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Nomes: Catarina Teixeira e Madalena Rodrigues 12ºCT6 Data: 02/12/2021

Relatório da observação de cortes histológicos de um ovário e


testículo de coelho.

Introdução:
 Espermatogénese:

A espermatogénese é o processo de formação de espermatozóides maduros, iniciando-se na


puberdade e ocorrendo, de modo contínuo, durante o resto da vida do homem. Este processo
ocorre nos tubos seminíferos dos testículos e compreende quatro fases:

 Fase de multiplicação: as espermatogónias (células germinativas) estão localizadas na


periferia dos tubos seminíferos durante o desenvolvimento embrionário e a infância.
Estas células entram em proliferação constante, dividindo-se através de mitoses
sucessivas, a partir da puberdade. As novas células formadas são diploides e metade
das espermatogónias formadas continuam a dividir-se por mitoses enquanto a outra
metade passa para a fase de crescimento.
 Fase de crescimento: as espermatogónias aumentam de volume, devido à síntese e
acumulação de substâncias de reserva, originando espermatócitos I.
 Fase de maturação: cada espermatócito I divide-se por meiose. Da primeira divisão
meiótica, resultam dois espermatócitos II. Nos espermatócitos II, ocorre a segunda
fase da divisão meiótica, originando-se quatro espermatídeos.
 Fase de diferenciação (espermiogénese): os espermatídeos sofrem transformações,
como perda de grande parte do citoplasma, reorganização dos organelos
citoplasmáticos e diferenciação de um flagelo a partir dos centríolos, transformando-
se em espermatozóides. Os espermatídios depois de formados, deslocam-se para o
lúmen dos tubos seminíferos. Nesta etapa ocorrem modificações importantes de
maneira a tornar os espermatozoides aptos para fecundar os gametas femininos.
Primeiramente o núcleo torna-se mais compacto e coberto pelo acrossoma, o
acrossoma forma-se pela fusão de vesículas do complexo de Golgi, este possui
enzimas que serão importantes no processo de fecundação. Segundamente os
centríolos dispõem se na região oposta ao acrossoma e um deles origina os
microtúbulos do flagelo. As mitocôndrias concentram-se na base do flagelo (ou
cauda).
 Oogénese:

A oogénese dá-se em simultâneo com a evolução e desenvolvimento dos folículos ováricos e


ambos os fenómenos têm início durante o desenvolvimento embrionário da mulher. Os
folículos podem ser classificados de acordo com o seu estado de desenvolvimento:

Folículo primordial: forma-se durante o desenvolvimento embrionário e é constituído por uma


célula germinativa rodeada por células foliculares achatadas. É constituído pelo oócito I e está
revestido por células foliculares.

Folículo primário: a partir da puberdade e cerca de uma vez por mês, um folículo primordial
começa a crescer dentro de um dos ovários. O oócito I aumenta de volume e verifica-se uma
proliferação das células foliculares, até formarem uma camada contínua. O folículo primordial
é formado quando o oócito I aumenta de volume.

Folículo secundário: É formado a partir do folículo primário. Continua a verificar-se o


crescimento do folículo devido ao contínuo aumento do oócito I e à proliferação das células
foliculares que formam a camada granulosa. Entre o oócito I e esta camada forma-se uma
outra, acelular, constituída apenas por substâncias orgânicas, denominada zona pelúcida.
Surge, ainda, outra camada de células a rodear o folículo – a teca.

Folículo terciário (pré-maduro): o oócito I continua a aumentar de tamanho e as células da


camada granulosa a proliferar. Dá-se a formação de cavidades na camada granulosa e a teca
diferencia-se em teca interna e externa.

Folículo maduro ou de Graaf: as cavidades foliculares continuam a aumentar de tamanho até


que acabam por se fundir, originando uma única cavidade folicular. Esta cavidade fica rodeada
por uma camada granulosa que inclui um conjunto de células a rodear o já formado oócito II.

Corpo lúteo ou amarelo: o crescimento do folículo de Graaf cause uma saliência na superfície
do ovário, que acaba por provocar a sua ruptura e libertar o oócito II – ovulação. Após a
ovulação, a parede do ovário cicatriza. As células foliculares que permaneceram no folículo
proliferam, aumentam de tamanho e adquirem função secretora e uma cor amarela, daí a
designação corpo amarelo.

