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Resumo estratégico
Ruído (acústica)
Em acústica, ruído refere-se a sons indesejados, não harmônicos e muitas vezes perturbadores,
caracterizados pela falta de padrão e pela presença de múltiplas frequências. O ruído pode ser prejudicial ao
ambiente sonoro desejado e interferir na comunicação ou no conforto auditivo.
• As ondas sonoras são produzidas por deformações provocadas pela diferença de pressão em um
meio elástico: sólido, líquido ou gasoso, sendo imprescindível a existência deste meio para sua
propagação. Assim, frise-se que, por ser uma onda mecânica, o som não se propaga no vácuo.
• O som é uma sensação auditiva provocada por variações de pressão geradas por uma fonte de
vibração. Trata-se de um movimento ondulatório caracterizado por uma intensidade, uma
frequência e uma velocidade de propagação.
• O ruído é uma interpretação subjetiva e desagradável do som. Na higiene ocupacional costuma-se
denominar barulho ou ruído todo som que seja indesejável, errático.
O som é uma sensação auditiva provocada por variações de pressão geradas por uma
fonte de vibração, sendo classificado como uma onda mecânica longitudinal
tridimensional. Por sua vez, o ruído é uma interpretação subjetiva e desagradável do
som.
Para que as ondas sonoras estimulem o aparelho auditivo do ser humano devem ser preenchidas as
seguintes características:
• Frequência: número de vibrações por unidade de tempo, ou ainda o número de repetições das
flutuações de pressão ou ciclos/segundo ou número de ciclo/segundo (1ciclo/segundo = 1HZ). É
determinada pela contagem do número de frentes de onda que passam por um certo ponto em um
determinado tempo. Deve situar-se entre 20 e 20.000 Hz. Frequências sonoras inferiores a 20 Hz são
chamados de infrassom, ao passo que as frequências superiores a 20.000 Hz (20 kHz) de ultrassom.
Em ambos os casos, não são captadas pelo aparelho auditivo.
• Nível de pressão sonora: é dado em Pascal (Pa) que equivale a um Newton por Metro Quadrado
(N/m²) e deve atingir um valor mínimo denominado limiar de audibilidade, admitido pela
comunidade científica como sendo 2 X 10-5 N/m², valor este convencionado como zero dB (zero
Decibel). Níveis de pressão sonora entre 2 X 10-5 N/m² e 200 N/m² estão dentro da faixa audível.
Valores de pressão abaixo de 2 X 10-5 N/m² estão abaixo do limiar auditivo, não podendo ser
O ruído é contínuo quando a variação do nível de pressão sonora atinge 3 dB durante um período superior
a 15 minutos. É intermitente quando o nível de pressão sonora varia até 3 dB em períodos inferiores a 15
minutos e superiores a 0,2 segundo. É de impacto quando não se enquadrar nas condições anteriores.
• Eliminação da fonte;
• Seleção de máquinas ou equipamentos menos ruidosos;
• Manutenção: elaboração de planos de manutenção preventiva e corretiva como por
exemplo, balanceamento periódico de máquinas rotativas e lubrificação de
Controle do
rolamentos;
risco na
• Modificação das fontes geradoras: Instalação de silenciadores em sistemas de ar
fonte
comprimido, compressores, bicos de saída de ar, válvulas pneumáticas, condutores
de sistemas de ventilação etc.; utilização de bases rígidas na montagem de máquinas
e equipamentos para redução da vibração (isolamento de máquina), ou de sistemas
de amortecimento para reduzir a transmissão da vibração;
• Não sendo possível o controle na fonte, o segundo passo é a verificação de possíveis
medidas aplicadas no meio ou trajetória. Quando o som incide sobre uma superfície,
Controle na uma parte é refletida, outra absorvida e uma transmitida.
trajetória • Em resumo, as medidas de controle coletivo do ruído através da intervenção em sua
trajetória baseiam-se em dois mecanismos: absorção (que reduz a energia refletida)
e/ou isolamento (que evita a transmissão).
