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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS

CURSO: ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS

TEMA: SÉRIES INTEIRAS DE PÓTENCIA


TEOREMA DE DIRICHLET
 Eduardo Chico João
 Elton Joaquim Missique
 Egídio Manuel Pinho
 Manuel Castigo
 Kudakwashe Paulo Conoro
 Ivanildo Estevão Boaventura

Chimoio
Maio de 2023
UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS

LICENCIATURA EM ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS

Cadeira: Análise Matemática 1 Período: Laboral

TEMA: SÉRIES INTEIRAS DE PÓTENCIA


TEOREMA DE DIRICHLET

DISCENTES:
 Eduardo Chico João
 Elton Joaquim Missique
 Egídio Manuel Pinho
 Manuel Castigo
 Kudakwashe Paulo Conoro
 Ivanildo Estevão Boaventura

Docente: Ph.D. Fidel Tambo


CHIMOIO
Maio de 2023

Introdução
As séries inteiras de potência são importantes ferramentas matemáticas utilizadas na análise de
diversas áreas, como a física, a engenharia e a estatística. Elas representam funções complexas
como uma soma infinita de potências de uma variável independente, permitindo sua
aproximação de forma eficiente. Neste trabalho, exploraremos a definição e as propriedades das
séries inteiras de potência, além de apresentar exemplos de sua aplicação em problemas práticos.
Para isso, utilizaremos conceitos fundamentais de cálculo e álgebra, buscando fornecer um
entendimento completo sobre o tema.
Objetivo e justificativa

Objetivos Gerais
 Compreender o conceito de série inteira de potência.
 Identificar as propriedades das séries de potência.
 Identificar o intervalo de convergência de uma série de potência.
 Aplicar os diferentes métodos para determinar a soma de uma série de potência.

Objetivos Específicos
 Estudar as propriedades das funções geradoras de séries de potência.
 Investigar as propriedades dos coeficientes das séries de potência.
 Analisar as diferentes técnicas de convergência de uma série de potência.
 Aprofundar a compreensão da aplicação das séries de potência em áreas como
cálculo, análise de funções e teoria dos números.

Metodologia
Revisão dos conceitos básicos de séries numéricas: definição, convergência, divergência,
critérios de convergência (comparação, razão, integral, limite), séries alternadas e absolutamente
convergentes.
SÉRIES INTEIRAS DE PÓTENCIA
Séries inteiras de potência são somas infinitas de termos polinomiais, onde cada termo é um
múltiplo de uma potência da variável x .

A forma geral de uma série inteira de potência é dada por:


2
f ( x )=a ₀+ aₗx + a ₂ x …+aₙxⁿ

Ondea ₀,aₗ , a ₂ ,... são coeficientes constantes e x é a variável de entrada. O expoente n é um


número inteiro não negativo que define a ordem da série.

Essas séries são muito usadas na análise matemática porque muitas funções podem ser expressas
como uma série inteira de potência e, portanto, podem ser aproximadas por um número finito de
termos da série. Além disso, a convergência ou divergência de uma série inteira de potência pode
ser estudada usando o critério de Cauchy-Hadamard.

As series nada mais são do que somas de termos. Por exemplo, quero todos números pares:
2+4+6+8+10+12+…. Note que podemos representar esses números pares por 2n, quando vale 1
meu número par é 2, quando n vale 2 meu número par é 4 e assim por diante, então para somar
todos os números pares eu posso fazer a soma de 2n, com n variando de 1 até o infinito, porque
temos infinitos números pares.

E como isso temos uma série desse jeito aqui:

∑2n
n =1

Onde 2n é o que chamamos de termo geral da série.

Agora vamos pensar nas potências. As potências são termos nos quais temos um número elevado
a um expoente.

Por exemplo: x ² , x ⁴ , x ⁵ , …são potências de x .


Agora quando dizemos que temos uma serie de potencia, estamos dizendo que temos um
somatório de termos que são potencias, ou seja, o termo geral da minha serie é uma potencia.

É da seguinte forma:

∑ cₙxⁿ
n=0

Nós temos uma serie infinita, pois estamos somando infinitos termos. Além disso, podemos
afirmar que é uma serie de potencia porque o termo geral é do tipo cₙxⁿ, são potencias de x.

Esse cₙ representado no termo geral é um coeficiente constante qualquer, que é determinado de


acordo com o valor de n:

Agora vamos expandir essa serie:

∑ cₙxⁿ =c x 0 +cₗ x 1+ c ₂ x2 + c ₃ x ³
n=0

Temos este polinómio

P ( x )=3 x2 +2 x +1

Podemos escrever ele em serie de potencia, desse jeito aqui:


P ( x )=∑ cₙxⁿ =1+2 x+ 3 x ²
n=0

Note que os coeficientes cₙ são: c₀ = 1, cₗ = 2 e c ₂ = 3, e que os demais coeficientes com n maior


que 3 são nulos.
Teorema de Dirichlet
Definição e exemplos: Série geométrica e série de Dirichlet
Definições:

Dada uma sucessão de números reais ( uₙ ) n ∊ ∈¿ chama-se série de números reais ou série
numérica à soma infinita.

+∞
uₗ+u +… uₙ+ …=∑ uₙ
2

n=1

Os números uₗ, u₂, …chamam-se termos da série numérica e o n. ͫ ᵒtermo uₙ é designado por
termo geral da série.

