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Ficha de Trabalho: Juventude de Afonso

 Grande analepse – recuo a 1820;


 Caetano  absolutista  Defende D. Miguel;
 Afonso  liberalista  Defende D. Pedro;
O próprio narrador salienta a ideia de que o Afonso é simpatizante da
filosofia liberal – só lia autores liberais e só recitava poemas
maçónicos. (o narrador mostra a indignação do pai, perante o filho ser
um liberalista).
Caracterização do Caetano:

 Português antigo;
 Fiel que se benzia ao nome de Robespierre;
 Fidalgo beato – demasiado apego à religião;
 Odiava tudo o que era jacobino, a quem atribuía todos os
males, os da pátria e os seus;
 Era absolutista;
 Ter um filho que defendia ideias liberais era ter um filho que
não devia pertencer à família.
Depois de Caetano ter expulso o filho de casa mandando-o para
Santa Olávia, este vai ceder à pressão da mãe de Afonso e da Fanny
(tia de Pedro). Um dia ele vem pedir perdão ao pai, como estratégia
para ir para Inglaterra.
Quando ele expulsou o filho ele chorou muito e os padres disseram
que podia ocorrer um milagre. Por isso, quando ele voltou, Caetano
achou que realmente tinha ocorrido um milagre.  Neste ponto, a
igreja é criticada porque faz caetano acreditar em algo que
não era verdade – alimenta a crença doentia.
Afonso estava muito bem instalado em Inglaterra.
Algum tempo depois, Caetano morre e Afonso regressa a Portugal.
Afonso casa com Maria Eduarda Runa (“linda morena, mimosa e
um pouco adoentada”).
Consequências políticas por Afonso da Maia simpatizar com as
ideias liberalistas:

 Um dia Afonso está em casa e um homem arrombou as gavetas


com uma arma de fogo, remexendo em tudo. Afonso foi falar
com o juiz de fora e este disse que era normal isso acontecer.
Afonso vai acabar por fugir com a mulher e com o filho para
Inglaterra. Maria Eduarda não vai gostar de Inglaterra e vai
querer voltar a Portugal.
NOTA: A tia Fanny morava com o Caetano e com a mulher deste.
Quando Caetano e a mulher morreram, a Fanny ficou sozinha e,
portanto, Afonso levou-a para Inglaterra também.
Caracterização de Maria Eduarda Runa:

 Não era feliz;


 Verdadeira lisboeta;
 Morena;
 Odiava tudo o que era inglês;
 Gostava de ir para o sótão rezar com as criadas  tradições
religiosas que não existiam em Inglaterra.

Educação de Pedro
Afonso queria que Pedro fosse educado por um inglês, em Inglaterra.
Maria Eduarda Runa, como era contra tudo o que era inglês, mandou
um padre chamado Vasquez vir de Portugal para educar Pedro.
A educação em Os Maias
A educação é abordada de forma a evidenciar duas mentalidades
diferentes: uma, a portuguesa, arreigada a uma visão católica,
decadente e tradicionalista, avessa a inovações e a “modernices”. O
ensino das crianças deveria ser o “latinzinho” por base, devia
valorizar a memória, descuidar o corpo e as capacidades de reflexão
e de crítica. A outra, a britânica, defende uma educação moderna,
aberta ao futuro, apologista da cultura física, da defesa da ética e do
respeito pelos outros e pela diferença.
Afonso não queria mesmo a educação portuguesa para o filho.
Pedro tinha medo do contacto com o exterior. Este andava sempre no
colo da mãe e não tinha contacto com o solo.
De acordo com as teses naturalistas temos três aspetos que explicam
que Pedro sejam em tudo um fraco:

 Educação tipicamente portuguesa;


 Levam Pedro ao suicídio
Meio envolvente (é extremamente protegido);
 Hereditariedade (é igual à mãe: nervoso e fraco)
Consequências da educação tipicamente portuguesa:

 Pedro tem medo do mundo exterior (Afonso ficava triste, mas


nada podia fazer pois à mínima contrariedade a mãe adoecia.
Por isso, Afonso deixou de contrariar).
A tia Fanny acaba por morrer e ,por isso, a tristeza de Maria Eduarda
Runa vem ao de cima. O seu desejo era mesmo ir a Portugal. Afonso,
como não queria ir, sugere que eles vão a Roma.
Entretanto estes voltaram a Benfica para ela se acalmar (Tudo
indicava a morte próxima de Maria Eduarda Runa).
Pedro estava quase um homem:

 Tinha uma linda face que herdou da mãe;


 Chorava por tudo e por nada;
 Não valorizava nada do que o rodeava;
 Não tinha nenhum desejo forte – nada o movia;
 Alma meio adormecida e passiva – sonolência e passividade
total;
 Era em tudo um fraco;
 Por vezes tinha depressão;
 Parecia um velho (olheiras e tom de pele amarelado);
 Só a mãe lhe dava sentido para viver.
Afonso queria mandá-lo para Coimbra para evitar aquele ambiente de
proteção, mas a mãe começou a chorar e ele acabou por não o fazer.
Pedro tanto tinha momentos de melancolia como tinha momentos de
euforia (vida boémia).
Pedro era muito magro. Uns 3 homens chamaram-lhe palmito e este,
achando que foi insultado, vingou-se daqueles 3 homens que o
insultaram.
Fases pelas quais Pedro passou após a morte da mãe:

 Arrebatamento de loucura;
 Período de vida desperdiçada – entra em bares e bordéis.
“Pedro da Maia amava!” – amor à primeira vista (troca de olhares
fatal) – amor trágico.
Pedro vê pela primeira vez Maria Monforte num bar/café conhecido.
Descrição da aparição de Maria Monforte (já tem simbologias
trágicas):
Antecipa a sua partição;
 Pele pálida – mármore; Mostra a frigidez;
 Deusa (cabelos loiros) – ser imortal;
 2 olhos maravilhosos; Antecipa a dimensão trágica
 Testa curta e clássica; associada a esta mulher.
 Perfil grave de estátua;
 Chapéu preto – cobre a figura – simboliza a morte
Alencar:

 Vai ser importante no desenrolar da ação;


 Vai ser o representante do ultrarromantismo;
 Opõe-se ao Ega (defensor do realismo);
 Dá informações ao Pedro sobre a história da família Monforte –
história negra.

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