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COMPLEXO DENTINOPULPAR

Proteção do complexo
Sempre que houver perda de substância, quer seja por
CONSIDERAÇÕES GERAIS cárie e sua remoção, fraturas, erosões ou abrasões e
A proteção do complexo é a base para que o elemento consequentemente, o dente for restaurado, é necessário
dentário exerça suas funções na plenitude. Sua que a vitalidade do complexo dentino/pulpar seja
finalidade é promover o restabelecimento da polpa preservada por meio de adequada proteção. Existem
dentária, estimular o desenvolvimento de um tecido duas técnicas distintas que podem ser utilizadas na
calcificado e proteger o tecido pulpar de irritações proteção do complexo dentino/pulpar: proteções
adicionais posteriores. diretas e indiretas.
→ DENTINA: composta por 70% de porção inorgânica FATORES QUE ORIENTAM A PROTEÇÃO DO
(principalmente hidroxiapatita), 18% de porção COMPLEXO DENTINOPULPAR
orgânica (80% de colágeno) e 12% de água. O dente
humano é constituído por tipos de dentina, que → CONDIÇÃO PULPAR: com base na dor que se
serão depositados ao longo da vida ou mediante estabelece a condição pulpar;
estímulos: → PROFUNDIDADE DA CAVIDADE: definida por meio da
• Dentina fisiológica primária: depositada espessura da dentina remanescente após a remoção
rapidamente durante o desenvolvimento do da lesão de cárie e da dentina;
dente até a formação do forame apical. → CARACTERÍSTICAS DA DENTINA REMANESCENTE;
• Dentina fisiológica secundária: depositada → IDADE DO PACIENTE: importante na relação entre e
ao redor da polpa em ritmo muito mais lento do profundidade da cavidade e volume da polpa, uma
que o da primária, depois que a anatomia do vez que esse diminui com a idade devido à
dente está estabelecida. deposição de dentina secundária e terciária;
• Dentina terciária: subdivide-se em: reacional → ESCOLHA DO MATERIAL RESTAURADOR: determina
(a lesão é leve e a deposição de dentina também a técnica restauradora específica;
subjacente é regulada pelos odontoblastos) e
reparativa (intensa agressão, ocorre dano PROFUNDIDADE DA CAVIDADE
irreversível aos odontoblastos). Determinada pela quantidade de tecido dentinário
• Dentina esclerosada: caracteriza-se pela perdido no processo carioso e no preparo cavitário. É o
existência de túbulos dentinários obliterados com fator que, isoladamente, tem maior relevância na
material calcificado (ex. abrasão). intensidade do processo inflamatório desencadeado na
→ POLPA: tecido conjuntivo altamente especializado, polpa. As cavidades podem ser classificadas como:
que se situa na câmara pulpar e se estende pelos • Superficiais: no nível ou ultrapassam
canais radiculares. Responsável pela vitalidade do ligeiramente o limite amelodentinário.
dente. Há cinco funções desempenhadas pela polpa: • Rasas: obtidas em lesões incipientes, quando a
• Indutiva: induz a diferenciação do epitélio em parede de fundo encontra-se de 0,5 a 1,0 mm
lâmina dental e a formação em órgão do esmalte; abaixo do limite amelodentinário.
• Formativa: produzir dentina; • Médias: resultantes da troca de restauração ou
• Nutritiva: conduzir metabólitos essenciais até a de lesões cariosas de evolução lenta.
dentina por meio dos prolongamentos • Profundas: mantêm apenas 0,5 mm de dentina
odontoblásticos; remanescente.
• Protetora: promover resposta dolorosa • Muito profundas: podem apresentar zonas
mediante estímulo físico-químico; róseas que evidenciam a proximidade pulpar.
• Defesa/reparadora: inicia processo de
esclerose dos túbulos dentinários ou formação de
dentina reparadora.
Consiste na remoção de toda a dentina infectada
(amolecida) e posterior forramento da parede pulpar da
cavidade dentária sem que tenha ocorrido exposição da
polpa, mas podendo ser observada por translucidez. As
proteções pulpares indiretas representam a aplicação
de agentes seladores, forradores e/ou bases protetoras
nas paredes cavitárias com o objetivo de:
• Proteger o complexo dentinopulpar dos
diferentes tipos de injúrias;
→ RASA A MÉDIA: selamento (verniz ou sistema • Manter a vitalidade pulpar;
adesivo);
• Inibir o processo carioso;
→ PROFUNDA: agente de base (CIV) + selamento +
• Reduzir a microinfiltração e estimular a
material restaurador;
formação de dentina esclerosada, reacional
→ MUITO PORFUNDA: agente de favorecimento + base e/ou reparadora.
+ selamento + material restaurador
EM CAVIDADE SUPERFICIAIS, RASOS OU MÉDIAS
PROTEÇÕES DIRETAS Simultânea com o ataque ácido total
As proteções diretas caracterizam-se pela aplicação de • 1ª OPÇÃO: hibridização pelo sistema adesivo;
um agente protetor diretamente sobre o tecido pulpar • 2ª OPÇÃO (médias): cimento ionomérico +
exposto, com a finalidade de: sistema adesivo.
