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05-12-23
Índice
1 Sumário Analitico...............................................................................................................................................
2 Objetivos.............................................................................................................................................................
3 Fundamentos teóricos.........................................................................................................................................
3.1 Espermatogênese.......................................................................................................................................
3.2 Oogênese....................................................................................................................................................
4 Protocolo.............................................................................................................................................................
4.1 Material......................................................................................................................................................
4.1.1 Material biológico.............................................................................................................................
4.1.2 Material laboratorial genérico...........................................................................................................
4.2 Procedimento.............................................................................................................................................
4.3 Montagem..................................................................................................................................................
5 Resultados...........................................................................................................................................................
5.1 Observação de preparações definitivas de cortes histológicos de ovários humanos.................................
5.2 Observação de preparações definitivas de cortes histológicos de testículos humanos..............................
5.3 Observação de preparações definitivas de gametas humanos...................................................................
6 Discussão............................................................................................................................................................
6.1 Observação de preparações definitivas de cortes histológicos de ovários humanos.................................
6.2 Observação de preparações definitivas de cortes histológicos de testículos humanos..............................
6.3 Observação de preparações definitivas de gametas humanos...................................................................
7 Conclusão...........................................................................................................................................................
8 Referências Bibliográficas..................................................................................................................................
9 Anexos................................................................................................................................................................
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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MICHEL GIACOMETTI
1 Sumário Analitico
Esta atividade laboratorial, tendo como objetivos a observação microscópica e identificação, de
forma justificada, de estruturas das gónadas e de gâmetas do sistema reprodutor masculino
(testículos e espermatozóides, respectivamente) e feminino (ovários e ovócitos, respectivamente.),
realizou-se a observação, em diferentes ampliações, de preparações definitivas de testículos, ovários
e esperma através do Microscópio óptico composto (MOC), identificando cada estrutura de forma
justificada, realizando um esquema em folha de papel. Deste modo, com recurso ao MOC foi
possível atingir os objetivos propostos,conseguindo-se observar e identificar de forma justificada a
maioria das estruturas observadas, como a constituição dos testículos, dos ovários e os gametas
humanos.
2 Objetivos
Observação microscópica e identificação, de forma justificada, de estruturas das gónadas e de
gâmetas do sistema reprodutor masculino (testículos e espermatozóides, respectivamente) e
feminino (ovários e ovócitos, respectivamente).
3 Fundamentos teóricos
Ao longo dos tempos, a continuidade da vida na Terra tem sido assegurada por processos biológicos
como a reprodução sexuada e assexuada. No caso dos seres humanos, a reprodução ocorre
exclusivamente de forma sexuada. A reprodução permite a transmissão de genes ao longo de
gerações e, consequentemente, permite que a espécie se prolongue para além da esperança média de
vida de cada indivíduo
A espécie humana é gonocórica já que apresenta um evidente dimorfismo sexual exibindo os sexos
de forma separada (sexo masculino e sexo feminino). Nesse sentido, verifica-se a existência de dois
gêneros que apresentam diferentes características ao nível dos órgãos sexuais sendo facilmente
distinguidos através dos caracteres sexuais primários e mais tarde através das suas características
sexuais secundárias.
Nos seres humanos, apenas é atingida a maturidade sexual a partir da puberdade. Esta, permite que
o homem e a mulher se tornem capazes de formar gametas funcionais, bem como criar as condições
necessárias para a reunião destes e consequente desenvolvimento do novo ser gerado. Após o
nascimento, o indivíduo passa por uma fase de desenvolvimento, em que os órgãos sexuais não se
desenvolvem. Chegando à puberdade os órgãos sexuais maturam e iniciam a produção de gâmetas,
através dos quais é possível a transmissão do genoma. Desse modo, a reprodução nos humanos
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requer a união dos gametas (masculino e feminino), para que possa ocorrer a formação de um
ovo/zigoto que, por sucessivas divisões mitóticas origina um embrião que se desenvolve no útero
materno.
É nos testículos e nos ovários que ocorre a gametogênese (conjunto de processos ao nível das
células germinativas e que levam à formação de gametas). Os gametas masculinos denominam-se
espermatozóides e são produzidos nos testículos (gônadas masculina). Os gametas femininos são os
oócitos de II e são produzidos nos ovários (gônadas femininas). No caso dos espermatozóides, o
processo denomina-se de espermatogênese. No caso dos oócitos, o processo denomina-se de
oogênese.
3.1 Espermatogênese
A espermatogênese é o processo de formação de espermatozóides maduros. Inicia-se na puberdade
e ocorre, de forma contínua, durante todo o resto da vida do homem, que dura cerca de 64 dias,
formando milhões de espermatozóides por dia.
