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Laboratório de Eletrônica 1

Objetivos
Aplicação dos amplificadores operacionais na implementação e projetos de filtros
ativos.

Procedimentos / Comentários e Conclusões


Primeiramente simulamos o circuito do Filtro Butterworth Passa-Baixa de Segunda
Ordem da figura 1 abaixo e preenchemos a coluna referente aos valores
simulados da tabela 1, conforme temos a seguir:

Figura 1 – Filtro Butterworth Passa-Baixa de Segunda Ordem

Valores
Simulados |Av|
Freqüência
VSAÍDA VENTRADA=2V
(RMS)
50Hz 2,00V 1
100Hz 2,00V 1
1kHz 2,00V 1
2kHz 2,00V 1
3kHz 1,99V 0,995
4kHz 1,80V 0,900
6kHz 1,00V 0,500
8kHz 0,70V 0,350
10kHz 0,50V 0,250
15kHz 0,40V 0,200
20kHz 0,25V 0,125
Tabela 1 – Tensão de Saída do Filtro / Valores Simulados

Prática 10
Laboratório de Eletrônica 2

De posse desses valores tabelados (colunas1 e 3) podemos, com o auxílio do


MATLAB, traçar uma curva característica para esse filtro:
Curva Característica do Filtro / Valores Simulados
1

0.9

0.8

0.7

0.6
|Av|

0.5

0.4

0.3

0.2

0.1
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
Frequência (Hz) 4
x 10
Figura 2 – Curva Característica / Valores Simulados

Observando a curva acima vemos que ela possui o aspecto de uma curva
característica conforme a teoria. Vemos que, para |Av|=1/ ≈ 0.7, temos uma
freqüência de aproximadamente 0,45.10 4Hz=4500Hz, valor que se aproxima
bastante do calculado pela fórmula que virá a seguir.
Com a simulação obtivemos também os valores das freqüências de corte e de
transição:

Valores Simulados
Filtro
Fc Fs
PB 5600Hz 18400Hz
Tabela 2 – Freqüências de Corte e de Transição / Valores Simulados

Durante a execução prática, primeiramente montamos o circuito da figura 1 que é


um filtro PB com aproximação Butterworth de Segunda Ordem.
Calculamos a freqüência de corte quando R=33k C=1000pF através do seguinte
procedimento:

Na seqüência, com o canal 1 do osciloscópio conectado na entrada do filtro e o


canal 2 em sua saída, determinamos a freqüência de corte (quando |Av|=1/ )e

Prática 10
Laboratório de Eletrônica 3

a freqüência de transição (quando |Av|=1/10) do filtro montado, preenchendo a


tabela 3 abaixo:

Valores Medidos
Filtro
Fc Fs
PB 4,9kHz 16,0kHz
Tabela 3 – Freqüências de Corte e de Transição / Valores Medidos

Observando os valores de Fc das tabelas 2 e 3 acima e o valor calculado


observamos que ocorre razoável discrepância entre os mesmos, o que atribuímos
a fatores como imprecisão dos componentes utilizados na montagem do circuito.
O mesmo ocorre para os valores de Fs das tabelas 2 e 3.
Em seguida, programamos o gerador de sinais para obter um sinal senoidal com
freqüência de 50Hz e ajustamos sua amplitude até obtermos um sinal de saída de
2 Vrms. Depois, completamos a tabela 4 variando a freqüência do sinal de entrada
e medindo a tensão RMS do sinal de saída para cada uma das freqüências
indicadas na referida tabela:

Valores
Medidos |Av|
Freqüência
VSAÍDA VENTRADA=2V
(RMS)
50Hz 2,00V 1
100Hz 2,00V 1
1kHz 2,00V 1
2kHz 1,94V 0,970
3kHz 1,78V 0,890
4kHz 1,64V 0,820
6kHz 1,14V 0,570
8kHz 0,768V 0,384
10kHz 0,514V 0,257
15kHz 0,251V 0,125
20kHz 0,152V 0,076
Tabela 4 – Tensão de Saída do Filtro / Valores Medidos

De posse desses valores tabelados (colunas 1 e 3) podemos, com o auxílio do


MATLAB, novamente traçar uma curva característica para esse filtro:

Prática 10
Laboratório de Eletrônica 4

Curva Caracterísica do Filtro / Valores Medidos


1

0.9

0.8

0.7

0.6
|Av|

0.5

0.4

0.3

0.2

0.1

0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
Frequencia (Hz) x 104

Figura 3 – Curva Característica / Valores Medidos

Observando a curva acima vemos que, assim como a figura 2, ela possui o
aspecto de uma curva característica teórica, embora também se trate de uma
aproximação bastante grosseira, pois se constitui num conjunto de pontos
discretos unidos por retas, pontos esses obtidos experimentalmente, contribuindo
ainda mais para as imprecisões. Apesar disso, notamos que o aspecto da figura 3
reflete o comportamento do filtro melhor do que a figura 2. Agora notamos que,
apesar de a figura 3 apresentar um aspecto mais “suave” do que a figura 2, temos,
para |Av|=1/ ≈ 0.7, temos uma freqüência de aproximadamente
4
0,6.10 Hz=6000Hz, valor que não se aproxima muito do calculado pela fórmula.
Para verificar a influência do filtro em relação a outros sinais, ajustamos a
amplitude do gerador para 2Vpp e mudamos a forma de onda do gerador para as
formas e freqüências indicadas na tabela 5, esboçando as formas de onda obtidas
na saída do filtro (figuras 4 a 9 a seguir):

