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DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA

DISCIPLINA DE ORTODONTIA

APOSTILA DE

TÉCNICA ORTODÔNTICA

Coordenação: Prof. Marcos Valério Ferrari


Prof. Alexandre Zanesco
Prof. Luis Eduardo Teixeira

Aluno (a):_____________________________________________________
TÉCNICA ORTODÔNTICA - INTRODUÇÃO

A Disciplina de Técnica Ortodôntica tem como objetivos principais, em nível


laboratorial, apresentar os aparelhos ortodônticos mais utilizados na clínica preventiva e
interceptora, enfocando a importância do planejamento, e o adestramento manual dos
alunos para a construção de aparelhos removíveis e fixos.
Para tanto, torna-se fundamental que os alunos possuam o seguinte instrumental e
material:
- ALICATES
1- Bird beak ( i - 139 ) curto para dobra de fios ortodônticos
1- ( i - 325 ) com ranhuras para dobras
1- Para corte de fio grosso ( 800 - 603 )
xxxxxx
1- Parafuso expansor 7 mm
1- Espátula de cêra No 31
1- Espátula de cêra No7
1- Espátula Lecron
1- Holenback 3S
1- Pote para manipular resina acrílica
1- Pote Dappen
1- Lamparina a álcool
2- Disco de lixa monoface
1- Pedra Mizzi em forma cilíndrica
2- Pedras para desgaste de resina acrílica ( redonda e em forma de pêra )
1- Mandril para tira de lixa
1- Folha de lixa para madeira No 220
1- Micro-motor com ponta reta
1- Lapís dermatográfico
1- Rolo de fio ortodôntico duro elástico 0,7mm - 50 g
1- Lençol plástico de 0,70 x 0,50 m
1- Pincel médio (Tigre 02 ou Condor 470)
1- Isolante para resinas acrílicas CEL-LAC
1- Cera utilidade, pegajosa e cera 7
1- Resina acrílica ( pó e líquido )

2- Recomendamos a compra de material e instrumental de fabricação nacional


satisfatório.
É importante enfatizar que para obter-se uma boa qualidade dos trabalhos
executados deve-se observar os seguintes aspectos:
Iluminação: deve ser adequada e evitar a incidência de reflexos.
Fadiga ocular: é importante desviar os olhos periodicamente do trabalho executado.
Postura: a coluna deve estar ereta e os braços apoiados sobre a bancada. Evite enclinar o
corpo sobre a bancada.
Organização: manter o instrumental e material de forma a facilitar a utilização quando
necessária.
Limpeza: utilizar lençol plástico sobre a bancada e manter sempre limpo o local de
trabalho. Restos de fios utilizados não devem ser deixados na bancada para evitar
ferimentos.
Proteção: deve-se seguir os padrões de segurança com o uso de máscara e óculos durante
o desgaste de resina acrílica; evitar o uso de jóias e bijouterias; prender os cabelos; e
aqueles que apresentam reação alérgica no contato com gesso, monômero de metacrilato
de metila ou outros materiais devem usar luvas.
A apostila fornecida para as aulas de técnica ortodôntica deverá constar do
material de uso rotineiro, de forma a facilitar possíveis consultas.
Quanto a avaliação dos exercícios executados serão observados, além do exercício
proposto, o interesse e habilidade do aluno, material e instrumental exigidos, limpeza e
organização da bancada, obtendo-se assim a nota final do trabalho apresentado.
TÉCNICA ORTODÔNTICA - DOBRAGEM DE FIOS

Através dos exercícios o aluno deverá se familiarizar com os alicates e fios


ortodônticos e obter o adestramento manual necessário a construção dos grampos, alças
e molas utilizadas nos aparelhos removíveis.

Alicates

Inicialmente serão apresentados os alicates solicitados para a dobragem de fios.


Vários são os alicates utilizados na construção dos aparelhos ortodônticos removíveis,
entretanto, alguns não foram solicitados em função dos custos, sendo escolhidos aqueles
que apresentam maior versatilidade na modelagem dos fios.
Alicate bico de pássaro (139) - É, talvez, o alicate mais utizado em Ortodontia.
Possui uma ponta cônica que permite dobrar o fio em diversos diâmetros e uma ponta
piramidal para realizar dobras anguladas. ( Figura 1 )
Alicate com ranhuras (325) - Apresenta duas pontas piramidais chatas com
ranhuras para apoio do fio. É utilizado para dobras angulares em fios de grande calibre e
o fechamento das dobras em gota. ( Figura 2 )

Figura 1 Figura 2
Alicate tridente (200) - Muito utilizado nas dobras em ângulo e curvatura dos
fios. Possue dois bicos arredondados e separados de um lado e um bico semelhante do
outro, sendo que este possue a largura menor que o espaço que separa aqueles de forma
a permitir que o fio se interponha entre as pontas ativas do alicate. ( Figura 3 )
Alicate de corte de fio grosso - Apresenta pontas ativas cortantes que podem ser
biseladas, que expulsam o fio durante o corte em alta velocidade, ou anguladas que
necessitam menor esforço para o corte e são consideradas mais seguras. ( Figura 4 )
Figura 3 Figura 4

