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Rui F. Vigelis
rfvigelis@gmail.com
Versão:
2023-12-03 18:05:43
Objetivos:
Capacitar o aluno a identificar e enfrentar os problemas de
Engenharia que possam ser resolvidos com técnicas envolvendo
Séries e Equações Diferenciais.
Frequência:
≥ 75%, que equivale a um máximo de 16 horas em faltas.
Avaliação:
3 avaliações progressivas distribuídas durante o semestre.
Critério de aprovação:
Se 7 ≤ MAPs, o aluno é aprovado por média.
Se 4 ≤ MAPs < 7, o aluno faz a prova de avaliação final.
MAPs + NAF
Se 4 ≤ NAF e 5 ≤ MAF = , o aluno é aprovado.
2
Caso contrário, o aluno é reprovado.
Bibliografia básica:
Leithold, Louis. O Cálculo com Geometria Analítica. Vol. 2,
3a. ed. São Paulo: Harbra, 1994.
Guidorizzi, Hamilton Luiz. Um Curso de Cálculo. Vol. 4, 6a. ed.
Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos, 2018.
Bibliografia complementar:
Lima, Elon Lages.Análise Real: Funções de Uma Variável Real.
Vol. 1, 12a. ed. Rio de Janeiro: IMPA – Instituto de Matemática
Pura e Aplicada, 2017.
Conteúdo:
Sequências e séries (AP1)
A definir (AP2)
A definir (AP3)
Uma sequência de números reais (an ) é uma aplicação que para cada
n ∈ N (ou para cada n ≥ n0 com n, n0 ∈ Z) associa um único número
real an ∈ R.
Definição
Dizemos que o limite de uma sequência (an ) existe se pudermos
encontrar L ∈ R tal que, para cada ε > 0, existir n0 ∈ N tal que
n ≥ n0 ⇒ |an − L| < ε.
Neste caso, dizemos que (an ) tem limite L ou converge para L, o que
denotamos por limn→∞ an = L ou an → L (com n → ∞).
Teorema
O limite L ∈ R de uma sequência (an ), caso exista, é único.
Exemplo
Verifique os limites:
(a) lim c = c, para c ∈ R;
n→∞
1
(b) lim = 0, para k > 0;
n→∞nk
(c) lim r n = 0, para r ∈ (−1, 1);
n→∞
n−1
(d) lim = 1.
n→∞ n+1
Teorema
Sejam (an ) e (bn ) sequências de números reais. Se os limites lim an = L
n→∞
e lim bn = M existirem, então
n→∞
(i) lim (an + bn ) = L + M;
n→∞
(ii) lim an · bn = L · M;
n→∞
an L
(iii) lim = , se M ̸= 0.
n→∞ bn M
Corolário
Sejam (an ) e (bn ) sequências de números reais. Se os limites lim an = L
n→∞
e lim bn = M existirem, então
n→∞
(i) lim can = cL, para qualquer c ∈ R;
n→∞
(ii) lim (an − bn ) = L − M.
n→∞
Exemplo
Encontre os limites:
n−1
(a) lim ;
n→∞ n + 1
n2 + 3n − 1
(b) lim .
n→∞ 2n2 + 5
Exemplo
Mostre que
n
X 1 3
lim = .
n→∞ 3k 2
k=0
Teorema
Seja (an ) uma sequência de números reais, tal que o limite lim an = L
n→∞
existe. Se f (x) é uma função contínua em L (e, portanto, definida numa
vizinhança de L), então
Exemplo
Encontre os limites:
2n2 − 1
(a) lim √ 3
;
n→∞ n6 + 2n + 1
√ √
(b) lim ( n + 1 − n);
n→∞
n2 π
(c) lim sen .
n→∞ 2n + 1 n
Teorema
Seja f (x) uma função real definida no intervalo [a, ∞), para algum
a ∈ R. Considere a sequência (an ) definida por
an = f (n), para n ≥ a,
Exemplo
Calcule os limites:
n−1
(a) lim ;
n→∞ n + 1
n2 + 3n − 1
(b) lim .
n→∞ 2n2 + 5
Exemplo
Mostre que √
n
lim n = 1.
n→∞
Exemplo
Verifique a igualdade x n
e x = lim 1 + ,
n→∞ n
para qualquer x ∈ R.
Definição
Dizemos que uma sequência (an ) é
(i) crescente, se an ≤ an+1 para todo n;
(ii) decrescente, se an ≥ an+1 para todo n.
Uma sequência é dita ser monótona se for crescente ou decrescente.
Exemplo
Determine se as seguintes sequências são crescentes, decrescentes ou não
monótonas:
n
(a) an = 2n+1 ;
1
(b) an = n;
(−1)n+1
(c) an = n .
Exemplo
Mostre que a sequência an = (1 + n1 )n é crescente.
Definição
Uma sequência (an ) é dita ser
(i) limitada superiormente se existir um número real M, chamado de
cota superior, tal que
an ≤ M, para todo n ∈ N;
m ≤ an , para todo n ∈ N;
m ≤ an ≤ M, para todo n ∈ N.
Exemplo
Mostre que a sequência an = (1 + n1 )n é limitada superiormente.
Teorema
Toda sequência convergente é limitada.
Teorema
Toda sequência monótona e limitada é convergente.
