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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CURSO: ENGENHARIA ELÉTRICA
DISCIPLINA: ANÁLISE DE SINAIS E SISTEMAS - T01
DOCENTE: DR. ISAAC BARROS TAVARES DA SILVA

CAMILA GABRIELLY FERNANDES DE SOUZA


ETIENNE FELIX DE LIMA
HIPOLITO NUNES

RELATÓRIO DE FILTROS ATIVOS


UNIDADE II – GRUPO 4

MOSSORÓ
2022
1. INTRODUÇÃO

Para Nilsson e Riedel (2009), os filtros também conhecidos como circuitos


seletores de frequências, por causa da sua função capaz de filtrar com base na frequência
alguns sinais de entrada. Para ser mais exato, é possível observar, que nenhum circuito de
seleção de frequências consegue filtrar as frequências selecionadas com perfeição de
forma prática. Dessa forma, podemos dizer que, filtros atenuam, ou seja, enfraquecem ou
reduzem o efeito de quaisquer sinais de entrada onde as frequências estejam fora de faixas
específicas. Os filtros RLC (passivos) são muito eficientes operando em frequências
acima de 100 kHz. Eles também compõem circuitos que não podem ser confeccionados
na forma monolítica (formando CI's), para operarem abaixo de 100 kHz os indutores
precisam possuir propriedades que não sejam ideais.

Os filtros ativos são formados por associações de resistores, capacitores e


amplificadores operacionais, apresentando algumas vantagens em relação aos filtros
RLC. Segundo Sadiku e Alexander (2013), são menores e mais baratos por não
precisarem de indutores, tornando factível a construção de filtros com circuitos
integrados. São capazes de fornecer ganho de amplificador, além de fornecer a mesma
resposta de frequência aquela obtida com filtros RLC.

Os filtros passa-baixa são circuitos que permitem a passagem de sinais de baixa


frequência e reduzem a intensidade de sinais de alta frequência, ou seja, a partir de uma
frequência de referência ele permite que frequências mais baixas que elas passem
livremente e frequências mais altas sejam atenuadas.

1.1 TOPOLOGIA ROUCH

O filtro Butterworth é um tipo de projeto de filtros eletrônicos. Ele é desenvolvido de


modo a ter uma resposta em frequência o mais plana o quanto for matematicamente possível
na banda passante

1.2 TOPOLOGIA BESSEL

Essa aproximação é muito semelhante à aproximação de Butterworth pois tem


banda de passagem de corte retas. A diferença entre os dois fica na banda de passagem,
pois ao se comparar um filtro de mesma ordem, percebe-se um decaimento mais

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suavizado no Bessel em relação ao Butterworth.
Esse tipo de circuito apresenta uma ordem maior se comparada com os demais
tipos para uma mesma frequência. Tanto as aproximações Butterworth, Chebyshev,
elíptica, pois todos esses foram otimizados para a resposta na frequência. Já o Bessel além
de levar em consideração a frequência fica atento com o sinal da fase do sinal de saída.

O reflexo desse deslocamento linear de fase, resulta na frequência fundamental,


com isso o sinal de entrada será igual ao de saída. Logo, fica evidente que a maior
vantagem de se utilizar um filtro Bessel é ter um sinal com menor distorção.

1.3 TOPOLOGIA CHEBYSHEY

O Chebyshev é um filtro linear invariante no tempo, assim como o Butterworth,


no entanto, tem um roll-off mais acentuado em comparação com o Filtro Butterworth. O
Filtro Chebyshev é ainda classificado como Chebyshev Tipo-I e Chebyshev Tipo-II de
acordo com os parâmetros como ondulação da banda de passagem e ondulação de parada.

Chebyshev Tipo-2 minimiza a diferença absoluta entre a resposta de frequência


ideal e real em toda a faixa de parada, incorporando uma ondulação igual na faixa de
parada.

