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UNIVERSIDADE FEDERAL

DE JUIZ DE FORA

Graduação em Engenharia Elétrica

ENERGIA & MEIO AMBIENTE


CÓDIGO DA DISCIPLINA: ENE130

PROF. JOÃO ALBERTO PASSOS FILHO

2016/01 Aula Número: 03


Curso de “Energia & Meio Ambiente – ENE130” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2016/01

Histórico

• Na década de 1990, já consciente da importância de manter o equilíbrio


ecológico e entendendo que o efeito nocivo de um resíduo ultrapassa os
limites da área em que foi gerado ou é disposto, o home se viu preparado
para internalizar os custos da qualidade de vida em seu orçamento e pagar
o preço de manter limpo o ambiente em que vive

• A preocupação com o uso parcimonioso das matérias-primas escassas e


não renováveis, a racionalização do uso da água e da energia, o
entusiasmo pela reciclagem, que combate o desperdício, convergiram para
uma abordagem mais ampla e lógica do tema ambiental, que pode ser
resumida pela expressão Qualidade Ambiental

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Histórico

• Igualmente, a concepção dos produtos e, em muitos casos, de suas


respectivas embalagens, introduziu novos conceitos

• Um produto para ser bem aceito deve permitir a reciclagem de todos os


seus componentes e sua desmontagem deve ser fácil

• O conceito do ecoproduto chega ao marketing e à publicidade

• Em 1992 é lançado o primeiro refrigerador que não utiliza CFCs e os


automóveis passaram a ser projetados já se tendo em vista a reciclagem
de todos os seus componentes

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Histórico

• A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e


Desenvolvimento (note-se a inclusão do termo Desenvolvimento no título
já utilizado na conferência precursora de 1972), conhecida também como
Cúpula da Terra ou Rio 92, mostrou que no final século a questão
ambiental ultrapassava os limites das ações isoladas e localizadas, para
constituir-se em uma preocupação de toda a humanidade

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Histórico

• Durante essa conferência, realizada no Rio de janeiro, foram produzidos


diversos documentos internacionais:
 Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento

 Agenda 21

 Princípios para a Administração Sustentável das Florestas

 Convenção da Biodiversidade

 Convenção sobre a Mudança do Clima

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Histórico

• 179 países participantes da Rio 92 acordaram e assinaram a Agenda 21


Global, um programa de ação baseado num documento de 40 capítulos,
que constitui a mais abrangente tentativa já realizada de promover, em
escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, denominado
“Desenvolvimento Sustentável”. O termo “Agenda 21” foi usado no sentido
de intenções, desejo de mudança para esse novo modelo de
desenvolvimento para o século XXI

• A Agenda 21 pode ser definida como um instrumento de planejamento


para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases
geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e
eficiência econômica
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Histórico

• O Quadro a seguir apresenta alguns dos principais tema ambientais


globais que passaram a captar a atenção da sociedade e constituem hoje
objeto de estudo e preocupação de cientistas e pesquisadores em todo o
mundo

• Preservação da biodiversidade • Gestão das águas

• Controle do Aquecimento Global (efeito estufa) • Conservação de energia

• Controle de movimentos transfroteiriços de


• Proteção da camada de ozônio
resíduos perigosos

• Proteção das florestas • Controle dos poluentes orgânicos persistentes

• Proteção dos mares • Substituição de matérias-primas tóxicas

• Promoção do Desenvolvimento Sustentável

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Histórico

• A preocupação com as questões ambientais globais atingiu seu ápice, no


virar do século, com as discussões em torno das mudanças do clima

• Pelo Protocolo de Quioto, firmado em 1997 por ocasião da 3ª Conferência


das Partes da Convenção sobre Mudanças do Clima, os países
industrializados se comprometeram a reduzir, até 2012, suas emissões de
gases que contribuem para o aquecimento global em 5,2%, calculados
com base nos níveis de emissões de 1990

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Histórico
• O protocolo de Quioto expirou em 2012, e já há o compromisso da ONU e de
alguns governos para o delineamento de um novo acordo ou, o que é mais
provável, de uma emenda no Protocolo de Quioto, que estabeleceria novas metas
a serem cumpridas após 2012

• As discussões começaram em 16 de fevereiro de 2007 em Washington, os chefes


de estado do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, Reino Unido,
Estados Unidos, Brasil, China, Índia, México e África do Sul concordaram em
princípio sobre o esboço de um sucessor para o Protocolo de Quioto. Eles
discutiram, em especial, a criação de um limite máximo para o comércio dos
créditos de carbono, bem como a aplicação de metas de redução das emissões de
CO2 aos países em desenvolvimento, e propuseram-se a delinear tal esboço até o
término de 2009

