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Sincronizadoras
VERSÃO 1.0
Correias Sincronizadoras
•As correias sincronizadoras ou dentadas são indicadas em aplicações que requerem sincronismo de movimento.
• Transmitem a potência para a polia e não necessitam do atrito para tal tarefa. Isso porque ela é encaixada em uma
polia dentada, promovendo uma velocidade constante, garantindo o não deslizamento da mesma. Tal transmissão é
feita de modo que os dentes não saiam dos canais da polia, no entanto, para isso ocorrer de forma correta, é
necessário um pré-tensionamento. Evitando que os dentes saltem, tanto no momento de partida ou de parada da
transmissão da máquina.
•As correias sincronizadoras exigem uma tensão de instalação muito baixa em comparação com as correias em V,
exercendo muito menos pressão sobre os componentes de acionamento, como eixos e rolamentos.
• As correias sincronizadoras também requerem menos manutenção de tensionamento comparadas as correias em V,
que devem ser verificadas periodicamente para garantir que a tensão correta seja mantida.
•Em diversas ocasiões, sua aplicação é comparada à corrente, no entanto, seja em construção de material em
borracha ou poliuretano, as correias possuem maior velocidade periférica, maior eficiência energética, são mais
silenciosas, mais leves e têm menos manutenção, já que não necessitam de lubrificação.
•O que torna uma correia sincronizadora muito versátil é sua forma de distribuição e entrega pelas empresas
nacionais. São enviadas pelo fabricante em grandes larguras e isso possibilita o distribuidor comportar-se como um
desenvolvedor, desenhando correias com menor ou maior largura, tornando o conjunto mais leve já que pode
utilizar uma construção reforçada.
Elementos Construtivos
Tensionamento das correias
• tensão ideal: deve ser a mais baixa possível, sem que ocorra
deslizamento, mesmo com picos de carga;
• tensão baixa: provoca deslizamento e, consequentemente, produção
de calor excessivo nas correias, ocasionando danos prematuros.
• tensão alta: reduz a vida útil das correias e dos rolamentos dos eixos
das polias.
Correias
Sincronizadoras
Kevlar HTD
Fibra de
CTD/ GTR
Carbono
MATERIAIS
• Poliuretano: polímero com ótima resistência química, adequado em ambientes quimicamente
muito agressivos e, também, em ambientes controlados, como na indústria alimentícia, pois tem
menos tendência a soltar material do que uma construção à base de borracha No entanto é um
composto com limitada operação em altas temperaturas, operando, no máximo, em torno de 80°C.
• Correias de poliuretano podem ser encontradas sem revestimento ou com revestimento nos dentes e/ou no costado.
• Correias de poliuretano têm cordonéis (alma) normalmente feitos de aço ou aramida.
Devido à concentração de carga em um ponto específico do dente, esta é uma família que costuma ter falhas prematuras e novos perfis são mais
indicados, embora ainda exista um grande número destas peças no mercado.
Dentes Exclusivos para poliuretano:
1. T2.5, T5, T10 e T20
Este tipo de dente trapezoidal é muito utilizado no mercado, no entanto não é o melhor para as transmissões de posicionamento, já que,
geralmente, possui folgas consideráveis com a polia, tornando dispositivos de extrema precisão inviáveis.
2. AT3, AT5 E AT10
Este é o tipo de dente que é o mais utilizado em transmissões de poliuretano em geral, pelo seu desenho, este que torna cargas distribuídas de
maneira uniforme nos dentes e pelo fato de ter pouca folga em relação à polia, tornando-o excelente para todos os serviços.
PERFIL DOS DENTES
• UPD: este perfil de dente foi desenvolvido por uma fabricante de correias e até o momento é amplamente encontrado no mercado.
Ele possui uma pequena depressão no centro do dente. É similar ao dente STD, no entanto, existem pequenas diferenças
dimensionais. Seu nome mais conhecido no mercado é de RPP. Este passo é encontrado no mercado em 3,5,8,14 e 20mm.
• STD: este perfil é um dente semicircular, porém menor e mais baixo, o que o torna muito parecido com o perfil RPP, embora
existam diferenças dimensionais. É um passo comum no mercado, embora menos popular que o HTD, e com a promessa de ter o
contato otimizado com as polias, porém, devido ao seu design muito baixo, acabou não sendo capaz de entregar a melhoria
prometida. Ele é fabricado pela maioria dos fabricantes e encontra nos tamanhos de 2,5, 3, 4.5, 5 e 8mm.
