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Domínio: Reprodução.
Subdomínio: Ciclos de vida.
Antes de mais…
O que é um ciclo de vida?
Um ciclo de vida é uma sequência de etapas pelas quais passa um organismo desde a formação
do ovo até ao momento em que ele próprio se reproduz, através da produção de gâmetas.
Considera-se que um ciclo de vida termina quando outro começa, isto é, quando os gâmetas
do indivíduo inicialmente considerado se unem para formar de novo um ovo que dará origem
a outro indivíduo.
Há dois momentos-chave que marcam o ciclo de vida de qualquer organismo: a meiose e a
fecundação. É a alternância entre estes dois fenómenos que permite que de geração em
geração se mantenha o cariótipo (número de cromossomas típico) da espécie. A meiose origina
células haplóides, a fecundação origina células diplóides. NOTA: A
alternância de fases
É por isso que se diz que qualquer ciclo de vida apresenta alternância nucleares existe
de fases nucleares, isto é, formam-se células haplóides (que devido à fecundação
(que termina a
correspondem à haplofase) e células diplóides (que correspondem à haplofase e inicia a
diplofase) de forma alternada ao longo do ciclo de vida do organismo. diplofase) e devido à
meiose (que termina
a diplofase e inicia a
haplofase).
- geração gametófita – fazem parte desta geração todas as estruturas que se formam desde a
germinação de esporos até à formação dos gametófitos (estrutura que produz os gâmetas);
- geração esporófita – como o próprio nome indica, pertencem a esta geração todas as
estruturas que se formam desde o crescimento do zigoto até formar o esporófito (estrutura
onde se produzem os esporos).
De um modo geral…
- a fase haplóide corresponde à geração gametófita;
– a fase diplóide corresponde à geração esporófita.
Quando num ciclo de vida as estruturas multicelulares são todas do mesmo tipo (haplontes ou
diplontes), não se pode dizer que há alternância de gerações.
Por exemplo, no ciclo de vida humano. As únicas estruturas haplóides são os gâmetas
– que são unicelulares. Unem-se para formar o zigoto, que é, diplóide, e crescemos por
mitose. Todos os tecidos e órgãos formados são constituídos por células diplóides
descendentes do zigoto.
A altura em que a meiose e a fecundação ocorrem num ciclo de vida vai condicionar o tipo de
ciclo de vida e de indivíduo formado (se é haplóide ou diplóide). Podemos considerar três
tipos: ciclos de vida haplontes, haplodiplontes e diplontes.
Exemplos de ciclos de vida:
1- Ciclo de vida haplonte – espirogira;
2- Ciclo de vida haplodiplonte – feto (polipódio);
3- Ciclo de vida diplonte – homem (mamífero).
Da fecundação resulta um ovo ou zigoto (diplóide). Esta célula fica num estado de vida
latente até que as condições se tornem de novo favoráveis. Quando isso acontece, começa
a dividir-se, mas tem como primeira divisão uma meiose (e não mitose, como é habitual).
Por isso se diz que a meiose da espirogira é pós-zigótica.
Depois da primeira divisão (meiose), a alga multiplica-se por mitoses sucessivas até originar
um novo filamento. A alga adulta é haplóide.
Como a meiose ocorre logo no início do desenvolvimento do zigoto, este é a única estrutura
diplóide e é unicelular. O indivíduo adulto (pluricelular) é haplóide. Por isso o ciclo se
chama haplonte. Não há alternância de gerações.
Esquematicamente, podemos representar o ciclo de vida da espirogira da seguinte forma:
Assim, em cima do protalo, começa a desenvolver-se a planta jovem que mais tarde irá dar
origem ao feto adulto, produtor de esporos. A imagem seguinte representa uma planta jovem
a desenvolver-se sobre o gametófito.
Resumindo…
A planta adulta é diplóide, pois resulta da fecundação e desenvolvimento do zigoto. É na planta
adulta que se produzem os esporos, por meiose. Com a formação dos esporos dá-se origem a
uma fase haplóide. Quando os esporos germinam dão origem ao protalo – uma estrutura
pluricelular haplóide. Havendo estruturas pluricelulares diplontes e haplontes, podemos dizer
que há alternância de gerações, entre a geração esporófita (diplonte – representada pela
planta adulta, que é o esporófito) e a geração gametófita (haplonte – representada pelo
protalo, que é o gametófito).
Esquematicamente:
Esquematicamente, os ciclos de vida podem ser representados da seguinte forma:
A tabela que se segue resume as características dos vários ciclos de vida abordados.