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ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

EQUALIZADOR DE SOM MONOFÔNICO - RELATÓRIO ETAPA 1

Turma 08 Número USP

Julio Barbosa de Moura 10772891

Lucas Pires Ribeiro 11391540

Thiago Souza Santos 10335260

São Paulo
2021
RESUMO

Os fenômenos sonoros estão fortemente difundidos em nossa sociedade


contemporânea, uma de suas maiores expressões, sendo a música. Um dos
problemas enfrentados na hora de escutar sons são os ruídos. De diversas
formas os ruídos atrapalham na hora de ouvir, seja barulho ambiente, má
qualidade do instrumento ou até mesmo volume do som. Os equalizadores de
som foram criados com a intenção de permitir e disponibilizar opções de
regulagem sonora a partir do ajuste das frequências para tornar o som mais
agradável.
O presente trabalho apresenta uma visão geral sobre aspectos funcionais e
relevantes da constituição de um equalizador. O relatório tem um caráter
majoritariamente introdutório à temática da funcionalidade de um equalizador,
abordando questões como a aplicação desses equipamentos, o uso de funções
de filtro, bem como os parâmetros que são modificados. Além disso, abordaremos
os diferentes tipos de equalizador e como é feita sua classificação assim como a
definição das frequências a serem usadas no projeto final e simulações no NI
Multisim 14.0 de circuitos RC e CR com essas frequências.

Palavras-Chave: SOM - EQUALIZADOR - FREQUÊNCIA - EQUIPAMENTO -


CIRCUITO - REGULAGEM.
SUMÁRIO

1 - Contextualização

2 - Tipos de equalizador

3 - Objetivos

4 - Simulações
4.1 - Circuito Passa-Baixas (RC)

4.2 - Circuito Passa-Altas (CR)


4.3 - Circuito Passa-faixa (LCR)
1 - Contextualização
O equalizador é um equipamento ou circuito direcionado a aplicações de
equalização. Trata-se de um conjunto de operações de alterações na frequência
de saída de um sinal a partir da mudança de alguns parâmetros e na alteração da
curva de saída das frequências. O equipamento funciona fortalecendo (boost) ou
enfraquecendo (cut) a energia de determinados intervalos de frequências.
Os equalizadores possuem grande aplicação nas gravações de áudio bem
como na sua reprodução através de equalizadores específicos para amplificação
de instrumentos e microfones ou reforço em apresentações ao vivo, entre outras
diversas aplicações no setor de telecomunicações e de eletrônicos.
Existem três tipos principais de equalizadores que são classificados de
acordo com os tipos de filtros utilizados e pelo quanto são reguláveis. São eles:
Não paramétricos, semi-paramétricos e totalmente paramétricos.

2 - Tipos de Equalizadores
O equalizador é um dispositivo que atua diretamente nas frequências, na altura do
som e de suas propriedades, podemos utilizá-lo para corrigir regiões de áudio ou mesmo
filtrá-las. O ser humano possui um campo auditivo que está entre 20 Hz a 20kHz, mas nem
tudo que escutamos está nesse espectro, assim esse equalizador atua para modelos sons
dentro da audição humana.
Alguns dos tipos de equalizadores existentes são:

Paramétrico - Neste equalizador pode-se escolher a frequência central a ser manipulada, a


largura de banda (Q-bandwidth = quantidade de frequências que se altera junto com a
frequência central) e a amplitude desta banda (ganho/atenuação).

Semi-paramétrico - Neste equalizador a largura de banda, fator “Q”, é fixa.

Não Paramétrico - Esses equalizadores podem ser encontrados na maioria das mesas de
som de baixo custo e tecnologia. Possui filtros, frequências e largura de banda pré
definidas.
Equalizador Gráfico - As frequências são fixas, assim como a largura de banda
(normalmente 1/3 de oitava). É muito utilizado para alinhamento de sistema de som ao vivo.

Bandpass - Conhecido também como “passa banda”, ajusta uma banda de frequências. É
utilizado para fazer ajustes pontuais em uma determinada região do áudio.

Low Shelving - Leva junto todas as frequências abaixo da escolhida. É bastante utilizado
quando o resultado que se pretende vai além de uma frequência ou região específica e
pretende-se ressaltar ou atenuar todos os graves proporcionalmente.

High Shelving - Leva junto todas as frequências abaixo da escolhida. É bastante utilizado
quando o resultado que se pretende vai além de uma frequência ou região específica e
pretende-se ressaltar ou atenuar todos os agudos proporcionalmente.

Low Pass Filter (LPF) - Passa Baixas. Elimina todas as frequências acima da escolhida.
Pode ser chamado também de “High-cut” ou corte de agudos. É bastante utilizado para
limpar o áudio.

