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Séries numéricas
𝑢1 + 𝑢2 + 𝑢3 + ⋯ + 𝑢𝑛 + ⋯ = ∑∞
𝑛=1 𝑢𝑛 .
convergente, então ∑∞
𝑛=1 𝑢𝑛 = 𝑆.
2°) Se 𝑆𝑛 é divergente, isto é, lim𝑛→∞ (𝑆𝑛 ) não existe ou é infinito, diz-se que a série ∑∞
𝑛=1 𝑢𝑛 é
𝑃1 ) ∑∞ ∞ ∞
𝑛=1(𝑎𝑛 ± 𝑏𝑛 ) = ∑𝑛=1 𝑎𝑛 ± ∑𝑛=1 𝑏𝑛 𝑃2 ) ∑∞ ∞
𝑛=1(𝑐 ∙ 𝑎𝑛 ) = 𝑐 ∑𝑛=1 𝑎𝑛
Exemplos:
Calcule, usando as propriedades das séries.
1 (−1)𝑛 3𝑛 −2𝑛
1) ∑∞
𝑛=1 [3𝑛 − ] 2) ∑∞
𝑛=1 ( )
3𝑛 6𝑛
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Docente: Momade Amisse Assane
𝟏. 𝟐. Tipos de séries
𝟏. 𝟐. 𝟏. Série geométrica
Definição: Uma série numérica do tipo ∑∞
𝑛=1 𝑎𝑞
𝑛−1
= 𝑎 + 𝑎𝑞 + 𝑎𝑞 2 + 𝑎𝑞 3 + ⋯ com 𝑎, 𝑞 ∈
ℝ − {0} designa-se por série geométrica.
Teorema: Uma série geométrica converge se |𝑞| < 1 e diverge se |𝑞| > 1.
𝟏. 𝟐. 𝟑. Série harmónica
1
Definição: Denomina-se série harmónica toda série do tipo ∑∞
𝑛=1 (𝑛). A série harmónica é
divergente.
𝟏. 𝟐. 𝟒. Série de Dirichlet
1
Definição: Uma série numérica do tipo ∑∞
𝑛=1 (𝑛𝑘 ), onde 𝑘 ∈ ]0; +∞[ chama-se série de
Dirichlet.
Teorema: Uma série de Dirichlet converge se 𝑘 > 1 e diverge se 0 < 𝑘 ≤ 1.
𝟏. 𝟐. 𝟓 . Série telescópica
Definição: Uma série com a forma geral ∑∞ ∞
𝑛=1 𝑢𝑛 = ∑𝑛=1(𝑎𝑛 − 𝑎𝑛+𝑘 ), onde 𝑘 ∈ ℝ, é chamada
Sejam 𝑢𝑛 ≥ 0, 𝑣𝑛 ≥ 0 e 𝑢𝑛 ≤ 𝑣𝑛 , ∀𝑛 ∈ ℕ, então:
1°) Se a série ∑∞ ∞
𝑛=1 𝑣𝑛 é convergente então a série ∑𝑛=1 𝑢𝑛 é convergente.
2°) Se a série ∑∞ ∞
𝑛=1 𝑢𝑛 é divergente então a série ∑𝑛=1 𝑣𝑛 é divergente.
Exemplos:
Averiguar a natureza das seguintes séries.
1 ln(𝑛) 1 2 𝑛
1) ∑∞
𝑛=1 (𝑛2 +𝑛) 2) ∑∞
𝑛=1 [ ] 3) ∑∞
𝑛=1 [𝑛 (5) ]
𝑛
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Teorema: (2o critério de comparação)
𝑢
Sejam 𝑢𝑛 ≥ 0, 𝑣𝑛 > 0 e lim𝑛→∞ ( 𝑣𝑛) = 𝐿, ∀𝑛 ∈ ℕ, então:
𝑛
1) Se 𝐿 ≠ 0, +∞ então as séries ∑∞ ∞
𝑛=1 𝑢𝑛 e ∑𝑛=1 𝑣𝑛 são da mesma natureza.
2) Se 𝐿 = 0 e a série ∑∞ ∞
𝑛=1 𝑣𝑛 converge então a série ∑𝑛=1 𝑢𝑛 converge igualmente. E se a série
∑∞ ∞
𝑛=1 𝑢𝑛 diverge então a série ∑𝑛=1 𝑣𝑛 diverge.
