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Revisão Endo – 05/08/2021

Diagnóstico, tratamento, urgência...

Em casos de urgência, colher informações como sinais/sintomas, radiografia e fechar


diagnóstico. Urgência para aliviar a dor e depois fazer a sequência de tratamento de canal
propriamente dito. Por isso é importante ter todo o conhecimento em endodontia para fazer o
tratamento e não apenas diagnosticar. É necessário, além de uma radiografia bem realizada,
examinar o paciente como um todo.

Ciência e a arte que cuida da PROFILAXIA e TRATAMENTO do endodonto e da região apical e


periapical.

Endodonto é o interior de todo o dente que compreende a


dentina radicular, tecido conjuntivo pulpar (polpa) e a
cavidade pulpar, propriamente dita.

Região apical e periapical envolve toda a região do


periodonto, como o cemento, osso alveolar e fibras do
ligamento periodontal.

Os instrumentos estarão atuando na cavidade pulpar, mas


também irá repercutir na região apical e periapical.

Campo de ação do endodontista é a cavidade pulpar - cavidade


existente no interior do dente que abriga tecido pulpar. É
subdividida em câmara pulpar e canais radiculares.

Não consegue visualizar o canal radicular, apenas a embocadura


dos canais (entrada).

Radiografia inicial sempre realizar com posicionador. A radiografia precisa ter um bom
contraste, ser nítida, bem lavada e bem seca. É a radiografia que dará o início do tratamento
endodôntico, além de auxiliar para um excelente tratamento.

Com a radiografia é importante observar o volume da câmara pulpar. Se é uma câmara mais
atrésica ou mais cheia. Isso ajuda a determinar o uso da broca. Uma câmara mais atrésica, é
preciso ter mais cuidado durante a abertura coronária, para evitar trepanação e cometer uma
iatrogenia.
As paredes da câmara pulpar são: vestibular, palatina/lingual;
oclusal e região de assoalho (dentes com uma ou
multiradiculares) ou parede cervical; mesial e distal. O
objetivo na abertura coronária é remover o teto/parede
oclusal. Em dentes multiradiculares terão os cornos pulpares,
que deverão ser removidos para dar acesso direto e reto
(tanto de visualização quanto de entrada das limas) na
embocadura e nos canais radiculares. O assoalho é para
dentes com mais de uma raiz (pré-molares e molares).

A abertura coronária é realizada com as brocas esféricas 1012/1014/1016. O desgaste


compensatório é realizado com as brocas diamantadas de ponta inativa – 3080/3081/3082.

Os instrumentos irão trabalhar no canal radicular. Mas, para um bom acesso das limas, é
necessário que tenha a abertura coronária seja bem feita, sem teto, as paredes internas alisadas
(sem desgaste a mais), para que o instrumento possa entrar direto e reto nesses canais.

O canal radicular começa no assoalho da câmara pulpar, transcorre por toda a raiz do dente, até
a região apical. A área de maior cuidado que deve ter durante o preparo é a área de coto pulpar
na região apical, que encontra-se no limite CDC.

É subdividido em terços: terço coronário, terço médio e terço apical. Primeiro é realizado o
preparo o terço coronário e médio.

O canal dentinário é circundado por dentina, porém no porção apical denomina-se de canal
cementário, pois o cemento que recobre toda a dentina radicular externamente adentra-se em
uma parte na região apical do canal dentinário. O limite CDC – cemento/dentina/canal será
nessa região entre o canal dentinário e o canal cementário. E a abertura que liga o canal à região
do ligamento periodontal é o forame apical. A instrumentação, seja em um caso de necro ou
biopulpectomia, o limite sempre será o limite CDC. Entretanto, em um caso de
necropulpectomia, existe um momento do preparo que deverá ter um zelo maior, pois deverá
ser realizada a limpeza do canal cementário na região do coto pulpar. Na biopulpectomia não
deverá ser desintegrado o coto pulpar, ele deverá permanecer vital (ter extremo cuidado na
instrumentação em tratamentos de biopulpectomia).

O forame apical – a desembocadura do canal nas


imediações do ápice raramente coincide de forma
retilínea, geralmente em um dos lados da raiz. Variações
anatômicas.
Existe o delta apical, porém não é visto radiograficamente.
Ele fica entre a região do CDC e o forame apical. Pode
acontecer na obturação, quando realizado um bom
toalete, abrir bem esse delta e, com a obturação bem
realizada, o cimento entrar nesse delta, pode ser
visualizado na radiografia final. É importante ter isso em
mente e que existe, na grande maioria dos dentes, pois no
canal contaminado, todas essas entradinhas desse sistema
de foraminas estão repletas de bactérias. Por isso a importância de um bom preparo
biomecânico, com bastante irrigação, um toalete final bem realizado e com muito cuidado e a
colocação do curativo de demora, para complementar essa descontaminação do sistema de
canais. O importante é realizar um tratamento bem realizado de todo o sistema de canais
radiculares.