Fios ortodônticos

A seguir serão descritas algumas características dos fios utilizados para a


construção dos aparelhos ortodônticos removíveis, que são geralmente de aço 18/8,
conhecidos como duro-elásticos.
A denominação deste tipo de liga refere-se ao conteúdo de Cromo e Níquel na
composição da mesma:
Cromo (18%) : proporciona a ação anticorrosiva através do efeito passivador, que é a
ocorrência de uma camada protetora fina, geralmente produto de oxidação, que torna o
metal resistente a uma subsequente oxidação.
Níquel (8%) : atua na diminuição da transformação austenítica/ferrítico a temperaturas
normais. A liga é composta ainda de carbono, ferro e alguns modificadores.
Quando alguma dobra é executada no fio ortodôntico, estruturalmente as
moléculas no local da dobra ficam sob tensão e o fio tende a voltar a sua forma original.
Para evitar este efeito indesejável realiza-se o tratamento térmico, o qual é denominado
de recuperação ou recozimento do fio.
O tratamento térmico não beneficia as propriedades físicas inerentes a fabricação,
contudo, o calor fornece energia cinética para que as moléculas se reorganizem, e desta
forma eliminam as tensões existentes mantendo a forma obtida na dobra do fio.
O recozimento ótimo para o fio de aço inox é a 400o Celcius por 11 minutos ou
colocando o fio sobre a chama de uma lamparina até atingir a cor palha.
Manuseio dos fios e alicates

Quanto ao manuseio o operador deve segurar o alicate, empunhado-o com uma


das mãos, perpendicularmente ao plano horizontal. Após a apreensão do fio ortodôntico,
este deve ser dobrado com o auxílio do dedo indicador em direção ao operador, enquanto
o alicate permanece imóvel. Os punhos não devem estar flexionados para que o operador
não dispense mais energia do que a necessária. A técnica de manuseio do instrumental
requer apenas uma apreensão firme do alicate sem que este cause desconforto.
O alicate 139 deve ser utilizado quando necessita-se uma dobra em ângulo
arredondado. Esta é obtida apoiando-se o fio sobre a parte cônica e quanto mais afastado
do alicate estiver a força aplicada, mais suave será a dobra executada. Quando desejar um
ângulo acentuado o fio deve ser dobrado contra a ponta piramidal.
Ao utilizar o alicate 325 o fio deve estar interposto entre as ranhuras e este dobrado
com o auxílio do dedo indicador.
Nas dobras com auxílio do alicate tridente (200), o fio deve ser interposto entre as
pontas ativas e enquanto o alicate é pressionado o fio é gradualmente curvado em torno
do bico central
Ao empregar o alicate de corte procure, se possível, segurar as duas partes do fio.
Quando uma das partes é pequena, dificultando a apreensão das mesmas, o indicado é
cortar a ponta menor direcionada para um chumaço de algodão.
Durante a execução das dobras o plano de trabalho deve ser mantido. Realize a
dobra seguinte, somente quando a anterior estiver correta. Trabalhe sempre de forma a
não voltar para retificar as partes já concluidas.
O lápis dermatográfico, de preferência branco, deve ser utilizado para facilitar a
visualização das dobras necessárias
Exercícios com fio ortodôntico - 0,7mm

NOME:.....................................................................................................
CONSTRUÇÃO DOS ELEMENTOS DE FIXAÇÃO

A- Conceito: Os elementos de fixação são dispositivos através dos quais


os aparelhos removíveis são mantidos em posição.

B- Material: O mesmo utilizado para a dobragem de fios ortodônticos.

O objetivo desta aula prática é dar ao aluno as orientações e adestramento


necessários à construção dos diversos tipos de grampos utilizados na construção dos
aparelhos.

Grampo circunferencial ou em “C”

É muito utilizado em molares permanentes e decíduos, e em caninos


decíduos. Confere boa retenção na grande maioria dos casos. O grampo circunferencial
contorna a região cervical vestibular dos dentes, vindo em geral de mesial para distal,
terminando próximo ao espaço interdental distal. Cortar 6 cm de fio ortodôntico 0,7 mm.
Com a parte cônica do alicate 139, contornar com o fio o colo vestibular do dente,
começando pela parte distal, vindo para mesial, subindo em direção à oclusal. Na altura
do ponto de contato, visto por oclusal, fazer uma dobra de 90 tangenciando o ponto de
contato entre os dentes, e depois outra dobra igual descendo em direção à região lingual
ou palatina. A parte ativa do grampo deverá estar totalmente adaptada ao dente, enquanto
que a parte retentiva deverá estar ligeiramente afastada do modelo para permitir que a
resina possa conter toda extensão lingual do grampo. A 3 mm abaixo do colo do dente,
realizar outra dobra de 90, em direção à mesial, correspondente a dobra de retenção do
grampo na resina. Cortar o fio, deixando a retenção com aproximadamente 3 mm. Os
grampos devem ser planejados e construidos de forma a não interferir na oclusão do
paciente ( figura 1 ).
figura 1

Grampo auxiliar ou de Stahl

É utilizado entre pré-molares ou molares decíduos, quando a superfície


vestibular não oferece retenção adequada, como por exemplo dentes curtos ou
parcialmente erupcionados.

