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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS

RESUMO DAS AULAS 18 E 19 E RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS

Docente: Paulo Carvalho

Discente: Denise dos Santos Brandão

Disciplina : Materiais Dentários

PORTO VELHO – RO

JUNHO DE 2022
MATERIAIS EMPREGADOS NA ENDODONTIA

Pelo difícil alcance visual da área intra canal e pela grande propensão a
contaminação se esse espaço fornece campo para infecções graves, deve-se
escolher com cautela os materiais e instrumentais utilizados em procedimentos
empregados.

I. Materiais e instrumentais utilizados no acesso à câmara pulpar e à


descontaminação inicial

Para o Isolamento Absoluto

O isolamento absoluto tem o objetivo de eliminar a umidade da saliva e


reduzir a contaminação bacteriana do campo operatório. Essa técnica é muito
utilizada nas diversas áreas da Odontologia e é considerada uma etapa
fundamental para o sucesso dos procedimentos.

Figura 1 – Lençol de borracha para isolamento do campo operatório

Figura 2 – Mesa clínica para isolamento do campo operatório


NO PREPARO, DESINFECÇÃO E ESVAZIAMENTO DA PARTE
CORONÁRIA

Quando ocorre uma perda estrutural muito extensa, se faz necessária a


utilização de retenção intrarradicular e uma prótese unitária que restabeleçam a
estética e a função. A utilização de retentor intrarradicular (RIR) tem por
finalidade propiciar condições adequadas de retenção para que a reabilitação
oral seja executada com eficiência e assim não haja nenhum transtorno futuro
para as funções mastigatórias.

Figura 3 – Esvaziamento coronário para acesso ao sistema de canais


radiculares

PREPARO DOS CANAIS RADICULARES

Para o preparo dos canais radiculares, dividimos didaticamente os recursos


nos seguintes meios:

Químicos: representados pelo uso de substâncias ou soluções irrigadoras, a


quantidade (volume) da solução é mais importante do que o tipo de solução
usada.

Físicos: compreendem os atos de irrigar, inundar e, simultaneamente, aspirar,


assim como inundar o canal radicular com solução irrigadora.

Mecânicos: representados pela ação dos instrumentos, com os quais se


efetuam os diferentes métodos de instrumentação dos canais radiculares.

MEIOS QUÍMICOS

Compostos halogenados
O cloro, um dos mais potentes germicidas conhecidos, exerce uma ação
antibacteriana sob a forma de ácido hipocloroso não dissociado. Uma vez em
solução neutra ou acida, o ácido hipocloroso não se dissocia, e sua ação
bactericida é efetiva e acentuada. Essa ação se dá por oxidação da matéria
orgânica.

O mesclado assim formado pertence ao grupo das cloraminas e


apresenta elevada propriedade bactericida.

Indicações das soluções e medicações usadas intracanal

Eliminar microrganismos que sobreviveram ao preparo químico mecânico e/ou


impedir a proliferação.

Neutralizar produtos tóxicos e controlar reabsorções.

Atuar como uma barreira físico-química, evitando a entrada de microrganismos


no interior dos canais.

Estimular a formação e o fechamento do ápice I (apicificação, apicigênese).

Reduzir a inflamação perirradicular e a dor, atuando no processo inflamatório.

Controlar a exsudação persistente por higroscopia (por absorver a água, ajuda


a controlar o exsudato).

Solubilizar matéria orgânica (as medicações intracanais geralmente não têm


esse objetivo principal, elas apenas auxiliam).

Essas soluções e medicações são classificadas de acordo com sua estrutura


química:

COMPOSTOS FENÓLICOS (eugenol, paramonoclorofenol canforado,


formocresóis*)

Todos eles apresentam radicais fenólicos ligados à sua cadeia. São agentes
bactericidas, utilizados principalmente por sua ação antisséptica no interior dos
canais.
Aldeídos – são fixadores teciduais. Utilizados na pulpotomia, removem a polpa
coronária, colocando-se o agente de proteção, sendo o mais utilizado o
formaldeído, bastante utilizado na odontopediatria.