3) Se 𝐿 = +∞ e se a série ∑∞ ∞ ∞
𝑛=1 𝑣𝑛 diverge então a série ∑𝑛=1 𝑢𝑛 diverge. Se a série ∑𝑛=1 𝑢𝑛
Exemplo:
ln(𝑛)
Averiguar a natureza da série ∑∞
𝑛=1 [ ]
𝑛
Exemplos:
Determinar a natureza das seguintes séries, usando o critério da razão.
1 (𝑛!)2
1) ∑∞
𝑛=1 (𝑛!) 2) ∑∞
𝑛=1 [(2𝑛)!]
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Definição 2: A série ∑∞ ∞
𝑛=1(𝑢𝑛 ) é simplesmente convergente se e somente se a série ∑𝑛=1(𝑢𝑛 ) é
convergente e a série ∑∞
𝑛=1|𝑢𝑛 | é divergente.
Teorema:
Uma série alternada é absolutamente convergente se e somente se a série ∑∞
𝑛=1(𝑢𝑛 ) é
convergente.
Teorema: (Critério de Leibniz)
Seja a série ∑∞ 𝑛
𝑛=1[(−1) 𝑢𝑛 ] uma série alternada, com 𝑢𝑛 ≥ 0, se:
Exemplos:
Determinar a natureza das seguintes séries, usando o critério de Leibniz.
1 1
1) ∑∞ 𝑛
𝑛=1 [(−1) 5𝑛 ] 2) ∑∞ 𝑛
𝑛=1 [(−1) 𝑛]
𝑓(𝑥) é uma função continua, positiva e não crescente num intervalo [𝑁; +∞[, para algum inteiro
+∞
positivo 𝑁. Então a série ∑∞
𝑛 (𝑎𝑛 ) e a integral ∫𝑁 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 são da mesma natureza, isto é,
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Observação:
Da mesma forma que na série de sinais variáveis, na série de termos complexos investiga se a
série dos valores absolutos, isto é, |𝑧1 | + |𝑧2 | + |𝑧3 | + ⋯ + |𝑧𝑛 | + ⋯ = ∑∞
𝑛=1|𝑧𝑛 |. Lembrando
também que dado um número complexo 𝑧 = 𝑥 + 𝑗𝑦, o módulo deste número é calculado pela
seguinte fórmula: |𝑧| = √𝑥 2 + 𝑦 2 .
Exemplo:
𝑛(2𝑖−1)𝑛
Averiguar a natureza da série ∑∞
𝑛=1 [ ]
3𝑛
𝟏. 𝟔. Séries de funções
Definição: Denomina-se série de funções a uma expressão que se pode escrever na forma
∑∞
𝑛=1[𝑓𝑛 (𝑥)] com 𝑓𝑛 (𝑥) funções reais de variável real, todas definidas no mesmo intervalo [𝑎; 𝑏].
Teorema:
Consideremos a série de funções ∑∞
𝑛=1[𝑓𝑛 (𝑥)], definida no intervalo [𝑎; 𝑏], se:
∀𝑛 ∈ ℕ.
Definição 2: Uma série de potências de 𝑥 é uma série da forma ∑∞ 𝑛
𝑛=1(𝑎𝑛 𝑥 ) com 𝑎𝑛 ∈ ℝ e
∀𝑛 ∈ ℕ.
Teorema de Abel
1) Se a série de potências ∑∞ 𝑛
𝑛=1(𝑎𝑛 𝑥 ) é convergente em 𝑥 ≠ 0, então é absolutamente
Teorema:
𝑎𝑛+1 ∙𝑥 𝑛+1
A série ∑∞ 𝑛
𝑛=1(𝑎𝑛 𝑥 ) é absolutamente convergente se e somente se lim𝑛→∞ | | < 1.
𝑎𝑛 𝑥 𝑛
Teorema:
𝑛
A série ∑∞ 𝑛 𝑛
𝑛=1(𝑎𝑛 𝑥 ) é absolutamente convergente se e somente se lim𝑛→∞ ( √|𝑎𝑛 𝑥 |) < 1.
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𝟏. 𝟔. 𝟐. Intervalo de convergência
Cada série de potências ∑∞ 𝑛
𝑛=1[𝑎𝑛 (𝑥 − 𝑏) ], exactamente uma das seguintes afirmações é
verdadeira:
1) A série converge somente quando 𝑥 = 𝑏
3) Existe um número real positivo 𝑅, tal que a série é absolutamente convergente se |𝑥 − 𝑏| < 𝑅
e é divergente se |𝑥 − 𝑏| > 𝑅.
