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Biologia

>> Observação de um corte histológico de um testículo, um corte histológico de um


ovário e sémen

Trabalho realizado por: Inês Viegas, nº 15 // 12ºC

Com a elaboração desta atividade experimental foi pretendido o seguinte:

 observação da estrutura e constituição de células das diferentes gónadas


(feminina e masculina);
 compreensão da influência das mesmas no processo de produção de gâmetas,
fundamentais à reprodução;
 compreensão e identificação dos processos de desenvolvimento e maturação
dos folículos das células do ovário, através da observação microscópica dos
mesmos.

A reprodução é essencial para a manutenção de qualquer espécie existente na Terra e


para a transmissão hereditária das várias características da mesma.

O Homem reproduz-se sexuadamente, isto é, origina descendentes pela fusão


aleatória de gâmetas femininos com gâmetas masculinos. A este fenómeno dá-se o
nome de fecundação.

Desta forma, a reprodução humana é só possível dada a existência dos aparelhos


reprodutores femininos e masculinos.

A espermatogénese é um processo de diferenciação celular responsável pela


formação de espermatozoides maduros.

Este processo ocorre nos tubos seminíferos dos testículos (gónadas masculinas que
produzem os espermatozoides e a testosterona) e compreende quatro fases:

 Fase de multiplicação: as espermatogónias (células germinativas diploides)


estão localizadas na periferia dos tubos seminíferos; estas células entram em
proliferação constante, dividindo-se através de mitoses sucessivas, a partir da
puberdade.
 Fase de crescimento: as espermatogónias aumentam de volume, devido à
síntese e acumulação de substâncias de reserva, originando espermatócitos I.
 Fase de maturação: cada espermatócito I divide-se por meiose; da primeira
divisão meiótica, resultam dois espermatócitos II com 23 cromossomas (cada
cromossoma com dois cromatídios); nos espermatócitos II, ocorre a segunda
fase da divisão meiótica, originando-se quatro espermatídeos geneticamente
diferentes.
 Fase de diferenciação (espermiogénese): os espermatídeos sofrem
transformações, como perda de grande parte do citoplasma, reorganização dos
organelos citoplasmáticos e diferenciação de um flagelo a partir dos centríolos,
transformando-se em espermatozoides.

A oogénese é um processo de produção de oócitos que ocorre nos ovários e dá-se em


simultâneo com a evolução e desenvolvimento dos folículos ováricos e ambos os
fenómenos têm início durante o desenvolvimento embrionário da mulher.

Este processo é acompanhado da maturação dos folículos ováricos, num processo que
compreende quatro fases:

 Fase de multiplicação: durante o desenvolvimento embrionário, as oogónias


(células germinativas) multiplicam-se, por mitoses sucessivas.
 Fase de crescimento: as oogónias aumentam de volume, devido à síntese e
acumulação de substâncias de reserva, originando os oócitos I. Estes iniciam a
primeira divisão meiótica, que fica bloqueada em prófase I.
 Fase de repouso: os oócitos não sofrem alterações, sendo que durante esta
fase se dá apenas a degeneração de grande parte dos folículos primordiais.
 Fase de maturação: atingida a puberdade, o desenvolvimento dos oócitos I é
retomado. O oócito, que se encontrava em prófase I, finaliza a primeira divisão
meiótica e inicia a segunda, originando duas células haploides diferentes: uma
maior, o oócito II (parado em metáfase II), e uma de menor tamanho, o 1º
glóbulo polar, que acaba por se degenerar. Caso haja fecundação, a meiose II
completa-se, formando o óvulo e o 2º glóbulo polar, que sofre também
degeneração.

Os folículos podem ser classificados de acordo com o seu estado de desenvolvimento:

 Folículo primordial: forma-se durante o desenvolvimento embrionário e é


constituído por uma célula germinativa rodeada por células foliculares
achatadas.
 Folículo primário: a partir da puberdade, um folículo primordial começa a
crescer dentro de um dos ovários. O oócito I aumenta de volume e verifica-se
uma proliferação das células foliculares, até formarem uma camada contínua.
 Folículo secundário: continua a verificar-se o crescimento do folículo devido ao
contínuo aumento do oócito I e à proliferação das células foliculares que
formam a camada granulosa. Entre o oócito I e esta camada forma-se uma
outra, acelular, constituída apenas por substâncias orgânicas, denominada zona
pelúcida. Surge, ainda, outra camada de células a rodear o folículo – a teca.
 Folículo maduro ou de Graaf: as cavidades foliculares continuam a aumentar de
tamanho até que acabam por se fundir, originando uma única cavidade
folicular. Esta cavidade fica rodeada por uma camada granulosa que inclui um
conjunto de células a rodear o já formado oócito II.

O corpo lúteo ou corpo amarelo é a massa celular resultante da evolução do folículo


após expulsar o oócito II. Para além disso, produz hormonas, principalmente
progesterona.

O sémen ou esperma é produzido pelo sistema reprodutor masculino. É constituído


por espermatozoides e por substâncias que os nutrem e que facilitam a sua
movimentação.
Figura 1 Observação de um corte histológico de uma gónada masculina ao microscópio ótico
composto, com ampliação de 100x
Tubo seminífero

Lúmen

Figura 2 Observação de um corte histológico de uma gónada masculina ao microscópio ótico


composto, com ampliação de 250x
Espermatogónias

Espermatídios

Espermatozoides

Células em meiose

Células de Leydig

Figura 3 Observação de um corte histológico de uma gónada masculina ao microscópio ótico


composto, com ampliação de 400x
espermatozoides

Figura 4 Observação do sémen ao microscópio ótico composto, com ampliação de 400x

Folículo maduro

Oócito II

Figura 5 Observação de uma gónada feminina ao microscópio ótico composto, com


ampliação de 100x
Folículos primordiais

Figura 6 Observação de uma gónada feminina ao microscópio ótico, com ampliação de 250x

Oócito

Folículo terciário

Figura 7 Observação de uma gónada feminina ao microscópio ótico composto, com


ampliação de 400x

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