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ESPECIALIDADE DE NÓS E AMARRAS – MESTRADO EM ATIVIDADES

RECREATIVAS

Nome: Alexia Ferreira Teixeira


Clube: Águias de Haia

1. Definir os seguintes termos:

a. Seio (laçada) – A laçada é uma forma de prender temporariamente


uma corda, e o seio é a parte dessa mesma corda que está cruzada
em si.
b. Ponta corrediça (vivo) – A ponta corrediça é a ponta com a qual
fazemos o nó. Será um dos extremos livres da corda, também
chamado de chicote.
c. Corda restante (ponta fixa) – É a parte do cabo que não utilizamos
como ponta de trabalho.
d. Nó superior – É o nó mais utilizado para iniciar um trabalho numa
corda, também conhecido como simples.
e. Alça de azelha (laçada com nó) – A alça de azelha é um nó básico
que forma um laço fixo numa corda, que pode ser usado para
formar uma alça para outros cabos ou isolar uma parte danificada
da corda.
f. Volta (laço) – Quando é necessário envolver qualquer objeto
(inclusive a própria corda) durante o processo de fazer o nó.
g. Curva (dobra) – Quando é necessário manter qualquer parte da
corda em paralelo com outra parte da mesma corda, criando duas
linhas com a corda.
h. Amarra – Combinação de voltas e curvas com uma corda que serve
para unir madeiras para auxiliar na construção de móveis e
utensílios rústicos por meio de amarração
i. União de cordas – Junção de cordas através de dobras e nós.
j. Chicote (ponta de trabalho) – Extremos livres de uma corda.

2. Conhecer os cuidados para a conservação de cordas.

O primeiro passo para conservar bem uma corda é manter ela sempre
limpa, pois prolonga a vida útil e mantém a resistência da corda. Qualquer
poeira e contato com o chão é abrasivo e pode danificá-la, bem como
pisar ou colocar coisas pesadas em cima. Para lavar a corda é necessário
usar apenas sabão neutro e água fria, sem maquinas de lavar e a
secagem deve ser a sombra. Ao guardar a corda, deve ser armazenada
sem nós e nunca enrolada pois isso cria pontos de fraqueza na corda. O
uso das cordas deve ser definido, se uma corda é utilizada para escalada,
utilize apenas para isso, se é utilizada para fazer nós e treinos, utilize
também apenas para esse fim. Produtos químicos também danificam as
cordas, então não é aconselhável marcações com canetas ou outros
materiais, a não ser que a corda seja própria pra isso. É necessário
sempre vistoriar a corda após seu uso para identificar possíveis danos
causados e manter sempre o material em dia.
3. Descrever as diferenças entre corda estática e dinâmica. Listar, pelo
menos, três usos para cada uma.

Cordas estáticas são aquelas que possuem baixa deformação e não


possuem elasticidade. São utilizadas para espeleologia (uso genérico em
cavernas), rapel, resgate, operações táticas e segurança industrial. Já as
cordas dinâmicas são caracterizadas por sua propriedade de
alongamento que proporcionam uma absorção maior de impacto. São
cordas que têm uma elasticidade maior e protegem seu corpo do impacto
em caso de queda. São recomendadas para atividades que proporcionem
um risco maior de acidentes, como na área industrial, quando existe risco
de impacto, alpinismo e escaladas.

4. Identificar os tipos de cordas a seguir. Faça um relatório descrevendo os


pontos negativos e positivos para o uso de cada uma:
a. Poliéster: A corda de poliéster tem origem na reciclagem de
garrafas PET, é uma corda de bom custo-benefício, apresenta boa
resistência a quebras e não sofre demasiadamente com a
mudança de temperaturas. Pode ser usada para artesanatos, área
de pesca, transporte e construção civil. Seu ponto negativo é a alta
perda de tensão e baixa absorção de impactos na corda.

b. Sisal: A corda de sisal é a mais conhecida no ramo agropecuário e


artesanato, tem valor acessível. Possui boa resistência a raios U.V.
e tem a grande vantagem de ser biodegradável, porém não resiste
muito aos fatores naturais, como a chuva.

c. Nylon: As cordas de nylon são as mais fortes e flexíveis, por conta


de o material produzir fibras largas e contínuas que permitem maior
elasticidade. Essas cordas têm grande resistência no resgate, não
apodrecem com o mofo, fungos ou bactérias. Quando molhadas,
perdem 15% da capacidade de carga. Em contato com produtos
derivados de petróleo apresentam um desgaste maior do
equipamento. O contato com produtos químicos deve ser evitado
para não provocar danos, como o enfraquecimento e até mesmo a
destruição do nylon. As cordas de nylon se degradam quando
expostas aos U.V. O mesmo ocorre com temperaturas elevadas. O
ponto de fusão do nylon é 250º C.

d. Polipropileno: O polipropileno e o polietileno proporcionam a


fabricação de uma corda capaz de flutuar. As fibras são 60% mais
frágeis que o nylon, mas apresenta grande resistência ao atrito e à
tensão. É utilizada principalmente nos setores fluvial, naval, de
selaria, de pesca e de transporte.. São altamente resistentes a
ácidos e produtos químicos, mas raramente usadas em operações
que envolvem vidas.
5. Quais são algumas vantagens e desvantagens da corda sintética?