Axioma do Completamento
Todo conjunto não vazio de números reais que tenha uma cota inferior,
possui uma cota inferior máxima, chamada de ínfimo. Da mesma forma,
todo conjunto não vazio de números reais que tenha uma cota superior
possui uma cota superior mínima, chamada de supremo.
Exemplo
2n
Verifique que a sequência an = n! é convergente.
Exemplo
Defina a sequência (an ) por a1 = 1 e
√
an+1 = 1 + an , para n ≥ 1.
Exemplo
Mostre que a sequência (an ) definida recursivamente por a1 = 1 e
5 + 5an
an+1 = , para n ≥ 1,
5 + an
√
é crescente e limitada superiormente por 5, e, como consequência,
converge.
Definição
Uma sequência (an ) é chamada de sequência de Cauchy se, para todo
ε > 0, existir um número natural n0 ∈ N tal que
m, n ≥ n0 ⇒ |am − an | < ε.
Exemplo
n+1
Mostre que an = n é uma sequência de Cauchy.
Exemplo
1
Verifique que an = n2 +1 é uma sequência de Cauchy.
Teorema
Uma sequência converge se, e somente se, for uma sequência de Cauchy.
Exemplo
Seja (an ) uma sequência definida por a1 = 1, a2 = 2 e
1
an+1 = (an + an−1 ), para n ≥ 2.
2
Mostre que (an ) é de Cauchy, e, portanto, converge.
Exemplo
Seja (an ) um sequência tal que
Exemplo
Seja (an ) uma sequência definida por a1 = 1 e
1
an+1 = 1 + , para n ≥ 1.
an
Definição
Se (an ) for uma sequência e
sn = a1 + a2 + · · · + an ,
Exemplo
P∞ 1
Encontre uma expressão para as somas parciais da série n=1 n(n+1) .
Exemplo
1
Determine a série que tem somas parciais sn = 2n .
Definição
P∞
Seja n=1 an uma dada série infinita, e seja (sn ) a sequência das somas
parciais que definem a série. Então, se limn→∞ sn existir e for igual a S,
dizemos que a série é convergente, sendo S sua soma. Se limn→∞ sn
não existir, a série será divergente e não terá uma soma.
Exemplo
P∞
Dada a série n=0 21n , encontre uma expressão para as suas somas
parciais sn , e calcule sua soma S.
Exemplo
P∞ 1
Determine se a série n=1 n(n+1) converge ou não, e, caso convirja,
encontre sua soma.
Exemplo
P∞ 1
Verifique se a série n=1 n(n+1)(n+2) converge ou não, e, caso convirja,
encontre sua soma.
Teorema
P∞
Se a série n=1 an for convergente, então limn→∞ an = 0.
Exemplo
Prove que as séries abaixo são divergentes:
P∞ n2 +1
(a) n=1 n2 ;
P∞ n+1
(b) n=1 (−1) 3.
Exemplo
Mostre que as somas parciais da série harmônica não são uma sequência
de Cauchy, e, portanto, a série harmônica não converge.
Teorema
P∞ P∞
Se n=1 an e n=1 bn são duas séries que diferem somente pelo seus m
primeiros termos (isto é, ak = bk se k > m), então ambas convergem ou
ambas divergem.
Exemplo
P∞ 1
Determine se a série n=1 n+4 é convergente ou divergente.
Teorema
P∞ P∞
Seja c uma constante real. Se n=1 an e n=1 bn são séries
convergentes com somas S e R, respectivamente, então
P∞
(i) can é uma série convergente e com soma cS;
Pn=1
∞
(ii) n=1 (an ± bn ) é uma série convergente com soma S ± R.
Teorema
P∞
(i) Seja c uma constante
P∞ não nula. Se a série n=1 an for divergente,
então a série n=1 can também será divergente;
P∞ P∞
(ii) Se a série n=1
P∞an for convergente e a série n=1 bn for divergente,
então a série n=1 (an ± bn ) será divergente.
Exemplo
P∞ 1 1
Determine se a série n=1 4n + 4n é convergente ou divergente.
Teorema
Uma série de termos positivos será convergente se, e somente se, sua
sequência de somas parciais tiver um limitante superior.
Exemplo
P∞ 1
Mostre que a série n=1 n! é convergente.
Exemplo
P∞ 1
Verifique que a série n=1 n2 é convergente.
Exemplo
Determine se as séries a seguir convergem ou divergem:
P∞ 4
(a) n=1 3n +1 ;
P∞ 1
(b) n=1 n .
√
Exemplo
Verifique se as séries abaixo convergem ou divergem:
P∞ n
(a) n=1 n2 +2n+1 ;
P∞ 1
(b) n=1 n2n .
Exemplo
Usando o critério da comparação com limite, determine se as séries a
seguir convergem ou divergem:
P∞ 4
(a) n=1 3n +1 ;
P∞ 1
(b) n=1 n .
√
Exemplo
n3
P∞
Determine se a série n=1 n! é convergente ou divergente.
Exemplo
Verifique se as séries abaixo convergem ou divergem:
P∞
(a) ne −n ;
Pn=0
∞ 1
(b) n=2 ln n ;
n2 +2
P∞
(c) n=1 n5 +2n+1 .
Exemplo
P∞ 1
Use o critério da integral para mostrar que a série p dada por n=1 np
diverge se p ≤ 1 e converge se p > 1.
