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Series: numéricas, de funções e de Fourier

Índice

1 Introdução............................................................................................................................................ 2
2 Serie Numéricas................................................................................................................................... 3
2.1 Series numéricas ......................................................................................................................... 3
2.2 Series Positivos ............................................................................................................................ 5
2.2.1 Critérios de convergência de series de termos positivos ................................................. 5
2.3 Series alternadas ......................................................................................................................... 8
2.3.1 Critérios de Convergência de series alternadas ................................................................ 9
3 Series de Funções .............................................................................................................................. 11
3.1 Séries de potências .................................................................................................................... 12
3.2 Integração de uma serie de potência. ...................................................................................... 13
3.3 Convergência uniforme ............................................................................................................. 13
4 Serie de Fourier ................................................................................................................................. 15
4.1 Series incompletas de Fourier..................................................................................................... 15
5 Series Numéricas ............................................................................................................................... 17
6 Series de Funções .............................................................................................................................. 19
7 Series de Fourier ............................................................................................................................... 20
8 Conclusão ........................................................................................................................................... 25
9 Referencias......................................................................................................................................... 26

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Series: numéricas, de funções e de Fourier

1 Introdução
O presente trabalho cuja abordagem referem-se a series numéricas, series de funções e
series de Fourier. Subdivide-se em duas partes, sendo elas a parte teórica, contextualiza
por definições, teoremas, critérios e exemplos. E a parte prática, onde num gesto de calma e
compressão, resolveu-se exercícios relativos as series numéricas, de funções e de Fourier.
A metodologia usada para o efeito do trabalho foi com base na interacção mútua entre os
elementos do grupo, e por consultas como a internet e manuais disponibilizados na
biblioteca do Instituto Superior Politécnico de Songo.

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2 Serie Numéricas

2.1 Series numéricas


• Definição 1.1. (Series Numéricas).

Vejamos a sucessão de termo geral 𝑢𝑛 e, formalmente, façamos a partir dos seus termos
uma soma infinita

𝑢1 + 𝑢2 + ⋯ + 𝑢𝑛 + ⋯ ≡ � 𝑢𝑛
𝑛=1

A soma ∑∞
𝑛=1 𝑢𝑛 chamaremos de Serie Numérica de termo geral 𝑢𝑛 .

• Definição 1.2. (Soma parcial).

𝑆𝑛 = 𝑢1 + 𝑢2 + ⋯ + 𝑢𝑛 = � 𝑢𝑘
𝑘=1

Chamaremos 𝑛 − ésima soma parcial da serie

𝑢1 + 𝑢2 + ⋯ + 𝑢𝑛 + ⋯ ≡ � 𝑢𝑛
𝑛=1

Exemplo: Ache a soma da serie

�(√𝑛 + 2 − 2√𝑛 + 1 + √𝑛)


𝑛=1

Resolução: Basta, somente, compor soma parcial:

𝑆𝑛 = ∑𝑛𝑘=1�√𝑘 + 2 − 2√𝑘 + 1 + √𝑘� = �√3 − 2√2 + 1� + �√4 − 2√3 + √2� + �√5 − 2√4 +

√3� + ⋯ + �√𝑛 − 2√𝑛 − 1 + √𝑛 − 2� + �√𝑛 + 1 − 2√𝑛 + √𝑛 + 1� + �√𝑛 + 2 − 2√𝑛 + 1 +


1
√𝑛� = 1 − √2 + √𝑛 + 2 − √𝑛 + 1 = 1 − √2 + √𝑛+2+√𝑛+1.

Calculando o limite da soma parcial obtemos 𝑆 = 1 − √2.

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• Definição 1.3. (Resto de serie).

𝑅𝑛 = 𝑆 − 𝑆𝑛 = 𝑢𝑛+1 + 𝑢𝑛+2 + 𝑢𝑛+3 + ⋯ = � 𝑢𝑘


𝑘=𝑛+1

O resto de soma.

• Definição 1.4. (Serie Convergência).

Diremos que serie


𝑢1 + 𝑢2 + ⋯ + 𝑢𝑛 + ⋯ ≡ � 𝑢𝑛
𝑛=1

É convergente (divergente) se converge (diverge) a sucessão 𝑆𝑛 de suas somas parciais.

• Teorema 1.1. (Condição necessária de convergência de uma serie).

Se a serie ∑∞
𝑛=1 𝑈𝑛 converge, então lim 𝑈𝑛 = 0

Exemplo: Dada a serie



1

𝑛(𝑛 + 1)
𝑛=1

Mostre, utilizando a definição, que ela é convergente.

Resolução: Por definição, afirmar que uma serie é convergente significa que converge a
sucessão de duas somas parciais. Vejamos a soma parcial

𝑛
1 1 1 1
𝑆𝑛 = � = + + ⋯+
𝑘(𝑘 + 1) 1 ∙ 2 2 ∙ 3 𝑛(𝑛 + 1)
𝑘=1

1 1 1 1
Decompomos a fracção em fracções simples = − . Voltando a soma
𝑘(𝑘+1) 𝑘(𝑘+1) 𝑘 𝑘+1

parcial 𝑆𝑛 temos:
𝑛 𝑛
1 1 1 1 1 1 1 1 1
� = �� − � = �1 − � + � − � + ⋯ + � − �= 1−
𝑘(𝑘 + 1) 𝑘 𝑘+1 2 2 3 𝑛 𝑛+1 𝑛+1
𝑘=1 𝑛=1

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1
A sucessão 1 − converge para 1, portanto a serie
𝑛+1


1

𝑛(𝑛 + 1)
𝑛=1

É convergente e sua soma é igual a 1.