• Manter sua vitalidade e consequentemente EM CAVIDADES PROFUNDAS/MUITO PROFUNDAS
promover o restabelecimento da polpa;
Com o paciente anestesiado e o dente devidamente
• Estimular o desenvolvimento de nova
isolado, deve-se remover todo o tecido cariado e/ou
dentina;
restaurador.
• Proteger a polpa de irritações adicionais
1. Limpeza da cavidade: lavar com solução
posteriores;
bactericida, como digliconato de clorexidina a
TÉCNICA OPERATÓRIA 2% ou solução de hidróxido de cálcio:
1. Anestesia e isolamento do dente; • 1ª OPÇÃO (dentina sem esclerose): aplicar
2. Limpeza da cavidade – soro fisiológico, solução agente forrador + base cavitária + selante
de hidróxido de cálcio ou digliconato de cavitário, além de inserir material restaurador
clorexidina 2%; definitivo.
3. Ampliação do preparo: com broca de corte (p. • 2ª OPÇÃO (dentina com esclerose): aplicar
ex., 330, 328) ou esférica lisa, ampliar a área da base cavitária + selante cavitário, além de inserir
exposição apenas para regularização das material restaurador definitivo.
margens;
4. Nova limpeza da cavidade. Observar coloração Dentina esclerosada (endurecida) que não requer
da polpa e hemostasia (com água de hidróxido proteção de um agente forrador, apenas de uma base.
de cálcio em uma pelota de algodão estéril (4 a
8 minutos); MATERIAIS PARA A PROTEÇÃO DO
5. Aplicação do material de proteção:
COMPLEXO DENTINOPULPAR
• 1ª OPÇÃO: pasta ou pó de hidróxido de cálcio +
cimento de hidróxido de cálcio + base cavitária + Para ser considerado na indicação da proteção do
material selador (p. ex., sistema adesivo) + remanescente dental, precisa ter as seguintes
material restaurador. características:
• 2ª OPÇÃO: cimento de hidróxido de cálcio ou • Proteger o dente de alterações térmicas e
MTA + base cavitária + material selador (p. ex., elétricas;
sistema adesivo) + material restaurador. • Ser bactericida ou inibir a atividade
PROTEÇÕES INDIRETAS bacteriana;
• Aderir ao remanescente reduzindo ou impedindo • 1ª opção: primer e adesivo são aplicados
o trânsito bacteriano; separadamente;
• Liberar fluoretos para remineralizar a dentina • 2ª opção: primer e adesivo encontram-se em
afetada e hipermineralizar a dentina sadia; uma única solução.
• Estimular a formação de dentina terciária → PROPRIEDADES: m
reacional ou reparadora; • Adesão – união, evita desgaste do dente;
• Ser biocompatível com a polpa; • Molhamento – recobre totalmente o substrato;
• Inibir a descoloração do dente pela penetração • Ângulo de contato;
de íons metálicos do amálgama; Podem ser convencionais, quando a aplicação do ácido
• Selar a dentina e impedir a penetração de requer uma etapa separada, ou autocondicionantes,
agentes tóxicos; quando houver um primer autocondicionante e, assim,
• Proporcionar vedamento marginal evitando a não ser necessária a realização de uma etapa à parte
infiltração e microrganismos na interface entre para o condicionamento ácido.
material restaurador e o dente; → ADESIVOS CONDICIONANTES: podem ser aplicados
• Apresentar módulo de elasticidade semelhante em 2 ou 3 passos:
ao da dentina; • 2 passos: condicionamento ácido, mas o primer
• Apresentar resistência mecânica para e o bond vêm juntos;
suportar as cargas mastigatórias e as técnicas • 3 passos: condicionamento ácido, primer e bond.
restauradoras;
→ ADESIVOS AUTOCONDICIONANTES: aquelas cuja
• Ser insolúvel. desmineralização superficial e infiltração dos
Embora nenhum material protetor preencha todos esses monômeros resinosos ocorrem simultaneamente.
requisitos, se bem indicados, desempenham bons Podem ser aplicados em 1 ou 2 passos:
resultados. Os materiais protetores são classificados em: • 1 passo: ácido, primer e adesivo num só frasco;
selantes, forradores e bases. • 2 passos: primer acídico e o adesivo.
SELANTES CAVITÁRIOS PASSO A PASSO SISTEMA CONVENCIONAL
→ Promovem o vedamento da embocadura dos 1. Condicionar esmalte (15 a 30s) e dentina (15s);
túbulos dentinários e das paredes 2. Lavar abundantemente (aprox. 60 s);
circundantes da cavidade; 3. Secar o esmalte (aspecto branco/opaco) e
manter a umidade dentinária;
→ Tem o objetivo de tornar o preparo cavitário o
4. Aplicar o primer ativamente em dentina e
menos permeável possível a fluidos e bactérias;
aguardar 20 segundos;
→ Indicados para as cavidades rasas e médias, sem
5. Secar com jatos de para evaporação do
proximidade ou exposição pulpar;
solvente;
→ São classificados como selantes os vernizes 6. Repetir a aplicação do primer;
cavitários (uso associado ao amálgama) e os 7. Aplicar o adesivo ativamente em esmalte e
sistemas adesivos. dentina e aguardar por 20 segundos;
8. Secar com leves jatos;
9. Fotopolimerizar por 20 segundos.