Exemplo
Determine se as séries abaixo convergem ou divergem:
P∞
(a) ne −n ;
Pn=1
∞
(b) √1
n=2 n ln n ;
Exemplo
Seja p > 0 com p ̸= 1 um real dado. Para quais valores de p, a série
∞
X 1
n=2
n(ln n)p
converge?
Definição
Se an > 0 para todo n ∈ N, então a série
∞
X
(−1)n+1 an = a1 − a2 + a3 − a4 + · · · + (−1)n+1 an + · · ·
n=1
e a série
∞
X
(−1)n an = −a1 + a2 − a3 + a4 − · · · + (−1)n an + · · ·
n=1
Exemplo
P∞
Mostre que a série alternada n=1 (−1)n+1 n1 é convergente. Verifique
P∞
também que n=1 (−1)n+1 n1 = ln(2).
Exemplo
P∞ n n+2
Determine se a série alternada n=1 (−1) n(n+1) é convergente ou
divergente.
Definição
P∞
Dizemos
P∞ que a série n=1 an é absolutamente convergente se a série
n=1 |an | for convergente.
Definição
Uma série que é convergente, mas não absolutamente convergente, é
chamada de condicionalmente convergente.
Teorema
P∞
Se a série n=1 an for absolutamente convergente, ela será convergente e
∞
X ∞
X
an ≤ |an |.
n=1 n=1
Exemplo
P∞ cos 13 nπ
Determine se a série n=1 n2 é convergente ou divergente.
Exemplo
P∞ n+1 n
Determine se a série n=1 (−1) 2n é convergente ou divergente.
Exemplo
P∞ n+2
Já sabemos que a série n=1 (−1)n n(n+1) converge. Verifique se essa
série é absolutamente convergente ou condicionalmente convergente.
Exemplo
Verifique se as séries abaixo convergem ou divergem:
P∞ 2n
(a) n=0 n! ;
P∞ 1·4·7···(3n+1)
(b) n=1 n5 ;
P∞ nn
(c) n=1 n! .
Exemplo
Use o critério da raiz para verificar se as séries abaixo convergem ou
divergem:
P∞ 32n+1
(a) n=1 n2n ;
P∞ 1
(b) n=1 [ln(n+1)]n .
Exemplo
Verifique se as séries abaixo convergem ou divergem:
P∞ n3
(a) n=0 3n ;
P∞ n+2 n
(b) n=1 ( 2n+1 ) .
Exemplo
P∞ sen n
Prove
Pn que a série n=1 n é convergente. Para mostrar que
k=1 sen(k) ≤ M, para algum M > 0, use a igualdade
2 sen( 21 ) sen(n) = cos(n − 12 ) − cos(n + 12 ).
Teorema
P∞
Se a série de potências n=0 an x n for convergente em x = x1 , com
x1 ̸= 0, então ela será absolutamente convergente em todo x ∈ R tal que
|x| < |x1 |.
Teorema
P∞
Se a série de potências n=0 an x n for divergente em x = x2 , então ela
será divergente em todo x ∈ R tal que |x| > |x2 |.
Teorema
P∞
Considere a série de potências n=0 an x n . Então apenas uma das três
possibilidades abaixo se verifica:
(i) a série converge apenas em x = 0;
(ii) a série converge absolutamente em todo x ∈ R;
(iii) existe R > 0 tal que a série converge absolutamente para todo
|x| < R, e diverge para todo |x| > R. Nos extremos −R e R a série
poderá convergir ou não.
Exemplo
Determine o raio de convergência das séries abaixo:
P∞ n n
(a) n=1 n x ;
P∞ x n
(b) n=0 n+2 ;
P∞ x n
(c) n=0 n3 ;
P∞ x n
(d) n=0 n! .
Teorema
P∞
Seja f (x) = n=0 an x n uma série de potências com raio de convergência
0 < R ≤ ∞. Então a função f (x) é contínua para |x| < R. Além disso, a
função f (x) tem primitiva
Z ∞
X an n+1
f (x)dx = x + C,
n=0
n +1
e derivada
∞
X
f ′ (x) = nan x n−1 .
n=1
Exemplo
P∞
Seja f (x) = n=0 an x n uma série de potências com raio de convergência
0 < R ≤ ∞. Mostre que
f (n) (0)
an = , para n ≥ 0.
n!
Com isso, conclua que
∞
X f (n) (0)
f (x) = x n.
n=0
n!
Exemplo
P∞
Seja n=0 an x n uma série de potências com raio de convergência
0 < R ≤ ∞. Suponha que existe r > 0, com r < R, tal que
∞
X
an x n = 0, para todo |x| < r .
n=0
Exemplo
Encontre uma fórmula, expressa em termos de x, para cada uma das
séries de potências:
P∞
(a) nx n , para |x| < 1;
Pn=0
∞ 2 n
(b) n=0 n x , para |x| < 1.
x x(1+x)
R.: (a) (1−x)2 ; (b) (1−x)3 .
A série
∞
a0 X
+ [an cos(nx) + bn sen(nx)]
2 n=1
Exemplo
Encontre a série de Fourier de f (x) = x, para −π ≤ x ≤ π.
P∞
R.: n=1 (−1)n+1 n2 sen(nx).
Exemplo
Encontre a série de Fourier de
f (x) = x 2 , para − π ≤ x ≤ π.