COMPOSTOS HALOGENADOS

Soluções de hipoclorito de sódio : Concentração de 1%. ; Concentração de


2,5% (licor de Labarraque) ; Concentração de 4-6% (soda clorada duplamente
concentrada); Concentração a 5,25% (preparação oficial – USP);Solução de
digluconato de clorexidina a 2% Solução de hipoclorito de cálcio a 2-10%
SINTÉTICOS – Cetramida,Cloreto de benzalcônio,QUELANTES

EDTA (soluções de ácido etilenodiaminotetracético). ASSOCIAÇÕES: RC-


Prep. (EDTA + perox. de ureia + polietilenoglicol – Carbowax);Endo-PTC
(peróxido de ureia + Tween 80 + Carbowax).

OUTRAS SOLUÇÕES IRRIGADORAS: Água destilada esterilizada.;Solução


fisiológica.;Água de hidróxido de cálcio – 0,14 g%.;Peróxido de hidrogênio – 10
vols.

Solução de ácido peracético.

Solução de nanopartículas de prata (NPsAg).

Hipoclorito de sódio

Mesmo sendo essa a solução irrigadora tenha ainda a maior aceitação entre
aqueles que se dedicam à endodontia, consideram-se as soluções de
hipoclorito de sódio a 1% como de escolha no tratamento de canal radicular de
dentes com vitalidade pulpar e de dentes com necrose pulpar em fase inicial
(assintomática). Para dentes despolpados e infectados apresentando
radioluscência periapical, abcessos crônicos e periodontites, indicam-se
aquelas a 2,5 e 5,25%.

Essa substância tem como propriedades ou características:


a. Diminui a tensão superficial – aumenta sua capilaridade, penetrando em
todas as reentrâncias do sistema de canais radiculares, dando condições para
melhorar a eficiência do medicamento.

b. Neutraliza parcialmente produtos tóxicos – remove todo o conteúdo tóxico do


canal radicular na sessão inicial de tratamento, neutralizando com baixo risco
de agudizações de processos periapicais crônicos, produzindo um ambiente
asséptico.

c. Ação bactericida – libera oxigênio e cloro, que são os melhores antissépticos


conhecidos. Por isso, é uma solução bastante instável, a ser usada apenas
como solução irrigadora durante a instrumentação do canal radicular.

d. Auxilia na instrumentação – pela reação de saponificação e pelo


umedecimento, auxilia na ação dos instrumentos.

e. Possui pH alcalino – o pH de 11,8 (alcalino) neutraliza a acidez do meio,


impedindo a proliferação bacteriana.

f. Apresenta ação dissolvente – tem capacidade de solubilizar substâncias


proteicas, restos pulpares e alimentares, microrganismos da luz do canal
radicular e bactérias alojadas nos túbulos dentinários laterais, colaterais e
acessórios, sendo o dissolvente mais eficaz do tecido pulpar (entre 20 minutos
e 2 horas).

h. Tem interação rápida – a interação entre hipoclorito de sódio e restos


orgânicos é realizada de forma efervescente, enérgica e rápida. Penetra nas
reentrâncias do sistema de canais radiculares (túbulos dentinários,
ramificações, deltas apicais) e reage com os restos necróticos, formando cloro
e oxigênio. Por ser volátil, procura uma área de escape (luz do canal radicular),
levando consigo os restos necróticos, microrganismos etc., facilitando sua
remoção. Ao fazer isso, leva a uma clarificação do substrato.

i. Tem dupla ação detergente – saponifica os ácidos graxos, transformando-os


em sabões solúveis e de fácil eliminação. Também reduz a tensão superficial
dos líquidos, tendo duplo poder umectante e detergente.
j. Não é irritante sob condições de uso – as soluções de hipoclorito de sódio a
1, 2,5 ou 5,25% não são irritantes sob condições de uso clínico. A
biocompatibilidade das soluções de hipoclorito de sódio está inversamente
relacionada com sua concentração, ou seja, quanto menor a concentração,
maior a biocompatibilidade dos hipocloritos.