2.2 Series Positivos


• Definição 1.5. (Serie de termos positivos).

A serie ∑∞
𝑛=1 𝑢𝑛 diz-se que é de termos positivas 𝑢𝑛 ≥ 0, ∀ 𝑢 ∈ ℕ

Exemplo:

∞ ∞ ∞
1
� 𝑛 ; � 2 ; �(2𝑛 − 1)𝑛−1
𝑛
𝑛=1 𝑛=1 𝑛=1

2.2.1 Critérios de convergência de series de termos positivos


• Teorema 1.2. (Critério de comparação).
i. 1º Critério

Sejam 𝑈𝑛 e 𝑉𝑛 duas sucessões numéricas e suponhamos que, para 𝑛 > 𝑁, se cumpre a


desigualdade 0 ≤ 𝑢𝑛 ≤ 𝑣𝑛 . Então:

1) Se a serie ∑∞ ∞
𝑛=1 𝑣𝑛 converge implica que a serie ∑𝑛=1 𝑢𝑛 também converge;

2) Se a serie ∑∞ ∞
𝑛=1 𝑢 diverge implica que a serie ∑𝑛=1 𝑣𝑛 também diverge.

Sejam 𝑈𝑛 e 𝑉𝑛 duas sucessões numéricas.

Diremos que 𝑈𝑛 é equivalente a 𝑉𝑛 (Usa-se a denotação 𝑢𝑛 ~𝑣𝑛 ), quando 𝑛 tende para


𝑢𝑛
infinito, se lim =1
𝑣𝑛

ii. 2º Critério

Suponhamos que 𝑢𝑛 ~𝑣𝑛 . Então as series ∑∞ ∞


𝑛=1 𝑢𝑛 e ∑𝑛=1 𝑣𝑛 convergem ou divergem

simultaneamente.

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Exemplo:


𝜋
� sin
2𝑛
𝑛=1

Resolução: Verificamos, inicialmente, se a condição necessária de convergência cumpre-se,


isto é, se o termo geral da serie tende a zero. Com efeito:

𝜋
lim sin = sin 0 = 0
2𝑛

Vamos investigar a convergência da serie usado o critério de comparação:

𝜋 𝜋
sin 2𝑛 ~ 2𝑛, 𝑛 → ∞

Porque

𝜋
sin 2𝑛
lim 𝜋 = 1
𝑛→∞
2𝑛

𝜋 1
A serie ∑∞
𝑛=1 é a soma infinita de uma progressão geométrica de razão , cujo primeiro
2𝑛 2
𝜋
termo é . Assim,
2

1 𝑛
𝜋 �1 − �2� �
𝑆= lim =𝜋
2 1
1−2

𝜋 𝜋
A serie ∑∞
𝑛=1 converge, portanto, ∑∞
𝑛=1 sin também converge.
2𝑛 2𝑛

• Teorema 1.3. (Critério de D’Alembert).

Suponhamos que para o termo geral 𝑢𝑛 da serie ∑∞


𝑛=1 𝑢𝑛 , 𝑢 > 0 (𝑛 = 1,2, …) se cumpre a

igualdade

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𝑢+1
lim =𝜆
𝑢𝑛

Então:

1) Se 𝜆 < 1 a serie converge;


2) Se 𝜆 > 1 a serie diverge; e
3) Se 𝜆 = 1 nada se pode dizer sobre a convergência da serie.

Exemplo:


1

(2𝑛 + 1)!
𝑛=1

Resolução: A condição necessária de convergência cumpre-se, porque o termo geral da serie é um


infinitésimo. Na investigação da convergência vamos usar, o critério de D’Alembert. Assim:

𝑢𝑛 +1 (2𝑛+1)! (2𝑛+1)!
lim = lim (2𝑛+3)!
= lim (2𝑛+3)(2𝑛+2)(2𝑛+1)!
=
𝑢𝑛
1
lim (2𝑛+3)(2𝑛+2)
= 0 < 1. Portanto a serie converge.

• Teorema 1.4. (Critério radical de Cauchy).

Suponhamos que para o termo geral 𝑈𝑛 da serie ∑∞


𝑛=1 𝑢𝑛 , 𝑢𝑛 ≥ 0 (𝑛 = 1,2,3, … ) se cumpre a
𝑛
igualdade lim �𝑢𝑛 = 𝜆

Então:

1) Se 𝜆 < 1 a serie converge


2) Se 𝜆 > 1 a serie diverge
3) Se 𝜆 = 1 nada se pode dizer sobre a convergência da serie.

Exemplo:


𝑛
�( )𝑛
2𝑛 + 1
𝑛=1

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Resolução: é evidente que o termo geral tende para zero. Aplicando o critério radical de
Cauchy temos:

𝑛 𝑛 𝑛 1
lim 𝑛�𝑢𝑛 = lim �( )𝑛 = lim = <1
2𝑛 + 1 2𝑛 + 1 2

A serie converge.

• Teorema 1.5. (Critério Integral de Cauchy).

Se 𝑓(𝑥) (𝑥 ≥ 1) é uma função não negativa, decrescente e contínua, então a serie


∑∞
𝑛=1 𝑓(𝑛) converge ou diverge simultaneamente com o integral

� 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
1

• Definição 1.6. (Serie de Derichlet).

Chama-se de Derichlet a serie do tipo:


1
� ;𝑝 ∈ ℝ
𝑛𝑝
𝑛=1

2.3 Series alternadas


• Definição 1.6. (Serie Alternada).