Lema
Sejam f e g duas funções reais contínuas em [−π, π], tais que
f (−π) = f (π) e g (−π) = g (π). Se f e g possuem os mesmos
coeficientes de Fourier, então f (x) = g (x) em [−π, π].
Exemplo
Mostre que a função
(
−1, para − π ≤ x ≤ 0,
f (x) =
x 2 , para 0 < x ≤ π,
Teorema
Seja f : R → R uma função periódica de período 2π, e de classe C 1 por
partes em [−π, π], mas não necessariamente contínua neste intervalo.
Sejam an , n ≥ 0 e bn , n ≥ 1 os coeficientes de Fourier de f . Então, para
todo x ∈ R,
∞
f (x + ) + f (x − ) a0 X
= + [an cos(nx) + bn sen(nx)].
2 2 n=1
Exemplo
Verifique a igualdade
∞
π2 X 4
x2 = + (−1)n 2 cos(nx), para − π ≤ x ≤ π.
3 n=1
n
Exemplo
Mostre que
∞
π 2 X (−1)n − 1
|x| = + cos(nx), para − π ≤ x ≤ π.
2 π n=1 n2
Definição
Uma equação que estabelece uma relação entre a variável independente
x, uma função incógnita y = y (x) e suas derivadas y ′ , y ′′ , . . . , y (n) é
chamada de equação diferencial de ordem n. Expressamos essa relação
como
F (x, y , y ′ , . . . , y (n) ) = 0. (1)
Uma função y = y (x) que satisfaz a relação (1) é dita ser uma
solução da equação diferencial.
Uma relação H(x, y ) = 0 satisfeita por uma solução y = y (x) da
equação diferencial é chamada de solução implícita.
Exemplo
2
Verifique que y = x3 + xc , em que c é uma constante real, é uma solução
da equação diferencial F (x, y , y ′ ) = xy ′ + y − x 2 = 0, para todo x ∈ R.
Exemplo
Mostre que a relação x 2 + y 2 − c = 0, fixada a constante c > 1, é uma
solução implícita da equação diferencial F (x, y , y ′ ) = yy ′ + x = 0 no
intervalo (−1, 1).
F (x, y , y ′ , . . . , y (n) ) = 0
Exemplo
Mostre que y = c1 e x + c2 e −2x é solução geral da equação diferencial
y ′′ + y ′ − 2y = 0,
y (n) = f (x),
Exemplo
Ache a solução geral da equação diferencial
y ′ = cos x + 2x.
R.: y = sen x + x 2 + c1 .
Exemplo
Ache a solução geral da equação diferencial
1
y ′′ = 20x 3 − .
x2
R.: y = x 5 + ln x + c1 x + c2 .
Definição
Um problema de valor inicial (PVI) é uma equação diferencial da forma
Exemplo
Resolva o problema de valor inicial
y ′′′ = e x − cos x,
R.: y = e x + sen x + x 2 + x + 1.
(y ′ )2 − xy ′ + y + 1 = 0, com y (0) = 0,
Teorema (Existência)
Suponha que f (x, y ) é continua num retângulo
R = {(x, y ) : x0 − h < x < x0 + h, y0 − k < y < y0 + k} centrado em
(x0 , y0 ). Então o problema de valor inicial (4) admite uma solução
y = y (x) definida num intervalo (x0 − h1 , x0 + h1 ), para algum h1 > 0.
Teorema (Unicidade)
∂f
Suponha que f (x, y ) e sua derivada parcial ∂x (x, y ) são contínuas num
retângulo R dado como no teorema anterior. Então a solução y = y (x)
do problema de valor inicial (4), cuja existência já é garantida, é única
num intervalo (x0 − h2 , x0 + h2 ), para algum h2 > 0.
Exemplo
Verifique que as condições para a existência e a unicidade da solução do
problema de valor inicial
y ′ = cos x ,
y +1
y (0) = 2,
são satisfeitas.
Exemplo
Verifique que as condições para a existência e a unicidade da solução do
problema de valor inicial
y′ = −x ,
y
y (1) = 0,
são satisfeitas.
© R. F. Vigelis Séries e Equações Diferenciais
Séries e Equações Diferenciais
Equações diferenciais
Definição
Uma equação diferencial de primeira ordem é chamada de separável se
existirem funções funções f (x) e g (y ) tais que
g (y )y ′ = f (x). (5)
Exemplo
Verifique que y = − x 22−1 , para −1 < x < 1, é solução da equação
diferencial separável
y ′ = xy 2 .
Exemplo
Ache a solução geral da equação diferencial 9yy ′ + 4x = 0.
R.: 4x 2 + 9y 2 = c.
Exemplo
Resolva a equação y ′ = 1 + y 2 .
Exemplo
Resolva a equação diferencial
y ′ = ky ,
R.: y = ce kx .
Exemplo
Resolva o problema de valor inicial
y′ = −y ,
x
y (1) = 1.
R.: y = 1/x.
Exemplo
Determine a solução geral de cada equação diferencial abaixo:
x2
(a) y ′ = y2 ;
(b) y ′ = e x−y
;
(c) (1 − x)dy − y 2 dx = 0;
1+y 2
(d) y ′ = 1+x 2 .
Definição
Uma função f de duas variáveis é dita ser homogênea (de grau zero) se
f (λx, λy ) = f (x, y ),
para todos os x, y , λ ∈ R.