PERFIL DOS DENTES
• HTD: é o tipo de passo mais popular no mercado atualmente. Já é algo consolidado e, devido ao seu design circular, é capaz de
absorver maior área de contato em relação ao dente da polia e não causar concentrações de carga, prolongando sua vida útil.
Praticamente todos os fabricantes de correias atuais possuem correias em dentes HTD, mesmo que ocorra pequena variação no
nome de cada um. Este modelo está disponível nos passos 3, 5, 8, 14 e, em alguns casos, 20mm.
• CTD: Conhecido na indústria como dente semicircular, este é o perfil que apresenta melhor desempenho em obter a maior área de
contato com os dentes da polia, transmitir energia e dissipar a carga ao longo de sua construção. É uma evolução do dente STD,
possui maior altura, o que aumenta seu contato com o dente da polia. Seu topo é reto, já que o mesmo não tem a intenção de
transmitir potência por falta de contato e, assim, gera menos calor. Atualmente está preciso nas construções mais avançadas do
mercado, presente nas correias destinadas à excelência na performance e como alternativa em acionamentos que utilizam correntes
COMPATIBILIDADE DE PERFIS
Embora não seja recomendado utilizar correias de um perfil e polias de outros, existem alguns casos condicionais que possibilitam sua utilização,
mesmo que com redução de desempenho.
FORNECIMENTO
• ABERTA: nas aplicações de correia aberta são necessárias emendas, sejam elas através de clamps
metálicos ou de emendas térmicas. Cada uma delas tem sua finalidade. As emendas por clamps
metálicos são, geralmente, utilizadas em situações de maior tensão na peça, uma vez que os
cordonéis não estão mais unidos. Os clamps são responsáveis por adicionar esta resistência à
tração e, como não podem encostar-se às polias, seu campo de atuação é restrito sendo
majoritariamente em posicionamento, como em mesas de corte e portas automáticas ou elevação
de materiais em uma linha de montagem ou produção. A emenda térmica possui uma resistência a
tensão significativamente reduzida, pois é unida apenas pelo material plástico no momento da
cura. Estas correias são de comprimentos maiores do que as fechadas de poliuretano e podem fazer
o trabalho de transporte ou até de transmissão de baixa potência onde materiais de poliuretano são
exigidos por sua composição química.
• FECHADA: Existem tanto correias de borracha quanto de poliuretano fechadas, mas o mercado
é amplamente dominado pelas correias de borracha. A utilização do poliuretano neste tipo de
aplicação é restrito, geralmente aos seus perfis trapezoidais, mas, em transmissões de potência,
sejam elas em alta ou baixa rotação, a borracha costuma se comportar melhor na maioria dos
casos, produzindo menos ruído e tendo a capacidade de transmitir altíssima carga em alta
velocidade.
RAMO TENSO E RAMO FROUXO
Quando a potência é aplicada na polia motora, a tração de
um lado da correia é aumentada para um valor acima do
nível de pré carga, em função do esticamento da correia,
enquanto, no outro lado, a tração da correia decresce para
um valor abaixo do nível de pré carga.
Distância entre os centros das polias: quanto menor for a distância entre as polias, menor é o ângulo de abraçamento
na polia de menor diâmetro.
Diferença de tamanho de polias: quanto maior for diferença de dimensão entre as polias, menor é o ângulo de
abraçamento na polia de menor diâmetro.
ÂNGULO DE ABRAÇAMENTO
Material da correia: quanto mais flexível for o material da polia, maior o ângulo de abraçamento.
Potência: 2 cv
Rotação: 1800 rpm
Relação de Transmissão: 1:2
• Parâmetro de segurança que considera eventuais picos de potência no sistema de transmissão. Esse parâmetro
minimiza o risco de se trabalhar com uma potência maior que a estipulada.
Dimensionamento
2º PASSO: DEFINIÇÃO DA POTÊNCIA PROJETADA ():
• Existem gráficos nos catálogos técnicos dos fabricantes que auxiliam na escolha. Deve-se fazer um cruzamento entre
potência projetada e rotação, dessa forma, determina-se um perfil que trabalha em um determinado intervalo.
(Polia maior): 2 =
Dimensionamento
6º PASSO: DEFINIÇÃO DO DIÂMETRO PRIMITIVO DA POLIA MENOR () E DA POLIA MAIOR ():
+ 15 = + 15 = 82
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜=572,6523 𝑚𝑚
( ) ( )
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐 á 𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 ( 𝑘) =
𝐶 𝑐𝑜
4
−(
3,14
8
× ( ∅ 𝑷 𝟏+ ∅ 𝑷 𝟐) )
• Ajuste para tensionar a transmissão de modo que ela seja capaz de transmitir a potência.