SISTEMA ADESIVO
Créditos: @dentaloves
Os sistemas adesivos convencionais caracterizam-se PASSO A PASSO AUTOCONDICIONANTE
pela aplicação prévia e isolada de um ácido forte, o
1. Condicionamento ácido prévio com ácido
ácido fosfórico, sobre as estruturas dentais. Possui duas
fosfórico em esmalte por 15 seg;
formas de aplicação:
2. Lavar e secar esmalte;
3. Aplicar ácido/primer em esmalte e dentina; • Bloqueia estímulos térmicos;
4. Secar com jato de ar; • Induz a formação de dentina reparadora.
5. Repetir aplicação do ácido/primer; → DESVANTAGENS:
6. Aplicar ativamente uma camada de adesivo e • Tem alta solubilidade ao meio (propriedade que
aguardar 20 seg; pode facilitar infiltração marginal se o material
7. Secar o adesivo (para ficar uma camada fina); for mal aplicado);
8. Fotopolimerizar por 20seg • Baixa resistência mecânica.
FORRADORES CAVITÁRIOS TÉCNICA DE MANIPULAÇÃO
→ Apresentam-se, em geral, na forma de pó e líquido A técnica de manipulação deste material, em sua
ou na forma de pasta; apresentação na forma de cimento, é a mistura simples
→ Após sua inserção na cavidade, formam uma fina de duas porções iguais da pasta base e da pasta
camada que funciona como barreira protetora e catalisadora em uma folha de papel para espatulação
estimula a formação de ponte de dentina sobre uma placa de vidro com o auxílio da espátula 13.
quando a polpa é exposta; Já os cimentos fotoativados se apresentam em uma
pasta única e podem ser levados diretamente à
→ Apresentam baixa resistência mecânica;
cavidade.
→ Indicados para aplicação em cavidades profundas,
com grande proximidade ou exposição pulpar;
→ Devem contar com propriedades que auxiliem na
cicatrização da polpa e amenizem efeitos
tóxicos dos materiais restauradores definitivos;
→ Desempenham ação bactericida;
→ Os materiais mais utilizados são: hidróxido de
→ INSERÇÃO NA CAVIDADE: é levado à cavidade com o
cálcio e o agregado trióxido mineral (MTA).
auxílio do aplicador de hidróxido de cálcio em uma
pequena quantidade que é aplicada sobre o ponto
de maior profundidade da cavidade ou sobre a
pasta de hidróxido de cálcio ou, ainda, sobre o pó
de hidróxido de cálcio pró-análise.

