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Gimnospermas

As gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; e sperma: 'semente') são plantas terrestres que vivem,
preferencialmente, em ambientes de clima frio ou temperado. Nesse grupo incluem-se plantas como pinheiros, as
sequóias e os ciprestes.

As gimnospermas possuem raízes, caule, folhas e sementes. Possuem também ramos reprodutivos com folhas
modificadas chamadas estróbilos. Em muitas gimnospermas, como os pinheiros e as sequóias, os estróbilos são bem
desenvolvidos e conhecidos como cones - o que lhes confere a classificação no grupo das coníferas.

Há produção de sementes: elas se originam nos estróbilos. No entanto, as gimnospermas não produzem frutos.
Suas sementes são "nuas", ou seja, não ficam encerradas em frutos.
Características

• Tem raiz, caule, folhas, estróbilos e sementes;


• Não apresentam frutos;
• Podem existir plantas que são femininas e masculinas ao mesmo tempo, chamadas de monóicas (Pinus sp.), e
as que têm sexos separados, que são chamadas de dióicas (araucárias);
• Apresentam vasos condutores;
• Suas sementes são nuas. As gimnospermas marcam evolutivamente o aparecimento das sementes como
consequência da heteroporia, que é a produção de dois tipos de esporos, um masculino e outro feminino. São plantas
traqueófitas, pelo fato de possuírem vasos condutores do tipo xilema e floema[5].Outro aspecto típico das
gimnospérmicas, principalmente das coníferas, é a produção de resina, que as protege do ataque de insetos e fungos.
Todas as plantas gimnospérmicas são terrestres, e embora apresentem tamanhos variados são sempre árvores ou
arbustos.

A semente pode ser entendida como uma espécie de "fortaleza biológica", que abriga e protege o embrião
contra desidratação, calor, frio e ação de certos parasitas. Além disso, as sementes armazenam reservas nutritivas,
que alimentam o embrião e garantem o seu desenvolvimento até que as primeiras folhas sejam formadas. A partir daí,
a nova planta fabrica seu próprio alimento pela fotossíntese.

O grão-de-pólen e o óvulo:

Reprodução – Polinização:
No grupo das gimnospermas estão as divisões Coniferophyta (coníferas), Cycadophyt (cicadófitas ou cicadáceas)
– com o gênero Cycas, cujas folhas são semelhantes às de uma palmeira -, Gnetophyta (gnetófitas) – com o gênero
Ephedra, do qual se extrai a efedrina,
alcalóide usados em casos de asma, enfisema e outras doenças – e Ginkgophyta (gincófitas) – com apenas uma
espécie viva, a Ginkgo biloba, da qual se extrai um fitoterápico.
Usaremos como referência as coníferas, como o pinheiroeuropeu, o pinheiro-do-paraná ou
araucária, o cipreste, o cedroverdadeiro e a sequóia.
O pinheiro é muito explorado para extração de madeira (para a produção de papel) e de resinas, usadas na
produção de solventes (como a terebintina) e de verniz. Sua semente, o pinhão, é aproveitada como alimento por
alguns mamíferos (incluindo o ser humano) e algumas
aves.
A planta (esporófito) possui feixes de folhas longas em formas de agulhas (aciculadas), destinadas à
fotossíntese, e folhas reprodutoras, em cuja superfície se formam as sementes. Essas folhas apresentam a forma de
escamas e, em geral, estão reunidas em estruturas que, embora chamadas de flores rudimentares, recebem a
denominação científica de estróbilos ou cones (daí o nome de coníferas).

Reprodução [1]:
As folhas reprodutoras produzem dois tipos de esporos: micrósporo ou andrósporo (andro = masculino) e
megásporos ou ginósporos (gino = feminino); por isso há dois tipos de gametófitos: o masculino, originado do
micrósporo e que se chama grão de pólen, e o feminino, originado do megásporo. Esses gametófitos são reduzidos e
crescem dentro do esporófito.
No cone masculino há folhas modificadas em escamas com cápsulas, os microsporângios, nas quais células-mãe
dos esporos (diplóides) sofrem meiose e formam micrósporos haplóides. Estes sofrem duas mitoses e originam os
grãos de pólen, com duas células: a célula do tubo ou vegetativa, que formará o tubo polínico, e a célula geradora,
germitativa ou núcleo reprodutor. Em volta do grão de pólen de algumas espécies, há uma parede protetora com duas
expansões laterais em forma de asa.
Os grãos de pólen são eliminados e arrastados pelo vento (polinização) graças às “asas” que possuem. Alguns
atingirão o cone feminino; a grande produção de grãos de pólen compensa a perda que ocorre com o transporte pelo
vento.
Nos cones femininos as folhas modificadas em escamas contêm megasporângios ou óvulos, que possui uma
abertura, a micrópila (enquanto nos animais o óvulo corresponde ao gameta feminino, nos vegetais ele é uma cápsula
que contém esporos e, depois, o gameta feminino (oosfera), além de outras células). No óvulo há uma célula mãe de
esporos, que sofrem meiose e origina quatro células haplóides, das quais três degeneram. A que resta é o megásporo,
cujo núcleo sofre mitoses e origina uma massa com cerca de 2 mil núcleos, que corresponde ao gametófito feminino.
Nessa massa surgem dois ou mais arquegônios, cada um com uma oosfera.
Os grãos de pólen chegam aos óvulos, começam a geminar e formam o tubo polínico, que cresce em direção ao
arquegônio (o crescimento do tubo polínico torna a fecundação independente da água e é um fator importante na
conquista do meio terrestre pelas gimnospermas). No interior do tubo, a célula geradora produz dois núcleos
espermáticos ou células espermáticas, que funcionam como gametas masculinos. Um deles se une à oosfera e forma-
se o zigoto. Após a fecundação o zigoto sofre mitoses e o óvulo transforma-se em semente, que contém o embrião do
esporófito. As sementes também ajudam na adaptação à vida terrestre, pois protegem o embrião contra a perda de
água. Em condições favoráveis, elas germinam e o embrião forma um novo esporófito.
O embrião fica no meio de um tecido haplóide formado a partir de restos do gametófito e que serve de reserva
de alimento. As escamas com sementes formam o pinhão e o cone, depois de fecundado, é chamado de pinha.
O tubo polínico é um crescimento celular do grão de pólen em direção ao óvulo, que possibilita a fecundação nas
plantas espermatófitas.
O grão de pólen possui 2 ou mais células em seu interior, uma delas destinada à fecundação do óvulo. No
entanto, como os grãos são revestidos por uma cobertura resistente, a única maneira do núcleo espermático atingir o
óvulo é através do tubo polínico.
Ao entrar em contato com a superfície do óvulo (em Gimnospermas) ou do estigma (em Angiospermas), as
células do pólen saem de um estágio de dormência e começam a crescer pelos poros ou fendas do grão de pólen em
direção ao óvulo. As células germinativas do pólen secretam enzimas que rompem os tecidos e possibilitam o
crescimento do tubo polínico, que carrega consigo o núcleo espermático.

