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Treinamento Correias

Sincronizadoras

VERSÃO 1.0
Correias Sincronizadoras
•As correias sincronizadoras ou dentadas são indicadas em aplicações que requerem sincronismo de movimento.
• Transmitem a potência para a polia e não necessitam do atrito para tal tarefa. Isso porque ela é encaixada em uma
polia dentada, promovendo uma velocidade constante, garantindo o não deslizamento da mesma. Tal transmissão é
feita de modo que os dentes não saiam dos canais da polia, no entanto, para isso ocorrer de forma correta, é
necessário um pré-tensionamento. Evitando que os dentes saltem, tanto no momento de partida ou de parada da
transmissão da máquina.
•As correias sincronizadoras exigem uma tensão de instalação muito baixa em comparação com as correias em V,
exercendo muito menos pressão sobre os componentes de acionamento, como eixos e rolamentos.
• As correias sincronizadoras também requerem menos manutenção de tensionamento comparadas as correias em V,
que devem ser verificadas periodicamente para garantir que a tensão correta seja mantida. 
•Em diversas ocasiões, sua aplicação é comparada à corrente, no entanto, seja em construção de material em
borracha ou poliuretano, as correias possuem maior velocidade periférica, maior eficiência energética, são mais
silenciosas, mais leves e têm menos manutenção, já que não necessitam de lubrificação.
•O que torna uma correia sincronizadora muito versátil é sua forma de distribuição e entrega pelas empresas
nacionais. São enviadas pelo fabricante em grandes larguras e isso possibilita o distribuidor comportar-se como um
desenvolvedor, desenhando correias com menor ou maior largura, tornando o conjunto mais leve já que pode
utilizar uma construção reforçada.
Elementos Construtivos
Tensionamento das correias

• tensão ideal: deve ser a mais baixa possível, sem que ocorra
deslizamento, mesmo com picos de carga;
• tensão baixa: provoca deslizamento e, consequentemente, produção
de calor excessivo nas correias, ocasionando danos prematuros.
• tensão alta: reduz a vida útil das correias e dos rolamentos dos eixos
das polias.
Correias
Sincronizadoras

Elementos Perfil dos


Material Fornecimento
Tensores Dentes

Poliuretano Aço Trapezoidal Aberta

Borracha Aramida UPD Fechada

Kevlar HTD

Fibra de Vidro STD

Fibra de
CTD/ GTR
Carbono
MATERIAIS
• Poliuretano: polímero com ótima resistência química, adequado em ambientes quimicamente
muito agressivos e, também, em ambientes controlados, como na indústria alimentícia, pois tem
menos tendência a soltar material do que uma construção à base de borracha No entanto é um
composto com limitada operação em altas temperaturas, operando, no máximo, em torno de 80°C.
• Correias de poliuretano podem ser encontradas sem revestimento ou com revestimento nos dentes e/ou no costado.
• Correias de poliuretano têm cordonéis (alma) normalmente feitos de aço ou aramida.

• Borracha: polímero frequentemente utilizado em aplicações de temperatura mais alta, devido às


