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ENDODONTIA

Fases do tratamento: acesso coronário – preparo químico/mecânico – obturação do SCR

 Acesso coronário

Incisivos: centro da superfície palatina na proximidade do cíngulo

Caninos: centro da superfície palatina na proximidade do cíngulo

Pré-molares superiores: área central da superfície oclusal, junto a fossa central

Pré-molares inferiores: área central da superfície oclusal, junto a fossa central, com discreta
tendência para a mesial.

Molares inferiores: área central da superfície oclusal. (direção de trepanação com ligeira
inclinação em direção ao canal distal.

Molares superiores: oclusal, no centro da fossa mesial. (direção de trepanação com inclinação
para palatina)

 Regras de Krasnere e Ranknow

Lei da centralidade e concentralidade: assoalho pulpar localizado no centro do dente, paredes


concêntricas e superfície externa, distante da superfície externa da coroa é a mesma na
circunferência total do dente.

Lei da simetria dos orifícios dos canais: estão equidistantes de uma linha imaginaria que
atravessa o dente no sentido M-D, então alinhados a uma linha imaginaria que passa
perpendicularmente a esta linha M-D (exceto molares superiores).

Lei da mudança de cor: a cor do assoalho pulpar é mais escura que a cor das paredes e do
teto.

Lei da localização dos orifícios: junção das paredes do assoalho pulpar, ângulos da junção
entre o assoalho pulpar e as paredes da câmara, termino da linha de fusão radicular.

 Limas edodonticas

ISSO (international Standards Organization): padrões designados como numero ISO. ISSO
numero 3630-1 refere-se a padronização de limas tipo K, limas tipo Heddstron e extripa
nervos.
Serie especial: rosa, ciza, roxo

Primeira, segunda ou terceira serie: branca, amarela, vermelha, azul, verde e preta

Intermediário: porção que se localiza entre o cabo do instrumento e a área ativa, podem ter
5mm (limas de 21mm), 9mm (25mm), 15mm (31mm).

Área ativa: mede sempre 16mm, porção que possui arestas ou laminas de corte.

Guia de penetração ou do diâmetro zero: serve de guia e facilita a penetração nos canais.

 Odontometria

Finalidade a determinação do comprimento real do dente (CRD) e determinação do


comprimento real de trabalho (CRT).

CAD (comprimento aparente do dente): medida desde a margem incisal ate o vértice do ápice
radicular).

CDC: limite cemento, dentina, canal

TECNICA DE INGLE

Canais retos:

1. Obter o CAD medindo da incisal ate o vértice radiográfico apical


2. Subtrair do CAD uma margem de segurança de 2mm

Canais curvos:

1. Obter o CAD medindo da incisal ate o vértice radiográfico apical


2. Para canais com curvatura moderada ou acentuada utilizar o CAD sem subtrair magem
de segurança
3. Transferir para a lima a medida com margem de segurança = CRI
CRI comprimento real do instrumento
4. Inserir a lima com a CRI no interior do canal radicular e executar um RX periapical
5. Medir a distancia da ponta do instrumento ate o ápice
6. Podem ocorrer 3 situações:
 instrumento aquém do vértice apical:somar valor do CRI + medida da ponta da
lima ate o vértice apical
comprimento real do dente (CRD) é encontrado somando CRI + medida da ponta do
instrumento ate o vértice do ápice.
 Instrumento no vértice apical: somar valor do CRI + medida da ponta da lima
ate o vértice apical
 Instrumento além do vértice apical: subtrair o valor do CRI – a medida que
ultrapassou o vértice apical.

 Substancias irrigadoras

Características de substancia ideal: deve ser germicida e um fungicida eficaz, permanecer


estável em solução, efeito antimicrobiano prolongado, não deve ser toxico e carcinogênico
para células teciduais circundando o dente, baixa tensão superficial, atividade quelante, baixo
coeficiente de viscosidade.

Benefícios do uso de substancias: remoção e dissolução de debris, desobstrução dos túbulos


dentinarios, desinfecção e limpeza de áreas inacessíveis aos instrumentos endodônticos.

Classificação:

 Compostos halogenados: hipoclorito de sódio


 Compostos tensoativos: Twen 80
 Agentes quelantes: EDTA
 Ácidos: acido cítrico
 Peróxidos: peroxido de hidrogênio
 Associações: MTAD; RC; PreP; Glyde
 Outras soluções: clorexidina, solução de hidróxido de cálcio, tiossulfato de sódio

Hipoclorito de sódio 0,5%: composto halogenado, possui amplo aspecto de atividade


antimicrobiano. Dissolve materiais orgânicos como tecido pulpar, necrótico e colágeno,
remove parte orgânica da smear layer.