A serie

𝑢1 + 𝑢2 + 𝑢3 + ⋯ + 𝑢𝑛+1 𝑢𝑛 + ⋯ = �(−1)𝑛+1 𝑢𝑛
𝑛=1

Denomina-se Serie Alternada. 𝑢𝑛 > 0

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• Definição 1.7. (Convergência absoluta e condicional).

A serie numérica de termos de sinal arbitrário ∑∞


𝑛=1 𝑢𝑛 converge de modo absoluto se a

serie ∑∞ ∞
𝑛=1|𝑢𝑛 | converge. A serie ∑𝑛=1 𝑢𝑛 converge de modo condicional se ela converge,

mas a serie ∑∞
𝑛=1|𝑢𝑛 | diverge.

Exemplo: Investigue a convergência condicional e convergência absoluto da serie


(−1)𝑛

𝑥+𝑛
𝑛=1

(−1) 𝑛
Resolução: Por definição, a serie ∑∞
𝑛=1 𝑥+𝑛 converge absolutamente se convergir a serie

1 1 1 1
∑∞
𝑛=1 . Tendo em conta que ~ então, a serie ∑∞
𝑛=1 diverge, portanto, a
𝑥+𝑛 𝑥+𝑛 𝑛 𝑛+𝑥
(−1)𝑛
serie ∑∞
𝑛=1 não converge de modo absoluto. Contudo, pelo critério de Leibniz, se
𝑥+𝑛
(−1)𝑛
𝑥 ≠ −𝑛, 𝑛 = 1,2, …, a serie ∑∞
𝑛=1 converge, portanto ela converge condicionalmente.
𝑥+𝑛

• Teorema 1.6. (Relação entre convergência e convergência absoluta).

Se a serie ∑∞
𝑛=1 𝑢𝑛 converge de modo absoluto implica, que ela simplesmente converge se a

serie ∑∞ ∞
𝑛=1|𝑢𝑛 | converge, então a serie ∑𝑛=1 𝑢𝑛 também converge.

Nota: Afirmação contraria a do teorema anterior não é valida, isto é, é verdade que a serie
∑∞ ∞
𝑛=1 𝑢𝑛 converge implica que a serie ∑𝑛=1|𝑢𝑛 | também converge.

2.3.1 Critérios de Convergência de series alternadas


• Teorema 1.7. (Critério de Leibniz).

Suponhamos que 𝑢𝑛 ≥ 0 (𝑛 = 1,2, … ) e alem disso se cumprem as condições:

1) 𝑢𝑛 é decrescente, isto é, 𝑢𝑛+1 ≤ 𝑢𝑛 , 𝑛 = 1,2, ….


2) lim 𝑢𝑛 = 0.

Então, a serie ∑∞ 𝑛
𝑛=1(−1) 𝑢𝑛 converge.

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Exemplo:


(−1)𝑛

𝑥+𝑛
𝑛=1

(−1)𝑛
Resolução: Por definição, a serie ∑∞
𝑛=1 converge absolutamente se convergir a serie
𝑥+𝑛

1 1 1 1
∑∞
𝑛=1 . Tendo em conta que ~ então, a serie ∑∞
𝑛=1 diverge, portanto, a
𝑥+𝑛 𝑥+𝑛 𝑛 𝑛+𝑥
(−1) 𝑛
serie ∑∞
𝑛=1 𝑥+𝑛 não converge de modo absoluto. Contudo, pelo critério de Leibniz, se

(−1)𝑛
𝑥 ≠ −𝑛, 𝑛 = 1,2, …, a serie ∑∞
𝑛=1 converge, portanto ela converge condicionalmente.
𝑥+𝑛

• Teorema 1.8. (Critério de Derichlet).

Sejam 𝑎𝑛 𝑒 𝑏𝑛 os termos gerais de duas sucessões tais, que :

1) 𝑎𝑛 é decrescente e lim 𝑎𝑛 = 0.
2) 𝐵𝑛 = ∑𝑛𝑘=1 𝑏𝑘 é limitada.

Então, a serie ∑∞
𝑛=1 𝑎𝑛 𝑏𝑛 converge.

Exemplo: Investigue a convergência da serie


(ln 𝑛)100 𝑛𝜋
� ∙ sin
𝑛 4
𝑛=1

(ln 𝑛)100 𝑛𝜋
Resolução: Fazendo 𝑎𝑛 = e 𝑏𝑛 = sin , vamos verificar se as condições do
𝑛 4
𝜋
critério de Derichlet se cumprem. Denote-se 𝐵𝑛 = ∑𝑛𝑘=1 sin 𝑘 4 .

𝑛 𝜋 𝜋
𝜋 sin(𝑛 + 1) 8 sin 𝑛 8 1
|𝐵𝑛 | = �� sin 𝑘 � = � 𝜋 � < 𝜋
4 sin 8 sin 8
𝑘=1

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Isto é, a sucessão 𝐵𝑛 é limitada, cumpre-se o ponto 2) do critério de Dirichlet. O ponto 1)


(ln 𝑛)100
também se cumpre, pois é decrescente a partir de valores 𝑛 > 𝒆100 e tende para
𝑛
zero. Em conclusão, a serie


(ln 𝑛)100 𝑛𝜋
� ∙ sin
𝑛 4
𝑛=1

converge.

• Teorema 1.9. (Critério de Abel).