Cortar 5 cm de fio 0,7 mm e sobre a extremidade cônica do alicate 139


realizar dobra de 180 até formar uma pequena gota aberta. Fechar a gota com o auxílio
do alicate 325. Prender a gota com o alicate 139 ou 325 e realizar uma dobra de
aproximadamente 45 com restante do fio. Na distância correspondente à altura dos
dentes no espaço interproximal, iniciar dobra adaptando o fio na região interproximal dos
dentes em questão. Tangenciar o contato oclusal e dobrar o fio em direção lingual. A 3
mm abaixo do colo lingual do dente realizar dobra de 90, correspondente à extremidade
de retenção. A parte lingual do grampo deverá estar ligeiramemte afastada do modelo
para permitir que ele fique totalmente inserido na resina ( figura 2 ).

figura 2
Grampo duplo em gota

É usado em molares permanentes pouco erupcionados e com razoável


distância mésio-distal. É composto de duas partes semelhantes e opostas, uma de mesial
até a região média do dente, e outra de distal até a mesma região. As extremidades
possuem gotas, que ficam separadas entre si de 1,0 a 2,0 mm. Cortar dois pedaços de 5
cm de fio 0,7 mm e fazer uma gota de aproximadamente 1,5 mm de diâmentro na
extremidade de cada pedaço. Sobre a ponta cônica do alicate 139, contornar o fio para
que este se adapte a superfície dentária ligeiramente abaixo do equador do dente, partindo
com a gota entre os terços médio e proximal do dente, contornando com o fio o colo
vestibular do dente e subindo em direção à oclusal. Na altura do ponto de contato, visto
por oclusal, fazer uma dobra de 90 tangenciando o ponto de contato entre os dentes, e
depois outra dobra igual descendo em direção à região lingual ou palatina. A parte ativa
do grampo deverá estar totalmente adaptada ao dente, enquanto que a parte retentiva
deverá estar ligeiramente afastada do modelo para permitir que a resina possa conter toda
extensão lingual do grampo. A 3 mm abaixo do colo do dente, realizar outra dobra de 90,
em direção à mesial, correspondente a dobra de retenção do grampo na resina. Realizar
os mesmos procedimentos descritos para a outra parte do grampo ( figura 3 ).

figura 3
Grampo de Adams

Este grampo oferece bastante retenção, embora seja de confecção mais


trabalhosa. É usado em molares superiores e inferiores, permanentes e decíduos. Cortar 8
cm de fio 0,7 mm, e levar ao dente, marcando na região média do fio (com lápis
dermatográfico) a distância aproximada de dois terços da largura do dente onde será feito
o grampo. A partir desses pontos, fazer dobra de 90 sobre a ponta cônica do alicate 139,
em ambas as extremidades (figura 4-A). O passo seguinte deverá ser a realização das
alças retentivas do grampo, que terão altura variável de acordo com a altura do dente em
questão. Elas deverão ser feitas de altura tal que a barra horizontal do grampo fique entre
a metade e o limite do terço médio com o terço oclusal do dente. Para realizá-las dobrar
o fio sobre a ponta cônica do alicate 139, fazendo com que a extremidade do fio fique
paralela à primeira dobra. Repetir o procedimento do lado oposto ( figura 4-B ). Prender
a alça entre as pontas do alicate 139 e dobrar 45 de ambos os lados (figura 4-C). Levar
o conjunto à face vestibular do dente, de maneira que as alças fiquem adaptadas
verticalmente na mesial e distal do dente e marcar a altura das dobras que irão sobre os
pontos de contato, em direção lingual ou palatina. Realizar estas dobras sobre a ponta
cônica do alicate 139 (figuras 4-D e E). Após a adaptação do fio entre as proximais dos
dentes, dobrar cada lado do fio em direção ao rebordo alveolar, e novamente 90 para
realizar a retenção que ficará na resina. As alças do grampo não deverão tocar nos dentes
vizinhos, e a barra horizontal não deverá encostar na face vestibular do dente ( figura 5 ).
A B C D E

figura 4

figura 5

ACRILIZAÇÃO, ACABAMENTO E POLIMENTO


DOS APARELHOS REMOVÍVEIS

A. Definição: A base acrílica tem por função envolver tanto as partes retentivas
dos elementos de fixação como dos elementos de aplicação de força, e tem
função ainda de ancoragem através da adaptação de suas extremidades aos
elementos dentários e mucosa.
B. Material utilizado:
R.A.A.Q. (resina acrílica ativada quimicamente)
pote para resina
pote dappen
espátulas 7, 31 e Le Cron
recipiente pressurizável
lamparina
cera 7
isolante
brocas para desgaste (multilaminadas, Arkansas)
mandril
tiras de lixa
escovas de pelo duro e feltro
pedra pomes
Kaol
torno para polimento
micromotor
Observação: A utilização de óculos e máscara de proteção, é obrigatória
para a proteção pessoal durante as etapas de acabamento e polimento.