 Liquido de Dakin: solução de NaOCl a 0,5%, neutralizada por acido bórico para reduzir
o pH.
 Líquidos de Dausfrene: solução de NaOCl a 0,5%, neutralizada por bicarbonato de
sódio.
 Solução de Milton: solução de NaOCl a 1% estabilizada por cloreto de sódio (16%).
 Solução de labarraque: solução de NaOCl a 2,5%
 Soda clorada: solução de NaOCl de concentração variável entre 4% - 6%

Digluconato de clorexidina: agente antimicrobiano de amplo espectro, efetivo contra


bactérias gram negativas e postivias. Possui biocompatibilidade com os tecidos vitais, sendo
bem tolerado pelos tecidos periapicais (entre 0,12% e 2%). Em baixa concentração possui
efeito bactericida. A clorexidina pode ser usada no tratamento de dentes com polpa necrosada
associada a rizogenese incompleta, em que existe grande risco de extravasamento apical.
Clorexidina + cloreto de sódio: aa combinação pode gerar uma interação química entre os
irrigantes, com formação de um precipitado. Esse precipitado pode levar a obstrução dos
túbulos dentinarios.

Tiossulfato de sódio: antioxidante que vem sendo utilizado com agente neutralizador do
hipoclorito de sódio. O Hipoclorito de Sódio é citado como prejudicial no processo de adesão
entre o remanescente dental e o sistema adesivo . O uso de tiossulfato de sódio poderia
contribuir para neutralizar o hipoclorito e favorecer o reestabelecimento dos valores de
resistência de união.

EDTA Acido Etilenodiamino tetracético dissódico: substancia quelante, pode desobstruir o


bloqueio apical e ajudar na desinfecção por meio da remoção da smear layer. Também
influenciam na permeabilidade da dentina, aumentando a permeabilidade.

RC Prep: utilizado como forma de creme com a seguinte composição (EDTA 15%, peróxido de
ureia 10% e carbowax 75%). A reação química produz efervescência que maximiza a limpeza
do canal.

MTAD: mistura com isômero de tetraciclina, acido cítrico e um detergente (tween 80). Tem
baixo pH e é recomendado para a irrigação final do canal, após o emprego do NaOCl.

Glyde: forma de gel com a seguinte composição (EDTA, peróxido de carbamida, peróxido de
ureia em uma base hidrossolúvel. Utilizado em associação ao hipoclorito de sódio.

Peróxido de hidrogênio: agente oxidante, altamente instável. Evita que o sangue penetre nos
canalículos dentinarios e altere a cor do dente. Apresente atividade antimicrobiana limitada,
ineficaz como solvente de tecido necrosado.

Conclusão: A dissolução tecidual e as propriedades desinfetantes do NaOCl no momento


fazem dele o irrigante de escolha

O EDTA deve ser usado ao final do procedimento para remover a smear layer, seguido por
outra irrigação com NaOCl para otimizar e desinfecção.

 Movimentos dos instrumentos endodônticos

Remoção: avanço, rotação da direita, tração cervical. Extirpa nervos e limas Hedstroem

Exploração e cateterismo: pequenos avanços no sentido apical, discretos movimentos de


rotação D-E, pequenos retrocessos. Limas tipo K

Alargamento parcial a direita: Ponta do instrumento junto a embocadura do canal, aplicação


de uma força ao instrumental no sentido apical com simultânea rotação a direita, tração no
sentido cervical.

Alargamento parcial alternado: força no sentido apical, rotação parcial alternada D-E.

Movimento de alargamento continuo: aplicação de uma força no sentido apical do canal


radicular. Rotação continua a direita. Tração do instrumento no sentido cervical. Acionado por
dispositivos mecânicos

Movimento de limagem: processo mecânico de usinagem destinado a obtenção de quaisquer


superfícies pela raspagem.
Alargamento e limagem: incialmente movimento de alargamento parcial a direita. Seguido da
tração com a aplicação de uma força lateral simultânea nas paredes do canal.

 Técnicas de instrumentação

Técnica estandardizada: os instrumentos são utilizados em ordem crescente de diâmetro (D0)


em toda extensão do comprimento de trabalho

Instrumentação manual step back: realizando a redução em cada passo 1 mm do CRT a cada
troca de instrumento utilizando limas de maior diâmetro.

