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RELATÓRIO DE Biologia

TÍTULO: Observação ao M.O.C. de Corte de Ovário ANO: 12º DATA 09 /


TURMA:1ª 01 /2023
NOME: André Gameiro e Daniel Melenas Nº 3 e 8 AVALIAÇÃO: PROF.

RESUMO
Nesta atividade laboratorial realizada ao longo das várias aulas laboratoriais no 1º Período , observámos ao
Microscópio Ótico Composto (MOC) cortes das gónadas humanas femininas e as diferentes fases da da oogénese.
Realizámos também uma pequena descrição gráfica através de um desenho, e uma legenda do mesmo.

OBJETIVO(s)
O objetivo desta experiência laboratorial foi a visualização e identificação das diferentes fases da oogénese, e das
estruturas que constituem as gónadas.

INTRODUÇÃO TEÓRICA

Neste relatório foi abordada a exploração da reprodução sexuada no ser humano. O início desta reprodução
ocorre quando um gâmeta masculino e um feminino se encontram nas trompas de Falópio da mulher. Estes
gâmetas, conhecidos respetivamente por espermatozóides e óvulo, são produzidos nas gónadas, sendo a
masculina conhecida por testículos e a feminina conhecida por ovários.
Nesta introdução teórica, vamos explorar os ovários, e o processo que ocorre nestes para originar o óvulo.

A oógenese é o processo de formação dos gâmetas femininos. Este inicia-se com a evolução dos folículos,
que tem início na fase do embrião, e acaba na menopausa.

Os ovários são glândulas com forma e tamanho de amêndoa, cerca de dois centímetros de largura e quatro de
comprimento, estão alojados na cavidade abdominal, um de cada lado do útero, e estão ligados a este por um
tecido conjuntivo chamado mesentério.. O tamanho dos ovários varia ao longo da vida, atingindo o seu
volume máximo na puberdade. Com o avanço da idade, o volume diminui, até alcançar um terço do seu
tamanho inicial na menopausa..

Os ovários possuem duas camadas:

● Medula – camada interna, constituída por tecido conjuntivo. Esta possui numerosas terminações
nervosas e uma abundante irrigação nervosa e tecido muscular.
● Córtex – camada externa, possui tecido conjuntivo, é o local onde localizam-se os folículos.

A oogénese é o processo de produção dos gâmetas femininos, oócito II. Este processo é constituído por
quatro fases:

● Fase da Multiplicação ou Proliferativa – ocorre durante a vida embrionária através de


multiplicação das oogónias (2n), por mitoses sucessivas.
● Fase de Crescimento – devido à acumulação de substâncias de reserva, as oogónias aumentam de
volume dando origem aos oócitos I ou de 1º ordem. Os oócitos I rodeiam-se por células foliculares
originando os folículos primordiais (6 a 7 milhões de folículos que, a partir dos cinco meses de
gestação, começam a degenerar, restando cerca de 2 milhões. A esta redução denomina-se por
Atresia Folicular). Estes iniciam a 1º divisão meiótica, que permanece bloqueada até à puberdade
em Prófase I.
● Fase de Repouso – fase desde o nascimento (2 milhões de folículos) até à puberdade (400 mil
folículos), em que muitos dos folículos primordiais são degenerados.
● Fase de Maturação – com o início da puberdade, começa a evolução de alguns folículos primordiais
até ao estado maduro e com ele, a evolução de oócito I, a oócito II. O oócito I que se encontrava
bloqueado na Prófase I continua a meiose, originando duas células haplóides desiguais, o oócito II
(maior) e o 1º glóbulo polar (menor).

Este processo de maturação ocorre mensalmente com a libertação do oócito II para o exterior do ovário –
Ovulação. No entanto, o oócito II, não chegou a finalizar a meiose, tendo ficado bloqueado em metáfase II. Se
não houver fecundação, o oócito é eliminado; se ocorrer fecundação, o oócito conclui a 2º divisão da meiose,
dando assim origem a duas células de diferentes tamanhos: o óvulo maduro (maior) e o 2º glóbulo polar
(menor), que acaba por degenerar.

Os folículos podem ser classificados de acordo com o seu estado de desenvolvimento, em:

● Folículos Primordiais – estes folículos são formados no decorrer da vida embrionária, sendo
constituídos por uma célula germinativa (oócito I) e rodeados por algumas células foliculares
achatadas.
● Folículos Primários – formam-se a partir da puberdade com o desenvolvimento de alguns oócitos,
aumentam de volume e obrigam as células foliculares a formarem uma camada contínua, com
aspeto de um cubo.
● Folículos Secundários – nestes folículos verifica-se o crescimento contínuo do oócito I e a
proliferação das células foliculares, originando a camada granulosa. Entre o oócito I e a camada
granulosa forma-se uma camada composta por substâncias orgânicas – a zona pelúcida - que está
entre o oócito e a camada granulosa, e é rodeada pela teca.
● Folículos Terciários – nos folículos terciários, o oócito I continua a aumentar de tamanho, as células
da camada granulosa começam a proliferar , dá-se a formação de cavidades foliculares, que estão
preenchidas por líquido, e a teca diferencia-se em duas zonas, teca interna e externa.
● Folículos de Graaf (maduros) – por fim, nos folículos de Graaf,, as cavidades foliculares continuam a
crescer e acabam por se fundir, originando apenas uma única cavidade folicular, rodeada por uma
camada granulosa, que inclui um conjunto de células a rodear o oócito II. Nestes folículos a zona
granulosa também fica menos espessa.
EXPERIMENTAÇÃO
Material: Microscópio Ótico Composto Elétrico.
Amostras permanentes fornecidas pela professora
Papel e lápis para desenhar o que foi observado