Exemplo
Verifique que as funções abaixo são homogêneas:
x +y
(a) f (x, y ) = ;
x
x 3 + xy 2
(b) f (x, y ) = 3 .
y + x 2y
Definição
Uma equação diferencial de primeira ordem
y ′ (x) = f (x, y ),
du
x + u = g (u),
dx
que resulta na equação diferencial separável
du g (u) − u
= .
dx x
Exemplo
x+2y
Encontre a solução geral da equação diferencial y ′ = x .
R.: y = cx 2 − x
Exemplo
y2
Resolva a equação diferencial y ′ = xy +x 2 .
R.: ln |y | = − yx + c.
Exemplo
y 2 −x 2
Resolva a equação diferencial y ′ = 2xy .
R.: (x − c)2 + y 2 = c 2 .
Exemplo
x+y
Resolva a equação diferencial y ′ = x−y .
Definição
Uma equação diferencial da forma
Teorema
Suponha que as funções M, N, ∂N ∂M
∂x e ∂y são contínuas num retângulo
R = (α, β) × (γ, δ). Então a equação diferencial
M(x, y )dx + N(x, y )dy = 0 é exata em R se, e somente se,
∂M ∂N
= .
∂y ∂x
Exemplo
Verifique se a equação diferencial xdx + ydy = 0 é exata ou não.
Exemplo
Verifique se a equação diferencial (x − y )dx + (x + y )dy = 0 é exata ou
não.
Exemplo
Verifique que a equação diferencial
cos(x + y )dx + (3y 2 + 2y + cos(x + y ))dy = 0 é exata.
Exemplo
Resolva a equação diferencial
cos(x + y )dx + (3y 2 + 2y + cos(x + y ))dy = 0.
R.: sen(x + y ) + y 3 + y 2 = c.
Exemplo
Determine o valor de b para o qual a equação diferencial
(xy 2 + bx 2 y )dx + (x + y )x 2 dy = 0 é exata e resolva a equação para este
valor de b.
x2y 2
R.: b = 3; 2 + x 3 y = c.
é exata.
As soluções da equação (7) também são soluções da equação
original (8).
Exemplo
y
Mostre que µ(x, y ) = x é um fator integrante para a equação diferencial
ydx + 2x ln(x)dy = 0,
R.: y 2 ln(x) = c.
Seja M(x, y )dx + N(x, y )dy = 0 uma equação diferencial não exata
com fator integrante µ(x, y ).
Sendo a equação M(x, y )µ(x, y )dx + N(x, y )µ(x, y )dy = 0 exata,
obtemos
∂ ∂
(Mµ) = (Nµ).
∂y ∂x
Expandindo os termos da igualdade acima, chegamos a
∂M ∂µ ∂N ∂µ
µ+M = µ+N ,
∂y ∂y ∂x ∂x
e, assim,
∂µ ∂µ ∂M ∂N
N− M=µ − .
∂x ∂y ∂y ∂x
Essa equação, que determina o fator integrante, é muito difícil de
ser resolvida.
Teorema
Seja M(x, y )dx + N(x, y )dy = 0 uma equação diferencial não exata.
( ∂M ∂N
∂y − ∂x )
(i) Se N = h(x), então a equação admitirá o fator integrante
R
h(x)dx
µ(x) = e .
( ∂M ∂N
∂y − ∂x )
(ii) Se M = f (y ), então a equação admitirá o fator integrante
R
µ(y ) = e − f (y )dy
.
( ∂M − ∂N )
∂y ∂x
(iii) Se xM−yN = g (t), com t = xy , então a equação admitirá o fator
integrante R
µ(t) = e − g (t)dt .
Exemplo
o problema de valor inicial 2 sen(y 2 )dx + xy cos(y 2 )dy = 0, com
Resolvap
y (2) = π/2.
1 4
R.: 2x sen(y 2 ) = 8.
Exemplo
Resolva a equação diferencial (x 2 + y 2 )dx + (x 3 + 3xy 2 + 2xy )dy = 0.
Exemplo
Resolva a equação diferencial
6 x2 3y
3x + dx + + dy = 0.
y y x
R.: x 3 y + 3x 2 + y 3 = c.
© R. F. Vigelis Séries e Equações Diferenciais
Séries e Equações Diferenciais
Equações diferenciais
Definição
A equação diferencial
y ′ + p(x)y = f (x)
é chamada de linear (não homogênea) de primeira ordem. Se
f (x) = 0 a equação diferencial acima é adicionalmente chamada de
homogênea.
Teorema
Seja p(x) uma função contínua num intervalo I . A equação diferencial
y ′ + p(x)y = 0
y = Ce −P(x) .
Exemplo
Resolva a equação diferencial
y ′ + y cos x = 0,
sujeita a
(a) y (0) = 1/2;
(b) y (2) = 1/2.
Exemplo
Encontre a solução da equação diferencial y ′ + 3y /x = 0, com y (1) = 2,
para x > 0.
R.: y = 2x −3 .