A espermatogênese ocorre nas gônadas masculinas, os testículos. Os testículos são órgãos ovóides,
aumentam até 500% face ao tamanho que tinham durante a fase infantil e situam-se na bolsa
escrotal localizada no exterior do abdómen. Os testículos são formados por lóbulos testiculares
(septos radiais, que separam o interior do testículo em cerca de 200 a 300 compartimentos) e dentro
de cada lóbulo testicular existem túbulos seminíferos (um a quatro túbulos muito enrolados) e
células de Leydig (células intersticiais), responsáveis pela produção de testosterona e estimulação
da espermatogênese. Dentro dos túbulos seminíferos pode-se identificar diferentes estruturas, como
as células de Sertoli,que auxiliam no processo de maturação das células germinativas e as diversas
fases da espermatogênese.
● Fase de Multiplicação
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As espermatogônias (células germinativas que irão dar origem aos espermatozoides) estão
localizadas na periferia dos tubos seminíferos. Desde a puberdade, estas células entram em
multiplicação constante, dividindo-se por mitoses sucessivas.
● Fase de Crescimento
As espermatogônias aumentam de volume, devido à síntese e acumulação de substâncias de
reserva, originando os espermatócitos I.
● Fase de Maturação
Cada espermatócito I divide-se por meiose. Da primeira divisão meiótica, resultam dois
espermatócitos II. Nos espermatócitos II ocorre a segunda divisão meiótica, originando-se, assim,
quatro espermatídeos.
Na fase final da diferenciação os espermatozóides são libertados para o lúmen dos túbulos
seminíferos, onde são encaminhados para o epidídimos onde terminam a sua maturação, tornando-
se móveis. Ficam armazenados nos epidídimos até ao momento da ejaculação. No momento da
ejaculação os espermatozóides misturam-se com o líquido seminal e o líquido prostático, formando
o esperma.
Num espermatozóide é possível identificar-se a cabeça, o segmento intermédio e a cauda/flagelo. A
cabeça é quase toda constituída pelo núcleo haplonte e o acrossoma, uma estrutura resultante da
fusão de vesículas do complexo de Golgi que contém enzimas hidrolíticas que permite penetrar o
gameta feminino. O segmento intermédio contém mitocôndrias, que fornecem a energia para o
movimento do espermatozóide, proporcionado através do flagelo.
3.2 Oogênese
A oogênese é o processo de formação de oócitos II. Ao contrário da espermatogênese, que se inicia
durante a puberdade, a oogênese inicia-se antes do nascimento, durante o desenvolvimento
embrionário da mulher, terminado durante a menopausa. A oogênese ocorre nos ovários, órgãos que
se localizam na zona pélvica da cavidade abdominal, um de cada lado do útero e que se mantêm na
sua posição graças a ligamentos. O ovário humano divide-se em duas zonas: zona medular (zona
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mais interna, constituída por um tecido com inúmeros vasos sanguíneos e nervosos) e a zona
cortical (zona mais superficial que compreende estruturas denominadas de folículos ováricos, que
se apresentam em diferentes estádios de desenvolvimento). A evolução dos folículos ováricos e a
oogênese são fenômenos que ocorrem simultaneamente, ou seja, a oogênese é acompanhada pela
maturação dos folículos.
Os folículos ováricos são formados por uma célula germinativa, que irá dar origem ao gameta,
rodeada por camadas de células foliculares, que alimentam e protegem a célula germinativa ao
longo do seu desenvolvimento. Cada folículo demora cerca de 4 meses até atingir a fase madura. Os
folículos podem ser classificados de acordo ao seu estado de amadurecimento:
● Folículo primordial
É constituído por uma célula germinativa (oócito) rodeada de células foliculares achatadas. Aos
cinco meses, o feto feminino possui nos ovários milhões deste folículos, mas cerca de 400 mil se
mantém nos ovários durante o nascimento.
● Folículo primário
Uma vez por mês, a partir da puberdade, um folículo primordial começa a crescer dentro de um dos
ovários. O oócito I aumenta de volume e verifica-se uma proliferação das células foliculares, até
formarem uma camada contínua de células, que adquirem uma forma cúbica. O folículo é rodeado
por uma camada de células do estroma de tecido conjuntivo (estroma da zona cortical do ovário).
● Folículo secundário
Verifica-se um crescimento do folículo primário, devido ao aumento do oócito I e à proliferação das
células foliculares que originam uma camada espessa - a camada granulosa. Entre o oócito I e a
camada granulosa forma-se uma camada acelular, constituída por substâncias orgânicas (camada
glicoproteica), denominada de zona pelúcida. Surge ainda a teca, camada de células alongadas do
tecido conjuntivo (estroma da zona cortical do ovário) que rodeia o folículo.