A ação do hidróxido de cálcio e do MTA, é possível


graças à capacidade de solubilização da MEC e à
mobilização dessas moléculas bioativas. Esses materiais
atuariam como moduladores do reparo tecidual do
complexo dentinopulpar. → TEMPO DE TRABALHO – entre a manipulação do
material até que a consistência não esteja mais
apropriada para o uso é de 10 a 30 segundos.
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO → TEMPO DE PRESA: - tempo decorrido desde o início
da mistura até que o material alcance a dureza ou
O hidróxido de cálcio é comercialmente apresentado nos consistência desejada é de 2 a 3 minutos. Forma-se
formatos de pasta – que necessitam ser fotoativada ou
um quelato de silicato de cálcio-zinco e uma matriz
solução/suspensão – que preparadas pelo próprio cristalina dura. Nos materiais fotoativados, o
profissional. Pode ser aplicado na forma de cimento, endurecimento se dá pela ativação dos monômeros
pasta, pó, suspensão e solução: pela luz do polimerizador.
→ VANTAGENS:
• Inicialmente bactericida e bacteriostático; AGREGADO TRIÓXIDOMINERAL (MTA)
• Promove cicatrização e reparo a partir do seu pH; Composto por óxidos minerais e íons. Indicado como
• Neutraliza o pH dos ácidos (pH: 12); material de escolha para capeamento pulpar direto. É
• Estimula sistemas enzimáticos; apresentado de duas formas:
• Pó: proteção direta; • Tipo I – para cimentação;
• Cimento: proteção direta, como forrador, como • Tipo II – para restauração;
sobrebase em capeamentos feitos com pó ou • Tipo III – para selamento de fóssulas e
pasta. fissuras, forramento e base.
→ VANTAGENS: → PROPRIEDADES:
• Biocompatível; • Adesividade química à estrutura dental;
• Estimula a formação de ponte de dentina; • Liberação de flúor e ação antimicrobiana;
• É antimicrobiano; • A adesão deste material depende do cálcio do
• Não induz inflamação pulpar; remanescente, portanto, é maior ao esmalte do
• Boa capacidade de selamento; que à dentina; na dentina esclerosada é maior
• Não sofre prejuízo com umidade e sangramento. porque esta é mais mineralizada;
→ DESVANTAGENS: • Para que a adesão ocorra é importante que o
• Solubilidade menor que a do hidróxido de cálcio material tenha uma boa capacidade de
– a longo prazo significa menor liberação dos molhamento e que entre em íntimo contato com
componentes antimicrobianos; o remanescente;
• Dificuldade de inserção na cavidade; • Biotolerância.
• Baixa resistência à compressão inicial – vai → INDICAÇÕES:
melhorando ao longo do tempo. • Proteção pulpar em cavidades profundas;
• Substituição da estrutura dentinária
BASES CAVITÁRIAS perdida em cavidades muito profundas que
→ Apresentam-se, em geral, na composição pó/líquido; receberam material de forramento;
→ Simulam a dentina; • Podem ser utilizados como materiais
→ Tem por função: restauradores temporários em indivíduos
• Proteger o material usado para forramento da adultos;
cavidade; • Podem ser utilizados como materiais
• Repor parte da dentina perdida; restauradores em dentição decídua, para
selamento de fóssulas e fissuras;
• Ajustar o preparo cavitário de acordo com a
necessidade; A aplicação direta em cavidades muito profundas não
• Consequentemente, diminuir o volume de é indicada pois pode resultar em inflamação crônica
material restaurador definitivo. do tecido pulpar.
→ Utilizados em cavidades com profundidade média
a grande – para não interferirem na resistência do
remanescente dentário e da restauração definitiva;
→ TEMPO DE TRABALHO: varia de acordo com o
fabricante, porém, quando o material perde seu
→ Representadas pelos: cimentos à base de óxido
brilho, significa que os ácidos poliacrílicos não se
de zinco e eugenol e cimentos de ionômero de
encontram disponíveis para a adesão, não devendo
vidro, convencionais e modificados por resina.
o material ser inserido na cavidade.
→ TEMPO DE PRESA: varia de 3 a 5 minutos.
CIV CONVENCIONAL
→ Baixa resistência ao desgaste, compressão e
abrasão;
→ Ligação com a estrutura dental;
CIMENTOS DE IONÔMERO DE VIDRO (CIV) → Liberação de flúor;
→ Biocompatibilidade;
O pó do ionômero é obtido pela fusão de seus → Condicionar com ácido poliacrilico a 10% por 10 a
componentes: a sílica (SiO2), a alumina (Al2 O3) e o 20 segundos e depois lavar por 30 segundos para
fluoreto de cálcio (CaF2). Com relação às indicações, os obter redução da Smear Layer;
cimentos de ionômero de vidro, são classificados:
→ Proteger a superfície contra a perda de agua para 4. A incorporação do pó ao líquido é iniciada com
o ambiente (sinérese) ou ganho de agua para o a primeira metade da porção, por 10 a 15