suas capacidades superiores de resistir ao calor. Normalmente são mais silenciosas e têm a
capacidade de transmitir maior carga que as correias de poliuretano.
• Correias de borracha normalmente apresentam revestimento de poliamida na parte dos dentes.
• Há uma série de compostos de borracha utilizados (Neoprene, EPDM, HNBR). A seleção depende fundamentalmente
da resistência química e ao calor exigidas durante a aplicação.
ELEMENTOS DE TRAÇÃO
• Aço: elemento de tração comum nas correias de poliuretano. É capaz de sustentar grandes cargas com
pequeno alongamento. Possui diversas variáveis como aço reforçado, aço flexível ou aço inoxidável. Como
característica, este elemento possui médio raio de curvatura.
• Aramida: elemento de tração comum nas correias de poliuretano. É capaz de sustentar cargas menores do
que o aço mas possibilita maior abraçamento de polias.
• Kevlar: elemento com boa resistência à tração, entretanto, com maior índice de alongamento do que o aço. É
um material mais flexível, possibilitando bom abraçamento em polias menores.
• Fibra de Vidro: dos elementos de tração encontrados em correias sincronizadoras, este é o que suporta
menos carga e tem maior índice de alongamento. Existem diversas variações do mesmo, possibilitando mais
robustez. É majoritariamente encontrado em correias de borracha e possui bom grau de abraçamento em
aplicações de pequenas polias. É um elemento muito sensível, portanto deve ser manuseado com cuidado,
evitando vincos nas peças para evitar a quebra do material.
• Fibra de Carbono:   Este é o material mais nobre na lista de elementos tensores. Possui a maior
resistência quando tracionado e o menor índice de alongamento. É utilizado apenas em correias de alta
performance que necessitam da transmissão de grandes cargas.
PERFIL DOS DENTES
• A transmissão por correias dentadas é feita de modo que os dentes da correia não saltem dos canais
da polia dentada, por isso existe uma necessidade de uma pré carga mínima evitando o salto dos
dentes quando se dá a partida ou quando se para a transmissão. Em consequência da rigidez dos
cordonéis a uma imperceptível mudança no comprimento da correia ou do passo do dente. Em
função disso, a medida em que cada dente da correia engrena com os canais da polia, o encaixe
permanece até o fim do engrenamento. O perfil do dente e o passo da correia assim como o perfil
do dente e o passo da polia são fabricados de maneira suave para manter uma uniformidade entre o
dente e o passo da correia junto com o dente e o passo da polia, tendo um encaixe o mais uniforme
possível. Em sua maioria os dentes das correias dentadas tem o perfil trapezoidal, porém para usos
mais pesados o perfil do dente é modificado para se obter uma maior seção transversal de
cisalhamento promovendo uma redução de tensão de cisalhamento no dente da correia. Os perfis
de dentes são escolhidos com base em várias condições. Por exemplo, onde um registro preciso é
necessário, um perfil de dente que tenha folga ou folga mínima entre o dente da correia e a ranhura
da polia pode ser escolhido. Em uma transmissão de torque muito alto, um perfil de dente de
forma curvilínea parabólica será desejável devido à sua capacidade de transmitir alta potência e
torque enquanto minimiza a chance do dente da correia pular para fora da roda dentada e
prejudicar a sincronização.
PERFIL DOS DENTES
• TRAPEZOIDAL:  os dentes trapezoidais já são dentes de design antigo e de baixa performance ao serem comparados com os dentes mais
modernos que existem no mercado.

Devido à concentração de carga em um ponto específico do dente, esta é uma família que costuma ter falhas prematuras e novos perfis são mais
indicados, embora ainda exista um grande número destas peças no mercado.
Dentes Exclusivos para poliuretano:
1. T2.5, T5, T10 e T20
Este tipo de dente trapezoidal é muito utilizado no mercado, no entanto não é o melhor para as transmissões de posicionamento, já que,
geralmente, possui folgas consideráveis com a polia, tornando dispositivos de extrema precisão inviáveis.
2. AT3, AT5 E AT10
Este é o tipo de dente que é o mais utilizado em transmissões de poliuretano em geral, pelo seu desenho, este que torna cargas distribuídas de
maneira uniforme nos dentes e pelo fato de ter pouca folga em relação à polia, tornando-o excelente para todos os serviços.
PERFIL DOS DENTES
• UPD: este perfil de dente foi desenvolvido por uma fabricante de correias e até o momento é amplamente encontrado no mercado.
Ele possui uma pequena depressão no centro do dente. É similar ao dente STD, no entanto, existem pequenas diferenças
dimensionais. Seu nome mais conhecido no mercado é de RPP. Este passo é encontrado no mercado em 3,5,8,14 e 20mm.

• STD: este perfil é um dente semicircular, porém menor e mais baixo, o que o torna muito parecido com o perfil RPP, embora
existam diferenças dimensionais. É um passo comum no mercado, embora menos popular que o HTD, e com a promessa de ter o
contato otimizado com as polias, porém, devido ao seu design muito baixo, acabou não sendo capaz de entregar a melhoria
prometida. Ele é fabricado pela maioria dos fabricantes e encontra nos tamanhos de 2,5, 3, 4.5, 5 e 8mm.
PERFIL DOS DENTES
• HTD: é o tipo de passo mais popular no mercado atualmente. Já é algo consolidado e, devido ao seu design circular, é capaz de
absorver maior área de contato em relação ao dente da polia e não causar concentrações de carga, prolongando sua vida útil.
Praticamente todos os fabricantes de correias atuais possuem correias em dentes HTD, mesmo que ocorra pequena variação no
nome de cada um. Este modelo está disponível nos passos 3, 5, 8, 14 e, em alguns casos, 20mm.