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Histórico

• Em 7 de junho de 2007, os líderes, na 33ª reunião do G8, afirmaram que


as nações do G8 visam reduzir, pelo menos, para metade as emissões
globais de CO2 até 2050

• Os detalhes que possibilitariam cumprir tal meta de redução seriam


negociados pelos ministros do meio ambiente dos países do G8 dentro da
Convenção das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas
(UNFCCC), em um processo que poderia também incluir as grandes
economias emergentes

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Histórico
• Uma rodada de conversações sobre as alterações climáticas, sob os auspícios da Convenção
das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (UNFCCC) (Viena, encontro sobre
mudanças climáticas, 2007), foi celebrada em 31 agosto 2007 com o acordo sobre os
principais elementos para uma eficaz resposta internacional às alterações climáticas, o Mapa
do Caminho (roteiro de negociações que nortearam tal convenção), não propunha um novo
protocolo para substituir o de Quioto, já que o mesmo exigiria uma nova rodada de
ratificações que poderia perdurar por anos como foi o caso do Protocolo de Quioto (que só
entrou em vigor após ser ratificado por uma quantidade de países que perfaziam 55% das
emissões mundiais de CO2, tendo decorrido da abertura para às adesões até sua entrada em
vigor mais de sete anos), mas sim um segundo período de vigência do protocolo, com novas
metas a serem definidas

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Histórico
• Uma característica-chave das conversações foi um relatório das Nações Unidas que mostrou
como a eficiência energética poderia trazer significativas reduções nas emissões de baixo
custo

• A Conferência de 2008 foi realizada em dezembro, em Poznan, Polônia. Um dos principais


tópicos sobre esta reunião foi a discussão de uma possível implementação do
"desmatamento evitado", também conhecido como redução das emissões de desmatamento
e degradação florestal (REDD), o que tange a adoção de um sistema de créditos de carbono
concedidos a projetos que evitem o desflorestamento, já que o "desmatamento evitado" é
suposto servir como medida de redução das emissões de CO2 (como sumidor de carbono),
posto que as florestas são importantes fontes de absorção de gás carbônico e que o
desmatamento por meio de queimadas é o principal fator de emissões em alguns países em
desenvolvimento

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Histórico
• A Conferência de 2009 foi sediada em Copenhague, durando de 7 a 18 de dezembro, e após
grandes divergências entre os países ricos e o grupo dos países em desenvolvimento acerca
de temas como metas de redução de emissão de gases do efeito estufa e contribuição para
um possível "fundo climático“

• No dia 24 de outubro de 2009, celebrado como Dia Internacional da Ação Climática, milhares
de pessoas em 180 países, manifestaram-se pela diminuição dos níveis de CO2 na
atmosfera. Estas manifestações foram convocadas por uma ONG chamada 350.org, que
advoga que os níveis de CO2 devem baixar dos valores de 385-389, existentes nessa altura,
para um valor seguro de 350 ppm. Para esse efeito, grupos de pessoas sentaram-se no chão,
em cidades, campos de neve e no fundo do oceano, junto à Grande Barreira de Coral,
formando os algarismos 350

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Histórico

• Inicialmente previa-se que a implementação desse compromisso, uma vez


ratificado o Protocolo de Quioto, devia se apoiar na aplicação dos
chamados Mecanismos de Desenvolvimento impo (MDL), por meio do
financiamento de projetos orientados para a redução das emissões de
gases que contribuem para o efeito estufa e para o uso de energias de
fontes alternativas

• Projetos voltados para o sequestro do carbono na atmosfera começam a


ser objeto de troca entre países desenvolvidos e países emergentes,
gerando um mercado de Certificados de Redução de Emissões (CREs),
com títulos negociados em bolsas

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Histórico

• Não houve, no entanto, fechamento de acordo quanto à ratificação do


Protocolo, tendo sido definida como necessária para isso a anuência de
países que, em seu conjunto, contribuíam com até 55% dos gases estufa
em 1990

• Nesse contexto deve-se salientar o papel negativo dos Estados Unidos,


cujo senado veio protelando a ratificação, com o argumento de que a
implementação do Protocolo poderia comprometer seu crescimento
econômico, fortemente baseado na utilização de combustíveis fósseis
 Os Estados Unidos são responsáveis por 35% dos gases estufa

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Histórico

• Na área das substâncias poluentes, que são objeto de comércio


internacional, também foram tomadas inciativas importantes nos últimos
anos do século XX