ambiente (embebição), utilizando verniz, resina segundos e seguida da segunda por até 45 a 60
fluida ou esmalte de unha incolor. segundos;
5. Os indicados para base formam um fio quando
CIV MODIFICADO POR RESINA a espátula é afastada do material; a partir de
→ Acréscimo de monômeros resinosos; então ainda restarão três minutos para inserir
→ Fotoativação por 30 segundos; o material na cavidade;
6. Aplica o cimento de ionômero de vidro na
→ Maior resistência mecânica;
cavidade utilizando uma seringa centrix para
→ Melhora nas propriedades estéticas;
injetar o material na cavidade, o que previne a
→ Aumento da contração de polimerização;
formação de bolhas no interior do material;
→ Aumento da sorção de agua. 7. Após a inserção na cavidade, um pedaço de fita
→ DESVANTAGENS: de poliéster pode ser adaptado sobre o material
• Tempo de trabalho curto; e mantido nesta posição, prevenindo a sinérese
• Tempo de presa longo; e embebição.
• Menor resistência e menor tenacidade
(dificuldade de quebrar);
• Aparecimento de fenda devido a
desidratação;
• Menor resistência ao ataque ácido.
TÉCNICAS DE MANIPULAÇÃO
O material é bastante sensível à umidade, portanto só
deve iniciar a sua proporção imediatamente antes de
sua manipulação.
→ CIV CONVENCIONAL:
1. Previamente à aplicação do cimento de
ionômero de vidro convencional – fazer a
aplicação de um condicionador no
remanescente dentário, o ácido poliacrílico a 10
- 25% por 20 segundos;
2. Seguir com lavagem da cavidade, de 20 a 30
segundos;
3. Secagem com jatos de ar à distância.
→ CIV MODIFICADO POR RESINA:
1. Aplica um primer que acompanha o material;
2. Em seguida um breve jato de ar é aplicado sobre
ele;
3. Por último deve ser fotopolimerizado e aplicar o
glazer para proteção.
PASSO A PASSO CIMENTOS À BASE DE ÓXIDO DE ZINCO COM
1. O pó será dispensado sobre uma placa de vidro E SEM EUGENOL
– o fraco deve ser agitado para homogeneizar
as partículas; Geralmente utilizados em restaurações temporárias, e
2. Com a ajuda de uma espátula plástica, o pó sua utilização é justificada devido à rápida execução, à
deve ser dividido em duas partes; facilidade com que é inserido e removido e ao baixo
3. Para dispensar o líquido, o frasco deve ser custo. São classificados em:
posicionado na posição vertical com a ponta • TIPO I – cimentação provisória;
dosadora voltada para baixo, evitando o • TIPO II – cimentação permanente de
aparecimento de bolhas; restaurações ou peças indiretas;
• TIPO III – restaurações temporárias e base; 8. A terceira porção (25%) é adicionada, e com a
• TIPO IV – restauração intermediária. espátula deve-se dar leves batidas sobre a
→ PROPRIEDADES: massa para aflorar o líquido e conseguir
• Apresenta resistência à compressão; incorporar todo o pó; portanto o tempo de
manipulação será de 40 a 60 segundos;
• Apresenta selamento marginal deficiente;
9. A massa obtida deve ser inserida na cavidade
• Apresenta também propriedades
com o auxílio de espátula nº 1 e condensado
antibacterianas;
com Ward nº 1.
• O eugenol presente na formulação confere
propriedades analgésicas, antimicrobianas e
anti-inflamatórias sobre a polpa;
• Apresenta um bom selamento térmico;
• Apresenta pH 7 no momento de sua inserção;
• Não apresenta propriedades mecânicas
satisfatórias, o que pode aumentar a
microinfiltração devido à solubilidade.
→ INDICAÇÕES:
• Não deve ser aplicado próximo à polpa pois em
grandes concentrações pode causar necrose;
• Não deve ser utilizado em casos em que o
material restaurador definitivo for resina
composta;

O cimento de óxido de zinco sem eugenol, foi


desenvolvido pois o eugenol interfere e inibe a
polimerização, além de diminuir a resistência do
hidróxido de cálcio. Ele é comumente utilizado como
material para cimentação temporária de provisórios
em resina acrílica.

O empo de trabalho é longo, de 2 a 3 minutos, e pode


ser acelerado quando em contato com a umidade da
cavidade bucal. Após cinco minutos já apresenta
resistência suficiente.
TÉCNICAS DE MANIPULAÇÃO
1. Agitar o fraco do pó;
2. Dosar o pó com a colher e remover o excesso
com a espátula (nº 36);
3. O líquido é dispensado com o cuidado de deixar
o frasco dosador na posição vertical para não
incorporar bolhas;
4. Geralmente a proporção é de uma medida de pó
para cada gota de líquido;
5. O pó deve ser dividido em duas partes, e uma
delas deve ser novamente dividida em duas;
6. A primeira porção de 50% é adicionada ao
líquido, espatulando-se a mistura de 10 a 15
segundos;
7. A segunda porção (25%) é adicionada e
incorporada à massa, espatulando-a por 10 a
15 segundos;

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