Sejam 𝑎𝑛 𝑒 𝑏𝑛 os termos gerais de duas sucessões tais, que:

1) 𝑏𝑛 é monótona e limitada.
2) A serie ∑∞
𝑛=1 𝑎𝑛 converge.

Então, a serie ∑∞
𝑛=1 𝑎𝑛 converge.

3 Series de Funções
Quando uma série possui seus termos constantes ou depende de uma ou mais variáveis,
diz-se que a série é numérica ou series de funções, respectivamente.

Campo de convergência. O conjunto de valores de argumento x, para os quais a série de


funções,

𝑓1 (𝑥) + 𝑓2 (𝑥) + ⋯ + 𝑓𝑛 (𝑥) + ⋯ (1)

É convergente, chama-se campo de convergência desta série. A função 𝑠(𝑥) = lim𝑛→∞ 𝑠𝑛 (𝑥)

Onde 𝑠𝑛 (𝑥) = 𝑓1 (𝑥) + 𝑓2 (𝑥) + ⋯ + 𝑓𝑛 (𝑥), pertence ao campo de convergência e recebe o


nome da série de 𝑅𝑛 (𝑥) = 𝑠(𝑥) − 𝑠𝑛 (𝑥)onde resto da série.

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Nos casos mais simples, para determinar o campo de convergência da série (1) basta
aplicar a esta série os conhecimentos critério de convergência, considerando x fixo.

Exemplos: Determinar o campo de convergência da série.

𝑥+1 (𝑥+1)2 (𝑥+1)3 (𝑥+1)𝑛


+ + + ⋯+ + ⋯(2)
1∙2 2∙22 3∙23 𝑛∙2𝑛

Resolução: chamando de𝑢𝑛 o termo geral da série, teremos:

|𝑢𝑛+1 | |𝑥 + 1|𝑛+1 2𝑛 𝑛 |𝑥 + 1|
lim = 𝑛+1 =
𝑛→∞ |𝑢𝑛 | 2 (𝑛 + 1)|𝑥 + 1|𝑛 2

Baseando-se no critério de D`Alembert pode afirmar-se que a série é convergente


|𝑥+1|
(sendo absolutamente convergente), se < 1, isto é, se −3 < 𝑥 < 1; a série
2
|𝑥+1|
édivergente, se > 1, isto é, se −∞ < 𝑥 < −3 ou 1 < 𝑥 < ∞. Quando 𝑥 = 1
2
1 1
obtém-se a série harmónica 1+1 + 2 + 3 + ⋯, que (de acordo com o critério de Leibniz

é convergente (porém não absolutamente).

Uma serie ∑ 𝑎𝑛 diz-seque converge absolutamente se os seus termos absolutos

∑ |𝑎𝑛 |forem convergentes.

Se ∑ 𝑎𝑛 for uma serie de termos positivos, então |𝑎𝑛 | = 𝑎𝑛 e assim a convergência


absoluta é a mesma coisa que a convergência neste caso.

Uma serie ∑ 𝑎𝑛 diz-se convergente condicionalmente se ela for convergente mas não
for absolutamente convergente. Se uma serie ∑ 𝑎𝑛 for absolutamente convergente

então ela é convergente.

3.1 Séries de potências


Para toda série de potências

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Series: numéricas, de funções e de Fourier

𝑐𝑜 + 𝑐1 (𝑥 − 𝑎) + 𝑐2 (𝑥 − 𝑎)2 + ⋯ 𝑐𝑛 (𝑥 − 𝑎)𝑛 + ⋯(3)

(𝑐𝑛 𝑒 𝑎 São números reais) existe um intervalo (terminal de convergência) |𝑥 − 𝑎| < 𝑅


com o centro no ponto 𝑥 = 𝑎, em um conjunto inferior a série (3) é absolutamente
convergente; quando |𝑥 − 𝑎| > 𝑅 a série é divergente (𝑅 é o raio de convergência). O
intervalo de convergência e determinado geralmente por meio de critérios D’Alembert
e Cauchy, aplicando-os a série formada pelos valores absolutos dos termos da série
dada (3).

Aplicando a série dos valores absolutos

|𝑐𝑜 | + |𝑐1 ||𝑥 − 𝑎| + ⋯ + |𝑐𝑛 ||𝑥 − 𝑎|𝑛 + ⋯

os critérios D’Alembert e Cauchy obteremos respectivamente as seguintes fórmulas


para o raio de convergência da série de potência (3)

1 𝑐𝑛
𝑅= 𝑛 e𝑅 = lim𝑛→∞ | |
lim𝑛→∞ �|𝑐𝑛 | 𝑐𝑛+1

3.2 Integração de uma serie de potência.

Se𝑓 (𝑥 ) = ∑ 𝑎𝑛 (𝑥 − 𝑎)𝑛−1 Então:


𝑥 𝑥 𝑥
∫𝑎 𝑓(𝑡)𝑑𝑡 = ∫𝑎 (∑ 𝑎𝑛 (𝑡 − 𝑎)𝑛−1 ) 𝑑𝑡 = ∑ 𝑎𝑛 ∫𝑎 (𝑡 − 𝑎)𝑛−1 𝑑𝑡 =
𝑎𝑛 𝑎𝑛
∑ (𝑥 − 𝑎)𝑛 , Desde que ∑ (𝑥 − 𝑎)𝑛 Convirja.
𝑛 𝑛

Noutros termos, uma série de potências pode ser integrada termo a termo, em todo o
intervalo onde a série dos integrais convirja.