• CTD: Conhecido na indústria como dente semicircular, este é o perfil que apresenta melhor desempenho em obter a maior área de
contato com os dentes da polia, transmitir energia e dissipar a carga ao longo de sua construção. É uma evolução do dente STD,
possui maior altura, o que aumenta seu contato com o dente da polia. Seu topo é reto, já que o mesmo não tem a intenção de
transmitir potência por falta de contato e, assim, gera menos calor. Atualmente está preciso nas construções mais avançadas do
mercado, presente nas correias destinadas à excelência na performance e como alternativa em acionamentos que utilizam correntes
COMPATIBILIDADE DE PERFIS
Embora não seja recomendado utilizar correias de um perfil e polias de outros, existem alguns casos condicionais que possibilitam sua utilização,
mesmo que com redução de desempenho.
FORNECIMENTO
• ABERTA: nas aplicações de correia aberta são necessárias emendas, sejam elas através de clamps
metálicos ou de emendas térmicas. Cada uma delas tem sua finalidade. As emendas por clamps
metálicos são, geralmente, utilizadas em situações de maior tensão na peça, uma vez que os
cordonéis não estão mais unidos. Os clamps são responsáveis por adicionar esta resistência à
tração e, como não podem encostar-se às polias, seu campo de atuação é restrito sendo
majoritariamente em posicionamento, como em mesas de corte e portas automáticas ou elevação
de materiais em uma linha de montagem ou produção. A emenda térmica possui uma resistência a
tensão significativamente reduzida, pois é unida apenas pelo material plástico no momento da
cura. Estas correias são de comprimentos maiores do que as fechadas de poliuretano e podem fazer
o trabalho de transporte ou até de transmissão de baixa potência onde materiais de poliuretano são
exigidos por sua composição química.
• FECHADA: Existem tanto correias de borracha quanto de poliuretano fechadas, mas o mercado
é amplamente dominado pelas correias de borracha. A utilização do poliuretano neste tipo de
aplicação é restrito, geralmente aos seus perfis trapezoidais, mas, em transmissões de potência,
sejam elas em alta ou baixa rotação, a borracha costuma se comportar melhor na maioria dos
casos, produzindo menos ruído e tendo a capacidade de transmitir altíssima carga em alta
velocidade.
RAMO TENSO E RAMO FROUXO
Quando a potência é aplicada na polia motora, a tração de
um lado da correia é aumentada para um valor acima do
nível de pré carga, em função do esticamento da correia,
enquanto, no outro lado, a tração da correia decresce para
um valor abaixo do nível de pré carga.

A extensão de correia com a tração aumentada é chamada


de lado tenso ou lado esticado (tight side) e a extensão com
tração diminuída é chamada de lado frouxo (slack side).

O sentido de rotação do motor determina qual é o lado


frouxo e o lado tenso.

À medida que a correia, em movimento, passa


repetidamente em torno das polias, em uma dada seção
transversal os cordonéis são submetidos a carregamentos
variáveis somada a uma força centrífuga trativa constante. A
fadiga torna-se um modo provável de falha em correias em
função do carregamento de tração cíclica com carga média
não nula. 
ÂNGULO DE ABRAÇAMENTO
Esse ângulo influencia fortemente na quantidade de potência que pode ser transmitida pois o “engrenamento” que age
entre polia e correia se da ao longo do arco definido pelo tamanho desse ângulo.

Fatores que influenciam o ângulo de abraçamento:

 Distância entre os centros das polias: quanto menor for a distância entre as polias, menor é o ângulo de abraçamento
na polia de menor diâmetro.

 Diferença de tamanho de polias: quanto maior for diferença de dimensão entre as polias, menor é o ângulo de
abraçamento na polia de menor diâmetro.
ÂNGULO DE ABRAÇAMENTO
 Material da correia: quanto mais flexível for o material da polia, maior o ângulo de abraçamento.

 Posição do ramo tenso e do ramo frouxo.