Desvantagens

Alta toxicidade e risco de acidentes pela injeção involuntária ou


precipitada da solução no periápice, resultando em reações inflamatórias
(principal desvantagem). Potencialmente irritante para a pele e mucosa.

Sua instabilidade no decorrer do tempo prejudica a identificação da


concentração da substância em longo prazo.

Possibilidade de dissolver o lençol de borracha (por vezes, pode provocar até a


ruptura do dique durante o procedimento).

Possibilidade de descolorir ou manchar roupas.

Cheiro muito forte e desagradável.

Corrosiva a instrumentos metálicos.

Clorexidina a 2%

A clorexidina é considerada um composto halogenado, uma vez que


contém cloro em sua molécula. Na odontologia, é usualmente utilizada em
solução aquosa de concentração de 0,12 (para bochechos) ou 2,0%. Essas
soluções são incolores e inodoras, mais estáveis em pH de 5 a 8, tendo a
maior eficiência antibacteriana na faixa de pH de 5,5 a 7. O soluto mais comum
das soluções de clorexidina é o sal digluconato de clorexidina.

A ação antibacteriana é efetiva contra um grande número de bactérias


aeróbias e anaeróbias como, também, espécies gram-positivas e gram-
negativas. A ação antimicrobiana é bactericida e se dá pela ruptura da
membrana citoplasmática desses microrganismos.
Os géis apresentam escoamento e comportamento tixotrópico, ou seja,
tornam-se mais fluidos, facilitando o espalhamento, e recuperam a viscosidade
inicial no momento em que se encerra a aplicação. No canal radicular, o gel de
clorexidina torna-se mais fluido quando submetido a uma carga de
cisalhamento (instrumento rotatório).

Substantividade ou ação residual – devido às suas propriedades


catiônicas (carga positiva), a clorexidina pode se ligar a superfícies e substratos
aniônicos (carga negativa), como a hidroxiapatita da dentina, e ser liberada em
níveis terapêuticos após a sua remoção, que pode permanecer 48 horas, 72
horas, quatro semanas e até 12 semanas depois da instrumentação. Mesmo
após a finalização da instrumentação e obturação dos canais radiculares, as
moléculas de clorexidina aderidas na dentina mantêm as propriedades
antimicrobianas por um período maior.

Penetração nos túbulos dentinários – observa-se uma profundidade de


500 μm nos túbulos dentinários.

O efeito modulador da dentina preserva a estrutura dentinária, o


colágeno e a hidroxiapatita, já que é um agente antioxidante.

Mínima toxicidade para os tecidos periapicais.

Não provoca alergias.

A adsorção da clorexidina pela dentina facilita a absorção do adesivo nos


túbulos dentinários.

Inibe as metaloproteinases de degradarem o colágeno da camada híbrida.


Torna a camada híbrida mais estável, melhorando a força de adesão.

Não apresenta poder clarificante.

Utilização de outras soluções:

Quelantes – são substâncias utilizadas em algumas técnicas na toalete final,


antes da obturação dos canais. A mais utilizada é o EDTA e seus derivados.
Soluções irrigadoras – as mais comumente usadas são água destilada
esterilizada e solução fisiológica como adjuvantes em algumas técnicas e para
aumentar o volume da solução química ou neutralizar e remover resíduos de
outros produtos utilizados.

Soluções mistas ou associações – a maioria se dá entre algum dos


componentes citados acima e/ou algum fármaco (antibióticos), se constituindo
de curativos interseções ou de demora. O Endo PTC e o RC-Prep são
utilizados em algumas técnicas no Brasil.