● Folículo terciário
O oócito continua a aumentar de tamanho e as células da camada granulosa continuam a proliferar.
Nesta fase, o folículo começa a apresentar várias cavidades preenchidas de líquido denominadas de
antros. A camada da Teca é dividida em teca externa, de estrutura fibrosa e teca interna, altamente
vascularizada de células secretoras.
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lúteo.
A oogênese divide-se em quatro fases que duram desde antes do nascimento, apesar de apenas na
puberdade se começar a produzir gametas:
● Fase de Multiplicação
Durante o desenvolvimento embrionário, as células germinativas dividem-se por mitoses
sucessivas, produzindo-se oogônias (2n). Ocorre durante o desenvolvimento embrionário,
formando-se milhões de oogônias. Uma grande parte dessas oogônias degenera, não se verificando
nova produção, ou seja, durante esta fase formam-se todas as oogônias que eventualmente a mulher
libertará sobre a forma de oócitos II.
● Fase de Crescimento
As oogônias aumentam de volume com a síntese e armazenamento de substâncias de reserva,
originando os oócitos I (2n), que se rodeiam por células foliculares, originando o folículo
primordial. Os oócitos I iniciam a primeira divisão meiótica que se interrompe em prófase I. Como
este processo ainda ocorre durante o desenvolvimento embrionário, muitos oócitos I acabam por
degenerar.
● Fase de Repouso
Os folículos primordiais que contêm o oócito I em prófase I permanecem em repouso até atingir a
puberdade. Nessa fase, maior parte dos folículos primordiais degenera.
● Fase de Maturação
A partir da puberdade retoma-se a meiose, com o começo dos ciclos ováricos. Em cada ciclo
ovárico, em norma, apenas um oócito I completa a primeira divisão meiótica, constituindo-se duas
células haplóides (n) de dimensões distintas, já que a divisão do citoplasma não é feita de forma
igual, isto é, o citoplasma divide-se por gemiparidade. A células de maiores dimensões denomina-se
de oócito II; A célula de menores dimensões denomina-se de primeiro glóbulo polar. O oócito II
inicia a segunda fase da meiose até à metafase II. O folículo de Graaf posiciona-se junto da parede
do ovário e liberta o oócito II para o exterior deste órgão (ovulação). O oócito II é captado pelas
trompas de Falópio que o direcionam para o útero. Se a fecundação ocorrer, o oócito II termina a
meiose II formando o óvulo e o segundo glóbulo polar que degenera. Se não ocorrer fecundação, o
oócito II é eliminado
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Fig. 3- Esquema representativo dos ovários
4 Protocolo
4.1 Material
4.2 Procedimento
Ajuste do MOC:
-Passo 1: Através da observação pela ocular, escolheu-se a orientação do espelho que melhor
permitia a observação das estruturas, verificando-se também se o diafragma estava bem aberto.
-Passo 2: Utilizando os parafusos macrométricos e os parafusos micrométricos, ajeitou-se a altura
da platina de forma a se puder observar as diferentes estruturas.
Observação e registo das estruturas observadas:
-Passo 3: Observou-se, com diferentes ampliações, cortes de testículos (túbulos seminíferos), de
ovários
(vários tipos de folículos) e de gâmetas (nos ovários e esperma).
-Passo 4: Escolheu-se as ampliações que melhor permitia representar as estrutura e o detalhe que as
permite identificar.
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-Passo 5: Representou-se, em esquemas, os vários tipos de estruturas existentes no ovário
identificando-as através de legendas, de modo a poder realizar comparações e identificar a sua
evolução.
cíclica (quando aplicável).
-Passo 6: Representou-se, em esquemas, os vários tipos de estruturas existentes no testículo e sua
disposição visível ou provável, identificando-as através de legendas.
-Passo 7: Realize descrições detalhadas das várias estruturas.
-Passo 8: Representou-se, num esquema, a observação realizada do esperma.
Discussão:
-Passo 9: Comparou-se as imagens que se observou ao microscópio com as imagens do manual e
respetivo
detalhe.
4.3 Montagem
A utilização do microscópio ótico implica vários conhecimentos e procedimentos com os quais os
alunos devem estar familiarizados.
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● O microscópio deve ser colocado em cima de uma mesa desocupada, em frente do observador e
afastado do bordo.
● Quando acabar o trabalho deve retirar a preparação e o microscópio deve ficar em posição de
funcionamento, isto é, a lente de menor ampliação deve ficar em posição de observação.