• Em 1998 foi adotada, em Roterdã, a Convenção sobre o Consentimento


Previamente Informado (PIC), conhecida como Convenção de Roterdã,
que estabelece o princípio de o país importador poder decidir sobre quais
produtos químicos perigosos consente em receber

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Histórico

• O século XXI teve início com alguns novos desafios para a conservação do
meio ambiente

• Em 2001, foi aprovada em Estocolmo a Convenção dos Poluentes


Orgânicos Persistentes (POPs), que bane o uso de doze substancias
altamente tóxicas, cujos efeitos danosos sobre a natureza e a saúde
humana já foram comprovados

• Um ano depois, reuniu-se em Johanesburgo, África do Sul, a Cúpula


Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, conferências organizada
pela Nações Unidas, também designada como Rio+10, fazendo referência
à de 1992, realizada no Rio de Janeiro
 Não foi um encontro bem sucedido, com resultados limitados
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Histórico

• No final de 2004, com a adesão da Rússia, foi atingida a cota necessária


para a ratificação do Protocolo de Quioto, o que realmente ocorreu, mas
sem grandes resultados práticos, uma vez que os Estados Unidos
continuaram a se negar a honrar seu compromisso

• Além de ocorrerem discussões adicionais sobre o papel a ser cumprido


pelos países emergentes, em particular os denominados BRICS (Brasil,
Rússia, Índia e China) que, em Quioto, estavam incluídos em
desenvolvimento

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Histórico

• Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a


Rio+20, foi realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de
Janeiro. A Rio+20 foi assim conhecida porque marcou os vinte anos de
realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (Rio-92) e contribuiu para definir a agenda do
desenvolvimento sustentável para as próximas décadas

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Histórico

• Nesse cenário, um ponto importante a ser ressaltado é que, como quase


nada foi efetivamente feito, a situação só veio piorando e não há mais
sentido algum adotar a conjuntura de 1990 como referência

• Há muito trabalho sendo feito principalmente no âmbito político e científico


 Formas de produção sustentáveis

 Competitividade das industrias

 Consumidores do século XXI

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Histórico

• A biossegurança, tema emergente suscitado pelo uso, principalmente na


agricultura, de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs), polariza
opiniões favoráveis ou contrárias ao uso de produtos designados
genericamente como transgênicos

• De um lado, invoca-se o Princípio da Precaução e, de outro, argumenta-se


a necessidade de prover mais alimentos para um população mundial que
apresenta elevados índices de crescimento

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Histórico

• Apesar de alertas frequentes lançados pelos organismos internacionais e


por renomados think tanks e grupos de estudo acadêmicos, o estado do
meio ambiente global não é promissor

• O consumo mundial de combustíveis fosseis continua em ascensão, a


desertificação e a pobreza avançam em várias partes do mundo, e os
riscos de propagação de epidemias e pragas aumentam em função de
práticas nem sempre adequadas, utilizadas na produção e no comércio

Think tanks são organizações ou instituições que atuam no campo dos grupos de interesse, produzindo e difundindo conhecimento sobre
assuntos estratégicos, com vistas a influenciar transformações sociais, políticas, econômicas ou científicas sobretudo em assuntos sobre os
quais pessoas comuns não encontram facilmente base para análises de forma objetiva.
Os think tanks podem ser independentes ou filiados a partidos políticos, governos ou corporações privadas.

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Histórico

• Os surtos de doenças que afetam bovinos, na Europa e na América do


Norte, e aves, na Ásia, estão se tornando mais frequentes

• As transferências de espécies exóticas predadoras, conduzidas na água


de lastro dos navios, causam impactos ambientais até então insuspeitados
em ecossistemas vulneráveis de outros continentes

• Pensar e agir globalmente é hoje, mais que nunca, um imperativo para a


conservação do meio ambiente em que vivemos

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Histórico: Brasil

• Os movimentos ecológicos surgiram na década de 1970 e vêm se firmando


aos poucos, posicionados contra a concepção de progresso e
desenvolvimento a qualquer custo, visando não somente à questão
ambiental, como também à extinção da miséria, por meio do fortalecimento
da dignidade e da cidadania

• O país, já nos anos de 1970, começou a institucionalizar sua preocupação


com a questão ambiental

• Foram criados organismos federais e estaduais voltados ao assunto, tais


como Ministério do Meio Ambiente (MMA),o Instituto de Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Secretaria Especial do
Meio Ambiente (Sema)
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Histórico: Brasil

• Estudos de Impacto Ambientais (EIAs), Relatórios de Impacto ao Meio


Ambiente (Rimas) e todo um processo de licenciamento ambiental
passaram a ser exigidos para aqueles empreendimentos que poderiam
causar impacto ao Meio Ambiente