3.3 Convergência uniforme


A série de funções (1) converge uniformemente num intervalo determinada se para
qualquer 𝜀 > 0, pode se achar um 𝑁 tal, que não depende de 𝑥 que quando 𝑛 > 𝑁para
todos valores de 𝑥 no intervalo dado, é valida a desigualdade |𝑅𝑛 (𝑥)| < 𝜀, 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑅𝑛 (𝑥) é
o resto da serie.

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Series: numéricas, de funções e de Fourier

Exemplo:

2𝑛 4 8 16 32
∑∞
𝑛=1 + + + + + ⋯ ⋯É uniforme e absolutamente convergente.
𝑛! 2! 3! 4! 5!

𝑆𝑒 |𝑓𝑛 (𝑥) ≤ 𝑐𝑛 (𝑛 = 1,2,3,4, ⋯ ) para 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏 e a série numérica ∑∞


𝑛→1 𝑐𝑛 é
convergente, a série de funções (1) será absoluta e uniformemente convergente no
seguimento [𝑎, 𝑏] (critério de Weierstrass).

Se existe uma sequência constante 𝑀𝑛 , 𝑛 = 1,2,3,4 ⋯ , tal que para todos 𝑥 em um


intervalo |𝑢𝑛 (𝑥)| ≤ 𝑢𝑛 (𝑥) e ∑∞
𝑛→1 𝑀𝑛 é convergente, então

∑∞
𝑛→1 𝑢𝑛 (𝑥) Converge uniforme e absolutamente no intervalo dado.

Exemplo:

∞ cos(𝑛𝑥) cos(2𝑥) cos(3𝑥) cos(4𝑥)


� = cos(𝑛𝑥) + + + +⋯
𝑛→1 𝑛2 22 23 24

É uniforme e absolutamente convergente em [0,2𝜋] (ou em qualquer intervalo), uma


vez que


cos(𝑛𝑥) 1 1 𝜋2
� � ≤ 𝑒 � =
𝑛2 𝑛2 𝑛2 6
𝑛→1

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Series: numéricas, de funções e de Fourier

4 Serie de Fourier
Uma serie de Fourier é a representação duma função periódica (muitas vezes, nos
casos mais simples, tidas como tendo período2𝜋) como uma soma de funções
periódicas.

O teorema de Derichlet afirma que toda a função 𝑓(𝑥) que satisfaça no intervalo de
]−𝜋, 𝜋[ as condições de Derichlet em qualquer ponto 𝑥 desse intervalo, em que 𝑓(𝑥)
seja continua, esta pode-se desenvolver em serie trigonométrica de Fourier:

𝑎𝑜
𝑓(𝑥) = + 𝑎1 cos 𝑥 + 𝑏1 sin 𝑥 + 𝑎2 cos 2𝑥 + 𝑏2 sin 2𝑥 + ⋯ + 𝑎𝑛 cos 𝑛𝑥 + 𝑏𝑛 sin 𝑛𝑥(1)
2

Em que os coeficientes de Fourier 𝑎𝑛 e𝑏𝑛 são calculados pelas formulas:

1 𝜋 𝜋
𝑎𝑛 = � 𝑓(𝑥) cos 𝑛𝑥 𝑑𝑥 (𝑛 = 0,1,2,3, ⋯ )𝑏𝑛 = � 𝑓(𝑥) sin 𝑛𝑥 𝑑𝑥 (𝑛 = 0,1,2,3, ⋯ )
𝜋 −𝜋 −𝜋

4.1 Series incompletas de Fourier

Se a função 𝑓(𝑥) é par [isto é, 𝑓(𝑥) = 𝑓(−𝑥)] então na fórmula (1) 𝑏𝑛 = 0 (𝑛 =


1,2,3, ⋯ ) e

2 𝜋
𝑎𝑛 = � 𝑓(𝑥)𝑐𝑜𝑠𝑛𝑥𝑑𝑥 (𝑛 = 0,1,2,3 ⋯).
𝜋 0

Se a 𝑓(𝑥) é impar [isto é, −𝑓(𝑥) = 𝑓(−𝑥)] então 𝑎𝑛 = 0(𝑛 = 0,1,2,3 ⋯ ) e

2 𝜋
𝑏𝑛 = � 𝑓(𝑥)𝑠𝑒𝑛𝑛𝑥𝑑𝑥 (𝑛 = 0,1,2,3 ⋯)
𝜋 0
.

Uma função dada no intervalo (0,𝜋) pode ser prolongada a vontade no intervalo (-𝜋, 0)
como par ou impar; portanto, pode desenvolver-se no intervalo (0,𝜋) em serie
incompleta de Fourier.

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Series: numéricas, de funções e de Fourier

𝑎𝑜
Denomina-se série trigonométrica à uma série da forma ∑∞
𝑛→1 [𝑎𝑛 cos(𝑛𝑥 ) +
2

𝑏𝑛 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝑥)]

𝑎0 : constante

𝑎𝑛 = 𝑓(𝑛) e 𝑏𝑛 = 𝑓(𝑛)Sequências infinitas

Exemplo:

cos(𝑛𝑥) cos(2𝑥) cos(3𝑥) cos(4𝑥)


∑∞
𝑛→1 = cos 𝑥 + + + + ⋯e uniforme e
𝑛2 22 23 24
absolutamente convergen0te em [0,2𝜋] (ou em qualquer intervalo), uma vez que
cos(𝑛𝑥) 1 ∞ 1 𝜋2
� �≤ e ∑𝑛→1 2 =
𝑛2 𝑛2 𝑛 6