Neste caso, 𝑅 é chamado raio de convergência da série e o intervalo ]𝑏 − 𝑅; 𝑏 + 𝑅[ é dito
intervalo de convergência da série.
Procedimentos para encontrar o intervalo de convergência de uma série de potência
1) Aplicar o teste da razão 2) Resolver a inequação resultante
3) Analisar os extremos individualmente
𝟏. 𝟔. 𝟑. Raio de convergência
Teorema: O raio de convergência de uma série de potências da forma ∑∞ 𝑛
𝑛=0[𝑎𝑛 (𝑥 − 𝑏) ] é dado
𝑎𝑛
por 𝑅 = lim𝑛→∞ |𝑎 |, desde que o limite exista ou seja igual a infinito. Também podemos
𝑛+1
1
achar o raio da convergência a partir do limite 𝑅 = lim𝑛→∞ ( 𝑛 ), desde que o limite exista ou
√|𝑎𝑛 |
𝑓 (𝑛) (𝑏)
e tem se 𝑓(𝑥) = ∑∞
𝑛=0 [ (𝑥 − 𝑏)𝑛 ]. Para 𝑏 = 0 tem-se a série de Maclaurin, ou seja, a série
𝑛!
𝑓 (𝑛) (0)
da forma: 𝑓(𝑥) = ∑∞
𝑛=0 [ 𝑥𝑛]
𝑛!
Exemplos:
Obtenha o desenvolvimento em séries de potências de 𝑥, das seguintes funções.
1) 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 − 2𝑥 2 − 5𝑥 − 2 de 𝑥 + 4 2) 𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑥 de 𝑥 + 2
𝟏. 𝟗. Séries trigonométricas de Fourier
Definição: Denomina-se série trigonométrica de Fourier de funções cujos termos são obtidos
multiplicando-se os senos e os cossenos dos múltiplos sucessivos da variável independente 𝑥 por
coeficientes que não dependem da variável 𝑥 e são admitidos reais.
1
𝑓(𝑥) = 2 𝑎0 + 𝑎1 𝑐𝑜𝑠(𝑥) + 𝑎2 𝑐𝑜𝑠(2𝑥) + ⋯ + 𝑎𝑛 𝑐𝑜𝑠(𝑛𝑥) + 𝑏1 𝑠𝑒𝑛(𝑥) + ⋯ + 𝑏𝑛 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝑥) + ⋯
1
ou 𝑓(𝑥) = 2 𝑎0 + ∑∞
𝑛=1[𝑎𝑛 𝑐𝑜𝑠(𝑛𝑥) + 𝑏𝑛 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝑥)] (1), em que os coeficientes 𝑎0 , 𝑎𝑛 e 𝑏𝑛 são
1 𝜋
𝑏𝑛 = 𝜋 ∫−𝜋 𝑓(𝑥)𝑠𝑒𝑛(𝑛𝑥) , 𝑛 = 1, 2, 3, … (4)
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Se a função 𝑓(𝑥) é impar, isto é, 𝑓(−𝑥) = −𝑓(𝑥), então a fórmula (1), 𝑎𝑛 = 0 (𝑛 = 0, 1, 2, … )
2 𝜋
e 𝑏𝑛 = 𝜋 ∫0 𝑓(𝑥)𝑠𝑒𝑛(𝑛𝑥) (𝑛 = 1, 2, 3, … ).
Exemplos:
Desenvolver as seguintes funções em séries de Fourier.
−1, se − 𝜋 < 𝑥 ≤ 0
1) 𝑓(𝑥) = { 2) 𝑓(𝑥) = 2𝑥, se 0 < 𝑥 < 1
1, se 0 < 𝑥 < 𝜋
3) 𝑓(𝑥) = 10 − 𝑥, se (5 < 𝑥 < 15)
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𝟐. Exercícios de aplicação
1) Determinar a natureza das seguintes séries:
𝑛! 2 𝑛 4 𝑛−1
𝑎) ∑∞
𝑛=1 [(2𝑛)!] 𝑏) ∑∞
𝑛=1 (3) 𝑐) ∑∞
𝑛=1 (3)
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