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Reprodução nos Seres Vivos

Nas múltiplas espécies que povoam o nosso planeta, a duração de vida dos
indivíduos é muito diversa mas sempre limitada.
A continuidade da Vida é assegurada pela Reprodução, conjunto de processos pelos quais
os seres vivos originam novos indivíduos idênticos a si próprios.
Cada indivíduo é, desse modo, o elo na sucessão das gerações visto que, ao se reproduzir,
permite a continuidade da espécie a que pertence.
Os processos de reprodução são muito variados:

Reprodução Assexuada Reprodução Sexuada

• Existe um único progenitor que se divide por mitose • Existem dois progenitores que produzem células
e pode originar, num curto intervalo de tempo, um sexuais – gâmetas – que se unem, dando origem a
grande número de descendentes um ovo ou zigoto

• Os descendentes são exactamente iguais entre si • Os descendentes apresentam características dos


pelo que denominam de clones dois progenitores

• Podem, no entanto, ocorrer mutações espontâneas • Processo associado a um elevado dispêndio


que originam variações nos descendentes energético

Apesar da reprodução assumir aspectos muito diversificados, ela é sempre baseada na divisão celular e na capacidade
de replicação do DNA, garantindo a passagem de informação genética ao longo das sucessivas gerações.
Reprodução Assexuada

Os indivíduos das sucessivas gerações apresentam uma uniformidade da informação


genética
Reprodução Assexuada
Ocorre nos seres procariontes, na maioria dos seres eucariontes unicelulares e em muitos
seres eucariontes pluricelulares
Reprodução Assexuada
Bipartição/Cissiparidade/Divisão Simples/Divisão Binária

 uma célula ou um indivíduo divide-se em dois, semelhantes, que depois vão crescer até atingirem o
tamanho do progenitor

http://www.youtube.com/watch?v=yiA-rHx0xGI

Divisão de Bactérias Divisão na Paramécia

 é frequente nos seres unicelulares, embora também possa ocorrer em


seres pluricelulares

http://www.youtube.com/watch?v=LwBc5bK4BUQ
http://www.youtube.com/watch?v=0L_mJoG4nts
http://www.youtube.com/watch?v=wiyPRZRRCuA

Divisão na Planária
Gemulação/Gemiparidade

na superfície da célula ou de um indivíduo forma-se uma dilatação – gomo ou gema –

ao separar-se, o gomo dá origem ao novo indivíduo, geralmente de menor tamanho que o progenitor

ocorre em seres unicelulares e pluricelulares (esponja…), assim como em plantas superiores

Levedura Hidra Anémona-do-mar

Plantas Superiores
Esporulação

 os esporos são células reprodutoras assexuadas

 o órgão que o produz é o esporângio

 é muito frequente nos fungos, onde os esporângios se formam em filamentos especializados – hifas –,
nas algas, musgos, fetos, bactérias…

Feto Bolor do Pão

Cogumelo
Fragmentação

 obtêm-se vários indivíduos a partir a partir da regeneração de fragmentos de um indivíduo progenitor

 ocorre em alguns animais pouco diferenciados (planária, minhoca, pólipos, alforreca, anémona…) e em
algas

Estrela-do-Mar

Espirogira
Divisão Múltipla/Pluripartição/Esquizogonia

 o núcleo da célula-mãe divide-se em vários núcleos

 cada núcleo rodeia-se de uma porção de citoplasma e de uma membrana, dando origem às células-
filhas que são libertadas quando a membrana da célula-mãe se rompe