2 2(−1)𝑛 2 1 2 2 2
𝑎𝑛 = cos(𝑛𝜋) = ⇒ {𝑎𝑛 } = {− , , − , ,− ,⋯}
𝑛𝜋 𝑛𝜋 𝜋 𝜋 3𝜋 2𝜋 5𝜋

Seja a função 𝑓(𝑥) definida no intervalo ( −𝐿, 𝐿)e fora desse intervalo definida como
𝑓(𝑥 + 2𝐿) = 𝑓(𝑥), ou seja, 𝑓(𝑥)2𝐿 é -periódica. A série de Fourier ou a expansão de
Fourier correspondente a 𝑓(𝑥) é dada por:

𝑎0 ∞ 𝑛𝜋𝑥 𝑛𝜋𝑥
+ � [𝑎𝑛 cos � � + 𝑏𝑛 sen � �]
2 𝑛→1 𝐿 𝐿
Sendo que os coeficientes de Fourier𝑎0 , 𝑎𝑛 e 𝑏𝑛 são dados pelas expressões a seguir.

𝐿
1
𝑎0 = 𝐿
� 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
−𝐿

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Series: numéricas, de funções e de Fourier

𝐿
1 𝑛𝜋𝑥
𝑎𝑛 = 𝐿
� 𝑓(𝑥)cos�
𝐿
�𝑑𝑥
−𝐿

𝐿
1 𝑛𝜋𝑥
𝑏𝑛 = 𝐿
� 𝑓(𝑥)sen�
𝐿
�𝑑𝑥
−𝐿

PARTE PRATICA

5 Series Numéricas
𝑛 𝑒𝑛
1) Demonstre a convergência e ache a soma da serie ∑∞
𝑛=1 √2 + 3𝑛−1

2) Utilizando os critérios de comparação de D’Alembert ou Cauchy, investigue a


convergência das seguintes series:
1+𝑛2 2
a) ∑∞
𝑛=1( ) ;
1+𝑛3

Resolução:

2 2 ∞
1 + 𝑛2 𝑛2 1 1
� 3
� ~ � 3
� = 2⇔� 2
1+𝑛 𝑛 𝑛 𝑛
𝑛=1

Usando integral de Cauchy


1 1 1
𝑢𝑛 = = 𝑓(𝑛) ⇔ 𝑓(𝑥) = 2 = � 2 𝑑𝑥 2 > 1 𝐶𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑔𝑒, 𝑒𝑛𝑡𝑎𝑜:
𝑛^2 𝑥 𝑥
1

∞ 2
1 + 𝑛2
�� �
1 + 𝑛3
𝑛=1

Também converge.

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Series: numéricas, de funções e de Fourier

𝑛!3𝑛
b) ∑∞
𝑛=1 𝑛𝑛

Resolução:

𝑛
c) ∑∞
𝑛=1(2𝑛+1)
𝑛

Resolução:

(−1)𝑛−1
3) Investigue a convergência absoluta e condicional da ∑∞
𝑛=1 2𝑛−1

Resolução:

𝜋
𝑎 = 0; 𝑎 + 2𝑙 = 𝜋 → 𝑙 = 2
𝑎0 = 0

𝑙 𝜋 𝜋
1 𝑘𝜋𝑥 1 2
𝑏𝑘 = � 𝑓(𝑥) sin � � 𝑑𝑥 = 𝜋 � 𝑓(𝑥) sin 𝑘𝑥 = � 4 sin 𝑘𝑥 𝑑𝑥
𝑙 𝑙 𝜋
−𝑙 2 −𝜋 0
𝜋
8 8 cos 𝑘𝑥 𝜋 8
= � sin 𝑘𝑥 𝑑𝑥 = − ( )� = − [cos 𝑘𝜋 − cos 0]
𝜋 𝜋 𝑘 0 𝑘𝜋
0
8
=− [cos 𝑘𝜋 − 1]
𝑘𝜋

𝑎0 = 0
Por ser em desenvolvimento de seno �
𝑎𝑘 = 0
2 𝜋 8 𝜋
𝑏𝑘 = � 4 sin 𝑘𝑥𝑑𝑥 = � sin 𝑘𝑥𝑑𝑥
𝜋 0 𝑘𝜋 0
8 𝜋 8 8
= − cos𝑘𝑥| = − (cos 𝑘𝜋 − cosk 0) = − (cos 𝑘𝜋 − 1)
𝑘𝜋 0 𝑘𝜋 𝑘𝜋
𝑘 é 𝑝𝑎𝑟 𝑏𝑘 = 0
Se� 16 Então 𝑘 = 2𝑛 − 1
𝑘 é 𝑖𝑚𝑝𝑎𝑟 𝑏𝑘 = 𝜋𝑘

Como 𝑎𝑘 = 0 𝑒 𝑎0 = 0

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Series: numéricas, de funções e de Fourier


𝑎0
𝑓(𝑥) = + �[𝑎𝑘 cos 𝑘𝑥 − 𝑏𝑘 sin 𝑘𝑥]
2
𝑛=1

∞ ∞
16 16 (−1)𝑛−1
𝑓(𝑥) = � sin 𝑘𝑥 = �
𝜋𝑘 𝜋 2𝑛 − 1
𝑛=1 𝑛=1


16 (−1)𝑛−1
𝑓(𝑥) = 4 = �
𝜋 2𝑛 − 1
𝑛=1


𝜋 (−1)𝑛−1
𝑓(𝑥) = = �
4 2𝑛 − 1
𝑛=1

6 Series de Funções
1
1) Achar o campo de convergência da serie ∑∞
𝑛=1 𝑛𝑥
2) Achar o intervalo de convergência das series:
𝑥𝑛
a) ∑∞
𝑛=1 𝑛!