Meios físicos são as cânulas usadas para irrigar e inundar a cavidade


coronária e o sistema de canais radiculares durante a instrumentação e, ao
mesmo tempo, aspirar tudo o que estiver ali contido.

Figura 4 - Kit de cânulas para irrigação e aspiração endodôntico

MEIOS MECÂNICOS

Representam a ação dos instrumentos com os quais se efetuam os


diferentes métodos de instrumentação dos canais radiculares.

Brocas para trepanação e abertura coronária

Os instrumentos utilizados nesse processo são: broca endo-z e ponta


diamantada. Forma de contorno – nessa etapa, é realizado o contorno final do
procedimento de abertura coronária. Como cada dente tem a sua própria
anatomia, cada um deles terá um formato diferente. Cuidados durante a
abertura coronária

LIMAS ENDODÔNTICAS

São instrumentos que participam ativamente do preparo dos canais radiculares,


fazendo a limagem nas paredes dos canais, raspando as paredes, ampliando a
luz do canal e removendo restos de dentina contaminada, bactérias e restos
pulpares que porventura sobrevenham.

OBTURAÇÃO DOS CANAIS RADICULARES

Consiste em fazer uma obliteração com materiais que promovam um


selamento idealmente hermético dele. Inicialmente, faz-se uma toalete final;
depois, a secagem dos canais, utilizando as pontas de aspiração e também
cones de papel absorventes, feitos de formato cônico e em conformidade com
o alargamento final conseguido pela sequência de limas.

Cimentos endodônticos

Os cimentos usados para a obturação devem:

1. Ser pegajosos quando misturados, fornecendo boa adesão entre os cones e


as paredes do canal, proporcionando uma vedação hermética.

2. Ser radiopacos.

3. Ter partículas de pó pequenas para serem agregadas facilmente com o


líquido.

4. Endurecer lentamente, possibilitando bom tempo de trabalho.

5. Não contrair depois de colocados no canal.

6. Ser não irritantes aos tecidos periapicais e impedir o crescimento


microbiano.

7. Não manchar as estruturas dentinárias.


8. Ser insolúveis nos líquidos teciduais, mas ter solubilidade em solvente
comum, caso seja necessário remover a obturação do canal.

Cimentos à base de óxido de zinco e eugenol

O mais antigo empregado é do tipo pó/líquido, cuja composição é a seguinte:

pó: óxido de zinco, resina hidrogenada, carbonato de bismuto, sulfato de bário


e borato de sódio; líquido: eugenol e óleo de amêndoas doces.

Apresenta bom escoamento, radiopacidade e plasticidade, e o tempo de presa


é longo: 20 minutos, aproximadamente.

Cimento com resina e hidróxido de cálcio

O cimento pó/liquido cuja porção em pó é aglutinada a uma resina tem


em sua composição:

O hidróxido de cálcio confere um adequado grau de biocompatibilidade,


e o óxido de bismuto, uma radiopacidade. Após a polimerização, apresenta boa
adesividade e baixa solubilidade. O tempo de presa é de 12 horas.

Cimentos resinosos

Apresentam-se em forma de pasta/pasta e são compostos por: pasta A:


resina epóxica, tungstato de cálcio, óxido de zircônio, aerosil e óxido de ferro.

pasta B: amina adamantane, N,N” – Dibenzil – 5 – Oxanonane – Diamina – 1,9,


TCD – diamina, tungstato de cálcio, óxido de zircônio, aerosil e óleo de silicone.

Apresentam baixa contração de polimerização, boa adesividade e são


radiopacos.
MATERIAIS EMPREGADOS NA CIRURGIA E PERIODONTIA

TEMPOS CIRÚRGICOS

Os tempos cirúrgicos são uma das formas de o dentista se comunicar


com seu auxiliar, pois com a definição do tempo básico, ambos saberão o que
deve ser efetuado. Os tempos cirúrgicos são procedimentos realizados pelo
dentista durante uma cirurgia.