C. Sequência de acrilização:
1. Alívio das partes retentivas: comumente utilizada nos modelos
inferiores na superfície lingual do rebordo alveolar e para tanto, é distribuida uma fina
camada de cera sete uniforme, eliminando as áreas retentivas. A aplicação da cera pode
também ser utilizada como um tipo de proteção, recobrindo dispositivos tais como:
helicóides e molas digitais onde não é desejada a presença de resina acrílica na parte ativa.

2. Fixação dos grampos: deve ser realizada com cera sete aquecida, pela
parte vestibular dos mesmos, tomando-se o cuidado da correta adaptação. Um outro
cuidado seria com a parte do grampo que fica recoberta pela resina responsável pela
retenção, onde a mesma deve estar afastada, não tocando as áreas com alívio (superfície
lingual do rebordo alveolar) ou a região palatina, de modo que a resina envolva totalmente
esta parte do grampo.
3. Isolamento do modelo
3.1. Cel lac : tipo de isolante convencional para resina acrílica. Deve ser
aplicado com cuidado no modelo seco (desidratado) antes da aplicação da cera sete
para fixação dos grampos. Observar com atenção a aplicação do isolante, respeitando a
área pré-delimitada (área chapeável). O isolante não deve ultrapassar as regiões onde
utiliza-se a cera aquecida para fixação dos grampos.

3.2. Água : neste caso, a própria água é utilizada como isolante, onde o
modelo após a fixação dos grampos deve permanecer imerso em água por
aproximadamente 10 minutos. Com a hidratação concluida, não ocorre a adesão da resina
acrílica ao modelo, facilitando as etapas subsequentes.

4. Manipulação da resina : cabe aqui salientar que quando o monômero


e o polímero são misturados ocorrem mudanças, o que possibilita observar pelo menos
quatro estágios físicos durante a reação de polimerização.

ESTÁGIO 1:
Durante esta fase, as partículas do polímero são umedecidas pelo
monômero. A mistura do monômero com o polímero exibe uma característica física,
semelhante àquela da areia e da água, que é comumente conhecida como fase arenosa.
Deve-se deixar a mistura descansar no pote de resina durante o estágio inicial, onde as
partículas tendem a se depositar no fundo do pote.

ESTÁGIO 2:
O monômero começa a penetrar na superfície de cada partícula. A
superfície externa torna-se saturada com monômero e subsequentemente entra em
solução. Neste ponto, a superfície das partículas torna-se pegajosa ou aderente, e como
consequência, a massa de forma generalizada apresenta-se fibrosa quando manipulada,
assim esta fase é chamada de pegajosa ou fibrosa.

ESTÁGIO 3:
O monômero continua a difundir-se nas partículas do polímero, fazendo
com que mais polímeros entrem em solução. Neste ponto, a massa perde a pegajosidade
e adquire uma consistência lisa e de massa, a qual é identificada como fase de
massa (plástica) ou de trabalho, quando a mistura está pronta para ser inserida no modelo.

ESTÁGIO 4:
Neste estágio o excesso de monômero vaporiza ou penetra mais
profundamente no polímero . A mistura agora torna a consistência borrachóide e não pode
mais ser inserida no modelo. Este último estágio é conhecido como fase borrachóide ou
elástica.

A reação de polimerização da resina acrílica autopolimerizável ocorre com


a liberação de calor (exotermia) e, muitas vezes, a temperatura se eleva a valores
superiores à do ponto de ebulição do monômero e

dos polímeros de baixo peso molecular. A vaporização destes componentes,


durante a polimerização, provocará surgimento de bolhas e porosidades.
A porosidade da resina acrílica é indesejável, por deixar o dispositivo
ortodôntico com irregularidades que impossibilitam o adequado acabamento e
polimento, causando difículdade na higienização e ainda, diminuindo a resistência
mecânica do material.
Atualmente, para se obter as condições adequadas de acrilização são
utilizadas, por exemplo, panelas de pressão do tipo Ortoclass, a 25 PSi, por 20 minutos.
Podemos ainda encontrar, panelas de pressão com auxilio de compressores, facilitando o
processo, mas sempre respeitando os valores preconizados pelo fabricante.

4.1.Técnicas:
4.1.1.Proporcionamento:
Normalmente a relação polímero/monômero é de aproximadamente 2:1
em volume. O pó é vagarosamente colocado no líquido e quando totalmente saturado a
mistura é deixada em um pote fechado, até que tenha atingido a fase de massa (plástica)
ou estágio de trabalho na qual varia de uma marca de material para outra. Para prolongar
a fase plástica deve-se diminuir a temperatura do pote da resina.
A mistura é distribuida sobre o modelo de trabalho já com os grampos fixados nas
respectivas posições e previamente hidratado. Quando a mistura estiver no estágio 3 (fase
plástica ou de trabalho) inicia-se a distribuição da mistura sobre o modelo, procurando
deixar uma espessura homogênea por toda a superfície chapeável (pré-delimitada no
modelo). Após a distribuição da mistura sobre o modelo, a mesma estará entrando no
estágio 4 (fase borrachóide ou elástica) onde aplica-se uma leve camada de monômero
por toda a superfície da resina, e o modelo é colocado no recipiente pressurizável, sendo
submetido a pressão adequada.