Método : 1-Ligou-se o MOC á corrente;


2-Observou-se as amostras com as diferentes ampliações;
3-Fotografou-se o que se via no MOC;
4-Desenhou-se o conteúdo das fotografias numa folha de papel branca;
5-Identificou-se e legendou-se as diferentes estruturas e células desenhadas;
RESULTADOS /Registo de observações (Parte I e Parte II)

Parte 1 (Corte de Ovário)

Imagem 1: Imagem 2:

Ampliação 75x Ampliação 150x


Folículo de Graaf Folículo secundário

Imagem 3:

Ampliação 200x
Folículo primário
DISCUSSÃO/INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Imagem 1: Na imagem 1 observamos um dos estágios do folículo na oogênese, o folículo de Graaf , este
contém cavidades foliculares na camada granulosa que continuam a aumentar de tamanho e fundem-se
numa só cheia de líquido folicular - a cavidade folicular. A cavidade folicular fica rodeada por uma fina camada
granulosa, da qual se salienta um conjunto de células que rodeiam o oócito II pronto a ser libertado . O oócito
II inicia a segunda divisão da meiose, a qual fica bloqueada em metáfase II. O glóbulo polar persiste dentro da
zona pelúcida.

Imagem 2: Na imagem 2 observamos o estágio do folículo secundário na qual o oócito continua a crescer e
as células foliculares em proliferação. Forma-se uma camada espessa de células foliculares - zona granulosa.
Entre a camada granulosa e o oócito I forma-se uma outra, de substâncias orgânicas (glicoproteínas) e sem
células (camada acelular) - zona pelúcida. A rodear o folículo surge uma outra camada de células - teca.

Imagem 3: Na imagem 3 observamos o estágio do folículo primário na qual entra em crescimento a partir da
puberdade. O oócito I aumenta de volume e as células foliculares proliferam até formarem uma camada
contínua.

Para efetuar a discussão, decidimos comparar as nossas fotografias com a fotografia de um ovário tirada da
Internet, e apontar as diferenças observadas. Na fotografia da Internet, que se encontra por cima deste texto,
consegue-se ver claramente folículos em vários estágios de desenvolvimento, como folículos primordiais,
primários, secundários, e até corpos amarelos. Comparativamente às nossas fotos, esta possui mais
estruturas, e tem uma melhor definição. Também se nota uma diferença na qualidade da câmara, já que esta
foto deve ter sido tirada com uma câmara fotográfica, enquanto que a nossa foi tirada com os nossos
telemóveis.
Como a imagem apresentada é da Internet, não temos a certeza de qual ampliação é que foi usada, mas para
ajudar a comparar, decidimos que deveria ser uma ampliação baixa, e decidimos comparar com a Imagem 1,
sendo que esta é a nossa imagem com menor ampliação. Na Imagem 1, pode-se observar o folículo de Graaf.
Infelizmente, o mesmo não pode ser dito sobre a imagem da Internet que, apesar de apresentar mais
estruturas, estas encontram-se mais difíceis de identificar, já que a imagem é muito pequena e dificilmente dá
para distinguir os estágios dos folículos.
CONCLUSÃO

Com esta experiência foi possível observar e identificar as várias fases da oogénese, o que nos surpreendeu
uma vez que o microscópio possibilita-nos ver imagens detalhadas e reais que a olho nu não poderíamos
visualizar. Ver o oócito II e as diferentes fases foliculares numa perspectiva microscópica é totalmente
diferente do que imaginávamos.
Sendo assim, esta atividade fornece-nos a oportunidade de ver o que se passa dentro do nosso corpo,
que aparenta ser tão simples, mas que no fundo é muito mais complexo do que parece, tornando-se até difícil
de acreditar que estas fases, que nos parecem tão insignificantes são, pelo contrário, muito importantes para
a continuidade da vida, dado que permitem a reprodução.
No decorrer da experiência sentimos algumas dificuldades em diferenciar alguns folículos, mas após dar
atenção às características que os distinguem conseguimos chegar aos resultados.
Por fim, diríamos que foi uma atividade muito produtiva e educativa, que nos ajudou a entender mais sobre
os nossos corpos e a entender o processo da formação dos gametas femininos.

BIBLIOGRAFIA
- https://bioafgj.wordpress.com/about/
-https://www.studocu.com/pt/document/instituto-politecnico-de-setubal/biologia-marinha/relatorio-biologia-1/27
177851
- https://pt.wikipedia.org/wiki/Oog%C3%AAnese
- https://classroom.google.com/u/2/c/NTI3NTQ0NDAxODIy
- https://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/index.php/Oogénese
-Manual

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