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e, nesse caso dizemos que temos uma Sequência Finita, ou as listas podem ter uma
quantidade infinita de termos como, por exemplo, a lista
1 2 3 4
, , , ,···
3 5 7 9
que nesse caso é chamada de Sequência Infinita. Nesse estudos estaremos traba-
lhando apenas com sequências infinitas. Portanto, a partir de agora sempre que
usarmos a palavra “sequência” estaremos nos referindo à sequências infinitas.
A definição formal de uma sequência é apresentada a seguir.
s: N → R
.
n 7→ s (n) = a n
Observe que cada elemento de uma sequência é representado por sua imagem e
que, além disso, a sequência é uma lista de números ordenados. Dessa forma temos
que o primeiro termo da sequência é o a 1 , o segundo a 2 , o terceiro a 3 e assim por
diante. Consequentemente, um termo de posição n é representado por a n , que é
chamado de n -ésimo termo da sequência. Dessa forma, s pode ser representada
por
s = (a 1 , a 2 , a 3 , · · · , a n , · · · ) , n ∈ N.
Vejamos alguns exemplos.
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b) Temos que s = , , , , · · · , é a sequência formada por toda fração tal que a n =
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n
, com n ∈ N. Portanto, s pode ser representada por
n +1
n
s= .
n +1
(−1)n (n + 1)
c) Temos que s = , é a sequência cujo termo geral é dado por a n =
3n
(−1)n (n + 1)
, n ∈ N. Assim, temos que s fica dada por
3n
2 1 4 5
s = − , ,− , ,··· .
3 3 27 81
p
d) Temos que a sequência s = n − 3 só faz sentido se n ≥ 3. Assim, como o termo
p
geral sequência é a n = n − 3, temos que s fica dada por
p p p
s = 0, 1, 2, 3, 4, · · · , n ∈ {3, 4, 5, · · · }.
n π
e) Temos que s = cos , com n ∈ N é a sequência cujo termo geral dado por
nπ 6
a n = cos . Assim, considerando zero como um número natural, temos que s
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fica dada por
f) Temos que uma sequência onde todos os termos são iguais, ou seja, uma sequência
da forma s = (a , a , a , · · · ), a ∈ R, é chamada de Sequência Constante.
1
g) Na sequência s = cada termo a n é obtido pelo inverso do valor da posição
n
que ele ocupa na lista. Assim, temos que s fica dada por
1 1 1
s = 1, , , , · · · .
2 3 4
Parece natural comparar duas listas. A primeira comparação que podemos fazer
é verificar se elas são, ou não iguais, como definiremos a seguir.
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Em outras palavras, duas sequências são iguais se todos os seus termos, nas po-
sições correspondentes, são iguais. Dessa forma, como na sequência todos os ele-
mentos possuem uma ordenação, é possível que duas sequências tenham os mes-
mos elementos (como conjuntos) mas que elas não sejam iguais. Vejamos alguns
exemplos.
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(
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, se n for par
Exemplo 0.1.2 Considere a sequência s = e t = (bn ) onde bn = n + 2 .
n 1, caso contrário
1 1 1 1 1 1
Observe que s = 1, , , , · · · e que t = 1, , 1, , 1, , · · · . Logo, os elementos
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das duas sequências são os mesmos, contudo elas como sequências elas são clara-
mente diferentes.
Definição 0.1.3 Seja s = (a n ) uma sequência. Dizemos que s tem o Limite L , quando
n → +∞, e escrevemos
lim s = L ou lim s = L ou s → L ,
n →+∞
se para todo ε > 0 existe um número natural n0 tal que |a n −L | < ε sempre que n > n0 .
Como estamos definindo o limite se uma sequência da mesma forma que limi-
tes de funções, iremos usar as propriedades já estudadas para calcular limites de
funções para calcular limites de sequências. O teorema a seguir será usado para
nos garantir que isso é possível.
Demonstração: Exercício.
Vejamos a aplicação nos exemplos a seguir.
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Exemplo 0.1.3 Seja s a sequência dada por s = . Calcule lim s .
n
Portanto, lim s = 0.
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n
Exemplo 0.1.4 Seja s a sequência dada por s = . Calcule lim s .
2n + 1
n 1 1 1 1
lim s = lim = lim = = = .
n→+∞ 2n + 1 n→+∞ 1 1 2+0 2
2+ 2 + lim
n n→+∞ n
1
Portanto, lim s = .