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Discussão
• O crescimento das emissões de CO2 ficou estagnado ano passado, segundo informações da
Agência de Energia Internacional (IEA, na sigla em inglês). Esta é a primeira vez em 40 anos
em que houve uma redução ou desaceleração das emissões de gases do efeito estufa sem
que este fator não tivesse relacionado a uma recessão econômica

• As emissões globais se mantiveram em 32 gigatoneladas em 2014, mesma quantidade


registrada no ano anterior. Dados da IEA sugere que os esforços para mitigar as mudanças
climáticas podem ter representado um efeito mais forte do que se pensava sobre as emissões

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Discussão

• Entre as medidas que podem ter contribuído, a agência cita a mudança de


padrão de consumo de energia na China em 2014

• Embora sua matriz energética seja uma das mais poluidoras do mundo,
ano passado o país investiu na geração de eletricidade através de fontes
renováveis, tais como hídrica, solar e eólica, ao mesmo tempo que reduziu
o consumo de carvão

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Discussão (22/04/2016)

• Para que o acordo entre em vigor, é preciso agora que pelo menos 55
países, que somem no total 55% das emissões globais, completem o
processo de ratificação. Entre eles, 15, em sua maioria pequenos países
insulares, já o fizeram nesta sexta, e espera-se que ao longo deste ano
muitas outras nações sigam o caminho. Na maioria dos casos, os países
precisam que o texto seja aprovado por seus parlamentos

• Os dois maiores poluidores do mundo, Estados Unidos e China, se


comprometeram a cumprir esses processos neste ano e, no caso dos
chineses, antes da cúpula do G-20 prevista para setembro

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Discussão (22/04/2016)

• Os discursos dos líderes mundiais ressaltaram o sentimento de urgência


de ação contra o aquecimento global. "Estamos em uma corrida contra o
relógio", advertiu o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que reiterou
que o "futuro" do mundo depende dos progressos rumo a uma economia
baixa em emissões. "Estamos batendo recordes nesta reunião, e é uma
boa notícia. Mas os recordes também estão sendo batidos fora", disse Ban
ao se referir sobre as temperaturas globais e o degelo

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Discussão (22/04/2016)

• "O mundo está olhando. Os senhores serão aclamados ou vilipendiados


pelas gerações futuras", alertou DiCaprio aos líderes mundiais, ressaltando
que "o planeta não será salvo se não deixarmos os combustíveis fósseis
debaixo da terra, onde pertencem"

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Discussão (22/04/2016)

• O acordo é o primeiro pacto universal de luta contra a mudança climática


de cumprimento obrigatório e determina que seus 195 países signatários
ajam para que a temperatura média do planeta sofra uma elevação "muito
abaixo de 2°C", mas "reunindo esforços para limitar o aumento de
temperatura a 1,5°C".

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Discussão (22/04/2016)

• Países emergentes lutaram muito durante as negociações contra que


fossem obrigados a dar contribuições junto com países ricos

• No final, a obrigação ficou apenas com países ricos

"Países desenvolvidos parte do acordo devem fornecer recursos financeiros


para auxiliar países em desenvolvimento com relação a mitigação e
adaptação", diz texto do acordo. "Outras partes são encorajadas a continuar a
prover tal suporte voluntariamente."

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Discussão (22/04/2016)

• Na cerimônia de assinatura do tratado, na sede das Nações Unidas,


presidente destaca a "histórica conquista da humanidade"; Dilma Rousseff
volta a reforçar meta do país de reduzir em 37% as emissões de gases de
efeito estufa até 2025

• "Anunciei aqui mesmo a contribuição brasileira de 37% de redução dos


gases de efeito estufa até 2025, assim como a ambição de alcançarmos
uma redução de 43% até 2030 – tomando 2005 como o ano base, em
ambos os casos. Alcançaremos o desmatamento zero na Amazônia e
vamos neutralizar as emissões da supressão legal de vegetação."