Preparo biomecânico – bio é a solução irrigadora que está usando ao mesmo tempo para que
os instrumentos deslizem e façam todo o desgaste necessário e a limpeza do canal
internamente; mecânico são as limas utilizadas. Se necessário, utiliza medicação tópica
intracanal e o material obturador.

Tratamento endodôntico

Pulpectomia: é quando realiza a remoção total da polpa (tratamento radical).

Biopulpectomia: polpa vital – inflamada. Indicações: processo inflamatório da polpa dentária


causada por cárie ou trauma; ocorrência de algum acidente operatório que leva a exposição
pulpar.

Necropulpectomia: polpa necrosada – contaminada. Indicações: Necropulpectomia I (necro


sem lesão) – tratamento do canal radicular com polpa necrosada sem lesão patológica
evidenciavel radiologicamente. Necropulpectomia II (necro com lesão) – tratamento do canal
radicular em polpa necrosada com lesão periapical patológica visível em radiografia.
Pulpotomia: remoção parcial da polpa viva (tratamento conservador). Comum em dentes jovens
– crianças, em dentes que não aconteceu a rinogênese completa. Retira apenas a polpa
coronária.

Tratamento endodôntico radical: abertura coronária; preparo biomecânico – odontometria (que


permite determinar o CRT, que é o comprimento onde as limas irão trabalhar para preparar a
região apical, para fazer o batente apical); medicação intracanal – se necessário; e a conclusão
que é a obturação dos canais.

A irrigação deve ser realizada a todo momento. Após a abertura e o isolamento, deve iniciar a
irrigação, a todo momento, para remover a polpa. A solução de escolha é o hipoclorito de sódio
a 2,5% ou licor de Labarraque a cada troca de instrumento, auxiliando na descontaminação e
permitindo o deslize dos instrumentos durante o preparo biomecânico.

PREPARO BIOQUIMICOMECÂNICO (alargar, modelar e desinfetar): Meios físicos – irrigar,


aspirar e inundar; meios químicos – solução irrigadora; meios mecânicos – técnicas de
instrumentação.

Finalidades do preparo biomecânico: limpeza e modelagem.

A limpeza: ação mecânica dos instrumentos endodônticos; fluxo e refluxo da solução irrigadora
(ação física); ação química de soluções irrigadoras.

A modelagem: ação mecânica dos instrumentos endodônticos.

Objetivo das soluções irrigadoras: quando é bio, o controle de uma possível infecção superficial
da polpa; remoção de sangue da câmara pulpar e dos canalículos dentinários (escurecimento).
Se ficar resto de teto, o resto pulpar e o sangue pode escurecer o dente após um período.
Remoção de matéria: orgânica (polpa) e inorgânica (dentina). Neutralização do conteúdo tóxico
do sistema de canais radiculares e diminuição do nº de bactérias, como solução bactericida; ação
lubrificante para facilitar a atuação dos instrumentais no interior dos canais radiculares.

Instrumentos de irrigação e aspiração: seringa e cânula aspiradora. Deixar a cânula bem próxima
para evitar que a solução caia na boca do paciente. Realizar a irrigação com aspiração.
Propriedades hipoclorito de sódio: baixa tensão superficial
que permite a penetração em todas as reentrâncias do
sistema de canais radiculares. Neutralização parcial do
conteúdo tóxico; ação antibacteriana – poder bactericida;
auxiliar na instrumentação; pH alcalino 11,8; ação
dissolvente de matéria orgânica.

Indicação das soluções cloradas no tratamento de canais


radiculares - Necropulectomia e Biopulpectomia: soluções de hipoclorito de sódio a 2,5%.

A água de hidróxido de cálcio: pó de hidróxido de cálcio + água destilada ou soro fisiológico.


Esperar decantar o hidróxido de cálcio e utilizar o sobrenadante em casos de biopulpectomia
que tem uma hemorragia devido ao processo inflamatório da polpa e do coto pulpar. Quando
não consegue estancar a hemorragia apenas com o hipoclorito, utilizar essa água.

Quelantes de E.D.T.A. (Ácido etilenodiaminotetracético) antes do curativo de demora ou da


obturação: utilizar no final do preparo biomecânico após o toalete final e batente apical
realizado – remoção da camada de smearlayer (Protocolo de irrigação). Associação com o
hipoclorito de sódio a 2,5% com limas easy clean. OBS: última irrigação - soro fisiológico seguido
de clorexidina 2%. AO INVÉS DE UTILIZAR O SORO FISIOLÓGICO, UTILIZAR O TIOSSULFATO DE
SÓDIO A 5% PARA NEUTRALIZAR O HIPOCLORITO DE SÓDIO. No EDTA remove toda a camada
de smearlayer.