As cordas sintéticas possuem maior durabilidade, assim como sua


resistência a impactos e abrasão também são mais elevadas. Não retêm
água e suportam temperaturas elevadas e são mais leves e práticas para
carregar. Entretanto, requerem maiores cuidados para sua conservação, seu
custo é mais elevado que as de origem vegetais. Também são mais sensíveis
a ação do sol.

6. Segundo a Bíblia, qual o tipo de corda estática é mais resistente? Citar


Livro, capítulo e versículo.

O cordão de três dobras é a corda estática mais resistente. "E, se alguém


prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não
se quebra tão depressa." Eclesiastes 4:12

7. Faça o seguinte em uma corda:

a. Nó Costura singela ou costura curta (Splice): É a melhor forma de se


emendar cordas trançadas, já que além de permitir um acabamento
impecável, permite que a ligadura seja mais forte do que a corda original.

b. Nó Costura de alça (eye Splice): Utilizada em cordas de atracamento


de embarcações, tem uma alça firme.
c. Nó Costura em pinha ou falcaça inglesa (black Splice): De todos os
procedimentos é o que propicia o melhor acabamento e firmeza. A
complexidade de execução é compensada pelo ótimo resultado.

d. Finalizar a extremidade de uma corda com uma Pinha de rosa dupla,


falcaça, ou Nó de Mathew Walker
Falcaça: de fácil confecção, tem como única condição a escolha do fio
com a resistência adequada ao trabalho.

e. Pinha Singela: Pode servir para substituir emergencialmente uma


falcaça.
f. Nó de porco: Mesma função da pinha singela e de execução
semelhante, mas com as pontas são puxadas para baixo.

8. Descrever, pelo menos, 3 plantas que podem fornecer material para a


confecção de uma corda.

Plantas que fornecem esse tipo de material são conhecidas como plantas
têxteis. No Brasil possuímos quatro muito conhecidas e de grande
importância econômica, o algodão, o cairo (fibra de coco), a juta e o sisal.