• Análise de quantos dentes da correia, de fato, estão em contato com a polia menor.
Esses dentes que vão transmitir a potência.
Grandes diferenças de tamanho entre a polia motora e a movida (relação de transmissão muita alta) fazem com
que poucos dentes da correia tenham contato com a polia motora, isso prejudica a transmissão de potência.
CONTATO
CONTATO
𝑃 𝑟𝑒𝑎𝑙 =519 × 𝐶 7 × 𝐶 1
É a falha que acontece quando uma correia atinge sua vida útil. A figura 1 mostra um rompimento a 45 graus irregular, que
é característica do cabo de tração, no final de sua vida útil .
É possível ver fadiga no seu último cabo de tração após o trabalho por um tempo que pode ser considerado como o padrão.
Depois de um determinado tempo de operação, os dentes da correia também podem estar gastos. Embora eles devam
manter forma e tamanho parecidos com os originais, fibras salientes do revestimento podem atribuir aos dentes da correia
uma aparência distorcida como demonstrado na figura 2.
Não é necessária nenhuma ação corretiva para correias de longo período de uso. A vida útil da correia pode variar
expressivamente, dependendo da aplicação, devido a diversos fatores, incluindo o ambiente, a condição da polia, o nível de
potência transmitida, a tensão de instalação da correia, o alinhamento do eixo, e até mesmo devido à forma como a correia
foi manuseada antes e durante a instalação.
• Falhas de Vinco da Correia
Uma falha de correia do tipo “vinco” muito se assemelha a uma ruptura à tração em linha reta como mostrado na Figura 3.
Este tipo de ruptura pode acontecer quando os cabos de tração da correia são instalados em torno de um diâmetro muito
pequeno. Um ângulo de rotação curto traz muitas forças de compressão sobre os cabos de tração, fazendo com que as
fibras individuais reduzam a resistência à tração da correia. Danos causados por vinco também podem ser resultantes do
mau manuseio da correia, entrada de objetos estranhos dentro da transmissão e tensão de instalação da correia
inadequada.
Uso de correias sub-tensionadas pode permitir que os dentes da correia saiam das polias até que uma tensão nominal da
correia seja alcançada. Isto é chamado “auto-tensionamento”. Quando uma correia estiver se auto-tensionando, os dentes
saem das ranhuras da polia, então a tensão do vão força os dentes de volta para a polia, nesse momento em que os dentes
da correia estão voltando, frequentemente resulta em um ponto flexão acentuado e momentâneo, que pode resultar em
ruptura do cabo de tração da correia.
• Falhas por Picos de Carga, Choques, Trancos na Correia
Cargas de choque podem atuar como um catalisador para danos. Enquanto acionamentos em correia em V convencionais
podem mostrar deslizamento sob condições de pico carga, correias sincronizadoras devem transmitir a magnitude total das
cargas de choque. Os “trancos” podem originar rompimentos de correia com uma aparência irregular e estranha, como
ilustrado na figura 4.
Os dentes da correia engrenados na polia no momento da carga de choque, também podem desenvolver fissuras na base
ou exibir cisalhamento. A figura 5 mostra como as fissuras à raiz causadas por carga de choque podem proliferar através dos
dentes. Se a carga de choque acontecer apenas uma vez, ou se tiver sido periódica e redundante em uma área específica
em torno da correia, os dentes da correia restantes poderiam ter aparência normal, isso ocorre quando a máquina parte
sempre no mesmo ponto.
As cargas de choque poderiam ser criadas pela operação do equipamento acionado ou poderiam resultar de condições
ocasionais, como obstrução. Se as cargas de choque da unidade não puderem ser excluídas, a resistência à tração da correia
pode precisar ser elevada ou a correia de transmissão alterada com um sistema de acionamento por correia em V capaz de
promover um deslizamento intermitente.
• Falhas por Alta Tensão de Instalação da Correia
Aplicar tensão de instalação excessiva a uma correia sincronizadora, pode resultar em cisalhamento do dente da correia ou,
por vezes, em uma ruptura por estresse. Muitas correias que têm excesso de tensão, exibem sinais evidentes de que as
polias desgastaram as áreas de repouso da correia.