Teorema
Sejam p(x) e f (x) funções contínuas num intervalo I . A equação
diferencial
y ′ + p(x)y = f (x),
possui solução geral no intervalo I dada por
Z
y (x) = e −P(x) e P(x) f (x)dx + C ,
em que Z
P(x) = p(x)dx.
que resulta em
d
(ye P(x) ) = e P(x) f (x).
dx
Como resultado da integral de ambos os lados da igualdade acima,
temos Z
ye P(x) = e P(x) f (x)dx + C
e, assim, Z
−P(x) P(x)
y (x) = e e f (x)dx + C ,
Exemplo
Encontre a solução da equação diferencial y ′ + 3y /x = x 2 , com
y (1) = 1/2.
R.: y = 61 x 3 + 13 x −3 .
Exemplo
Determine a solução geral da equação diferencial y ′ − 2xy = x.
2
R.: y = − 12 + ce x .
Exemplo
Encontre a solução geral da equação diferencial y ′ + y = xe x .
R.: y = ( 12 x − 41 )e x + ce −x .
A equação
u ′ = (1 − α)y −α y ′
Exemplo
Resolva a equação y ′ = y + e −3x y 4 .
ex
R.: y = (c−3x)1/3
.
Exemplo
y √
Resolva a equação y ′ = − y , para x > 0.
x
√
R.: y = (x − c x)2 .
Exemplo
Resolva a equação y ′ = y − y 3 .
com (
y (x0 ) = y0 ,
y ′ (x0 ) = y1 .
Assuma que as funções p(x), q(x) e f (x) são contínuas no intervalo
[a, b]. Se x0 ∈ [a, b] e se y0 e y1 forem números reais quaisquer, então a
equação diferencial (10) tem uma única solução y (x) no intervalo [a, b].
então
y (x) = c1 y1 (x) + c2 y2 (x)
também é solução, dadas constantes reais quaisquer c1 e c2 .
Definição
Dizemos que duas soluções y1 e y2 formam um conjunto fundamental
de soluções de (11) se qualquer solução de (11) pode ser expressa como
uma combinação linear de y1 e y2 .
satisfazendo
y = c 1 y1 + c 2 y2 .
Definição
A expressão
y1 (x0 ) y2 (x0 )
W (y1 , y2 )(x0 ) = det ′
y1 (x0 ) y2′ (x0 )
é chamada de Wronskiano de y1 e y2 no ponto x0 .
Exemplo
Considere a equação diferencial
Definição
Dizemos que duas funções reais y1 (x) e y2 (x) são linearmente
independentes no intervalo (a, b) se não é possível escrever uma delas
como múltiplo da outra, isto é, se não existe c ∈ R tal que
y1 (x) = cy2 (x). Se duas funções não são linearmente independentes,
dizemos que elas são linearmente dependentes.
Exemplo
Considere as funções y1 (x) = x 2 e y2 (x) = x|x|. Mostre que y1 e y2 são
linearmente independentes em R.
Teorema
Sejam y1 e y2 funções deriváveis no intervalo aberto (a, b).
(i) Se y1 e y2 são linearmente dependentes em (a, b), então
W (y1 , y2 )(x) = 0, para todo x ∈ (a, b).
(ii) Se W (y1 , y2 )(x0 ) ̸= 0 para algum x0 ∈ (a, b), então y1 e y2 são
linearmente independentes em (a, b).
y ′′ + p(x)y ′ + q(x)y = 0.
Exemplo
Calcule o Wronskiano das duas soluções independentes da equação
diferencial
ou
W (y1 , y2 )(x) ̸= 0, para todo x ∈ (a, b).
Exemplo
Seja y1 = x uma solução da equação diferencial homogênea de segunda
ordem
x 2 y ′′ + xy ′ − y = 0, x > 0.
Encontre a sua solução geral.
R.: y = c1 x + c2 x1 .
y ′′ + ay ′ + by = 0,
λ2 + aλ + b = 0.
y (x) = c1 e λ1 x + c2 e λ2 x .
Exemplo
Resolva o seguinte problema de valor inicial:
′′ ′
y + y − 2y = 0,
y (0) = 1,
′
y (0) = 1.
R.: y (x) = e x .
Exemplo
Resolva o seguinte problema de valor inicial:
′′ ′
y + 4y + 4y = 0,
y (0) = −2,
′
y (0) = 7.
Exemplo
Resolva o seguinte problema de valor inicial:
′′ ′
2y − 4y + 8y = 0,
y (0) = 1,
′
y (0) = 0.
√ √
R.: y (x) = (cos 3x − √13 sen 3x)e x .
se reduz a
yp′ = u1 y1′ + u2 y2′ .
Temos, então,
u1 [y1′′ +p(x)y1′ +q(x)y1 ]+u2 [y2′′ +p(x)y2′ +q(x)y2 ]+u1′ y1′ +u2′ y2′ = f (x).
Com isso, temos o sistema linear com respeito às variáveis u1′ e u2′ :
(
u1′ y1 + u2′ y2 = 0,
u1′ y1′ + u2′ y2′ = f (x).
Exemplo
Resolva a equação y ′′ − 3y ′ + 2y = e x sen x.
Exemplo
Considere a equação diferencial
(1 − x)y ′′ + xy ′ − y = 1 − x.
y ′′ + py ′ + qy = f (x),
1o Caso: f (x) = a0 + a1 x + a2 x 2 + · · · + an x n .
Admitiremos como solução particular a função
yp (x) = A0 + A1 x + A2 x 2 + · · · + An x n .