High Pass Filter (HPF) - Passa Altas. Elimina todas as frequências abaixo da escolhida.
Pode ser chamado também de “Low-cut” ou corte de graves. É bastante utilizado para
limpar o áudio.

3 - Objetivos
Os objetivos do projeto envolvem o estudo prático e a aplicação dos conceitos
aprendidos na disciplina de Circuitos elétricos bem como no laboratório de circuitos elétricos
para a construção de um equalizador de som.
Através do software de simulação multisim realizar a montagem de circuitos
possibilitando o controle da saída do som por meio do uso de filtros focados em faixas
específicas de frequência.
Para este projeto as frequências de corte escolhidas foram 285 Hz e 3200 Hz.
4 - Simulações

4.1 - Circuito Passa-Baixas(RC)

Imagem 1. Circuito passa-baixa

Montagem do circuito passa-baixas (RC), com os respectivos valores dos


componentes. Usamos neste caso algumas resistências em série para aproximar
uma situação real na qual os componentes apresentam resistência interna. Este
circuito utiliza a diferença de resposta em frequência de um capacitor para que a
queda de tensão no capacitor seja maior nas faixas de frequências mais baixas.
Para o cálculo do valor nominal do capacitor, nós adotamos o resultado teórico fc =
1/2𝛑RC, onde fc é a frequência de corte pré-definida, R é a resistência em série
com o capacitor, e C é a capacitância. Para esta configuração, foram medidos os
seguintes resultados:

Frequência (Hz) Atenuação (dB) Erro relativo (%)

285 -3.01 0.3

Como a atenuação é estritamente decrescente, o circuito é satisfatório.


Imagem 2. AC sweep do passa-baixas para módulo do ganho em decibéis e mudança de fase.

Acima os resultados do sweep de frequências, mostrando em cima a faixa de


passagem de frequências médias em ordem logarítmica e embaixo a defasagem
variando de 0° até quase -90°.

4.2 - Circuito Passa-Altas(CR)

Imagem 3. Circuito passa-alta

Montagem do circuito passa-altas (RC), com os respectivos valores dos


componentes. Usamos neste caso algumas resistências em série para aproximar
uma situação real na qual os componentes apresentam resistência interna. Este
circuito utiliza a diferença de resposta em frequência de um capacitor para que a
queda de tensão no capacitor seja maior nas faixas de frequências mais baixas.
Para o cálculo do valor nominal do capacitor, nós adotamos o resultado teórico fc =
1/2𝛑RC, onde fc é a frequência de corte pré-definida, R é a resistência em série
com o capacitor, e C é a capacitância. Para esta configuração, foram medidos os
seguintes resultados:

Frequência (Hz) Atenuação (dB) Erro relativo (%)

3200 -3.02 0.7

Como a atenuação é estritamente crescente, o circuito é satisfatório.

Imagem 4. AC sweep do passa-bandas para módulo do ganho em decibéis e mudança de fase.

Gráfico do sweep de frequências (0 Hz até 10 kHz), mostrando acima, o


aumento do ganho com o aumento de frequência;abaixo, a defasagem tendendo
de +90° no início para 0° com o aumento da frequência.

4.2 - Circuito Passa-Banda (LCR)


Imagem 5. Circuito passa-banda

Montagem do circuito passa-banda (RLC), com os respectivos valores dos


componentes. Usamos neste caso algumas resistências em série para aproximar
uma situação real na qual os componentes apresentam resistência interna. Este
circuito utiliza a diferença de resposta em frequência de um indutor e um capacitor
de forma a suprimir sinais fora de uma faixa de ressonância. É importante neste
caso que a indutância tenha uma ordem de grandeza muito maior do que a
capacitância, isso porque deseja-se que o capacitor suprima frequências altas
enquanto o indutor suprime faixas baixas.
Para o cálculo dos valores nominais dos componentes, nós adotamos um
método de tentativa e erro a partir de um circuito desenvolvido em sala até que ele
gerasse um resultado pelo menos com erro relativo menor que 5% em dB.
Conseguimos encontrar essa condição nos valores nominais de indutância
5.15*10^-1 H e condutância 5.45 *10^-5 F. Para esta configuração, foram medidos
os seguintes resultados:

Frequência de corte (Hz) Atenuação (dB) Erro relativo (%)

285 -3.00 0

3200 -3.01 0.3

Portanto, o circuito se mostrou um passa-bandas satisfatório.


Imagem 6. AC sweep do passa-bandas para módulo do ganho em decibéis e mudança de fase.

Acima os resultados do sweep de frequências, mostrando em cima a faixa de


passagem de frequências médias em ordem logarítmica e embaixo a defasagem
variando de +78.6° até quase -90°. A fase positiva não atinge noventa graus devido
à resistência interna do indutor.

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