A figura 6 exibe as áreas de repouso achatadas e uma fissura que se formou na raiz do dente. Uma fissura de raiz se
propaga ao longo do elemento de tração até a próxima fissura de raiz em seguida, os dentes da correia irão se separar do
corpo da correia e frequentemente cairão.
A figura 7 mostra uma correia que foi muito tensionada em grandes polias. O desgaste da área de repouso de correia é
excessivo e revelam os elementos de tração individuais. Portanto, para antecipar problemas de desgaste de correia como
estes, adequados níveis de tensão de instalação de correia devem ser encontrados e definidos com precisão.
• Falhas por Baixa Tensão de Instalação da Correia
Atribuir uma tensão de instalação baixa para correias que operam em sistemas de acionamento de moderado a
pesadamente carregados, também pode resultar em grandes danos. Tensão insuficiente pode criar “rotação de dente”,
quando os dentes da correia saem de suas respectivas ranhuras da polia (auto-tensionamento) e as cargas do acionamento
não são aplicadas em suas raízes. As cargas do acionamento empurram ainda mais para baixo os lados dos dentes da
correia, fazendo com que os dentes da correia se curvem (como um trampolim) e “girem”. A rotação do dente da correia
pode resultar na dilaceração de borracha na base dos dentes da correia abaixo do componente de tração.
À medida que as lacerações da borracha se propagam, os dentes da correia começam a separar-se do corpo da correia em
tiras, como mostra a figura 8. Danos devido à rotação do dente podem assemelhar-se à falhas causadas por uma baixa
adesão de borracha aos cabos de tração. À medida que os dentes saem das ranhuras das polias por o auto-tensionamento,
o engate da correia ou o “pulo” dos dentes podem acontecer, então, o rompimento da borracha e a separação do dente da
correia podem ocorrer. Se o engrenamento da correia não ocorrer e a correia continuar a girar durante o auto-
tensionamento, um considerável desgaste do dente frequentemente ocorre. Este desgaste do dente é referido como
“desgaste tipo gancho”, tal como ilustrado na Figura 9.
• Falhas por Desalinhamento de Polia
Correias que trabalham em unidades com desalinhamento de eixo ou com polias cônicas, geralmente apresentam um
padrão de desgaste irregular pelos lados dos dentes da correia e nas áreas de repouso (entre os dentes da correia)
causados pela aplicação irregular de carga. Tais danos ocorrem frequentemente a partir de fissuras de raiz dos dentes ou de
lacerações iniciadas no lado da correia, proliferando para a largura da correia, resultando finalmente na divisão do dente. A
borda da correia também pode mostrar desgaste significativo causado por força de apoio e pode até rolar para cima ou
tentar subir o flange da polia.
A Figura 10 ilustra o desgaste da borda da correia. Correias que trabalham em polias flangeadas com desalinhamento,
podem exibir desgaste de borda da correia exagerado em ambas as bordas se a correia estiver comprimida entre os flanges.
Dessa forma, falhas na correia podem acontecer por fissuras da raiz do dente ou rasgos que iniciam a partir de ambas as
extremidades da correia. Estas lacerações provavelmente podem estender-se através de toda a largura da correia,
resultando em cisalhamento do dente. A figura 11 ilustra o desgaste concentrado através da maior parte da face do dente
da correia com uma porção relativamente não desgastada.
• Falhas por Polia Fora de Especificação
Falhas precoces resultantes de polias desgastadas ou fora de especificação, são difíceis de serem identificadas. Isto é causado
pelo fato de que as polias quase nunca são cuidadosamente verificadas quando uma correia falha. Danos à correia precoces
são quase sempre identificados como sendo apenas culpa da correia.
Correias que são aplicadas em polias que estão fora dos requisitos dimensionais, frequentemente mostram um alto nível de
desgaste no lado do dente, expondo uma aparência distorcida ou descamada, como ilustrado na figura 12.
