Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FACULDADE DE DIREITO
CENTRO DE EXCELÊNCIA
___________________________________________
CENTRO DE PESQUISA EM POLITICAS
PÚBLICAS E GOVERNAÇÃO LOCAL
Benguela/2023
UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO
FACULDADE DE DIREITO
CENTRO DE EXCELÊNCIA
___________________________________________
CENTRO DE PESQUISA EM POLITICAS
PÚBLICAS E GOVERNAÇÃO LOCAL
Benguela/2023
2
ÍNDICE
RESUMO................................................................................................................................5
INTRODUÇÃO......................................................................................................................6
2. POLÍTICAS E PROGRAMAS ORÇAMENTAIS PARA O SECTOR SOCIAL..............7
2.1. Política da População...................................................................................................7
2.2. Política da Educação e Ensino......................................................................................7
2.3 Política do Desenvolvimento de Recursos Humanos....................................................7
2.4 Política da Saúde...........................................................................................................8
2.5 Política de Assistência e Protecção Social....................................................................8
2.6 Política de Habitação.....................................................................................................8
2.7 Política de Cultura.........................................................................................................8
2.8 Políticas e Programas Orçamentais para o Sector Económico......................................9
2.8.1 Política de Sustentabilidade das Finanças..................................................................9
2. 8.2 Política de Ambiente de Negócios, Competitividade e Produtividade.....................9
2.8.3 Política de Fomento da Produção, Substituição de Importações e Diversificação das
Exportações.........................................................................................................................9
2.8.4 Política de Sustentabilidade Ambiental......................................................................9
2.8.5 Política de Emprego e Condições de Trabalho........................................................10
2.9 Políticas e Programas Orçamentais para o Sector de Infra-Estruturas........................10
2.9.1 Política de Transporte e Logística............................................................................10
2.9.2 Política de Energia Eléctrica....................................................................................10
2.9.3 Política de Água e Saneamento................................................................................10
2.9.4 Política de Comunicações........................................................................................10
3. ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO DE 2022............................................................11
3.1 Previsão das Despesas.................................................................................................12
3.2 Sector social................................................................................................................13
4. CONSTITUIÇÃO ECONÔMICA....................................................................................14
4.1 Nova Constituição Económica de Angola...................................................................14
4.2 Endereço da Constituição Económica na Constituição da República de Angola.......14
5. FUNÇÕES ECONÔMICAS DO ESTADO ANGOLANO..............................................15
3
5.1 O estado coordenador da economia.............................................................................15
6. INTERVENÇÃO DO ESTADO ECONOMIA................................................................16
6.1 Orçamento geral do Estado.........................................................................................16
6.2 Confiscos.....................................................................................................................17
6.3 Privatizações................................................................................................................18
6.4 Aspectos gerais............................................................................................................19
6.5 Nacionalizações...........................................................................................................19
7. O ESTADO REGULADOR DA ECONOMIA................................................................20
7.1 Reprivatizações...........................................................................................................20
CONCLUSÃO......................................................................................................................22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................23
4
RESUMO
O presente relatório, tem por objectivo abordar as políticas e programas orçamentais para o
sector social. O tema em estudo é um dos principais repositórios de políticas públicas para
Angola. O principal eixo do orçamento geral do Estado angolano, refere o sector social,
como aquele que pode reflectem directamente ma melhorando o desempenho das pessoas
condições de vida, tirando uma fatia de 1/3 o orçamento. Políticas públicas nas áreas de
Saúde, Educação e Assistência Social adoptada pelo executivo angolano, pode ser
considerado um exemplo para a promoção do desenvolvimento local. No entanto desafios
permanecem no contexto da descentralização financeira do estado e autonomia total dos
municípios como forma para induzir o desenvolvimento económico local e maior
envolvimento dos atores locais na agenda de desenvolvimento nacional.
5
INTRODUÇÃO
Sabe-se que os governos costumam participar de muitas formas na economia dos países. A
condução da política monetária, a administração das empresas estatais, a regulamentação
dos mercados privados e, sobretudo, a sua actividade orçamentária funcionam como meios
dessa participação e influenciam o curso da economia. Ao tomar parte na condução das
actividades económicas, o governo executa as funções económicas que o Estado precisa
exercer.
Nesse sentido, a partir dos estudos propostos por Richard Musgrave, e para os efeitos deste
curso, as funções económicas ou, como ficaram conhecidas, as funções do orçamento se
dividem em três tipos: alocativa, distributiva e estabilizadora.