Figura 01 – Ambiente cirúrgico septico

ASSEPSIA X ANTISSEPSIA

Técnica asséptica/limpa:

Conjugado de procedimentos e medidas para impedir o contato do


microrganismo patogênico com a ferida operatória. Não se admite que o
paciente contraia infecções por conta do CD ou ASB.

Processos da técnica asséptica:

1. Esterilização

É a destruição ou eliminação de toda forma de vida (bactérias, vírus,


fungos, esporos) através de agentes físicos ou químicos.

Métodos:

 Calor úmido – autoclave (por gravidade ou por autovácuo).


 Calor seco – estufa.

 Radiação ionizante – processos industriais utilizando fontes ionizantes.

 Química – imersão em solução de glutaraldeído.

Figura 2 – Ciclo de limpeza/esterilização de artigos

2. Assepsia e desinfecção (degermação)

Método pelo qual se faz a eliminação de germes patológicos de superfícies


orgânicas (pele) ou não, através de métodos físico-químicos sobre objetos
inanimados. Não sujeitos a agentes físicos (calor úmido ou calor seco).

 Formaldeído e glutaraldeído.

 Sabões de clorexidina ou de PVPI.

 Ácido peracético, hipoclorito de sódio a 1% e álcool 70.


Figura 3 – Degerminação de superfície com aplicação de produtos químicos
com auxílio de toalhas descartáveis

O envolvimento de certas áreas com barreiras físicas (papel-filme), após a


higienização, também possibilita uma menor recontaminação.

3. Antissepsia

A lavagem das mãos é aconselhada desde meados do século XIX como


importante meio de assepsia nos procedimentos cirúrgicos!

Figura 6 – Lavagem das mãos com escova e sabão de clorexidina

Digluconato de clorexidina

 É um antisséptico que age por rompimento de membranas


citoplasmáticas, precipitando conteúdos celulares. Tem melhor atividade
contra bactérias gram-positivas. Não é esporicida.

 Apresenta excelente ação residual, especialmente em adição com


álcool.

 Usa-se em lavagem de mãos e antissepsia bucal.


 É encontrado em formulações aquosas e alcoólicas e em sabões
degermantes.

4. Degermação e paramentação prévia da equipe, do paciente e do


ambiente

utilização dos equipamentos de proteção individual (pro-pés, gorro,


máscara cirúrgica, avental cirúrgico, óculos, face shields e luvas
cirúrgicas).Degermação inicial da boca com uso de colutório (de preferência
clorexidina a 0,12%, pelo espectro medicamentoso), em bochechos vigorosos
por 10 minutos. Degermação extrabucal com clorexidina a 2% e recobrindo o
paciente com o campo cirúrgico estéril.

Figura 8 – Kits cirúrgicos completos para odontologia

5. Controle do ambiente cirúrgico

Atenção com a ambientação da parte predial física, arquitetônica e


estrutural (zoneamento dos espaços em: zona de proteção, zona limpa e zona
asséptica ou estéril), aeração do ambiente, descontaminação ambiental entre
cirurgias, limpeza, higienização, descarte de contaminantes e reposição de
materiais e insumos para uma nova cirurgia. Importante o centro de
esterilização e materiais.Visa manter a cadeia asséptica com fluxos que
permitam controle durante todo o tempo cirúrgico.
ANESTESIA

Instilação de fármacos possibilitando a não propagação do impulso doloroso,


dando conforto e segurança ao paciente. Utilizam-se para tal as seringas do
tipo carpule, as agulhas odontológicas e os tubetes contendo os anestésicos.

CORTE E DIVULSÃO TECIDUAL

Dentro do arsenal para o corte e divulsão tecidual, encontram-se os


bisturis (em forma de lâminas inoxidáveis, os eletrônicos ou cautérios e os à
laser) e as tesouras cirúrgicas.