Correias curvilíneas (HTD, GT, S e RPP) funcionando em diâmetros de polias sub-mínimos, basicamente falham por
desintegração de repouso, como mostrado na Figura 13, e quebra de tração. Correias trapezoidais (XL, L, H) falharão
principalmente devido à fissuras na raiz do dente e cisalhamento de dente. No entanto, quebras de tração não são raras. A
maior taxa de desgaste de polia poder acontecer devido a correias que foram montadas com alta tensão de instalação. Após
um longo período de tempo, por vezes, o revestimento dos dentes ou a cobertura, se desgastam. Correias nessa condição
mostram que um desgaste significativo de polia também pode ter acontecido. Correias desgastadas a este ponto também,
ocasionalmente, permitem que os elementos de tração da correia, ao entrar em contato com a polia, possam gerar um
desgaste aos dentes. Um sulco ao longo da polia pode aparecer, como mostrado na Figura 14. Outro sinal de desgaste
considerável de polia é quando a vida útil de uma nova correia é evidentemente reduzida em comparação às correias
anteriores. Quando isso acontece, deve-se verificar cuidadosamente as polias quanto a desgaste extremo.
• Falhas por Desgaste Excessivo de Polia
Correias que trabalham em polias desgastadas, estão expostas a um aumento cíclico de queda na tensão à medida que as
polias giram. Tensões de pico cíclico criam áreas de repouso com uma aparência achatada. Cisalhamento de dente e áreas de
repouso achatadas são visíveis na Figura 15.
• Falhas por Ambiente Abrasivo
Correias operando em ambientes abrasivos em aplicações como peneiras vibratórias, equipamentos de processamento de
taconita, e máquinas de mineração de fosfato, geralmente mostram um alto nível de desgaste de lateral de dente e de
repouso de correia. Áreas desgastadas geralmente têm uma aparência polida. A figura 16 mostra uma correia com
considerável desgaste, que funciona em um ambiente abrasivo extremo. O desgaste da polia também é rápido em ambientes
abrasivos, portanto, devem ser trocadas juntamente com as correias.
• Falhas por Degradação por Calor
Quando correias de borracha estão em ambientes com altas temperaturas (superiores a 85 °C), a borracha endurece
resultando em fissura à parte posterior devido à flexão. Estas fissuras normalmente permanecem paralelas até os dentes da
correia e acontecem basicamente em áreas de repouso (entre os dentes da correia), como mostra a figura 17.
As correias basicamente falham por causa de cisalhamento do dente, que muitas vezes leva à fratura do cabo de tração.
Construções de correia de borracha de alta temperatura estão disponíveis. Esta concepção de correia especial ajuda a
melhorar a vida útil.
• Falhas por Degradação Química
Correias de borracha submetidas a quaisquer vapores de solventes orgânicos ou ozônio, serão semelhantes à correias que
tenham sido submetidas à temperaturas ambientais extremas. A borracha endurecerá e as correias exibirão fissuras na parte
posterior. Entretanto, o padrão de fissura diferirá, permitindo a formação de fissuras em ambas as direções lateral e
longitudinal. A aparência “quadriculada”, como mostrado na figura 18 poderia aparecer.
• Falhas por Presença de Corpos Estranhos
A introdução de itens estranhos entre uma correia e a polia muitas vezes danifica tanto os dentes da correia e quanto os cabos
de tração. Cabos de tração são frequentemente fraturados internamente ou falham posteriormente devido ao vinco, tal como
ilustrado na figura 19.
Uma vez que uma parte dos cabos de tração tenha sido fraturada, a resistência à tração restante da correia foi seriamente
reduzida. Isto resulta geralmente em uma redução no tempo de vida útil. Se o dano de detritos for perceptível, a correia deve
ser trocada e as polias inspecionadas e se necessário também substituídas.
MODO DE FALHA ILUSTRAÇÃO CAUSA PROVÁVEL SOLUÇÃO
1. Ajustar a tensão
corretamente.
1. Tensão muito alta.
Desgaste dos dentes da correia.
2. Polia dentada gasta. 2. Substituir polia dentada.
1. Presença de corpos
estranhos. 1. Remover corpos estranhos.
Marcas nos dentes da correia.
2. Polias dentadas 2. Substituir polias dentadas.
danificadas.
3. Realizar montagem correta.
3. Dano na montagem.
1. Temperatura ambiente
alta ou baixa.
1. Substituir correia.
2. Polia lisa girando com
Fissuras nas costas da correia. dificuldade.
2. Substituir polias.
3. Diâmetro mínimo da
polia incompatível com
a correia.
MODO DE FALHA ILUSTRAÇÃO CAUSA PROVÁVEL SOLUÇÃO
1. Tensão muito alta.
1. Ajustar a tensão
2. Presença de corpo
estranho. corretamente.
Correia rompida, arrebentada. 3. Mau acondicionamento 2. Remover corpo estranho.
da correia. 3. Substituir correia.
4. Diâmetro de polia sub-
mínimo 4. Substituir polia..