4.1.2.Sal e pimenta (Batchelor, Stafford):


Utilizamos nesta outra técnica um recipiente plástico (tipo bisnaga) com
uma pequena ponta que permita a pulverização do polímero, e um conta-gotas para o
monômero. A diferença recai apenas na maneira como se realiza a mistura, pois todos os
cuidados anteriores relativos ao modelo são idênticos à técnica anterior.
Com o modelo hidratado, iniciamos gotejando monômero sobre toda a
superfície e logo em seguida pulverizando, com o recipiente plástico, o polímero. O pó e
o líquido são adicionados em partes previamente divididas na área chapeável. A
observação dos estágios 3 e 4 é muito importante pois deveremos estar atentos ao
momento correto de colocar o modelo no recipiente pressurizável.
Esta técnica evita o desperdício de material e proporciona um controle
mais efetivo da espessura da resina, assim como diminui a presença de bolhas, o que pode
ser considerado mais uma vantagem sobre a técnica anterior.
Por outro lado, esta técnica poderá apresentar algumas desvantagens como
um aumento da contração de polimerização, a obtenção de um material menos resistente,
a possibilidade de um produto final não homogêneo e ainda requer uma maior habilidade
do operador na distribuição e controle do polímero e do monômero.
5. Processamento da resina no recipiente pressurizável

6. Tempo de repouso - 24 horas

7. Acabamento e polimento
D. Acabamento:
Após a finalização da acrilização, delimita-se a área chapeável. Inicia-se
então o acabamento desgastando-se os excessos grosseiros da resina pelas extremidades
do aparelho, com a utilização de brocas do tipo vulcanite (multiliaminadas) em baixa
rotação (peça de mão reta), procurando também deixar a espessura do mesmo uniforme.
Deve-se ter o cuidado de segurar adequadamente o aparelho durante o
desgaste, para que o mesmo não deforme devido à aplicação excessiva de forças ou ainda
pelo calor gerado durante o desgaste da broca.
O posicionamento da broca durante o desgaste, deve obedecer uma
inclinação de 45 graus com a superfície lingual dos dentes, para que a resina não apresente
nenhum tipo de ângulo entre o dente e a superfície interna do aparelho ( figura 1 ).

figura 1

Caso julgue necessário desgastar algumas áreas com maior detalhe, pode-
se utilizar brocas menores do tipo Arkansas para resina.
Nesta fase, a base acrílica deve apresentar uma espessura uniforme
(semelhante a de uma lâmina de cera sete), com arredondamento das bordas e alívio dos
freios e bridas.
Depois de realizados todos os itens anteriores, inicia-se a utilização de tiras
de lixas, adaptadas no mandril para baixa rotação, regularizando a base acrílica para que
a mesma não apresente nenhum tipo de ranhura.
E. Polimento:
Na primeira etapa desta fase, a base acrílica não deve apresentar nenhum
tipo de ranhura e estar livre de qualquer excesso de material. O polimento é iniciado com
uma mistura de pedra pomes e água, aplicada sobre a base acrílica, utilizando-se uma
escova de pelo duro, adaptada ao torno para polimento com velocidade lenta. Os
movimentos realizados devem ser intermitentes, com pouco tempo de contato entre a base
acrílica e a escova, para que não ocorra super aquecimento ou desidratação da resina. O
polimento da parte interna deve ser realizado normalmente.
Na etapa subsequente, a base acrílica receberá polimento com Kaol,
utilizando uma roda de feltro, adaptada ao torno para polimento com velocidade rápida.
Como na etapa anterior, os movimentos são intermitentes e a pressão aplicada deve ser
leve.
Observações importantes: a base acrílica deve estar sempre bem
umedecida durante todo o processo de polimento. Como no acabamento, todo cuidado
com a apreensão do aparelho deve ser observado, e ainda, muita atenção com os grampos,
pois os mesmos poderão prender nas escovas deslocando ou alterando suas posições.
Concluidas as duas etapas anteriores, o aparelho é lavado com escova e
sabão para remover qualquer resíduo que por ventura tenha ainda permanecido na base
acrílica. Ao término o aparelho é colocado na água para que ocorra a eliminação do
monômero residual.

APARELHO MANTENEDOR DE ESPAÇO REMOVÍVEL

A- Definição: os mantenedores de espaço são aparelhos passivos que se


extendem as zonas onde há perdas precoces de dentes.
B- Indicações: deve-se indicar um mantenedor de espaço, sempre que se
perde um dente decíduo antes do tempo que ocorreria em condições normais,
predispondo a uma maloclusão. Na região anterior deve-se utilizar o aparelho estético-
funcional , enquanto que na região posterior empregamos os funcionais onde
ambos tem que preencher os requisitos básicos:
1- permitir fácil higienização e não reter alimentos
2- manter as dimensões do dente ausente
3- reestabelecer as funções do dente ausente
4- ser leve e o mais resistente possível
5- não comprometer os dentes de apoio mediante a aplicação de tensão
excessiva sobre os mesmos
6- sua construção não poderá intervir no crescimento e desenvolvimento
normal e impedir as funções como mastigação , fala e deglutição .