Exemplo
(a) Determine o solução geral da equação y ′′ − 5y ′ + 6y = 2x 2 − 1.
(b) Resolva o problema de valor inicial y ′′ + 2y ′ = 12x 2 , com y (0) = 0 e
y ′ (0) = 1.
2
R.: (a) y = c1 e 2x + c2 e 3x + x3 + 5x
9 +
5
27 ;
(b) y = −1 + e −2x + 2x 3 − 3x 2 + 3x.
2o Caso: f (x) = e kx .
Admitiremos como solução particular a função
yp (x) = Ae kx .
Exemplo
(a) Determine a solução geral da equação y ′′ − 7y ′ + 12y = 3e −x .
(b) Determine a solução geral da equação y ′′ − 7y ′ + 10y = 8e 2x .
(c) Resolva o problema de valor inicial y ′′ − 4y ′ + 4y = 8e 2x , com
y (0) = 1 e y ′ (0) = 5.
3 −x
R.: (a) y = c1 e 3x + c2 e 4x + 20 e ; (b) y = c1 e 2x + c2 e 5x − 38 xe 2x ; (c)
y = (1 + 3x + 4x 2 )e 2x .
Exemplo
Resolva as seguintes equações:
(a) y ′′ − 4y ′ + 3y = 3 sen(2x);
(b) y ′′ + y = 4 sen x.
3
R.: (a) y = c1 e x + c2 e 3x − 65 (sen 2x − 8 cos 2x);
(b) y = c1 cos x + c2 sen x − 2x cos x.
y p = y p1 + · · · + y pn ,
Exemplo
Resolva as seguintes equações:
(a) y ′′ − 9y = e 2x + 5e 3x ;
(b) y ′′ − y = 3 sen x − e 2x + 1.
Exemplo
Resolva as seguintes equações:
(a) y ′′ + 9y = (x 2 + 2)e 3x ;
(b) y ′′ − 6y ′ + 9y = e x sen x.
19 1 1 2 3x
R.: (a) y = c1 cos 3x + c2 sen 3x + ( 162 − 27 x+ 18 x )e ;
3x 3 4
(b) y = (c1 + c2 x)e + ( 25 sen x + 25 cos x)e x .
fi (x) y pi
Pn (x) = an x n + · · · + a0 x s (An x n + · · · + A0 )
e αx Ax s e αx
Pn (x)e αx x (An x + · · · + A0 )e αx
s n
Definição
Uma solução de (17) é uma função y = h(x) definida num intervalo
I ⊆ R, que tem derivadas y ′ = h′ (x), y ′′ = h′′ (x), . . . , y (n) = h(n) (x), e
satisfaz a equação (17) para todo x no intervalo I .
Exemplo
Mostre que xe −x é uma solução da equação y (4) + 2y ′′′ + y ′′ = 0 para
todo x ∈ R.
Definição
Um problema de valor inicial da equação diferencial linear de ordem n
consiste na equação
e n condições iniciais
y (x0 ) = y0 ,
y ′ (x0 ) = y1 ,
.. (19)
.
y (n−1) (x0 ) = yn−1 .
Definição
As funções y1 , . . . , yn são chamadas de linearmente independentes no
intervalo I = (a, b) se não existem constantes c1 , . . . , cn tais que
exceto se c1 = · · · = cn = 0.
Teorema
As funções deriváveis y1 , . . . , yn são linearmente independentes no
intervalo I se e somente se o Wronskiano dessas funções é diferente de
zero, isto é,
···
y1 (x) yn (x)
y1′ (x) ··· yn′ (x)
0 ̸= W (y1 , . . . , yn )(x) = det .. .. .. ,
. . .
(n−1) (n−1)
y1 (x) · · · yn (x)
em I .
Teorema
Suponha que as funções p1 (x), . . . , pn (x) são contínuas e deriváveis no
intervalo aberto (a, b) e as funções y1 (x), . . . , yn (x) são soluções da
equação homogênea
λn + an−1 λn−1 + · · · + a1 λ + a0 = 0.
y1 = e λ1 x , . . . , yn = e λn x .
Exemplo
(a) Determine a solução geral da equação y (4) − 13y ′′ + 36y = 0.
(b) Resolva o problema de valor inicial y (3) − 5y ′′ − 22y ′ + 56y = 0,
y (0) = 1, y ′ (0) = −2, y ′′ (0) = −4.
y1 = e λi x , y2 = xe λi x , . . . , yk = x k−1 e λi x .
Exemplo
(a) Determine a solução geral da equação
y (4) + y ′′′ − 3y ′′ − 5y ′ − 2y = 0.
(b) Resolva o problema de valor inicial y ′′′ − y ′′ − y ′ + y = 0, y (0) = 2,
y ′ (0) = 1, y ′′ (0) = 0.
Exemplo
Resolva as seguintes equações:
(a) y (4) − y = 0;
(b) y (5) + 12y (4) + 104y ′′′ + 408y ′′ + 1156y ′ = 0.
é dada por
y = yc + yp ,
em que yc é a solução geral da equação homogênea associada, e yp
é uma solução particular.
A solução particular yp pode ser encontrada pelo Método dos
Coeficientes a Determinar, que foi estudado anteriormente.
Exemplo
Resolva as equações diferenciais:
(a) y ′′′ − 4y ′ = 1 − 3x;
(b) y ′′′ − 3y ′′ + 3y ′ − y = 10xe x .