A oogénese é acompanhada da maturação dos folículos ováricos, num processo que


compreende quatro fases:

 Fase de multiplicação: durante os 2º e 3ºs meses desenvolvimento embrionário, as


oogónias (células germinativas) migram para os ovários. Em seguida estas multiplicam-
se, por mitoses sucessivas.
 Fase de crescimento: as oogónias aumentam de volume, devido à síntese e
acumulação de substâncias de reserva, originando os oócitos I. Estes iniciam a
primeira divisão meiótica, que fica bloqueada em prófase I até à puberdade. Muitos
oócitos I degeneram.
 Fase de repouso: Os oócitos não sofrem alterações, sendo que durante esta fase se dá
apenas a degeneração de grande parte dos folículos primordiais.
 Fase de maturação: A partir da puberdade, e até à menopausa, o desenvolvimento
dos oócitos I é retomado. O oócito, que se encontrava em prófase I, finaliza a primeira
divisão meiótica e inicia a segunda, originando duas células haplóides diferentes: uma
maior, o oócito II (parado em metáfase II), e uma de menor tamanho, o 1º glóbulo
polar, que acaba por se degenerar. O oócito II é então libertado para as trompas de
Falópio, durante a ovulação. Caso haja fecundação, a meiose II completa-se, formando
o óvulo e o 2º glóbulo polar de dimensões muito reduzidas, que sofre também
degeneração. O óvulo é uma célula rica em substâncias nutritivas que asseguram a
alimentação do embrião nos primeiros dias de gestação. Nos ovários os oócitos são
rodeados por um invólucro de células somáticas (que os alimentam e protegem),
constituindo uma estrutura funcional denominada de folículo ovárico.

Objetivos:
 Observar a secção de testículo e ovário de coelho;
 Observar as diferentes estruturas interiores do testículo e do ovário do coelho;
 Compreender a morfologia dos testículos e dos ovários do coelho;
 Observar e identificar as diferentes fases da espermatogénese e da oogénese.
Materiais:
 Microscópio;
 Preparação definitiva de secção de testículo de coelho;
 Preparação definitiva de secção de ovário de coelho;
 Preparação definitiva de folículos ováricos.

Métodos:

1. Selecionámos a objetiva de menor aumento e baixamos a platina completamente.


2. Colocamos a lâmina com o objeto a ser visualizado sobre a platina e travamos o mesmo
com a pinça do microscópio.
3. Começamos a visualização com a objetiva de menor aumento.
4. Realizamos a focagem:

i) Primeiramente aproximamos o máximo possível a lente do objeto a ser visualizado


através do ajuste macrométrico.
ii) Olhamos através da ocular e começamos a aproximar a amostra da objetiva até
termos conseguido ter uma visualização nítida e com o ajuste micrométrico
realizamos a focagem.

5. Após a observação da preparação mudamos para objetiva seguinte e realizamos a focagem


de novo.
6. Uma vez finalizada a visualização da amostra, baixamos a platina e colocamos o revolver
na posição da menor objetiva e retiramos a lâmina da platina.

Resultados:

Preparação definitiva de secção de testículo de coelho:


(ampliação 4x) (ampliação 10x) (ampliação 40x)

Preparação definitiva de secção de ovário de coelho:

(ampliação 4x) (ampliação 10x) (ampliação 40x)

Preparação definitiva de folículos ováricos:

(ampliação 4x) (ampliação 10x) (ampliação 40x) (ampliação 100x)

Discussão:
Conclui-se desta atividade que as amostras histológicas dos testículos e dos ovários
apresentam estruturas intracelulares diferenciadas. Uma análise comparativa revela a
presença de um processo mitótico nos ovários contrariamente à amostra dos testículos. No
entanto, e embora o corte dos testículos não permita observar a ocorrência de divisões
celulares, é sabido que no homem estas ocorrem a partir da puberdade, contrariamente ao
que acontece na mulher, onde têm início na vida embrionária.

Em suma, esta atividade correu como esperado, a análise dos cortes histológicos permitiu
observar e identificar os diferentes tecidos celulares que constituem os testículos e os ovários,
que desempenham um papel decisivo no processo reprodutivo.

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