C- Material utilizado:
- Dobragem de fios
- Acrilização , acabamento e polimento

D- Sequência de construção: 1-
Moldagem e obtenção dos modelos.
2-Planejamento do aparelho ( figura 1-A).
2.1-Recursos de ancoragem: delimitação da área chapeável.
2.2-Recursos de fixação ( figura 1-B ):
Os elementos de fixação a serem utilizados são grampos circunferenciais de
mesial para distal nos primeiros molares inferiores permanentes e segundo molar
inferior esquerdo decíduo; e grampo circunferencial de distal para mesial no primeiro
molar inferior direito decíduo.
3-Construção dos elementos de fixação.
4-Acrilização , acabamento e polimento ( figura 1-C).
4.1- Na construção do aparelho mantenedor estético funcional removível
devemos planejar se iremos utilizar dentes de estoque, caso já tenha havido a perda
do dente, ou utilizar a técnica da restauração do dente no próprio modelo, caso o
dente esteja destruído e no planejamento tenha sido indicado sua extração. No caso
de utilizar dente de estoque, devemos posicioná-lo no ato da acrilização, devendo
certificar-se que o dente esteja em oclusão adequada com os dentes antagonistas,
através da articulação dos modelos superior e inferior. Se utilizarmos a técnica da
reconstrução do dente no modelo, devemos restaurar o dente em cera utilidade e
com uma moldeira parcial molda-se o dente restaurado.
Acriliza-se na moldagem o dente com resina que se aproxime da cor do
dente a ser extraído. A seguir remove-se o dente do modelo e adapta-se o dente de
acrílico para posteriormente acrilizar o aparelho. É importante salientar que com a
extração, o alvéolo tende a ficar constricto devendo o profissional reembasar esta
região do aparelho na própria boca do paciente, para que o aparelho promova os
estímulos necessários na região edentada.
APARELHO REMOVÍVEL RECUPERADOR DE ESPAÇO
E REDUTOR DE DIASTEMA ANTERIOR

A- Definição: são dispositivos dinâmicos cujas finalidades são de recuperar


espaços nos casos em que o diâmetro mésio-distal destinado ao dente
permanente, em fase de erupção, foi perdido parcialmente, ou de reduzir o
espaçamento excessivo entre os dentes em um ou mais pontos de contato.

B- Indicação: nos casos em que ocorreu perda precoce de dente decíduo e o


espaço destinado ao dente permanente foi ocupado parcialmente pela inclinação dos
elementos adjacentes. Redução de diastemas causados pela inclinação incorreta da coroa
dos dentes anteriores.

C- Material utilizado:
- Dobragem de fios
- Acrilização, acabamento e polimento

D- Sequência de construção:
1.Moldagem e obtenção dos modelos
2. Planejamento do aparelho ( figura 1-A )
2.1. Recursos de ancoragem: delimitação da área chapeável
2.2. Recursos de fixação: grampos circunferenciais de mesial para distal nos
seguintes dentes: primeiro molar permanente superior esquerdo e primeiros molares
decíduos superiores.
2.3. Recursos da aplicação de força: mola digital com helicóide para distal,
contornando a face distal dos incisivos centrais superiores; mola digital com dupla alça,
justaposta à mesial do primeiro molar permanente superior direito, com a dimensão
aproximada da distância vestíbulo-lingual deste elemento dentário.
3. Construção dos elementos de fixação ( figura 1-B )
4. Construção dos elementos de aplicação de força ( figura 1-B )
4.1. Mola digital com helicóide na distal dos incisivos centrais superiores: cortar
5 cm de fio duro-elástico 0,7 mm. Com a ponta cônica do alicate 139, executar uma dobra
de forma que o fio se adapte ao ângulo disto-vestibular e a face distal do incisivo. Efetuar
uma marca com lápis dermatográfico, aproximadamente 10 mm distante da primeira
dobra. Posicionar o alicate 139 junto a marca e contornar o segmento maior em volta da
ponta cônica, construindo a helicóide e fazendo com que o segmento maior fique 1800
em relação ao segmento menor. Feita a helicóide, esta deve estar próxima a sutura
palatina. Aproximadamente 2 mm após a helicóide, executar uma dobra de 450 no mesmo
plano das dobras anteriormente realizadas. A seguir, dobrar o fio em direção ao palato e
acrescentar dobras em zig-zag para uma maior retenção da mola na base acrílica,
procurando sempre manter o fio ligeiramente afastado do modelo. A mola deve ser
posicionada no terço médio no sentido cérvico-oclusal e perpendicular ao longo eixo do
incisivo central superior. Repetir as mesmas manobras para a construção da mola do outro
incisivo.
4.2 - Mola digital com dupla alça na mesial do primeiro molar superior direito:
Cortar 7 cm de fio duro-elástico 0,7 mm, com a ponta cônica do alicate 139, fazer uma
pequena dobra na extremidade do fio para adaptá-lo ao ângulo mésio-vestibular do
primeiro molar superior permanente. Encostar esta extremidade do fio na mesial do dente
e marcar com lápis dermatográfico a medida vestíbulo-lingual. Com a ponta cônica do
alicate 139 em cima da marca, fazer a primeira curva da mola (1800) deixando os
segmentos paralelos. Na direção da face vestibular do primeiro molar permanente, fazer
outra marca no fio e a segunda curva da mola (1800) mantendo os segmentos paralelos.
Ao atingir a face lingual do dente, efetuar outra marca no fio e com a ponta cônica do
alicate 139, executar uma dobra em direção ao palato, de forma que o fio contorne o
rebordo alveolar por palatino e permaneça ligeiramente afastado do modelo. Realizar
dobras em zig-zag que servirão de retenção para a mola na base acrílica.