Definição
Seja f : [0, ∞] → R uma função. A transformada de Laplace de f (t),
denotada por L{f }(s) ou F (s), é definida pela integral
Z ∞ Z A
−st
L{f }(s) = F (s) = f (t)e dt = lim f (t)e −st dt,
0 A→∞ 0
Teorema (∗)
Se f : [0, ∞] → R é uma função contínua por partes, e se existem
constantes a > 0, M > 0 e T > 0 tais que
Exemplo
Determine a transformada de Laplace da função f (t) = t n , para t ≥ 0, e
n ≥ 0.
n!
R.: L{t n }(s) = s n+1 , para s > 0.
Exemplo
Determine a transformada de Laplace de f (t) = e at , com a ∈ R.
1
R.: L{e at }(s) = s−a , para s > a.
Exemplo
Determine a transformada de Laplace de sen(at) e cos(at).
Lema
Se α e β são constantes, então
Exemplo
Determine a transformada de Laplace de senh(at) e cosh(at).
a s
R.: L{senh(at)}(s) = s 2 −a2 , para s > |a|; L{cosh(at)}(s) = s 2 −a2 , para
s > |a|.
Exemplo
Calcule
(a) L{1 + 5t};
(b) L{4e −3t − 10 sen 2t}.
1 5 4 20
R.: (a) s + s2 ; (b) s+3 − s 2 +4 .
Teorema
Se f (t) e g (t) satisfazem as hipóteses do Teorema (∗), e se
Exemplo
Calcule:
(a) L−1 { s−2
1
};
(b) L−1 { s15 };
(c) L−1 { s 21+4 };
(d) L−1 { s 2s+3 }.
t4 sen(2t) √
R.: (a) e 2t ; (b) 4! ; (c) 2 ; (d) cos( 3t).
Lema
Se α e β são constantes, então
Exemplo
Calcule:
(a) L−1 { s64 − 2
s 2 +4 };
(b) L−1 { −2s+6
s 2 +4 }.
Exemplo
Determine a transformada inversa de Laplace das seguintes funções:
(a) L−1 { (s+1)(s+2)
1
};
(b) L−1 { (s−1)(s
3s+1
2 +1) }.
Lema
(a) Se L{f }(s) = F (s) e a for um número real qualquer, então
Exemplo
Calcule:
(a) L{e −2t cos 3t};
(b) L{e 5t t 3 };
(c) L−1 { (s−3)
1
5 };
Definição
A função degrau unitário é definida como
(
1, se t ≥ 0,
U(t) =
0, se t < 0.
Exemplo
Determine a transformada de Laplace da função degrau unitário U(t − a).
e −as
R.: L{U(t − a)} = s .
Exemplo
Expresse
2
t − t + 3, se 0 ≤ t < 2,
f (t) = e t , se 2 ≤ t < 5,
2t sen t, se 5 ≤ t,
Exemplo
Expresse
2 t
t e , se 0 ≤ t < 3,
f (t) = cos t, se 3 ≤ t < 6,
2t, se t ≤ 6,
Lema
(a) Se L{f }(s) = F (s) e a for um número real qualquer, então
Exemplo
Calcule a transformada de Laplace das seguintes funções:
(a) f (t) = sen(t)U(t − π);
(
cos(t − 2π/3), se t > 2π/3,
(b) f (t) =
0, se t < 2π/3,
2,
se 0 ≤ t < 2,
(c) f (t) = −1, se 2 ≤ t < 3,
0, se 3 ≤ t,
(
e −t , se 0 ≤ t < 5,
(d) f (t) =
−1, se t > 5,
−2s
2πs e −3s
R.: (a) − s 21+1 e −πs ; (b) e − 3
s
s 2 +1 ; (c) 2
s − 3e s + s ;
1 e −5s−5 e −5s
(d) s+1 − s+1 − s .
Exemplo
Calcule:
−2s
(a) L−1 { es−4 };
−πs/2
(b) L−1 { ses 2 +9 };
−2πs/3
(c) L−1 { ses 2 +9 };
−3s
(d) L−1 { (s−5)
e
2 +16 }.
Lema
Se F (s) = L{f }(s), então
Mais geral,
F (n) (s) = L{(−t)n f (t)}(s),
e, portanto,
L{t n f (t)}(s) = (−1)n F (n) (s).
Exemplo
Determine a transformada de Laplace de t 2 sen(5t).
5(6s 2 −50)
R.: (s 2 +25)3 .
Lema
Seja y (t) uma função n vezes derivável e satisfazendo as hipóteses do
Teorema (∗), então
L{y (n) }(s) = s n Y (s)−s n−1 y (0)−s n−2 y ′ (0)−· · ·−sy (n−2) (0)−y (n−1) (0),
e
L{y ′′ }(s) = s 2 Y (s) − sy (0) − y ′ (0).
Exemplo
Use a transformada de Laplace para encontrar y (t):
(a) y ′ + 4y = e −4t , com y (0) = 2;
(b) y ′ − y = 1 + te t , com y (0) = 0;
(c) y ′′ + 2y ′ + y = 0, com y (0) = 1 e y ′ (0) = 1;
(d) y ′′ − 4y ′ + 4y = t 3 e 2t , com y (0) = 0 e y ′ (0) = 0.