● Evite tocar nas lentes que estão nas extremidades das oculares, nas objetivas e no condensador.
● Evitar molhar M.O.C., caso aconteça, limpar imediatamente.
● Limpa as lentes do microscópio com materiais macios e em movimentos circulares.
● Guarda o M.O.C. na caixa/armário com todos os cuidados tidos no início da atividade.
5 Resultados
Para realizar as observações, foi utilizado um microscópio óptico composto, cuja ampliação da
lente ocular era 10X, e as objetivas tinham de ampliação 5X, 10X e 40X. Todas as figuras
apresentadas neste capítulo são representações das observações feitas e realizadas por cada autor
deste relatório.
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Fig. 6- Reconstituição da observação microscópica de folículos ováricos humanos. Ampliação 100x
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Na segunda focagem observou-se a presença de diversas estruturas de diferentes tamanho
espalhados ao longo do ovário. Dentro dessas estruturas realça-se a presença da estrutura F,
estrutura de maior dimensão desta figura, da estrutura D e E, estruturas de tamanho semelhante e,
novamente, a presença de estruturas C. Ao analisarmos esta figura percebemos que o ovário se
encontra dividido em duas zonas: A zona 1 (zona onde se encontram as diversas estruturas) e a zona
2.
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Fig. 9- Observação microscópica de folículos ováricos humanos. Ampliação 100x
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Fig. 10- Reconstituição da observação microscópica de folículos ováricos humanos. Ampliação
100x
Na primeira focagem, com a objetiva de menor ampliação (50X), observaram-se várias estruturas
de diversas formas e tamanhos. Além disso, observaram-se outro tipo de estruturas, isoladas das
primeiras estruturas descritas neste ponto.
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Fig.12- Observação microscópica de um testículo humano. Ampliação 400x
Na segunda focagem, com a objetiva com a maior ampliação (400X), isolou-se uma das estruturas
alongadas. Também foi possível observar as células isoladas das restantes estruturas, mencionadas
anteriormente
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Fig.14- Reconstituição da observação microscópica de um testículo humano. Ampliação 400x
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Através de uma preparação definitiva de gametas humanos e com a ampliação de 1000X, foram
observados diversas estruturas formadas por uma cauda, em que na ponta apresentava um corpo de
forma alongada. Para esta preparação foi utilizado um microscópio óptico composto (MOC)
diferente do utilizado nas restantes preparações.
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Através de uma preparação definitiva de gametas humanos e com a ampliação de 1000X,
utilizando um microscópio óptico composto (MOC) diferente do utilizado nas restantes
preparações, representou-se, em papel, as estruturas observadas. A estrutura 1 é formada por uma
cauda fina e alongada, que na sua extremidade, apresenta um corpo de forma oval, alongado, mais
escuro e mais grosso que a cauda, denominado de estrutura 2.
6 Discussão
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dirá respeito à camada granulosa, uma vez que se trata de células foliculares organizadas em
multicamadas. Através do aumento da camada granulosa e do oócito I em relação aos folículos
primordiais, podemos concluir que este folículo se trata de um folículo secundário. A existência de
uma linha mais escura (2) neste folículo, representará a zona pelúcida, o que permite inferir que esta
está numa fase de desenvolvimento, e que este folículo se encontra numa fase de transição para um
folículo terciário. Esta afirmação é corroborada também pelo início do desenvolvimento da teca (5),
onde, quando comparado com folículos terciários, esta camada se encontra ainda em
desenvolvimento.
O folículo E, representado na Figura 8, apresenta-se como sendo mais simples e muito mais
pequeno do que os três folículos terciários e do que o folículo secundário, mas maior que os
folículos primordiais. Este folículo apresenta uma estrutura redonda de cor branco rosada (1.1) que,
segundo a bibliografia consultada, será o oócito I. Além disso, existe uma estrutura de cor escura
(6) presente na periferia do oócito I que representa o núcleo do mesmo. A camada de células que
rodeiam o oócito I (3) são células foliculares da camada granulosas, uma vez que formam uma
única camada contínua em volta do oócito I e apresentam forma quadrada/arredondada. Contudo,
contrariamente aos folículos A, B, e F, o folículo E não apresenta a zona pelúcida (2), cavidades
foliculares (4) e teca (5). Logo, pela sua constituição e de acordo com a bibliografia consultada,
conclui-se que este folículo representa um folículo primário.