5. Acrilização, acabamento e polimento ( figura 1-C ).


APARELHO DESCRUZADOR DE MORDIDA ANTERIOR REMOVÍVEL

A. Definição: são dispositivos dinâmicos que visam corrigir mordidas cruzadas


anteriores de um ou mais dentes.

B. Indicações: são indicados em casos onde se deseja movimentar os dentes para


vestibular, encontrados com frequência nas mordidas cruzadas de origem dentária, ou
seja, a mordida cruzada ocorre devido à inclinação incorreta dos elementos dentários em
questão.As mordidas cruzadas de origem esquelética devem receber outro tipo de
tratamento.

C. Material utilizado:

- Dobragem de fios

- Acrilização, acabamento e polimento

D. Sequência da construção :

1. Moldagem e obtenção dos modelos

2. Planejamento do aparelho ( figura 1-A )


2.1. Recursos de ancoragem: a placa acrílica deverá se extender por toda superfície
do palato, com alívio na região de ativação da mola e apresentar recobrimento de cúspide
nos dentes posteriores, para promover a desoclusão facilitando o descruzamento.

2.2. Recursos de fixação : serão confeccionados grampos circunferenciais nos


primeiros e segundos molares decíduos superiores e primeiros molares permanentes
superiores.

2.3. Recursos de aplicação de força : para indicar este aparelho deve-se ter certeza
que existe espaço suficiente para permitir que tal movimento dentário seja realizado
livremente. No elemento cruzado (incisivo central superior direito) será construída mola
em “L” com duplo braço de ação.

3. Construção dos elementos de fixação ( figura 1-B )


4. Construção do recurso de aplicação de força : mola em “L” com duplo braço de
ação. Cortar 5 cm de fio 0,7 mm duro-elástico e com um lápis dermatográfico, marcar em
uma das extremidades do fio a distância mésio-distal do incisivo, acrescida de 2mm, que
será o tamanho mésio-distal da mola. Na marca realizada, fazer

uma dobra de 180 sobre a ponta cônica do alicate no 139, que deverá ficar paralela ao
primeiro braço da mola. Levar a mola novamente ao dente, marcando o tamanho mésio
distal do dente na porção maior do fio, que por sua vez corresponderá ao comprimento
do segundo braço de ação da mola. Com a parte cônica do alicate no 139 realizar dobra
semelhante à primeira, mas do lado oposto, definindo o segundo braço de ação, também
paralelo ao primeiro, de maneira que fiquem tres segmentos paralelos entre si e no mesmo
plano do espaço. Sobre a parte cônica do alicate no 139, realizar dobra de 90 a meia
distância do comprimento do segundo braço da mola. Segurar a mola, no sentido
horizontal, com o alicate no 139 na região da dobra de 90, e dobrar o fio restante num
ângulo de aproximadamente 45 contornando a inclinação do palato. Na extremidade do
fio, aproximadamente a 5mm da última dobra, realizar dobras em zig-zag para promover
a retenção da mola na resina. O fio não deverá tocar a mucosa palatina.
5. Acrilização, acabamento e polimento ( figura 1-C )
APARELHO EXPANSOR SUPERIOR

A. Definição: são dispositivos dinâmicos que atuam ortodonticamente sobre os dentes


proporcionando a expansão palatina e a resolução de alguns tipos de mordidas cruzadas
posteriores.

B. Indicações: são indicados nos casos de pequena atresia maxilar e na correção das
mordidas cruzadas posteriores do tipo dentária, onde as inclinações radiculares estão
inadequadas e as bases ósseas bem relacionadas.