Vibrações
Entende-se por vibração ou trepidação qualquer movimento que o corpo executa em torno de um ponto
fixo, podendo ser um movimento regular ou irregular (quando não segue nenhum padrão determinado).
trata-se de um movimento oscilatório de um corpo devido a forças desequilibradas de componentes
rotativos e movimentos alternados de uma máquina ou equipamento.
As metodologias e procedimentos de avaliação das VCI e VMB são especificadas, respectivamente, pelas
NHOs 09 e 10 da Fundacentro. Em ambos os casos, existem três variáveis fundamentais que caracterizam
ou estão envolvidas na avaliação das vibrações:
a) direção medida em três eixos (direções): a natureza vetorial da vibração requer a avaliação em três
direções ortogonais: x, y e z, seja no caso das VCI (Figura 1.8a), seja no caso das VMB (Figura 1.8b);
b) magnitude: expressa pela raiz média quadrática da resultante obtida (√𝑎𝑥2 + 𝑎𝑦2 + 𝑎𝑧2 ), dada em
m/s², em que 𝑎𝑥 , 𝑎𝑦 e 𝑎𝑧 correspondem, respectivamente, as acelerações resultantes nas direções x,
y e z;
c) frequência: medida através de bandas de oitava, dada em Hz (Hertz).
(a) (b)
Figura: (a) eixos ortogonais para caracterização das VCI, (b) eixos ortogonais para caracterização das VMB.
Os principais problemas são artroses nos cotovelos e problemas motores (formigamento e adormecimento).
Calor
O calor é uma condição de risco de natureza física presente em muitos ambientes de trabalho. Quando um
trabalhador labora próximo a uma fonte artificial de calor, ou mesmo exposto a luz solar (fonte natural), seu
organismo passa a ter dificuldade em manter o equilíbrio homeotérimco1, experimentando um aumento na
sua temperatura2 corporal.
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Equilíbrio homeotérmico: é a capacidade do organismo de manter a temperatura central do corpo
constante.
2
Temperatura: é o estado de agitação das partículas de um corpo, caracterizando seu estado térmico.
Quanto mais agitadas estiverem essas moléculas, maior será sua temperatura. Quando menos agitadas
essas moléculas, menor será sua temperatura.
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O metabolismo, que é variável interna ou variável fisiológica, é determinada com base em estimativas da
taxa metabólica para diferentes tipos de atividades realizadas em uma combinação de condições (sentado,
em pé, em movimento, trabalho leve, pesado etc.).
A taxa metabólica está associada a produção interna de calor, ao passo que as variáveis externas vão
determinar a perda de calor para o ambiente ou o ganho de calor pelo organismo.
1) Trocas secas:
a) condução: a troca térmica que ocorre entre dois corpos de temperaturas diferentes quando
em contato, ou que ocorre dentro de um corpo cujas extremidades encontram-se a diferentes
temperaturas. No caso do trabalhador, essas trocas são geralmente pequenas, ocorrendo por
contato do corpo com ferramentas e superfícies;
b) convecção: é a troca térmica que ocorre entre um corpo e um fluido, ocorrendo
movimentação do último por diferença de densidade provocada pelo aumento da
temperatura. No caso do trabalhador, essa troca ocorre com o ar à sua volta; e
c) radiação: é a troca térmica entre dois corpos através da natureza eletromagnética que
caracteriza a onda de calor. Corresponde a maior parcela de ganho de calor no caso de
exposição ao calor ocupacional. As trocas por radiação entre o trabalhador e seu entorno,
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Sobrecarga térmica: é a quantidade de energia que o organismo deve dissipar para atingir o equilíbrio
térmico. Esta energia interna é a combinação do calor gerado pelo metabolismo e da atividade física.
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2) Trocas úmidas:
a) condensação: é proveniente da mudança do estado gasoso de vapor de água contido no ar
para o estado líquido; e
b) evaporação: é a proveniente da mudança do estado líquido da água para o estado gasoso
(vapor). É o principal mecanismo de perda de calor pelo trabalhador e ocorre quando o suor
evapora de seu corpo. Caso não haja evaporação do suor, devido a vestimentas inadequadas,
por exemplo, esse principal mecanismo fica comprometido. Apesar de se ser o principal
mecanismo de troca térmica, não é capaz, isoladamente, de liberar todo calor recebido pelo
trabalhador por meio de condução, convecção e radiação de modo a evitar a sobrecarga
térmica.