9. Fazer de memória, pelo menos, 20 dos nós abaixo, falando ao avaliador


o nome, para que serve e suas limitações. Fazer um relatório descrevendo
cada um, citando para que serve e situações em que deve ser usado:
a. Nó Fateixa: Serve para prender um cabo a uma argola, com a
garantia de não soltar que pode ser usado para esticar toldos e
barracas. É o nó que se faz para firmar um cabo em uma barra,
num anel, para amarrações firmes, ou para prender a fateixa, que
é âncora pequena como argola. O nó consiste em uma volta
redonda com cotes, passando o primeiro por uma volta, para não
apertar.
b. Lais de Guia (nó bolina): usado para formar uma laçada não
corrediça. É um de grande confiabilidade pois além de não
estrangular sob pressão, é fácil de desatar. Ao executá-lo deve-se
tomar cuidado uma vez que, se mal executado, desmancha-se com
facilidade. O nó Lais de Guia tem como função principal, ajudar no
resgate de pessoas afogadas, e em portos para manter os navios
ancorados. Muito usado na marinha em treinamentos de resgate e
ancoradouros.
c. Lais de Guia Duplo: O Nó Lais de Guia Duplo é o nó de
encordoamento preferido dos escaladores esportivos. É mais fácil
de soltar depois de uma queda. O nó Lais de Guia não é
aconselhado, já que se afrouxa facilmente e pode se desfazer se
tracionado em três direções.
d. Nó Quadrado: É um nó essencialmente decorativo, muito bonito
por sua simetria, também conhecido como nó da amizade nos
escoteiros.
e. Nó Cego: Nó que ora pode ser instável e desatar com facilidade,
ora pode ser muito difícil de desfazer, tornando-se um nó inseguro,
sem aplicação prática.
f. Nó de Carrasco (de Forca): Nó utilizado muitas vezes na história
para enforcamentos. O enforcamento com o uso deste nó tem
como objetivo o destroncamento da coluna cervical e, por
conseguinte, a ruptura de seu sistema nervoso e não o simples
estrangulamento. A parte rígida deste nó, composto normalmente
por 7 espiras apertadas em torno da própria corda, serve como
alavanca, promovendo uma morte indolor e evitando que esta
ocorra pelo sufocamento do condenado.
g. Nó de Espia (nó ordinário ou nó de ajuste ou calabrote dobrado):
Nó muito estável, serve para unir duas cordas, mas pouco utilizado
nessa função por ter muitas voltas criando desta forma um grande
volume. Quando molhado é difícil de desatar. Por conta disso
acaba sendo um nó para decoração por causa de sua forma
simétrica.
h. Constritor (nó de contração ou volta da fiel duplo): Utilizado para
encurtar cordas e amarrar cabos de retenção
i. Nó Oito: Função de evitar o desfiamento da ponta de uma corda.
Este nó é mais volumoso que o nó simples e muito mais fácil de
ser desfeito, quando não for apertado demasiadamente. É usado
quando se fizer necessária a fixação de uma corda em seu encaixe.
Neste caso, o nó poderá ser empregado se não houver uma estaca
ou outro local onde se amarra a corda.
j. Nó de Pescador: Nó para unir cordas, ligar cabos finos e meio
duros ou molhados, como linhas de pesca, cordas corrediças,
delgadas, rígidas, cabos metálicos e até cabos de couro.
k. Volta do Fiel: Nó que inicia uma amarra, não corre lateralmente e
suporta bem a tensão. Permite amarrar a corda a um ponto fixo. É
o nó usado para amarrar as cordas das barracas, usa-se ainda
para amarrar um cabo a uma estaca.
l. Nó Prussik: O Nó Prussik é um tipo de nó blocante de grande
utilidade para sistemas de segurança, desvio ou tração. Possui a
particularidade de aumentar a tração quanto maior for a força
aplicada em sua alça. Uma vez aliviada a força, pode-se movê-lo
facilmente ao longo de uma corda. Usado por montanhistas em
subidas ou descidas verticais. É utilizado como auto segurança em
escaladas em paredes quando já se tem um cabo livre instalado ao
longo dela.
m. Catau: Muito importante para encurtar ou esticar um cabo frouxo,
cujo dois extremos estejam presos, ou seja, reduz o comprimento
de uma corda sem cortá-la. Serve também para isolar alguma parte
danificada da corda, sem deixá-la sob tensão.
n. Nó de Escota: Utilizado para unir cordas de tamanhos diferentes,
por isso é muito útil no hasteamento de bandeiras, pois o cabo mais
fino deve ser usado para fazer as voltas em torno da alça, que deve
ser formada com o cabo mais grosso.
o. Nó de Correr (nó corrediço): Útil para aplicação de força. Quanto
mais se puxa, mais ele aperta. O nó escorrega, mas quando atado,
se torna mais apertado. Serve para fazer uma alça corrediça em
uma corda, para apertar sempre que puxar.
p. Nó Direito: O nó direito é um nó utilizado para unir cabos não
escorregadios e de diâmetros iguais. Pode apertar tornando difícil
o desate.
q. Nó Cirurgião: Esse Nó é usado em casos em que se necessite
fazer uma sutura em um corte, e também para manter unidas as
partes da sutura.
r. Volta da Ribeira: O Nó Volta da Ribeira é um nó muito útil, de feitio
rápido e fácil de desamarrar. É utilizado para amarrar um chicote a
um mastro, árvore ou barra, ficando mais apertado e firme à
medida que se coloca peso. Uma vez que é feito por uma das
pontas da corda (chicote), não é útil quando há necessidade de se
recuperar o cabo após a descida
s. Nó Volta Paradora: nó de laço ajustável para utilizar em cordas sob
tensão. É útil quando o comprimento de uma linha necessitar de
ser periodicamente ajustado para manter a tensão. Esta é mantida
deslizando o engate para ajustar o tamanho do laço, alterando
assim o comprimento total da linha sem voltar a atar o nó. É usado
tipicamente para prender cordas de tendas em atividades ao ar
livre que envolvam o campismo, pelos arboricultores quando
escalam árvores, para criar ancoradouros ajustáveis em zonas de
marés e para prender cargas em veículos.
t. Nó de Frade: É usado para criar um tensor na corda. Pode servir
para parar uma roldana ou auxiliar na subida de uma corda como
nó de apoio (escadinha). Também pode ser usado para a
transmissão de código Morse. Este nó é também utilizado como
ornamentação no cordão que envolve a batina dos frades
franciscanos.

Fontes:

https://alturaecia.com.br/semi-estatica-ou-dinamica-qual-a-melhor-corda-para-
o-uso/
https://www.bombeirocaetano.com.br/cordas-voltas-e-nos/
https://www.trilhaseaventuras.com.br/dicas-pra-manter-corda-escalada-
conservada/
https://www.trilhaseaventuras.com.br/tipos-cordas-escalada-estaticas-elasticas-
dinamicas/
https://cordaserval.com.br/blog-detalhes/2/conheca-um-pouco-mais-sobre-
cada-tipo-de-corda
https://mda.wiki.br/

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