçador Digital (A B C D). As vezes não
precisa-se usar o D pois como o canal é mais fino. Fazer movimento
firme em direção apical. Começa usando o A, termina usando o D;
 Quando tirar o espaçador tem que colocar o cone logo de imediato, logo não deve demorar para
fazer a inserção;
 O conde de deve ser pego com a pinça, para ser inserida;
 Não existe uma quantidade certa/máxima de cones acessórios, deve-se colocar até ficar bem justo no
canal e não couber mais;
 O espaçador não chega ao comprimento real de trabalho por conta do Cone Principal de Gutta-
Percha;
 Terço apical  Cone principal;
 Terço médio e cervical  Cones acessórios e cimento

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6. Radiografia Comprobatória:
 Tira-se uma radiografia com todos os cones e cimento dentro do canal;
 Serve para ver se tem alguma falha na obturação;
 A obturação deve estar bem homogênea, não havendo falhas nem espaço na sua visualização.

7. Corte da obturação:
 Calcador de Paiva ou de Schilder aquecido com lamparina;
 Cortar a obturação no nível da embocadura ou 1 mm abaixo da embocadura;
 Só aquece a parte curva do calcador;
 Não deve-se deixar obturação na câmara pulpar, se não escurece/mancha o dente.

8. Compactação vertical:
 Calcador de Paiva ou de Schilder frio.

9. Limpeza da Câmara Pulpar:


 Bolinha de algodão com álcool;
 Pode-se pegar várias bolas de algodão e limpar, até observar que a câmara pulpar está bem limpa.

10. Selamento provisório da cavidade (com material restaurador temporário):


 Cimento de ionômero de vidro, Coltosol, IRM, Pulpo San, etc;
 O Coltosol absorve água e toma presa, até a própria saliva do paciente quando entra em contato com o
Coltosol;
 Geralmente na clínica é feito um selamento duplo, onde coloca-se um pouco de Coltosol na entrada da
câmara, e depois coloca-se ionômero de vidro.

11. Remoção do Isolamento Absoluto:


 Somente após selar pode-se fazer a retirada do isolamento absoluto, pois, se tirar antes, contamina-se
tudo.

12. Radiografia Final:


 Essa radiografia final é onde vai-se ter o resultado de todo o tratamento, e é importante para a
proservação (acompanhamento do paciente depois que finaliza-se o tratamento endodôntico). Pois
aquele paciente pode ser que ele tinha uma lesão periapical, e com o tempo vai-se ver se essa lesão
diminuiu, se vai formar um novo osso.

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