O folículo G, retratado na figura 10, é o folículo de maior dimensões observado. Este folículo
apresenta a estrutura (1.2), que representa o oócito II, rodeado pela zona pelúcida (2), em
semelhança aos folículos terciários. Este folículo apresenta algumas diferenças em relação aos
folículos terciários. O folículo G apresenta a coroa radiata (7), duas ou três camadas de células
foliculares iguais às células da estrutura 3 que englobam o oócito II. As estruturas 4, que
correspondem às cavidades foliculares, encontram-se unidas, formando uma cavidade/antro de
grandes dimensões. A estrutura 5, a teca, encontra-se também em grandes dimensões. Sendo assim,
segundo a bibliografia consultada, o folículo G representa um folículo maduro/de Graaf.
Ao analisarmos as figuras 5 a 10 percebemos que os ovários se dividem em duas zonas: zona 1
(periferia dos ovários) e zona 2 (lúmen dos ovários). Na zona 1 é onde se encontram os folículos,
enquanto na zona 2 se encontram vasos sanguíneos e tecidos. Sendo assim, a zona 1 corresponde à
zona cortical enquanto a zona 2 corresponde à zona medular.
Não foi possível observar o corpo amarelo, possivelmente devido à sua rápida degeneração, nem
diferenciar a teca interna da teca externa. Era necessário utilizar objetivas com maior ampliação
para conseguir observar as diferentes camadas da teca.
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Quando se isolou um tubo seminífero (Figura 12), foi possível distinguir vários tipos de células
germinativas na sua zona periférica tendo em conta a sua posição relativa e a sua variação de
tamanho. Portanto, de acordo com a bibliografia consultada, conclui-se que as estruturas (4), (5),
(6) e (7) correspondem às espermatogônias, aos espermatócitos I, aos espermatócitos II e aos
espermatídios, respectivamente. Já no centro do tubo seminífero, verifica-se a presença de
estruturas com uma cauda/flagelo. Logo, pode-se concluir que as estruturas representadas por (8)
são espermatozóides, uma vez que foi possível identificar a cauda/flagelo, e o facto de serem
encontrados no lúmen do tubo seminífero (A). Os aglomerados de células representados pelo
número (2) dizem respeito às células de Leydig (ou células intersticiais), uma vez que se localizam
no espaço intersticial dos tubos seminíferos.
Não foi possível observar com clareza algumas estruturas, nomeadamente os espermatócitos I e os
espermatócitos II, pois são muito semelhantes entre si. A identificação destes elementos foi feita
com base nos conhecimentos já adquiridos e na bibliografia consultada, através da sua posição e do
tamanho relativo de cada um no tubo seminífero. Sabendo que as espermatogônias se encontram na
periferia e que os espermatídios se encontram junto ao lúmen e têm uma estrutura alongada e que os
espermatócitos I estão mais próximos da periferia do que os espermatócitos II, fez-se uma
identificação possível para estas estruturas.
Não se observaram as células de Sertoli, pois estas estão situadas no meio das células germinativas,
não sendo possível distingui-las destas. No entanto, sabe-se que o citoplasma destas células se
estende desde a periferia até ao lúmen do tubo seminífero.
7 Conclusão
Os resultados obtidos na realização desta atividade experimental foram como o esperado. Foi
possível observar e identificar as diferentes estruturas presentes nas gônadas masculinas e
femininas. Nos ovários, foi possível ver e reconhecer as várias fases do desenvolvimento folicular,
desde o folículo primordial até ao folículo maduro. Nos testículos, foi também possível identificar
algumas das células responsáveis pelo desenvolvimento de gâmetas masculinos. O objetivo de
observar os diferentes estados de desenvolvimento dos gametas masculinos foi atingido. Para
identificarmos cada estrutura das células, baseamos-nos na posição que cada estrutura ocupava
dado que, a espermatogénese dá-se da periferia para o lúmen.
Apesar de ter sido possível atingir os objetivos colocados existiu alguma dificuldade para
identificar algumas estruturas dos tubos seminíferos (células de Leydig, células de Sertoli,
espermatócito I e II, espermatogônia, espermátides). Esta dificuldade poderá ter se originado devido
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a uma má focagem, uma fonte de luz fraca ou uma escolha de ampliação inapropriada durante a
observação das preparações.
Em suma, conseguimos então atingir o objetivo de observar e identificar de forma justificada todas
as estruturas presentes nas gônadas masculinas e femininas, conseguindo também identificar os
estados de desenvolvimento dos gametas masculinos e femininos, embora tenhamos tido mais
dificuldade na identificação das estruturas dos gâmetas masculinos, devido à ampliação limitada.
8 Referências Bibliográficas
MATIAS,Osório, MARTINS, Pedro, Bio Foco 12 parte 1, 08-2023, Areal Editores, Porto, Agosto
de 2023, páginas 6 a 16
9 Anexos
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