Após a divulsão tecidual, normalmente há extravasamento de sangue, a


ser removido por meio de sugadores, permitindo acesso visual ao campo.
Pode-se usar soluções fisiológicas ou produtos bactericidas.

EXÉRESE

Quando se trata de dentes, têm-se os fórceps; na exérese de tecidos


moles, têm-se as curetas; e nos tecidos duros, os osteótomos, serras, brocas e
trépanos.

Figura 9 – Fórceps, curetas e brocas cirúrgicas

SÍNTESE E PROTEÇÃO DA FERIDA

Podemos citar os fios de sutura como os materiais de síntese mais


utilizados em tecidos moles. Dependendo do caso, os cianoacrilatos e clips
cirúrgicos podem ser utilizados mais profundamente. Fios metálicos, placas e
parafusos são utilizados em síntese óssea.
Momentos pós-cirúrgicos

PROTEÇÃO DA FERIDA

geralmente, o tecido em meio bucal fica cruento, o que pode levar o


paciente a sentir dor. Pode-se, nesses casos, recobrir a ferida com membranas
ou cimentos
RELATÓRIO DAS AULAS PRATICAS

PRATICA 01:

Apresentação do amalgama e suas propriedades e características, tipos,


Classificações e Indicações. O amálgama dental é um material odontológico
para restauração direta, apesar do apelo estético atual que faz das resinas
compostas o material preferido pelos pacientes, o amálgama dental é ainda é
utilizado. A reação da liga com o mercúrio. A reação ocorre inicialmente como
nas ligas convencionais. O estanho difunde-se para a superfície da partícula do
composto prata-cobre e reage com o cobre, eliminando a fase gama-2 (desde
que o cobre esteja acima de 12% em sua formulação), formando uma fase
mais resistente. O cobre não reage com o mercúrio. O cobre livre dá
escurecimento à restauração. Pudemos verificar a consistência e densidade, o
uso de amalgamador e as ampolas de materiais que misturados formam a liga
chamada amalgama.

Visualizamos e pudemos manusear os ácidos, adesivos e resinas


compostas usada em restaurações, aprendendo sobre o uso de
fotopolimerizador, sendo que após a explanação do professor sobre os
materiais e usos indicados, pudemos usar os materiais dispostos para poder
sanar duvidas do processo de polimerização por luz (fotopolimerização)

AULA 2:

Conhecemos os instrumentais utilizados para manipulação de ionômero


de vidro e hidróxido de cálcio, solução e suspensão, como manipular esses
materiais e suas indicações em cada caso na odontologia.

O hidróxido de cálcio nunca pode ser usado em espessuras grandes e


sem uma camada de Ionômero de vidro antes da resina. Isso porque, o ele
acaba sofrendo um processo de solubilização deixando um espaço vazio, caso
tenha sido usado com uma camada grossa.
Os cimentos de ionômero de vidro convencionais podem ser indicados
para o selamento provisório de cavidades, devido as suas propriedades
favoráveis de adesão à estrutura dentária, liberação de fluoretos, paralisação
do processo de cárie e baixo custo.

O Hidroxido de cálcio é amplamente utilizado para: proteção pulpar,


pulpotomias, cimentação protética, forramento cavitário, apicificação e em
casos de reabsorção radicular. As formas de apresentação desses materiais
pode ser produtos na forma de pó, ou na forma de pastas, autoativa- das ou
fotoativadas.

SOBRE A DISCIPLINA:

A disciplina se mostrou essencial para o aprendizado quanto aos


materiais utilizados pelo profissional dentista, formas e momentos de uso de
cada um dos materiais citados. É de grande valor para nós, futuros dentistas,
estarmos sempre cientes de propriedades químicas e físicas dos materiais. A
disciplina sempre atendeu esse anseio de aprendizado de modo bem
satisfatório, revezando entre teoria e prática todo o conteúdo ministrado.
Agradeço a oportunidade de aprendizado, e me sinto muito satisfeita com a
didática empregada.

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