ÂNGULO DE ABRAÇAMENTO
 Esticadores e tensores de correia aumentam o ângulo de abraçamento.
Dimensionamento
• 1° PASSO: DEFINIÇÃO DO FATOR DE SERVIÇO ()
• 2° PASSO: DEFINIÇÃO DA POTÊNCIA PROJETADA ()
• 3° PASSO: SELEÇÃO DO PERFIL DA CORREIA
• 4° PASSO: DEFINIÇÃO DA LARGURA E NÚMERO DE DENTES DA POLIA MENOR ()
• 5° PASSO: DEFINIÇÃO DA LARGURA E NÚMERO DE DENTES DA POLIA MAIOR ()
• 6° PASSO: DEFINIÇÃO DO DIÂMETRO PRIMITIVO DA POLIA MENOR () E DA POLIA MAIOR ()
• 7° PASSO: DEFINIÇÃO DA DISTÂNCIA ENTRE OS CENTROS
• 8° PASSO: DEFINIÇÃO DO COMPRIMENTO COMERCIAL
• 9° PASSO: : DEFINIÇÃO DA DISTÂNCIA FINAL ENTRE OS CENTROS
• 10° PASSO : DEFINIÇÃO DO AJUSTE PARA ESTICAR A CORREIA
• 11° PASSO : DEFINIÇÃO DO AJUSTE PARA MONTAR A CORREIA
• 12° PASSO : VERIFICAÇÃO DOS DENTES DE CONTATO
• 13° PASSO : VERIFICAÇÃO DA TRANSMISSÃO
Dimensionamento
Motor Elétrico

Potência: 2 cv
Rotação: 1800 rpm
Relação de Transmissão: 1:2

Serviço leve: 8h/dia

1° PASSO: DEFINIÇÃO DO FATOR DE SERVIÇO ():

• Parâmetro de segurança que considera eventuais picos de potência no sistema de transmissão. Esse parâmetro
minimiza o risco de se trabalhar com uma potência maior que a estipulada.
Dimensionamento
2º PASSO: DEFINIÇÃO DA POTÊNCIA PROJETADA ():

• Consiste no valor máximo de potência considerado para dimensionamento.

Potência Projetada (): Potência do motor ()

Potência Projetada ():

3° PASSO: SELEÇÃO DO PERFIL DA CORREIA:

• Existem gráficos nos catálogos técnicos dos fabricantes que auxiliam na escolha. Deve-se fazer um cruzamento entre
potência projetada e rotação, dessa forma, determina-se um perfil que trabalha em um determinado intervalo.

Potência Projetada ():


Rotação da Polia Menor: : (nesse caso a polia menor encontra-se no próprio motor)
MANUAL OPTIBELT (FOR DRIVES WITH OPTIBELT OMEGA HL / OMEGA HP AND OPTIBELT OMEGA TIMING BELTS) PAGE 25

Perfil selecionado para a


correia da transmissão:
HTD 5M
Dimensionamento
4º PASSO: DEFINIÇÃO DA LARGURA E NÚMERO DE DENTES DA POLIA MENOR ():

• 1 correia de de largura e é capaz de transmitir de


potência.

• 1 correia de de largura e é capaz de transmitir vezes mais


potência.

[mais que o suficiente ()]

Polia menor escolhida: de largura e .


Dimensionamento
5º PASSO: DEFINIÇÃO DA LARGURA E NÚMERO DE DENTES DA POLIA MAIOR ():

• Relação de Transmissão: 1:2

(Polia menor): de largura e

(Polia maior): de largura

(Polia maior): 2 =
Dimensionamento
6º PASSO: DEFINIÇÃO DO DIÂMETRO PRIMITIVO DA POLIA MENOR () E DA POLIA MAIOR ():

(Polia menor): de diâmetro primitivo ()


(Polia maior): de diâmetro primitivo ()

OBS: O diâmetro externo só necessário em caso de


fabricação. A largura, número de dentes e perfil são
informações suficientes para compra.
Dimensionamento
7º PASSO: DEFINIÇÃO DA DISTÂNCIA ENTRE OS CENTROS

+ 15 = + 15 = 82

2 = (44,56 + 89,13) 2 = 267

𝐷𝑖𝑠𝑡 â 𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 ( 𝐶 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑 ) =180 𝑚𝑚


Dimensionamento
8º PASSO: DEFINIÇÃO DO COMPRIMENTO COMERCIAL

𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜=( 2 × 𝐶 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑 )+


(( ) 3,14
2 )
× ( ∅ 𝑷 𝟏+ ∅ 𝑷 𝟐 ) + ¿ ¿

𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜=( 2 ×180 )+


(( 3,14
2 ) )
× ( 44,56 +89,13 ) +¿ ¿

𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜=572,6523 𝑚𝑚

𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 (𝐶 𝑐𝑜 )=57 5 𝑚𝑚


Dimensionamento
9º PASSO: DEFINIÇÃO DA DISTÂNCIA FINAL ENTRE OS CENTROS

( ) ( )
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐 á 𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 ( 𝑘) =
𝐶 𝑐𝑜
4
−(
3,14
8
× ( ∅ 𝑷 𝟏+ ∅ 𝑷 𝟐) )

𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐 á 𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 ( 𝑘) = ( 5754 ) −(( 3,14


8 )
× ( 44,56+ 89,13 ) )

𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐 á 𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 ( 𝑘) =91,2767

𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ( 𝐶 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙) =𝑘+√ 𝑘 −¿¿¿¿ 2

𝐷𝑖𝑠𝑡 â 𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ( 𝐶 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙) =91,2767 + 91,2767 −



(89,13 − 44,56)2
8
2

𝐷𝑖𝑠𝑡 â 𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ( 𝐶 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ) =181,1829 𝑚𝑚


Dimensionamento
10º PASSO: AJUSTE PARA ESTICAR A CORREIA

• Ajuste para tensionar a transmissão de modo que ela seja capaz de transmitir a potência.

𝐴 𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎𝑟 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎 ( 𝐴𝑗𝑢𝑠𝑡 𝑒𝑠𝑡 ) =0,004 × 𝐶 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

𝐴 𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎𝑟 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎 ( 𝐴𝑗𝑢𝑠𝑡 𝑒𝑠𝑡 ) =0,004 × 181,1829

𝐴 𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎𝑟 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎 ( 𝐴𝑗𝑢𝑠𝑡 𝑒𝑠𝑡 ) =0 , 7247 𝑚𝑚


Dimensionamento
11º PASSO: AJUSTE PARA MONTAR A CORREIA

• Ajuste necessário para montagem.

Considerando as duas polias com flanges (abas)


Ajuste para montar correia :
Dimensionamento
12º PASSO: VERIFICAÇÃO DOS DENTES DE CONTATO (Z)

• Análise de quantos dentes da correia, de fato, estão em contato com a polia menor.
Esses dentes que vão transmitir a potência.
Grandes diferenças de tamanho entre a polia motora e a movida (relação de transmissão muita alta) fazem com
que poucos dentes da correia tenham contato com a polia motora, isso prejudica a transmissão de potência.

CONTATO

CONTATO

CONTATO 13 dentes em contato com a polia menor


Dimensionamento
13º PASSO: VERIFICAÇÃO DA TRANSMISSÃO

Fator dente de contato () = 1

𝑃 𝑟𝑒𝑎𝑙 =519 × 𝐶 7 × 𝐶 1

𝑃 𝑟𝑒𝑎𝑙 =519× 1× 1=510 𝑊


Fator comprimento da correia () = 1 A transmissão é capaz de suportar todas as cargas do projeto.
= = 519W [Potência Real ( não pode ser maior que esse valor]
Dimensionamento
RESULTADO

1 CORREIA DE BORRACHA 575 5M 25


1 polia 28 5M 25
1 polia 56 5M 25

Distância de centros 181


Ajuste de esticamento 0,72
Ajuste de montagem 19
ANÁLISE DE FALHAS
CORREIAS
SINCRONIZADORAS
• Falha por Desgaste Normal da Correia

É a falha que acontece quando uma correia atinge sua vida útil. A figura 1 mostra um rompimento a 45 graus irregular, que
é característica do cabo de tração, no final de sua vida útil .

É possível ver fadiga no seu último cabo de tração após o trabalho por um tempo que pode ser considerado como o padrão.

Depois de um determinado tempo de operação, os dentes da correia também podem estar gastos. Embora eles devam
manter forma e tamanho parecidos com os originais, fibras salientes do revestimento podem atribuir aos dentes da correia
uma aparência distorcida como demonstrado na figura 2.
Não é necessária nenhuma ação corretiva para correias de longo período de uso. A vida útil da correia pode variar
expressivamente, dependendo da aplicação, devido a diversos fatores, incluindo o ambiente, a condição da polia, o nível de
potência transmitida, a tensão de instalação da correia, o alinhamento do eixo, e até mesmo devido à forma como a correia
foi manuseada antes e durante a instalação.
• Falhas de Vinco da Correia

Uma falha de correia do tipo “vinco” muito se assemelha a uma ruptura à tração em linha reta como mostrado na Figura 3.