Este projeto tem o intuito de analisar filtros tanto no que se refere ao


comportamento dos sinais, no tempo e na frequência, assim como também na aplicação
dos mesmos. Sendo utilizada uma frequência entre 10 kHz e 500 kHz para uma forma de
onda quadrada a topologia Sallen-key aplicada a resposta: Bessel, na configuração de
filtros passa-baixas.

1.4 DIMENSIONAMENTO DO FILTRO

Dados escolhidos:

𝑓𝑐 = 100 𝑘𝐻𝑧

𝐶 = 10 𝑢𝐹

1 1 1
𝑊𝐶 = 𝑅𝐶 → 𝑅 = 𝑊 = 2𝜋∗100∗103 ∗10∗10−6 (1)
𝐶 ∗𝐶

Assim, a resistência será :

𝑅 = 0,159𝛺

Encontrando agora a Frequência angular 𝑊𝐶 :


3
1 1
𝑊𝐶 = =
𝑅𝐶 0,159 ∗ 10 ∗ 10−6

𝑊𝐶 ≅ 200.000𝜋 rad/s

Para Bessel:

𝑸 = 𝟎, 𝟓 e 𝒎 = 𝟏

𝑚 1
𝑄 = 𝑛(𝑚2 +1) = 𝑛(12 +1) = 0,5 (2)

Assim, 𝑛 será igual a:

1
𝑛 = 0,5∗2 = 1. (3)

∙ 𝑅1 = 𝑚 ∗ 𝑅 = 0,159 Ω (4)

𝑅
∙ 𝑅2 = 𝑚 = 0,159Ω (5)

∙ 𝐶1 = 𝑛 ∗ 𝐶 = 10 𝑢𝐹 (6)

𝐶
∙ 𝐶2 = 𝑛 = 10 𝑢𝐹. (7)

2. ETAPAS DO PROJETO

➢ MONTAGEM

O Projeto foi realizado por partes, primeiro montado o circuito no protoboard como o
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exemplo dado (figura 1) para a elaboração do sinal com forma de onda quadrada.
Projeto de filtro ativo passa-baixas de primeira ordem. Filtro Passa-baixas topologia
Sallen-key com resposta Bessel. As conexões montadas são vistas na figura 2.

Figura 1 - Circuito de um filtro ativo

Fonte: Google imagens

Figura 2 – Montagem das conexões no protoboard.

Fonte: Autoria própria.

➢ FORMAS DE ONDA
As funções de transferência dos filtros são mais facilmente manipuláveis no
domínio da frequência. O osciloscópio é o equipamento usado para mostrar os tipos de
ondas gerados. Abaixo, são mostrados (figura 3) o sinal de entrada e a figura 4 o sinal de
saída.
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Figura 3 parametros do sinal de entrada: uma onda quadrado de 120 hhz

Fonte: autoria própria.

Figura 4 parametros do sinal de saida: uma onda quadrada de 120khz

Fonte: autoria propria.


Figura 3 – fft do sinal de entrada.

Fonte – Autoria própria.

6
Figura 3 –fft do sinal de saída.

Fonte – Autoria própria.

Plotagens em Matlab
Sinal de entrada e serie de fourrier sobrepostas

Fonte: Autoria Própria

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Espectro de amplitude

Fonte: Autoria propria.

Transformada de Fourrier

f
Fonte: Autoria própria

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Transformada inversa de fourrier

Fonte: autoria própria

Conclusão:
A partir dos dados obtidos foi possivel perceber uma redução no Vrms do sinal devido termos
utilizado um filtro de passa baixas, ao se verificar as harmonicas foi identificado que na saida
o sinal tem muito menos harmonicas devido terem sido filtradas pelo circuito.

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3. REFERÊNCIAS

NILSSON, J.; RIEDEL, S. Circuitos Elétricos. 10ª. ed. São Paulo: Pearson, 2009.
RAZAVI, Behzad. Fundamentos de Microeletrônica. Rio de Janeiro: Ltc, 2010.
SADIKU, M.; ALEXANDER, C. Fundamentos de Circuitos Elétricos. 5ª. ed. New York:
AMGH, 2013.

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