𝑥 𝑛+1
Resolução: Seja 𝑢𝑛+1 = (𝑛+1)!

𝑥 𝑛+1
𝑢𝑛+1 (𝑛 + 1)! 𝑥 𝑛+1 𝑛! 𝑥 𝑛 𝑥 1 𝑛!
= lim = lim = lim
𝑢𝑛 𝑛→∞ 𝑥𝑛 𝑛→∞ (𝑛 + 1)! 𝑥 𝑛 𝑛→∞ (𝑛 + 1)𝑛! 𝑥 𝑛
𝑛!
𝑥
= lim =0
𝑛→∞ (𝑛 + 1)

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Series: numéricas, de funções e de Fourier

b) ∑∞ 𝑛
𝑛=1 𝑛 (𝑥 + 3)
𝑛

Resolução:

(−1)𝑛+1 𝑥 𝑛
3) Investigue a convergência condicional e absoluta da serie ∑∞
𝑛=1 𝑛2

𝑥𝑛 𝑥 𝑛 +1
Resolução: 𝑢𝑛 =
𝑛2
; 𝑢𝑛+1 = (𝑛+1)2

𝑥 𝑛+1 𝑛2 𝑥 𝑛 𝑥𝑛2
lim = lim 2
𝑛→∞ (𝑛 + 1)2 𝑥^𝑛 𝑛→∞ (𝑛 + 2𝑛 + 1)𝑥 2

𝑥𝑛2 𝑥𝑛2
= lim 2 = lim 2 = |𝑥 | ≤ 1
𝑛→∞ 𝑛 + 2𝑛 + 1 𝑛→∞ 𝑛

4) Usando a derivação ou integração termo a termo, achar a soma da serie


𝑥𝑛
∑∞
𝑛=1(−1)
𝑛−1
𝑛

7 Series de Fourier
1) Desenvolver em serie de Fourier, no intervalo [−𝜋; 𝜋], a função 𝑓(𝑥) = 𝑥 2

Resolução:

0 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 − 𝜋 < 𝑥 ≤ 0
𝑓(𝑥) = �
−𝑥 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 0 < 𝑥 < 𝜋

Numerosimpares: 1,3,5,7,9…(2n-1) 𝑘 = 2𝑛 −1

∞ ∞ ∞
16. sin(2𝑛 − 1) 16 sin(2𝑛 − 1) . 𝑥
𝑓(𝑥) = � 𝑏𝑘 𝑠𝑖𝑛𝑘𝑥 = � = �
(2𝑛 − 1). 𝜋 𝜋 (2𝑛 − 1)
𝑛=1 𝑛=1 𝑛=1

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Series: numéricas, de funções e de Fourier

∞ 𝜋
16 sin(2𝑛 − 1) . 2
4= �
𝜋 (2𝑛 − 1)
𝑛=1

𝜋
𝒔𝒆 𝑥 =
2
𝜋
sin(2𝑛 − 1) 𝑥 = (−1)𝑛−1 ; sin(2𝑛 − 1) 𝑥 = sin �𝑛𝜋 − �
2
Números pares =1,2,3,4,5,6,7,8, …

∞ ∞ ∞
4𝜋 (−1)𝑛−1 𝜋 (−1)𝑛−1 𝜋 (−1)𝑛−1 𝜋 2
=� ⟹ =� = � =
16 (2𝑛 − 1) 4 2𝑛 − 1 2 2𝑛 − 1 8
𝑛=1 𝑛=1 𝑛=1

2) Utilizando o desenvolvimento em seno da função 𝑓(𝑥) = 4 no intervalo [0; 𝜋] calcule


a soma da serie


(−1)𝑛−1
�( )
2𝑛 − 1
𝑛=1

Resolução:

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Series: numéricas, de funções e de Fourier

3) Desenvolver a função em serie de Fourier, no intervalo indicado:

𝑓(𝑥) = 2𝑥 0<𝑥<1

Resolução:

4) Desenvolver no intervalo [0; 𝜋] em serie de senos de arcos múltiplos a função

𝑓(𝑥) = cos 𝑥

2 𝜋 2 2
Resolução: 𝑓(𝑥) = cos 𝑥 , (0; 𝜋)𝑎0 = 𝜋 ∫0 cos 𝑥 𝑑𝑥 = 𝜋 (sin 𝑥)| 𝜋0 = 𝜋 (sin 𝜋 − sin 0) ⇒
𝑎0 = 0

2 𝜋 2 𝜋
𝑎𝑘 = � cos 𝑥 cos 𝑘𝑥 𝑑𝑥 = � [cos(1 + 𝑘)𝑥 − cos(1 − 𝑘)𝑥] 𝑑𝑥
𝜋 0 2𝜋 0

1 𝜋 1 𝜋
𝑎𝑘 = � cos(1 + 𝑘)𝑥 𝑑𝑥 − � cos(1 − 𝑘)𝑥 𝑑𝑥
𝜋 0 𝜋 0

𝜋 𝜋
1 1
𝑎𝑘 = � cos(1 + 𝑘)𝑥 𝑑(1 + 𝑘)𝑥 − � cos(1 − 𝑘)𝑥 𝑑(1 − 𝑘)𝑥
𝜋(1 + 𝑘) 0 𝜋(1 − 𝑘) 0