 ocorre em protozoários e em alguns fungos


Divisão no Tripanossoma
Partenogénese

 desenvolve-se um indivíduo a partir de um óvulo não fecundado

 ocorre nas abelhas e nos pulgões mas também em alguns peixes, anfíbios e répteis
http://www.youtube.com/watch?v=b7UFjsAYr3Y
Cientistas demonstraram pela primeira vez a existência de uma quimera humana: um garoto de três
anos e meio que tem células com origens genéticas diferentes. Algumas vêm apenas da mãe, e
outras são resultado de fecundação entre óvulo e espermatozoide.
Todas as células costumam ser resultado da fusão de óvulo e espermatozoide. Na quimera,
condição raríssima em mamíferos, ocorre mistura, num só organismo, de células de diferentes
origens.
"O primeiro caso desse tipo (em seres humanos) é descrito por Lisa Strain e seus colegas", diz o
cientista M. Azim Surani em comentário na última edição da revista "Nature Genetics.
Ele também começou a ser formado antes mesmo da entrada do espermatozoide no óvulo, por
meio de um mecanismo conhecido como auto-ativação.
Esse mecanismo acontece num tipo de reprodução chamado partenogénese - ou reprodução sem
sexo -, usado pelas abelhas-rainhas para produzir as operárias sem a participação do zangão.
Por isso, os cientistas britânicos dizem na "Nature Genetics" que F.D. é um caso único do que
chamam "quimera partenogenética".
Devido à mistura celular, o garoto possui, por exemplo, células sanguíneas com o mesmo material
genético da mãe, mas seus tendões têm células que mesclam material genético da mãe e do pai.
Segundo a equipe de Strain, o lado direito do rosto de F.D. é normal. Mas o lado esquerdo é
deformado e assimétrico. Os cientistas dizem que ele parece ser canhoto.
Nascido de parto normal, o menino também demonstra ter um comportamento agressivo e
dificuldades de aprendizado.
Os pesquisadores só conseguiram identificar a condição porque o garoto foi descrito como um caso
de reversão de sexo: é um menino, mas células suas têm cromossomas sexuais femininos.
Os cientistas concluíram que o garoto só pode ter células com carga genética apenas materna se
houver ocorrido a partenogénese.
Partenogénese: Tubarão fêmea virgem dá à luz
Investigadores norte-americanos confirmaram um segundo caso de reprodução de tubarões por partenogénese, ou
seja, sem a participação de um macho, segundo um estudo publicado numa revista especializada em biologia
marinha.

Dermian Chapman, biólogo perito em tubarões no Instituto da Ciência de Protecção dos Oceanos da Universidade
Stony Brook, de Nova Iorque, e principal autor deste trabalho, provou com um teste de ADN que a cria de um tubarão
fêmea não continha material genético de um pai.

A fêmea é da espécie Carcharhinus limbatus, ou tubarão-de-pontas-negras. Vive há oito anos no aquário de Norfolk
Canyon, na Virgínia, onde foi colocada pouco depois de ter nascido no oceano, e nunca teve contacto com machos.
Este é o segundo caso de partenogénese observado até agora em tubarões, tendo o primeiro sido descoberto pela
equipa do mesmo biólogo no aquário do zoo de Omaha (Nebraska) numa fêmea de tubarão-martelo.

"É agora claro que a partenogénese acontece em várias espécies de tubarões", sublinha Chapman num comunicado.
"O primeiro caso de nascimento virgem em Maio de 2007 não foi um acaso e é possível que este fenómeno se
produza por vezes em numerosas espécies de tubarões".

"É possível que a partenogénese se torne mais frequente entre os tubarões se a densidade da sua população baixar
demasiado, fazendo com que as fêmeas tenham mais dificuldade em encontrar machos", segundo o biólogo
Mahmood Shivji, da Universidade Nova Southeastern, na Florida, outro dos autores deste estudo publicado no
Journal of Fish Biology.

As populações destes tubarões diminuíram muito nos últimos 20 anos devido ao


excesso de pesca, sobretudo para satisfazer a procura de barbatanas de tubarão
Multiplicação Vegetativa (ocorre só nas plantas)
Natural
Folhas – desenvolvem-se umas formações nas margens das folhas, cada uma delas é uma plântula
em miniatura que cai no solo, dando origem a uma nova planta.

Folha de Kalanchoe

Estolhos – são caules prostrados que se desenvolvem a partir do caule principal, dando origem a
novas plântulas que desenvolvem as suas próprias raízes e folhas

Morangueiro
Rizomas – são caules subterrâneos alongados e ricos em substâncias de reserva, que permitem à
planta sobreviver em condições desfavoráveis e que originam gemas que se diferenciam em novas
plantas

Feto

Tubérculos – são caules subterrâneos ricos em substâncias de reserva que possuem gomos com
capacidade germinativa, os quais dão origem a novas plantas

Batateira

Bolbos – são caules subterrâneos que possuem um gomo terminal rodeado por camadas de folhas
carnudas, ricas em substâncias de reserva; formam-se gomos laterais que se rodeiam de novas
folhas, originando novas plantas

Cebola
Multiplicação Vegetativa (ocorre só nas plantas)
Artificial

Estaca

Mergulhia Alporquia
Enxertia

Por Garfo Por Encosto

Por Borbulha
Micropropagação vegetativa
Micropropagação vegetativa

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