Neste sentido, o país está a realizar diversos esforços, a começar por consolidar o quadro
legal de protecção social de Angola. Nesse contexto, a Lei de Bases da Protecção Social
pode ser considerada, o marco temporal através do qual Angola busca a consolidação do
sistema de protecção social integrado e universal, o qual visa sobretudo, o bem-estar social
da população.
6
2. POLÍTICAS E PROGRAMAS ORÇAMENTAIS PARA O SECTOR
SOCIAL
7
2.4 Política da Saúde
i) Programa de Melhoria da Assistência Médica e Medicamentosa.
ii) Programa de Melhoria da Saúde Materno-Infantil e Nutrição.
iii) Programa de Combate às Grandes Endemias pela Abordagem dos Determinantes da
Saúde.
iv) Programa de Reforço do Sistema de Informação Sanitária e Desenvolvimento da
Investigação em Saúde.
ii) Ainda no âmbito desta política, o Executivo perspectiva dotar de infra-estruturas todas as
centralidades/urbanizações com casas já concluídas e não habitadas, assim como
desenvolver, através de Parcerias Público-Privadas (PPP), novas centralidades/
urbanizações de modo a aumentar a oferta de habitações.
8
2.8 Políticas e Programas Orçamentais para o Sector Económico
2.8.1 Política de Sustentabilidade das Finanças
i) Programa de Melhoria da Gestão das Finanças Públicas.
9
iii) Programa de Ordenamento do Espaço Marinho e Saúde do Ecossistema. iv)
Programa de Prevenção de Riscos e Protecção Ambiental.
10
3. ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO DE 2022
Para Rosenthal (1998), o orçamento é uma boa maneira de se aferir como os Legislativos
estaduais se relacionam com o Executivo. É através do orçamento do Estado que os
recursos são alocados nas diferentes funções, programas e interesses. Dessa maneira, é o
principal documento de políticas públicas que o Legislativo e o governador promulgarão.
Enquanto o governador e o Legislativo podem optar entre a apresentação ou não de
inúmeras políticas na agenda estadual, este não é o caso do orçamento que,
constitucionalmente deve ser apresentado anualmente.
O OGE elenca a previsão de receitas que o Executivo espera arrecadar ao longo do ano
corrente da sua vigência, com base nessa previsão define limites de despesas a serem
realizadas no mesmo período. O OGE constitui, assim, um instrumento chave de gestão
das Finanças Públicas, de alocação de recursos de acordo com as prioridades estabelecidas,
e de concretização das políticas de desenvolvimentos económico e social do Executivo,
expressa no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022.
O montante total da proposta de Orçamento Geral do Estado para 2022 foi calculado em
cerca de 18,7 biliões de kwanzas, apontando para um aumento de 26,8% quando
11
comparado com o Orçamento Geral do Estado para 2021 que foi avaliado em cerca de 14,8
biliões de kwanzas.
No âmbito das projecções fiscais o OGE para 2022 apresentará um total de receitas de
cerca de 11.637 mil milhões de kwanzas o que corresponderá a 21,3% do PIB, e cerca de
11.635 mil milhões de kwanzas de total de despesas, equivalente a 21,3% do PIB.
O OGE para 2022 aponta para o um saldo fiscal global superavitário de 1,5 mil milhões de
kwanzas correspondentes a 0,003% do PIB.
Desde 2018 que a grande prioridade do OGE, continua a ser o pagamento da dívida
pública. A mesma representa cerca de 50% da actual proposta do OGE e 52% do OGE de
2021.
Quando comparado, dá a impressão que o peso da dívida pública de um ano para o outro,
reduziu em praticamente 2 p.p. Mas acontece que, se efectuarmos a análise do montante da
dívida para o ano de 2022 com a despesa global de 2021, vamos notar que o peso com as
operações da dívida é de 63%, o que representa um aumento de 1,5 biliões de kwanzas.
12
Fonte: elaboração própria
A segunda maior fatia da despesa global, vai para os serviços de soberania. Mas de
acordo como foi desenvolvido no relatório de fundamentação, a segunda maior fatia é
dirigida ao sector social, isto porque o Governo dentro dos serviços de soberania, extrair
os serviços públicos gerais dando a impressão que, depois dos serviços da dívida, o sector
social aparece como a segunda prioridade com cerca de 19% da despesa global.