C. Material utilizado:
- Dobragem de fios
- Parafuso expansor bilateral (Dentaurum 600-011, 600-013, ou similar)
- Acrilização, acabamento e polimento

D. Sequência de construção
1. Moldagem e obtenção dos modelos
2. Planejamento do aparelho ( figura 1-C )
2.1. Recursos de ancoragem: delimitação da área chapeável, sendo que a parte acrílica
deverá envolver toda a superfície do palato e ainda com recobrimento oclusal até a borda
ocluso-vestibular dos molares decíduos e permanentes, tendo por objetivo promover a
liberação dos contatos oclusais para facilitar o descruzamento.
2.2. Recursos de fixação: grampos circunferenciais simples nos primeiros molares
permanentes e nos primeiros e segundos molares decíduos superiores.
2.3. Recursos de aplicação de forças: parafuso expansor bilateral
3. Construção dos elementos de fixação ( figura 1-B )
4. Adaptação do elemento de aplicação de força
-Preparo, ajuste e adaptação do parafuso expansor no modelo: aparar, com alicate de
cortar fios, a borda inferior do plástico de proteção do parafuso, até que o mesmo fique
justaposto ao palato na posição planejada para fixação do mesmo.
-A seta de ativação deve estar voltada para cima, direcionando a ativação de anterior para
posterior.
5. Acrilização, acabamento e polimento ( figura 1-C )
5.1. Inclusão do parafuso no interior da resina na fase plástica, após esta ter sido
espalhada por toda a área chapeável. O posicionamento adequado é na linha da sutura
palatina e na região que necessita maior expansão. É necessário recobrir as partes
metálicas do parafuso com resina.
5.2. Separação bilateral da resina: utiliza-se disco de lixa monoface ou disco de
carburundum.
APARELHO REMOVÍVEL REEDUCADOR E IMPEDIDOR DE LÍNGUA

A- Definição: são dispositivos usados com a finalidade de orientar a posição da


língua e reeducar a função da deglutição.

B - Indicações: tratamento reeducador da deglutição, mordida aberta anterior, postura


anormal da língua
C- Material utilizado:
- Dobragem de fios
- Acrilização. acabamento e polimento
D- Sequência de construção:
1. Moldagem e obtenção dos modelos
2. Planejamento do aparelho ( figura 2-A )
2.1. Recursos de ancoragem: definição da área chapeável
2.2.Recursos de fixação: grampos circunferenciais nos primeiros molares permanentes
superiores, para a fase de adaptação do paciente ao aparelho, os quais são removidos
posteriormente.
3. Acrilização, acabamento e polimento ( figura 2-C )
3.1. A resina deve cobrir todo o palato e apresentar uma extensão na região anterior de
tal forma que determine o contato da mesma com os elementos anteriores superiores e
inferiores ( figura 1).

figura 1
A resina deve acompanhar a região cervical de todos os dentes de forma a garantir um
perfeito ajuste do aparelho, uma vez que os elementos de fixação poderão ser
removidos posteriormente à adaptação do aparelho por parte do paciente.
Contornando a área das papilas palatinas, a parte acrílica possui um orifício
(posicionador lingual), que atua como guia orientador da posição da língua para uma
correta deglutição.
APARELHO DE CONTENÇÃO REMOVÍVEL

A- Definição: São recursos removíveis utilizados para promover a contenção e


estabilização dos resultados ortodônticos obtidos durante o tratamento.

B- Indicações: Indicados quando se necessita conter elementos dentários


movimentados ortodonticamente nos quais existem riscos de recidiva para
suas posições originais.

C- Material utilizado:
- Dobragem de fios
- Acrilização,acabamento e polimento

D-Sequência de construção:
1- Moldagem e obtenção do modelo
2- Planejamento do aparelho ( figura 1-A )
2.1: Recursos de ancoragem: delimitação da área chapeável.

2.2: Recursos de fixação: grampos circunferenciais simples nos primeiros molares


permanentes inferiores de mesial para distal e arco vestibular de Hawley.

2.3: Observação: o arco vestibular de Hawley poderá ser utilizado como recurso
de aplicação de força, nos casos em que se tem os incisivos vestibularizados e com
diastemas. Nestes o arco vestibular de Hawley promove uma força no sentido vestíbulo-
lingual movimentando os elementos anteriores para lingual. É importante não esquecer
de aliviar a resina acrílica do aparelho na lingual dos elementos a serem movimentados
com a ativação do arco de Hawley.

3- Construção dos elementos de fixação ( figura 1-B )


3.1- Para se construir o arco vestibular de Hawley deve-se seguir os seguintes
passos: cortar 15 cm de fio 0.7mm duro-elástico. Adaptar o fio na face vestibular de
canino à canino, contornando o fio de acordo com a forma do arco na região anterior.
Realizar desvios de acordo com a necessidade de cada caso. Entre o terço mesial e médio
da coroa do canino realizar uma marca e posteriormente uma dobra em 900 em direção
cervical deste elemento com o alicate 139, sobre a parte ativa cônica. Marca-se uma
distância de 5 mm a partir da dobra anterior e realiza-se uma dobra de 1800 sobre a ponta
cônica do alicate 139, de forma que a distância das duas partes verticais da alça seja igual

a 2/3 da distância mésio distal do canino. Após a execução das alças, iniciar a adaptação
do arco de Hawley sobre o espaço interproximal entre o canino e o elemento adjacente a
este por distal, e na superfície lingual do rebordo alveolar. É importante adaptar a porção
lingual do arco de maneira que esta seja envolvida pela resina acrílica. A retenção deve
ser realizada para distal .

2- Acrilização, acabamento e polimento ( figura 1-C )

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