Para calcular, se possível, a série:

+∞

∑ uₙ
n =1

vamos considerar a seguinte sucessão:

Sₗ=uₗ

S ₂=uₗ+u ₂

S ₃=uₗ+u ₂+u ₃

Sₙ=uₗ+u ₂+…+ uₙ
A sucessão (Sₙ)n ∊ ∈¿ chama-se sucessão de somas parciais ou sucessão associada à série.

Se a sucessão ( Sₙ ) n ∊ ∈¿ converge para S, isto é, nlim Sₙ ∊ IR ,diz-se que a série numérica:


→+∞

+∞ +∞

∑ uₙ é convergente , e então ∑ uₙ=S .


n =1 n=1

O número S é chamado soma da série.

Se a sucessão (Sₙ ) n∈IN é divergente, isto é, nlim


→∞
Sₙ não existe ou é infinita, diz-se que a serie

+∞

∑ uₙ é divergente .
n =1

Neste caso, a série não tem soma.

Série geométrica
Uma série geométrica de 1º termo a e de razão r é uma série numérica da forma:

A série geométrica diverge se e só se /r/ ≥1, e converge se e só se /r/ <1, nesse caso,
Estude a natureza da série e, se possível, calcule a sua soma.

Série de Dirichlet

Chama-se série de Dirichlet á série definida por com p ˃ 0. Para p = 1, a serie é


designada por serie harmónica.

A série de Dirichlet é convergente se p ˃ 1, e é divergente se 0˂p ≤1.

Algumas propriedades das séries

Para todo o p ∊ ∈¿ , a serie numérica

+∞

∑ uₙ
n =1

Converge se e só se

+∞

∑ uₙ
n= p

Converge.
Se as séries numéricas são convergentes, com somas S e T respectivamente,
então:

1. A série converge e tem soma S ± T.

2. Para todo o λ∈ IR , a série converge e tem soma λS.

Se a série numérica é convergente e a série é divergente, então a série é


divergente.

Na maior parte dos casos, é difícil determinar a soma de uma série. Por isso, iremos apresentar
alguns critérios que permitem analisar a natureza de uma série, sem recorrer ao cálculo de Sn.

Critério do termo geral para a divergência


A seguir apresenta-se uma condição necessária de convergência de séries numéricas.

Condição necessária de convergência

lim uₙ=0
Se a série numérica é convergente então n →+∞ .

Nota: O recíproco do teorema anterior é falso. A série harmónica pode servir de contra-exemplo.

Na prática, utiliza-se mais a negação do teorema anterior.

Teste da divergência ou Critério do n. ᵐᵒ termo


lim uₙ ≠ 0
n →+∞
Se , então a série numérica é divergente.

Exemplo: Estude a natureza da série

Série de termos não negativos: critérios de Cauchy e de D’ Alembert


Critério de Cauchy ou da Raiz

Sejam

1. Se L ˂ 1, então a série é convergente;

2. Se L ˃ 1 ou L = 1⁺, então a série é divergente;

3. Se L = 1ˉ, então não se pode concluir nada.

Exemplo: Determine a natureza da série

Séries alternadas: Critério de Leibniz


Os critérios de convergência estudados nas secções anteriores, só podem ser aplicados a séries de
termos não negativos. Nesta secção, estudaremos séries cujos termos são alternadamente
positivos e negativos.

Chama-se série alternada à série em que dois termos consecutivos têm sinais opostos, ou seja, é
da forma.
Critério de Leibniz

aₙ ˃0
Se , a série alternada converge se verifica as condições seguintes:

1.

2. a sucessão é decrescente, ou seja,

Nota: Se a primeira condição do teorema anterior não se verifica, podemos concluir, pelo critério
do n. ᵐᵒ termo, que a série é divergente.

Exemplo: Determine a natureza da série

Séries absolutamente convergentes e séries simplesmente convergentes


Esta secção é dedicada ao estudo da convergência de séries numéricas com termos arbitrários.

Convergência Absoluta

Se a série é convergente, então a série também é convergente.

A série diz-se absolutamente convergente se a série é convergente.

A série diz-se simplesmente convergente se a série converge e diverge.

Exemplo: Mostre que a série é absolutamente convergente.


Conclusão
Ao longo deste trabalho, vimos que as séries inteiras de potência possuem uma alta capacidade
de aproximar funções complexas por meio de polinômios, ampliando nosso entendimento sobre
a análise e construção de funções matemáticas. Desde a sua definição e propriedades até sua
aplicação na resolução de problemas, verificamos que as séries de potência apresentam um vasto
campo de estudo e aplicação em diversos ramos da matemática e da física. Além disso,
examinamos diferentes métodos de determinação do raio de convergência e de manipulação de
sequências de coeficientes. Por fim, concluímos que o estudo das séries inteiras de potência é
fundamental para aprofundar nosso conhecimento em análise matemática e para utilizá-las em
diversas aplicações práticas.

Referências bibliográficas
J. Campos Ferreira, Introdução à Análise Matemática, Fundação Gul-

benkian, 8a ed., 2005.

W. Trench, Introduction to Real Analysis, Trinity University, 2003.

A. Ferreira dos Santos, Análise Matemática I e II,Texto de apoio às


aulas, AEIST, 1994-95.

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