Técnica coroa-apice (crown-down): se baseia em realizar um pré-alargamento coronário e


progredir em direção ao ápice de forma progressiva. Posteriormente determinar o
comprimento de trabalho após este procedimento

MEDICAÇÃO INTRACANAL

Objetivo: eliminar microrganismos que sobrevivem ao preparo químico-mecânico, atuar como


barreira contra infecção ou reinfecção por MO da saliva, reduzir inflamação perirradicular e
consequentemente sintomatologia, controlar a exsudação persistente, solubilizar a matéria
orgânica, inativar produtos microbianos, estimular a reparação por tecido mineralizado.

Quando utilizar a medicação intracanal?

Polpa vital- sessão única sempre que possível Necrose pulpar: medicamento intracanal

Paramonoclorofenol canforado: agente bactericida, potente agente antimicrobiano e pode


exercer efeito pelo ocntato direto e liberação de vapores. Aplicar em um cone de papel 1/3 ou
pedaço de algodão e executar o selamento provisório.

Tricresol formalina e formocresol: agentes antimicrobianos, fixador tecidual de grande


eficácia. Aplicar em cone de papel ou pedaço de algodão e executar o selamento provisório da
cavidade.

Iodofórmio: efeitos destrutivos sobre vírus e bactérias. Substancia halogena empregada


isolada ou associada. Se decompõe liberando iodo no estado nascente. Aplicar com auxilio de
lima tipo K ou lentulo, executar selamento provisório da cavidade.

Antibióticos: tem sido pouco empregados como medicamento intracanal uma vez que, como
medicamento intracanal, os antibióticos não são superiores aos antissépticos comuns.

Corticoesteróides: prednisolona/dexametasona: atuam sobre o processo inflamatório, efeito


inibitório potente sobre exsudação e vasodilatação.

Associações

NDP: dexametasona (0,32g) paramonoclorofenol (2g) polietelenoglicol 400 + rinossoro em


parte iguai qsq (100ml). O tubete de NDP deve ser aclopado a serginda carpule e deve ser
injetado no canal, colocar bolinha de algodão para proteger os orifícios e executar o selameno.

Otosporin: sulfato de polomixina B 10.000, sulfato de neomicina 5 mg, hidrocortisona 10mg.


Apicar em uma bolinha de algodão e executar o selamento provisório.
Hidróxido de cálcio: atividade antimicrobiana por contato e o efeito de estimulo a formação
de uma barreira mineralizada.

Conclusão

O hidróxido de cálcio é um excelente material para o tratamento endodôntico, tanto como


medicação intracanal quanto componente do cimento obturador. A associação do Hidróxido
de Cálcio a diferentes compostos ou veículos representa ser uma alternativa viável e
promissora na terapia endodôntica em diferentes situações clinicas

MATERIAIS OBTURADORES
Etapas básicas: pulpectomia, instrumentação, secagem dos condutos, prova do cone,
aplicação do cemento obturador + cone, corte do cone.

Propriedades do cimento endodôntico: fácil inserção e remoção, bom tempo de trabalho,


selamento tridimensional, bom escoamento, ser radiopaco, não manchar estrutura dentaria,
apresentar adesividade as paredes do canal, apresentar força coesiva, atividade
antimicrobiana, etc.

Endofil e Fill Canal: cimentos a base de oxido de zinco e eugenol. O extravasamento para os
tecidos permite uma difusão de eugenol, que tende a exercer suas propriedades deletérias,
podendo interferir negativamente no processo de reparo tecidual.

AH plus (resinoso) : Compararam a adesão de vários cimentos endodônticos à dentina e à


guta-percha e revelaram que o AH Plus apresentou a maior capacidade adesiva entre os
materiais investigados

Sealer 26 (base de hidróxido de cálcio): Como não possui radiopacidade adequada, tem sido
recomendada a adição de iodofórmio ao cimento, na proporção de 3:1 em volume. (C:I).
Resíduos de umidade no canal aceleram significativamente o endurecimento do material,
reforçando a necessidade imperiosa de secar bem o canal antes de qualquer procedimento
obturador.

TECNICAS DE OBTURAÇÃO
Condensação lateral: cone principal deve ter o diâmetro correspondente a ultima lima usada
no canal. Prova do cone principal ( teste visual, tátil, radiográfico). Inserir cone principal, inserir
espaçador digital, remover espaçador digital, inserir o cone acessório., radiografia final.
(tecnica convencional).