• Global
• Fiscal
13
4. CONSTITUIÇÃO ECONÔMICA
1
Constituição Económica Português, Coimbra; Almedina, 1993, p.16
14
intelectual prevista no artigo 42º do CRA, também inscrito no Capítulo II; o direito do
trabalho e os direitos do consumidor previstos respectivamente nos artigos 76º e 78º da
CRA e ambos inscritos no Capítulo III sobre direitos e deveres económicos, sociais e
culturais.
O título III relativo a organização económica, financeira e fiscal, dedica 16 artigos com
disposições referentes a organização económica (do artigo 89º ao artigo 104º).
A partir do artigo supracitado, podemos inferir que o Estado Angolano exerce a sua função
coordenadora da economia (intervenção indirecta), garantindo a liberdade económica em
relação aos agentes económicos (privados e estatais) de forma autónoma e gestionária
(Ferreira, 2001, p. 295 à 330; Franco, 1983, p. 295 e seguintes).
O Estado, através dos princípios jurídicos gerais, ordena a actividade económica aplicando
o direito.
15
É entendimento pacífico, a luz da doutrina, que a constituição económica consagra os
princípios programáticos que presidem as formas e o regime de intervenção do Estado na
economia numa perspectiva relativa ou absoluta; por isso, a constituição económica “
disciplina juridicamente os regimes económicos (relações concretas entre o poder e a
economia), admitindo margens de variação discricionária, em função da livre decisão dos
órgãos do Estado” (Franco; Martins, 1993, p. 217).
16
Orçamento geral do Estado unitário, estimando receitas por obter e fixando os limites de
despesas autorizadas em cada ano fiscal para todos os serviços, institutos públicos, fundos
autónomos e segurança social, autarquias locais, de modo que a sua elaboração obedeça o
princípio de financiamento de todas as despesas previstas; sendo as regras da sua
preparação, elaboração, apresentação, adaptação execução, fiscalização e controlo
plasmadas em lei própria, obedecendo aos princípios de transparência, boa governação,
sendo o mesmo (orçamento geral do Estado) fiscalizado pela Assembleia Nacional e pelo
tribunal de contas nos moldes a definir em lei própria (números 1,2,3 e 4 do artigo 104º).
6.2 Confiscos
Alguns autores (Guerra, 1994, p. 53) advogam que não é pacífico aflorar os confiscos em
sede do direito da economia; porquanto, até a doutrina do direito da economia de diversos
países, (por exemplo Portugal e França) apenas trata das nacionalizações, remetendo os
confiscos para o objecto de estudo do Direito Penal Economico. (Costa, 2003).
17
6.3 Privatizações
18
Órgãos de soberania;
Instituições públicas e privadas;
Província, Município e Comunas.
6.5 Nacionalizações
19
7. O ESTADO REGULADOR DA ECONOMIA
A privatização, nem sempre é pacífica, tao pouco simples: visto que obedece um quadro
complexo, acrescido a diversos actos (jurídico-formais) que devem ser enquadrados e
imbricados devidamente. A respeito do tema, em análise, o ilustre Doutor Luís Morais,
ensina: “ Esses processos compreendem um sucesso complexo de actos políticos (com
relevância jurídica), de actos jurídicos formais e múltiplas etapas temporalmente, embora
encadeadas. ” (Morais, 19995, p. 4).
7.1 Reprivatizações
20
e) O bem a transferir ou transferido para o sector privado, típico ou normal já
pertencer, anteriormente, ao sector privado típico ou normal; esta constitui a
condição sine-qua-non da existência da reprivatização; (Otero, 1999, p. 24).
Os adquirentes dos bens a bens “ reprivatizar”, nem sempre integram o sector privado
típico ou normal; surgindo, deste modo, o cenário de reprivatizações imperfeitas. (Otero,
1999, p. 20).
21
CONCLUSÃO
22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CRUZ, Rui, Estudos Fiscais, Livraria Chá de Caxinde, Luanda, Novembro de 2001.
FEIJO, Carlos Maria, O novo direito da económia angolana- Legislação Básica, Janeiro
2005.
Ovidio Pahula, (2010). A Evolução da Constituição Económica Angolana, Casa das Ideias;
23
RELATÓRIO ECONÓMICO DE ANGOLA 2019/2020 – UNIVERSIDADE CATOLICA
DE ANGOLA- Centro de Estudos e Investigação Cientifica.
24