1 𝜋 1 𝜋
𝑎𝑘 = sin(1 + 𝑘)𝑥| − sin(1 − 𝑘)𝑥|
𝜋(1 + 𝑘) 0 𝜋(1 − 𝑘) 0

1 1
𝑎𝑘 = sin(1 + 𝑘)𝜋 − sin(1 − 𝑘)𝜋
𝜋(1 + 𝑘) 𝜋(1 − 𝑘)

𝑠𝑒, 𝑘 é í𝑚𝑝𝑎𝑟; 𝑎𝑘 = 0
� ; 𝐿𝑜𝑔𝑜, 𝑎𝑘 = 0
𝑠𝑒 𝑘 é 𝑝𝑎𝑟; 𝑎𝑘 = 0

2 𝜋 1 𝜋 1 𝜋
𝑏𝑘 = � cos 𝑥 sin 𝑘𝑥 𝑑𝑥 = � sin(1 − 𝑘)𝑥 𝑑𝑥 − � sin(1 + 𝑘)𝑥 𝑑𝑥
𝜋 0 𝜋 0 𝜋 0

𝜋 𝜋
1 1
𝑏𝑘 = � sin(1 − 𝑘)𝑥 𝑑(1 − 𝑘)𝑥 − � sin(1 + 𝑘)𝑥 𝑑(1 + 𝑘)𝑥
𝜋(1 − 𝑘) 0 𝜋(1 + 𝑘) 0

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Series: numéricas, de funções e de Fourier

1 𝜋 1 𝜋
𝑏𝑘 = cos(1 − 𝑘)𝑥 � − cos(1 + 𝑘)𝑥�
𝜋(1 − 𝑘) 0 𝜋(1 + 𝑘) 0

1 1
𝑏𝑘 = [cos(1 − 𝑘)𝜋 − cos(1 − 𝑘)0] − [cos(1 + 𝑘)𝜋 − cos(1 + 𝑘)0]
𝜋(1 − 𝑘) 𝜋(1 + 𝑘)

1 1
𝑏𝑘 = [cos(1 − 𝑘)𝜋 − 1] − [cos(1 + 𝑘)𝜋 − 1]
𝜋(1 − 𝑘) 𝜋(1 + 𝑘)

𝑠𝑒, 𝑘 é í𝑚𝑝𝑎𝑟; 𝑏𝑘 = 0
� 2 2 2𝑘
𝑠𝑒, 𝑘 é 𝑝𝑎𝑟; 𝑏𝑘 = − =− ; 𝑘 = 2𝑛
𝜋(1 + 𝑘) 𝜋(1 − 𝑘) 𝜋(1 − 𝑘 2 )

𝑓(𝑥)~ �[𝑎𝑘 cos 𝑘𝑥 + 𝑏𝑘 sin 𝑘𝑥]


𝑛=1

∞ ∞
2𝑘
𝑓(𝑥)~ � 𝑏𝑘 sin 𝑘𝑥 ⇒ 𝑓(𝑥)~ � − sin 𝑘𝑥
𝜋(1 − 𝑘 2 )
𝑛=1 𝑛=1

∞ ∞
2 2𝑛 ∙ sin(2𝑛)𝑥 4 𝑛 ∙ sin(2𝑛)𝑥
𝑓(𝑥) = − � 2
⇒ 𝑓(𝑥) = − � ⇒ cos 𝑥
𝜋 1 − 4𝑛 𝜋 1 − 4𝑛2
𝑛=1 𝑛=1

4 𝑛 ∙ sin(2𝑛)𝑥
=− �
𝜋 1 − 4𝑛2
𝑛=1


𝜋cos 𝑥 𝑛
− =�
4 sin(2𝑛)𝑥 1 − 4𝑛2
𝑛=1

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Series: numéricas, de funções e de Fourier

5) Desenvolver a função em serie incompleta de Fourier no intervalo indicado em serie


de senos de arcos múltiplos.

𝑓(𝑥) = 𝑥 2 , 0 < 𝑥 < 2𝑥

Resolução:


2
4𝜋 2 4 4𝜋
𝑓(𝑥) = 𝑥 = + � � 2 cos 𝑛𝑥 − sin 𝑛𝑥�
3 𝑛 𝑛
𝑛=1

Isso é valido para 0 < 𝑥 < 2𝜋. Em 𝑥 = 0 e 𝑥 = 2𝜋, a serie converge para 2𝜋 2

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Series: numéricas, de funções e de Fourier

8 Conclusão
É de concluir que o presente trabalho com o tema séries numéricas, series de funções e
séries de Fourier complementa um desenvolvimento de sucessões através do conteúdo
abordado no desenlace do trabalho.
É de salientar no que concerne ao trabalho, este apresenta-se de uma forma generalizada
sobre a relação de cada tipo de séries, explanados por algumas definições e exemplos
práticos.

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Series: numéricas, de funções e de Fourier

9 Referencias
• Boas, L. M., Mathematical Methods in the Physical Sciences, Third Edition, Wiley
International Edition, 2006
• Santos, J. P. & Laranjeira, M. F., Métodos Matemáticos para Físicos e Engenheiros,
Fundação da Faculdade de Ciências e Tecnologia, 2004
• B. Demidovitch, problemas e exercícios de análise matemática,
escolar editora, pp. 300-327, Lisboa 1993.
• ALVES E., ALVES M. elementos de análise matemática. Parte II, pp.
161-174 Maputo 2004.
• SÁ, Ana Alves e LOURO, Bento. Sucessões e séries – Teoria e prática. Escolar editora.
Lisboa. 2009.

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