USO CLÍNICO DO EDTA Em canais muito atrésicos ou calcificados, vai ser utilizado o EDTA.
Aspirar o hipoclorito, colocar o EDTA na seringa e inundar o canal com EDTA e instrumentar o
canal com as limas Kerr C+ (#08, #10 ou #15) associada ao EDTA. Irrigar o canal, deixar inundado
e realizar movimentos de alargamento. O EDTA ajuda a abrir os canalículos. A cada 3 a 5 minutos,
aspirar e renovar a solução.

Preparo biomecânico convencional manual (Limas Kerr e Limas Hedstroen) e moderno (Limas
PDM e rotatório eletrônico).

PREPARO BIOMECÂNICO MODERNO – TÉCNICA UNIRP: Limas Kerr de 1º, 2º e 3º série e Limas
manuais PDM – 15.05; 25.01; 25.06; 35.01; 35.05; 40.01; 40.05; 55.05; 60.01.

Lima #15 é o diâmetro da ponta – 0,15. Taper de todas as limas é 0,02. Limas PDM 15 é o tip e
05 é o taper.
PREPARO BIOMECÂNICO DENTES ANTERIORES – TÉCNICA UNIRP

1 – Radiografia de diagnóstico

2 – Determinar no Rx o CAD e estabelecer o CTP, anotando sempre no formulário do paciente.


Utilizar régua, medindo do ápice até a incisal. CAD – 2,0 mm (margem de segurança). Para
determinar: CTP= CAD – 2,0 mm.

3 – Abertura coronária e isolamento absoluto.

4 – Após a abertura coronária, para polpas vitais ou necro, sempre irrigar e aspirar.

5 – Exploração dos canais – Limas kerr #10, #15 ou #20 – com 1/3 do CAD. Analisar o acesso aos
canais radiculares. Se tiver com muito sangramento, utilizar a água de hidróxido de cálcio. Essa
exploração serve para verificar se a embocadura está muito atrésica ou ampla. Realizar
movimentos exploratórios. Apenas no terço coronário. Em casos de necro não pode explorar
todo o canal, pois pode levar contaminação para o ápice, causando dor pós-operatória ou a
contaminação cair na corrente sanguínea.

6 – Instrumentação do canal – fases:

1. Fase 1 - Preparo terço coronário e médio: descontaminação progressiva (limas kerr


seguida da lima PDM 25.06); realizar a odontometria para determinar o CRT;
2. Fase 2 – Preparo do terço apical: confecção do batente apical. Técnica específica para
dentes anteriores.
Situação 1 – aquém: CTP = 18,0 mm (LK #25) X = 3,0 mm distância que faltou para o ápice

CRD = CTP + X / CRD = 18,0 mm + 3,0 mm / CRD = 21,0 mm

CRT = CRD – 1,0 mm / CRT = 21,0 mm – 1,0 mm / CRT = 20,0 mm Esse será o limite de
instrumentação.

Lima do DA – Diâmetro Anatômico #20. Quando está aquém, a lima a utilizar depois de realizar
o cálculo será uma lima de calibre menor.

Situação 2 – além: CTP = 22,0 mm (LK #30) X = 2,0 mm distância que passou do ápice

CRD = CTP – X / CRD = 22,0 mm – 2,0 mm / CRD = 20,0 mm

CRT = CRD – 1,0 mm / CRT = 20,0 mm – 1,0 mm / CRT = 19,0 mm Esse será o limite de
instrumentação.

Lima de DA #35. Quando está além, a lima a utilizar depois de realizar o cálculo será uma lima
de calibre maior, para que a lima tenha uma melhor adaptação e não fique bamba no canal.

Situação 3 – no limite ideal: CTP = 19,0 mm (LK #45) X = 1,0 mm

CRD = CTP + X / CRD = 19,0 mm + 1,0 mm / CRD = 20,0 mm

CRT = CRD – 1,0mm / CRT = 20,0 mm – 1,0 mm / CRT = 19,0 mm Esse será o limite de
instrumentação.

Lima de DA #45. Quando está no limite ideal, mantém a lima com o mesmo calibre.
Fase 2 – preparação do batente apical

Se a lima do DA – Diâmetro Anatômico for a LK


#10, #15 ou #20, as limas PDM a serem
utilizadas serão as 35.01 e 35.05;

Se a lima do DA for a LK #25, #30 ou #35, as


limas PDM a serem utilizadas serão as 40.01 e
40.05;

Se a lima do DA for a LK # 40, #45 ou #50, as


limas PDM a serem utilizadas serão as 55.05 e
60.01.