Reprodução [2]:
Quando maduros, os cones masculinos liberam micrósporos (esporos pequenos) chamados de Grãos de Pólen,
já os cones femininos megásporos (esporos grandes) dentro do óvulo.
Ao chegar nos cones femininos os micrósporos germinam e formam o tubo polímico, onde forma os gametas
masculinos, denominados núcleos espermáticos. Ao mesmo tempo no interior do óvulo o megásporo germina e
forma o arquegônio (estrutura com os gametas femininos chamado oosfera) onde ocorre à fecundação formando o
zigoto.
Ao final do processo o óvulo transforma-se em semente. Cada semente contém um embrião (originado do
zigoto) e um endosperma primário (tecido haplóide (n)) rico em reservas que nutrem o embrião.
Após a germinação o embrião forma uma nova planta, chamada esporo-fito. O esporófito produz
micrósporos e megásporos que completam o ciclo de reprodução.

REPRODUÇÃO EM GIMNOSPERMAS [3]


Microstróbilo: é o eixo ao qual se prendem os microsporófilos, folhas modificadas que sustentam
microsporângios (estruturas produtoras de microsporos). Os microsporos irão se desenvolver em grãos de pólen
(microgametófitos). Muitas células diplóides (2n) de diferenciam no interior do microsporângio e, ao sofrerem divisões
reducionais (meiose), originam uma tétrade tetraédrica de microsporos (n) unicelulares. Esses microsporos, ao se
desenvolverem, sofrem divisões equacionais, originando uma estrutura no mínimo bicelular, o grão de pólen
(microfito).
Megastróbilos: São diferentes para os diversos grupos: Em Cycadopsida são simples (Dioon, Zamia e
Welwitschia) ou estão ausentes (Cycas: nesse caso, os macrosporófilos são claramente foliares e estão na porção
terminal do caule, portando de 5 a 8 óvulos). Em Ginkgopsida os megastróbilos são pequenos, com poucos óvulos. Em
Pinopsida, são compostos, constituídos de um eixo caulinar sustentando dois tipos de escamas: a escama ovulífera,
que contém o óvulo e a escama bracteal, que a sustenta. O óvulo das gimnospermas constitue-se de um
megasporângio (nucelo), envolvido por um tegumento e possue uma abertura, a micrópila, pela qual penetrarão os
microsporos, tipicamente dispersos pelo vento nas gimnospermas. Por outro lado, dentro do macrosporângio, uma
célula diplóide (2n) irá sofrer meiose, originando uma tétrade linear de megásporos, dos quais apenas um se
desenvolve, tornando-se um megagametófito (macrogametófito); os outros 3 macrosporos se degeneram. Durante o
desenvolvimento do megagametófito, ocorre uma série de divisões nucleares, seguida da formação de paredes, da
periferia para o centro. Algumas células, próximas à micrópila, originam os arquegônios (gametângios femininos), que
podem ser 2 ou mais e contêm a oosfera. A semente madura mantém o tegumento do óvulo, que dá origem à testa.
Internamente a ele, observa-se uma fina camada, formada por restos de macrosporângio, que circunda o
macrogametófito e serve de reserva alimentar para o embrião. Em gimnospermas relativamente primitivas, da Classe
Cycadopsida (Cycas, Encephalartus, Zamia, etc.), os microsporos trazidos pelo vento se fixam numa gota secretada
nas proximidades da micrópila, sendo retraídos, com a evaporação para o interior, até uma câmara polínica, existente
no ápice do macrogametófito (formado a partir do macrosporo, dentro do gametângio), que possue no ápice vários
arquegônios; cada um contendo uma grande oosfera (gameta feminino); abaixo da câmara polínica, forma-se uma
câmara arquegonial, com um conteúdo líquido. Os microsporos que estavam na câmara polínica germinam, formando
microgametófitos, em forma de tubo, contendo nas extremidades anterozóides, que irão nadar na câmara
arquegonial, até alcançar os arquegônios. Seguindo a evolução, aparecem as Pinopsida (Pinus, Araucaria, etc.), com
formação de tubos polínicos, que crescem diretamente até o arquegônio, deixando aí os gametas masculinos, não
mais flagelados, pois cessa a dependência da água. Esse processo é chamado sifonogamia. O embrião das
gimnospermas se desenvolve às custas do tecido do macrófito circundante.

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