Técnica hibrida de tagger: técnica termoplastificadora, utilizada em casos de canais


irregulares, ex: reabsorção interna.

PROTESE FIXA
Prótese fixa: prótese dento-suportada, substitui um ou vários dentes ausentes unindo as
dentes adjacentes

 Pilares: dentes suportes


 Pontico: parte suspensa que ira substituir o dente ausente
 Retentor: elemtno que se reabilita ao dente pilar
 Conector: elemtno de união retentor + pontico

Em próteses extensas usa-se conector semi-rigido para a força não quebrar.

Sequencia da PPF: anamnese, exame clinico, preparo dentário, confecção do provisório,


moldagem, confecção/ prova/ ajuste de infraestrutura, moldagem de transferência, registro
interoclusal, aplicação/prova/ajuste de cerâmica e cementação (fosfato de zinco para
metaloceramica).

 Tipos de termino cervical

Ombro ou degrau arredondado: indicado para coroas cerâmicas de dentes anteriores e


posteriores.

Ombro ou degrau biselado: indicado para coroas metaloceramicas de dentes anteriores e


posteriores, contraindicação para coroa clinica curta e largura V-L não uniforme.

Chanfrete: coroas metálicas, coroas metaloceramicas e metaloplasticas, coroas ¾ e 4/5


anterior e posterior.

Chanfrado (ideal): coroas metaloceramicas com ligas básicas de dentes anteriores e coroas
metaloplasticas. Apresenta mairo resistência e dureza que as ligas a base de ouro.

 Preparo para coroa anterior: metaloceramica

Técnica da silhueta:

 Sulco marginal cervical 1014


 Sulco de orientação V, L, I 3216
 União dos sulcos de orientação 3216
 Preparo face proximal 2200
 Desgaste da cavidade palatina 3118
 Preparo subgengival 3216
 Acabamento, polimento 3216 F e FF em todo o preparo, exceto na incisal da face
lingual 3118 F e FF

 Preparo para coroa posterior metaloceramica

Técnica silhueta :

 Sulco marginal cervical 1014


 Sulco de orientação V,L, P 3216
 Sulco de oclusao 3216
 Preparo da face proximal 2200 e 3216
 União dos sulco de orientação V,L,P,O 3216
 Preparo subgengival 3216 ou 2215
 Acabamento e polimento 3216 F e FF em todo o preparo

Restauração metálica fundida (RMF)

Inlay: sem envolvimento de cuspede

Onlay: com o envolvimento de cuspede

Overlay: com o envolvimento de cuspede + palatina ou vestibular

 Moldagem

Parcial ou total: silicona de condensação com fio afastador, registro em cera, vazamento em
gesso tipo IV, prova e ajuste da RMF, cimentação com cimento fosfato de zinco (tempo de
presa 5-9min).

Cimentação das restaurações cerâmicas: acido fluorídrico (20seg), silano 60 seg e cemento
resinoso.

 Fases da polimerização
1- Arenosa: aspecto massa de areia molhada
2- Fase fibrosa: pegajosa, fios pegajosos
3- Plástica: perde pegajosidade, como fase de trabalho, consegue manipular
4- Borrachoide: características de recuperação elástica
5- Rígida: fase final, já polimerizou

Retentores radiculares: retenção do material restaurador, repor a porção coronal perdida.


Remove o material obturador, remove a guta percha com brocas largo, pino, cimentação
adesiva, cimentação resinosa.

Pino de fibra de vidro: desobstrução do conduto, prova do pino, preparo do pino, acido
fluorídrico 37%, lavar, secar, sistema adesivo, cimento resinoso, cimentação e reconstrução do
núcleo em resina composta.

LEI DE ANTE: O total de raiz inserida no osso deve ser igual ou maior do que a ara da raiz
correspondente ao dente que sera reposto pelo pontico. Então para que seja recomendada a
PPF, a área dos dentes pilares tem que ser maior do que a do dente a ser implantado....

Lei de vest: o somatório das forças que incidem sobre os dentes da PFF deve ser menor ou
igual ao somatório das forças que incidem sobre os dentes pilares x 2.

Polígono de Roy: a PPF deve abranger pelo menos 2 planos

*Lei de vest e Poligono de Roy: se o prognostico for ruim em algum, não se faz.

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