Este tipo de ruptura pode acontecer quando os cabos de tração da correia são instalados em torno de um diâmetro muito
pequeno. Um ângulo de rotação curto traz muitas forças de compressão sobre os cabos de tração, fazendo com que as
fibras individuais reduzam a resistência à tração da correia. Danos causados por vinco também podem ser resultantes do
mau manuseio da correia, entrada de objetos estranhos dentro da transmissão e tensão de instalação da correia
inadequada.
Uso de correias sub-tensionadas pode permitir que os dentes da correia saiam das polias até que uma tensão nominal da
correia seja alcançada. Isto é chamado “auto-tensionamento”. Quando uma correia estiver se auto-tensionando, os dentes
saem das ranhuras da polia, então a tensão do vão força os dentes de volta para a polia, nesse momento em que os dentes
da correia estão voltando, frequentemente resulta em um ponto flexão acentuado e momentâneo, que pode resultar em
ruptura do cabo de tração da correia.
• Falhas por Picos de Carga, Choques, Trancos na Correia

Cargas de choque podem atuar como um catalisador para danos. Enquanto acionamentos em correia em V convencionais
podem mostrar deslizamento sob condições de pico carga, correias sincronizadoras devem transmitir a magnitude total das
cargas de choque. Os “trancos” podem originar rompimentos de correia com uma aparência irregular e estranha, como
ilustrado na figura 4.

Os dentes da correia engrenados na polia no momento da carga de choque, também podem desenvolver fissuras na base
ou exibir cisalhamento. A figura 5 mostra como as fissuras à raiz causadas por carga de choque podem proliferar através dos
dentes. Se a carga de choque acontecer apenas uma vez, ou se tiver sido periódica e redundante em uma área específica
em torno da correia, os dentes da correia restantes poderiam ter aparência normal, isso ocorre quando a máquina parte
sempre no mesmo ponto.
As cargas de choque poderiam ser criadas pela operação do equipamento acionado ou poderiam resultar de condições
ocasionais, como obstrução. Se as cargas de choque da unidade não puderem ser excluídas, a resistência à tração da correia
pode precisar ser elevada ou a correia de transmissão alterada com um sistema de acionamento por correia em V capaz de
promover um deslizamento intermitente.
• Falhas por Alta Tensão de Instalação da Correia

Aplicar tensão de instalação excessiva a uma correia sincronizadora, pode resultar em cisalhamento do dente da correia ou,
por vezes, em uma ruptura por estresse. Muitas correias que têm excesso de tensão, exibem sinais evidentes de que as
polias desgastaram as áreas de repouso da correia.

A figura 6 exibe as áreas de repouso achatadas e uma fissura que se formou na raiz do dente. Uma fissura de raiz se
propaga ao longo do elemento de tração até a próxima fissura de raiz em seguida, os dentes da correia irão se separar do
corpo da correia e frequentemente cairão.

A figura 7 mostra uma correia que foi muito tensionada em grandes polias. O desgaste da área de repouso de correia é
excessivo e revelam os elementos de tração individuais. Portanto, para antecipar problemas de desgaste de correia como
estes, adequados níveis de tensão de instalação de correia devem ser encontrados e definidos com precisão.
• Falhas por Baixa Tensão de Instalação da Correia

Atribuir uma tensão de instalação baixa para correias que operam em sistemas de acionamento de moderado a
pesadamente carregados, também pode resultar em grandes danos. Tensão insuficiente pode criar “rotação de dente”,
quando os dentes da correia saem de suas respectivas ranhuras da polia (auto-tensionamento) e as cargas do acionamento
não são aplicadas em suas raízes. As cargas do acionamento empurram ainda mais para baixo os lados dos dentes da
correia, fazendo com que os dentes da correia se curvem (como um trampolim) e “girem”. A rotação do dente da correia
pode resultar na dilaceração de borracha na base dos dentes da correia abaixo do componente de tração.