1 – Exploração da embocadura do canal – lima K#10 (roxa), K#15 ou K#20 – Exploração do terço
coronário 1/3 do CTP;

2 – LimaK#10 (roxa) ), K#15 ou K#20 – Exploração do terço coronário e médio – ir entrando com
1/3 do CTP, depois 2/3 do CTP e depois no CTP – movimentos de alargamento;

3 – Lima PDM #25.06 com ½ do CTP – movimento rotatório;

4 – Odontometria por Rx. Estabelecer o CRT e a lima DA com lima Kerr;

OBS: Canais necrosados – realizar a patência foraminal (limpeza do canal cementário – coto
pulpar) com lima Kerr com um calibre abaixo da lima DA – com CRT + 2,0 mm. Se o CRT é 20,0
mm, acrescentar 2,0 mm. Esse procedimento chama-se desbridamento.

SEMPRE IRRIGAR, ASPIRAR E INUNDAR – IAI.


5 – Lima PDM #35.01 (verde) ou #40.01 (preta) ou #55.05 (vermelha) até o CRT – movimento
rotatório sentido horário associado a pequenos movimentos de limagem;

6 – Lima #35.05 (verde) ou #40.01 (preta) ou #60.01 (azul) no CRT para estabelecer o batente
apical – movimento rotatório sentido horário (repetidas vezes) associados com movimentos de
limagem;

7 – Lima easy clean no micromotor em velocidade baixa, protocolo de ativação de toalete final.

SEMPRE IRRIGAR, ASPIRAR E INUNDAR – IAI.

OBJETIVOS DO PREPARO BIOMECÂNICO DOS CANAIS RADICULARES:

- Eliminar o tecido pulpar residual;

- Regularizar as paredes internas do canal radicular;

- Ampliar e dar forma ideal ao canal;

- Confeccionar o degrau – batente apical;

- Auxiliar na desinfecção.
Pode comprar a seringa ao
invés de manusear o
hidróxido de cálcio.

Necessário alguns cuidados


para evitar que o material
resseque e estrague a agulha
de aplicação.

Tem que ter cuidado na hora


que colocar no canal, pois tem
um jeito certo de manusear
para que preencha todo o
canal.

OBTURAÇÃO DOS CANAIS RADICULARES: preenchimento


completo do espaço criado com a remoção da polpa e
realização do preparo biomecânico com materiais de
propriedades físicas e biológicas apropriadas, visando um
selamento hermético. Deve estar bem selamento com CIV
ou resina, para que essa obturação não caia. Se isso
acontecer, que refazer o preparo e colocar novamente o
curativo.

OBJETIVO DA OBTURAÇÃO:

1 – Impedir que as bactérias lesem os tecidos periapicais;

2 – Anular os espaços vazios. Não pode ficar nenhum espaço vazio para não ter a presença de
bactérias;

3 – Proporcionar condições para que ocorra o processo de reparo. Após um tempo de


tratamento, o paciente retornar ao consultório e realizar uma radiografia para verificar se houve
o reparo;

4 – Estimular a ocorrência da obturação biológica. No forame, o próprio organismo, junto com


a ação da guta-percha e do cimento obturador, faça uma ponte de dentina nesse forame. Sendo
esse, o ápice do sucesso endodôntico. O paciente não apresenta nenhum sinal/sintoma e,
radiograficamente, o ligamento periodontal está bem formado e a lesão neoformada.

MATERIAIS DE OBTURAÇÃO: SÓLIDOS OU PASTOSOS

Sólidos: cones de guta percha. Pastosos: pastas (não tomam presa) e cimentos (tomam presa).
Utiliza-se os cimentos e o material de escolha é o AH Plus.

O TRAVAMENTO DO CONE NÃO ASSEGURA SUA CORRETA ADAPTAÇÃO À PORÇÃO APICAL DO


CANAL.
Em canais circulares, será utilizada a técnica do cone único e, em canais achatados/ovalados,
será a técnica da condensação lateral.

PROVA DO CONE: travamento apical; entrar no CRT; sem deformação.

MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A PRÁTICA DE CLÍNICA DE ENDODONTIA

- Todo o material utilizado na endodontia laboratorial I e II;

- Brocas para abertura coronária – RENOVAR TODAS.

. 1012 / 1012 HL

. 1014 / 1014 HL

. 1016 / 1016 HL

. 3081, 3082 e 3083

- Verificar limas tortas e fazer a reposição;

- Verificar limas easy clean, se necessário, comprar mais.

- Comprar mais uma seringa ultradent;

MATERIAL A SER DIVIDIDO ENTRE DUPLAS:

. Ultracal XS (marca: Ultradent) opcional;

. Top Dam (2 frascos);

. EDTA (2 frascos);

. Tiossulfato de sódio a 5% (1 litro) – manipulado.

MATERIAL A SER DIVIDIDO ENTRE A SALA TODA:

. Cimento obturador AH Plus.

LEVAR ROTEIRO DOS PREPAROS BIOMECÂNICOS.

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