A avaliação da exposição ocupacional ao calor pode ser realizada com base em parâmetros ambientais e
fisiológicos.
Em relação ao IBUTG:
Para se chegar ao valor do índice de sobrecarga térmica (IBUTG, no caso) utilizam-se sensores que
mensuram, de forma direta ou indireta, as variáveis acima citadas. são eles.
A altura de montagem dos equipamentos deve coincidir com a região mais atingida do corpo. Quando esta
não for definida, o conjunto deve ser montado à altura do tórax do trabalhador exposto.
para ambientes internos (cobertos, sem exposição à carga solar) ou para ambientes externos sem carga solar
direta:
𝑰𝑩𝑼𝑻𝑮 = 𝟎, 𝟕 𝒕𝒃𝒏 + 𝟎, 𝟑 𝒕𝒈
a) para ambientes internos (cobertos, sem exposição à carga solar) ou para ambientes externos sem
carga solar direta: leva em consideração a temperatura de bulbo úmido natural (tbn) com 70% de
peso no resultado e a temperatura de globo (tg) com 30% de peso no resultado e, não leva em
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Agora, veja esse mapa metal com um resumo das principais informações:
temperatura do ar
É composto pelos
velocidade do ar
seguintes
parâmetros
carga radiante do ambiente
ambinetais:
umidade relativa do ar
As radiações não ionizantes possuem energia relativamente baixa em comparação com as radiações
ionizantes, além de maiores comprimentos de onda (superiores a 100 nm) o que também contribuir para
redução da capacidade de penetração nos tecidos humanos.
Campos estáticos
Campos
Radiações não magnéticos
Frequências extremamente baixas (ELF) e sub-radiofrequências
ionizantes
Frequênias extremamente baixas (ELF) e sub-frequências
Radiofrequências
Campos Infravermelho
eletromagnéticos, Micro-ondas (1 mm - 760 nm)
no espectro das: (1 m - 1 mm) luz visível UV-A (luz negra)
Radiação óptica (760 - 400 nm) (400 - 315 nm)
(1 mm - 100 nm) Ultravioleta UV-B
(400 - 100 nm) (315 - 280 nm)
Lasers UV-C
(1 mm - 140 nm) (280 - 100 nm)
A avaliação da exposição ocupacional às radiações não ionizantes ocorre de forma qualitativa, de modo
que a simples exposição do trabalhador a essas faixas de frequências previstas no Anexo n.° 7 da NR 15, sem
a devida proteção, já é suficiente para caracterizar a nocividade da exposição.
No tocante às medidas de controle, destacam-se aqueles de controle do risco na fonte (proteção coletiva):
Radiações ionizantes
Por radiação, entenda qualquer dos processos físicos de emissão e propagação de energia, seja por
intermédio de fenômenos ondulatórios, seja por meio de partículas dotadas de energia cinética. Pode ser
definida, ainda, como a energia que se propaga de um ponto a outro no espaço ou em um meio material.
A depender da quantidade de energia, a radiação pode ser descrita como ionizante e não ionizante, segundo
o resultado de sua interação com a matéria. Quando a energia é superior à energia de ligação dos elétrons
de um átomo com o seu núcleo, suficiente para remover elétrons de seus orbitais, é chamada de ionizante,
quando não, é denominada não ionizante.
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As radiações ionizantes caracterizam-se por apresentar comprimentos de onda inferiores a 100 nm (cem
nanômetros), ou seja, inferiores a 100 x 10-9 m. Quanto menor o comprimento de onda maior a capacidade
de penetração na matéria (no tecido humano) sobre a qual incide, provocando maior dano.
Em função da quantidade de massa, carga elétrica e do comprimento de onda com que se propagam, as
radiações ionizantes podem ser classificadas em partículas (possuem massa) ou em eletromagnéticas (não
possuem massa):
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