À medida que as lacerações da borracha se propagam, os dentes da correia começam a separar-se do corpo da correia em
tiras, como mostra a figura 8. Danos devido à rotação do dente podem assemelhar-se à falhas causadas por uma baixa
adesão de borracha aos cabos de tração. À medida que os dentes saem das ranhuras das polias por o auto-tensionamento,
o engate da correia ou o “pulo” dos dentes podem acontecer, então, o rompimento da borracha e a separação do dente da
correia podem ocorrer. Se o engrenamento da correia não ocorrer e a correia continuar a girar durante o auto-
tensionamento, um considerável desgaste do dente frequentemente ocorre. Este desgaste do dente é referido como
“desgaste tipo gancho”, tal como ilustrado na Figura 9.
• Falhas por Desalinhamento de Polia

Correias que trabalham em unidades com desalinhamento de eixo ou com polias cônicas, geralmente apresentam um
padrão de desgaste irregular pelos lados dos dentes da correia e nas áreas de repouso (entre os dentes da correia)
causados pela aplicação irregular de carga. Tais danos ocorrem frequentemente a partir de fissuras de raiz dos dentes ou de
lacerações iniciadas no lado da correia, proliferando para a largura da correia, resultando finalmente na divisão do dente. A
borda da correia também pode mostrar desgaste significativo causado por força de apoio e pode até rolar para cima ou
tentar subir o flange da polia.

A Figura 10 ilustra o desgaste da borda da correia. Correias que trabalham em polias flangeadas com desalinhamento,
podem exibir desgaste de borda da correia exagerado em ambas as bordas se a correia estiver comprimida entre os flanges.
Dessa forma, falhas na correia podem acontecer por fissuras da raiz do dente ou rasgos que iniciam a partir de ambas as
extremidades da correia. Estas lacerações provavelmente podem estender-se através de toda a largura da correia,
resultando em cisalhamento do dente. A figura 11 ilustra o desgaste concentrado através da maior parte da face do dente
da correia com uma porção relativamente não desgastada.
• Falhas por Polia Fora de Especificação

Falhas precoces resultantes de polias desgastadas ou fora de especificação, são difíceis de serem identificadas. Isto é causado
pelo fato de que as polias quase nunca são cuidadosamente verificadas quando uma correia falha. Danos à correia precoces
são quase sempre identificados como sendo apenas culpa da correia.
Correias que são aplicadas em polias que estão fora dos requisitos dimensionais, frequentemente mostram um alto nível de
desgaste no lado do dente, expondo uma aparência distorcida ou descamada, como ilustrado na figura 12.

Correias curvilíneas (HTD, GT, S e RPP) funcionando em diâmetros de polias sub-mínimos, basicamente falham por
desintegração de repouso, como mostrado na Figura 13, e quebra de tração. Correias trapezoidais (XL, L, H) falharão
principalmente devido à fissuras na raiz do dente e cisalhamento de dente. No entanto, quebras de tração não são raras. A
maior taxa de desgaste de polia poder acontecer devido a correias que foram montadas com alta tensão de instalação. Após
um longo período de tempo, por vezes, o revestimento dos dentes ou a cobertura, se desgastam. Correias nessa condição
mostram que um desgaste significativo de polia também pode ter acontecido. Correias desgastadas a este ponto também,
ocasionalmente, permitem que os elementos de tração da correia, ao entrar em contato com a polia, possam gerar um
desgaste aos dentes. Um sulco ao longo da polia pode aparecer, como mostrado na Figura 14. Outro sinal de desgaste
considerável de polia é quando a vida útil de uma nova correia é evidentemente reduzida em comparação às correias
anteriores. Quando isso acontece, deve-se verificar cuidadosamente as polias quanto a desgaste extremo.
• Falhas por Desgaste Excessivo de Polia

Correias que trabalham em polias desgastadas, estão expostas a um aumento cíclico de queda na tensão à medida que as
polias giram. Tensões de pico cíclico criam áreas de repouso com uma aparência achatada. Cisalhamento de dente e áreas de
repouso achatadas são visíveis na Figura 15.
• Falhas por Ambiente Abrasivo

Correias operando em ambientes abrasivos em aplicações como peneiras vibratórias, equipamentos de processamento de
taconita, e máquinas de mineração de fosfato, geralmente mostram um alto nível de desgaste de lateral de dente e de
repouso de correia. Áreas desgastadas geralmente têm uma aparência polida. A figura 16 mostra uma correia com
considerável desgaste, que funciona em um ambiente abrasivo extremo. O desgaste da polia também é rápido em ambientes
abrasivos, portanto, devem ser trocadas juntamente com as correias.
• Falhas por Degradação por Calor

Quando correias de borracha estão em ambientes com altas temperaturas (superiores a 85 °C), a borracha endurece
resultando em fissura à parte posterior devido à flexão. Estas fissuras normalmente permanecem paralelas até os dentes da
correia e acontecem basicamente em áreas de repouso (entre os dentes da correia), como mostra a figura 17.