Forma de Onda do Gerador


Freqüência Quadrada Triangular
Forma de Onda da Saída Forma de Onda da Saída
100Hz Figura 4 Figura 7
1kHz Figura 5 Figura 8
10kHz Figura 6 Figura 9
Tabela 5 – Formas de Onda de Saída para Sinais Triangulares e Quadrados

Prática 10
Laboratório de Eletrônica 5

2.0V

0V

-2.0V
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms
V(R4:2)
Time
Figura 4 – Onda Quadrada do Gerador 100Hz

2.0V

0V

-2.0V
0s 1.0ms 2.0ms 3.0ms 4.0ms 5.0ms
V(R4:2)
Time
Figura 5 – Onda Quadrada do Gerador 1kHz

2.0V

0V

-2.0V
0s 100us 200us 300us 400us 500us
V(R4:2)
Time
Figura 6 – Onda Quadrada do Gerador 10kHz

2.0V

0V

-2.0V
0s 20ms 40ms 60ms 80ms 100ms
V(R4:2)
Time
Figura 7 – Onda Triangular do Gerador 100Hz

Prática 10
Laboratório de Eletrônica 6

2.0V

0V

-2.0V
0s 2ms 4ms 6ms 8ms 10ms
V(R4:2)
Time
Figura 8 – Onda Triangular do Gerador 1kHz

2.0V

0V

-2.0V
0s 0.2ms 0.4ms 0.6ms 0.8ms 1.0ms
V(R4:2)
Time
Figura 9 – Onda Triangular do Gerador 10kHz

Observando as formas de onda acima, tanto da forma de onda quadrada do


gerador quanto da triangular, notamos que, à medida com que a freqüência
aumenta, o sinal de saída tende a uma senóide. Consideramos que isso já era
esperado pela teoria que, à medida com que a freqüência aumenta, a maioria dos
muitos sinais senoidais que em conjunto compõe as formas de onda quadrada e
triangular vai sendo “filtrada” pelo circuito, situação essa que naturalmente
converge para que em freqüências extremamente altas haja apenas um desses
sinais senoidais na saída. É essa situação que está sendo mostrada pelas figuras
de 4 a 6 (forma de onda quadrada) e de 7 a 9 (forma de onda triangular) acima.

Numa segunda etapa, simulamos o circuito da figura 10 abaixo, que representa


um filtro Rejeita – Faixa de Butterworth de primeira ordem.
Para este tipo de filtro podemos observar conforme a figura 12 o ganho é
praticamente unitário com uma pequena defasagem do sinal de saída da ordem
de 50µs. 2.20V

2.00V

1.80V

1.60V

1.40V

1.21V
20.7ms 20.8ms 20.9ms 21.0ms 21.1ms 21.2ms 21.3ms 21.4ms 21.5ms 21.6ms 21.7ms 21.8ms 21.9ms
V(R1:1) V(R4:2)
Time

Prática 10
Laboratório de Eletrônica 7

Figura 10 – Circuito do Filtro Rejeita-Faixa

Durante a simulação no PSPICE obtivemos a curva tensão de saída x freqüência


para o referido circuito, obtendo o seguinte resultado:
4.0V

3.0V

2.0V

1.0V

0V
0Hz 0.1KHz 0.2KHz 0.3KHz 0.4KHz 0.5KHz 0.6KHz 0.7KHz 0.8KHz 0.9KHz 1.0KHz
V(2)
Frequency

Figura 11 – Característica do Filtro Rejeita-Faixa

Observando a figura acima percebemos que a atuação do Filtro Rejeita-Faixa


ocorre para uma freqüência de corte de aproximadamente 60Hz (ponto de mínimo
da curva), conforme já era esperado pela teoria.

Prática 10
Laboratório de Eletrônica 8

2.0V

1.0V

0V

-1.0V

-2.0V
20.0ms 20.5ms 21.0ms 21.5ms 22.0ms 22.5ms 23.0ms 23.5ms 24.0ms 24.5ms 25.0ms
V(R1:1) V(R4:2)
Time

Figura 12 - Vi: Gerador de sinais com 1kHz e 10Vpp e transformador desligado

1.0V

0.8V

0.6V

0.4V

0.2V

0V

-0.2V
0s 20us 40us 60us 80us 100us 120us 140us 160us 180us 200us 220us 240us 260us
V(R1:1) V(R4:2)
Time

Figura 13 - Vi: Gerador de sinais com 1kHz e 10Vpp e Transformador com 10Vpp
e 60Hz. Sinal de entrada contaminado com ruído de 60Hz.

Prática 10
Laboratório de Eletrônica 9

6.0V

4.0V

2.0V

0V

-2.0V

-4.0V

-6.0V
0s 5ms 10ms 15ms 20ms 25ms 30ms 35ms 40ms 45ms 50ms
V(R9:2) V(R4:2)
Time

Figura 14 - Vi: Gerador de sinais com 1kHz e 10Vpp e Transformador com 10Vpp
e 60Hz

Prática 10

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