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Existem sequências que possuem limites e outras que não. Usaremos esse fato
para definir Convergência.
Definição 0.1.4 Seja s = (a n )n∈N uma sequência. Se lim s = L , então, dizemos que s
é uma sequência Convergente e que s Converge para L . Caso contrário, dizemos que
s é Divergente.
4n 2 4 4
lim s = lim = lim = = 2.
n→+∞ 2n 2 + 1 n→+∞ 1 2+0
2+
n2
4n 2
Portanto, a n = → 2 quando n → +∞ e, consequentemente, temos que a
2n 2 +2 1
4n
sequência s = é convergente.
2n 2 + 1
Como 0 < |r | < 1, segue que ln(|r |) < 0 e, consequentemente, n ln(|r |) < 0. Assim,
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Demonstração: Exercício.
Em geral usamos a contra-positiva desse teorema para provar que o limite de
uma sequência não existe, ou seja, mostramos que duas subsequências distintas
da sequência possuem limites diferentes, logo a sequência é divergente. Veja um
exemplo.
s = (0, 2, 0, 2, 0, 2, · · · ).
Então, temos que na sequência s , se n é par temos que a n é constante e igual a dois
e se n é ímpar, então, a n é constante e igual a 0. Dessa forma, temos que a 2n → 2 e
a 2n+1 → 0. Portanto, a sequência é divergente.
Os teoremas de limites para sequências são análogos aos que foram desenvol-
vidos no estudo de limites de funções. Contudo, usamos no enunciado desses teo-
remas a termologia de sequências. Agora vamos apresentar alguns resultados, mas
as suas demonstrações serão deixadas como exercícios, visto que elas são análogas
as suas correspondentes a limites de funções.
Demonstração: Exercício.
Vejamos um exemplo.
n2 π
Exemplo 0.1.8 Verifique se a sequência s = sen é convergente e, nesse
2n + 1 n
caso, encontre o valor do seu limite.
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0.2 Exercícios
Exercício 0.2.1 Represente a sequência (a n ) na forma explicita (a 1 , a 2 , a 3 , · · · , a n , · · · ),
em cada caso a seguir.
n 3 − 2n 2
a) a n = (−1)n ; e) a n = ;
n +1 i) a n = ;
n2 − 1
1 f ) a n = n !;
b) a n = ; ln(n)
2n 2 j) a n = ;
n +1 n2
c) a n = n ; g) a n = ;
2n − 1 k) a n = tanh(n );
(−1)n − 1 n2 + 1 n nπ
d) a n = ; h) a n = ; l) a n = sen .
2 n n +1 2
Exercício 0.2.2 Determine se cada uma das sequências (a n ), cujo termo geral é apre-
sentado a seguir, é convergente ou divergente.
p p
2n 2 + 1 2n 2 + 3n + 5 i) a n = n + 1 − n;
a) a n = ; e) a n = ;
3n 2 − n n4
p p
n 2 + 10 en j) a n = 2n + 3− 2n − 3;
b) a n = ; f ) an = ;
2n 3 + 1 n v
t 2n + 5
3n 3 + 1 ln(n) k) a n = ;
c) a n = ; g) a n = ; n +1
2n 2 n
2n 2 + 3n + 5 senh(n) sen(n )
d) a n = ; h) a n = ; l) a n = .
n2 + 1 sen(n ) n
Exercício 0.2.3 Seja (a n ) e (bn ) duas sequências tais que a n → L e bn → L . Prove que
se existe um n0 ∈ N tal que a n < cn < bn , para todo n > n0 , então cn → L .
Exercício 0.2.4 Seja (a n ) e (bn ) duas sequências tais que a n → L e bn → M . Prove que
se existe um n0 ∈ N tal que a n ≤ bn , para todo n > n0 , então L ≤ M .
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n2 n2
Exercício 0.2.5 Mostre que as sequências e divergem. Mostre
n −3 n∈N
n +4 n∈N
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n n2
que a sequência − converge.
n − 3 n + 4 n∈N
Exercício 0.2.7 Seja (a n ) uma sequência convergente com a n → L . Prove que a sequên-
cia (bn ), com bn = (a n )2 converge para L 2 .
Exercício 0.2.8 Seja (a n ) uma sequência convergente com a n → L . Prove que a sequên-
cia (bn ), com bn = |a n | converge para |L |.