As correias basicamente falham por causa de cisalhamento do dente, que muitas vezes leva à fratura do cabo de tração.
Construções de correia de borracha de alta temperatura estão disponíveis. Esta concepção de correia especial ajuda a
melhorar a vida útil.
• Falhas por Degradação Química

Correias de borracha submetidas a quaisquer vapores de solventes orgânicos ou ozônio, serão semelhantes à correias que
tenham sido submetidas à temperaturas ambientais extremas. A borracha endurecerá e as correias exibirão fissuras na parte
posterior. Entretanto, o padrão de fissura diferirá, permitindo a formação de fissuras em ambas as direções lateral e
longitudinal. A aparência “quadriculada”, como mostrado na figura 18 poderia aparecer.
• Falhas por Presença de Corpos Estranhos

A introdução de itens estranhos entre uma correia e a polia muitas vezes danifica tanto os dentes da correia e quanto os cabos
de tração. Cabos de tração são frequentemente fraturados internamente ou falham posteriormente devido ao vinco, tal como
ilustrado na figura 19.

Uma vez que uma parte dos cabos de tração tenha sido fraturada, a resistência à tração restante da correia foi seriamente
reduzida. Isto resulta geralmente em uma redução no tempo de vida útil. Se o dano de detritos for perceptível, a correia deve
ser trocada e as polias inspecionadas e se necessário também substituídas.
MODO DE FALHA ILUSTRAÇÃO CAUSA PROVÁVEL SOLUÇÃO

1. Desalinhamento de polias. 1. Alinhar sistema.


Desgaste das bordas da correia.
Correia correndo contra aba da polia. 2. Borda com defeito. 2. Substituir correia.
3. Folgas. 3. Eliminar folgas.

1. Ajustar a tensão
corretamente.
1. Tensão muito alta.
Desgaste dos dentes da correia.
2. Polia dentada gasta. 2. Substituir polia dentada.

1. Tensão muito alta.


1. Ajustar a tensão
Trincas incipientes nas bases, flancos 2. Tensão muito baixa. corretamente.
desgastados e dentes cortados. 3. Presença de corpos 2. Remover corpos estranhos.
estranhos.
4. Polias girando com 3. Substituir rolamentos e/ou
polias.
dificuldade ou danificadas.
MODO DE FALHA ILUSTRAÇÃO CAUSA PROVÁVEL SOLUÇÃO

Dentes se desprendendo do corpo da 1. Influência de 1. Eliminar contato com


correia. substâncias externas. substâncias externas.

1. Presença de corpos
estranhos. 1. Remover corpos estranhos.
Marcas nos dentes da correia.
2. Polias dentadas 2. Substituir polias dentadas.
danificadas.
3. Realizar montagem correta.
3. Dano na montagem.

1. Temperatura ambiente
alta ou baixa.
1. Substituir correia.
2. Polia lisa girando com
Fissuras nas costas da correia. dificuldade.
2. Substituir polias.
3. Diâmetro mínimo da
polia incompatível com
a correia.
MODO DE FALHA ILUSTRAÇÃO CAUSA PROVÁVEL SOLUÇÃO
1. Tensão muito alta.
1. Ajustar a tensão
2. Presença de corpo
estranho. corretamente.
Correia rompida, arrebentada. 3. Mau acondicionamento 2. Remover corpo estranho.
da correia. 3. Substituir correia.
4. Diâmetro de polia sub-
mínimo 4. Substituir polia..

1. Tensão muito alta.


Correia ruidosa: zunindo, assobiando 1. Ajustar a tensão
ou se debatendo contra a estrutura. 2. Tensão muito baixa. corretamente.

1. Tensão muito alta. 1. Ajustar a tensão


2. Desalinhamentos. corretamente.
Componentes auxiliares do sistema 3. Folgas. 2. Alinhar o sistema.
de transmissão danificados.
3. Eliminar folgas.

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