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Discussão (22/04/2016)

• Acordo do clima é assinado por 175 países, recorde da ONU

• Nesta sexta-feira (22), na sede das Nações Unidas, em Nova York, 175
países assinaram o Acordo de Paris contra a mudança climática. Jamais
tantos países tinham assinado uma convenção internacional deste tipo no
primeiro dia em que o texto foi aberto para que as nações começassem a
aderir

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Energia: Uma Definição Inicial

• A energia é um dos principais constituintes da sociedade moderna

• Ela é necessária para se criar bens com base em recursos naturais e para
fornecer muitos serviços com os quais temos nos beneficiado

• O desenvolvimento econômico e os altos padrões de vida são processos


complexos que compartilham um denominador comum: a disponibilidade
de um abastecimento adequado e confiável de energia

• A modernização do Ocidente, passando de uma sociedade rural para


outra, urbana e rica, foi possível pela utilização de tecnologia moderna
firmada em um ampla série de avanços científicos, os quais foram
energizados por combustíveis fósseis

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Energia: Uma Definição Inicial

• Eventos políticos fizeram muitos passarem a perceber quanto a energia é


crucial para o funcionamento cotidiano de nossa sociedade
 Embargo do petróleo em 1973

 Revolução Iraniana de 1979

 Guerra do Golfo Pérsico de 1991

 Invasão do Iraque em 2003

• As crises energéticas dessa década foram quase completamente


esquecidas nos anos 1980

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Energia: Uma Definição Inicial

• Contudo, trouxeram uma crescente preocupação com o Meio Ambiente

• Inquietações relacionadas com o aquecimento global, a chuva ácida e os


resíduos radioativos ainda hoje nos perseguem, e cada um desses temas
está relacionado à forma como usamos a energia

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Energia: Uma Definição Inicial

• Apesar de o interesse em ser autossuficientes em energia e obter uma


fonte energética própria ter sido forte nas décadas de 1970 e 1980,
durante a segunda metade dos anos 1990 o enfoque foi na liberação de
mercados

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Energia: Uma Definição Inicial

• Os trágicos eventos de 11 de setembro de 2001 mudaram o mundo para


sempre

• Ameaças e ações continuadas de terroristas têm tanto impacto na questão


energética quanto na segurança pública

• Os Estados Unidos, assim como muitos outros países do mundo


industrializado e em desenvolvimento, importam mais que a metade do
petróleo que consomem

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Energia: Uma Definição Inicial

• Há muitos e diversos grupos pedindo ações em relação a isso, pois a forte


dependência da importação de petróleo coloca em risco a segurança
doméstica e o bem-estar econômico dos Estados Unidos

• Grande parte da importação de petróleo americana é utilizada no setor de


transporte e, assim sendo, deve haver ações em busca de aumento da
eficiência dos automóveis, de combustíveis alternativos e de conservação
de energia

• Tais mudanças levam tempo, mas um aumento do preço do petróleo para


quase o dobro pode não levar tanto, como se viu em 2005

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Energia: Uma Definição Inicial

• A energia permeia todos os setores da sociedade


 Economia

 Trabalho

 Meio Ambiente

 Relações Internacionais

 Moradia

 Alimentação

 Saúde

 Transporte

 Lazer

 Entre outros
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Energia: Uma Definição Inicial

• Os suprimentos de energia são fatores limitantes primordiais do


desenvolvimento econômico

• O mundo tornou-se muito interdependente e, assim, o acesso a recursos


energéticos adequados e confiáveis é central para o crescimento da
economia

• Em torno de 40% da energia global vem do petróleo, boa parte importada


do Golfo Pérsico pelas nações industrializadas

• Dessa região, o Japão importa dois terços de seu petróleo, os EUA 20% e
a França um terço de suas necessidades
 Risco de danos consideráveis à economia

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Energia: Uma Definição Inicial

• O dicionário define energia como a “capacidade para a ação vigorosa;


força inerente; forças potenciais”

• É encontrada em muitas formas, como vento ou a água corrente, e


armazenada em matéria, como os combustíveis fósseis – petróleo, carvão,
gás natural - , que pode ser queimada para uma “ação vigorosa”

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Energia: Uma Definição Inicial

• A energia é mais bem descrita pelo que ela pode fazer

• Não podemos “ver” a energia, apenas seus efeitos; não podemos usá-la; e
não podemos destruí-la, apenas desperdiça-la (ou seja, utilizá-la de forma
ineficiente)

• Ao contrário da comida e da moradia, a energia não é valorizada por si


própria, mas pelo que pode feito com ela

• “Energia não é um fim em si mesma. Os objetivos fundamentais que


devemos ter em mente são uma economia e um ambiente saudáveis.
Temos que delinear nossa política energética como um meio para atingir
esses objetivos, e não apenas para este país, mas também em termos
globais.” (Richard Balzhir, ex-presidente do EPRI)
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Curso de “Energia & Meio Ambiente – ENE130” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2016/01

Energia: Uma Definição Inicial

• A energia não é criada ou destruída, mas apenas convertida ou


redistribuída de uma forma para outra, como, por exemplo, a energia eólica
transformada em energia elétrica, ou a energia química, em calor

• Entender a energia significa entender os recursos energéticos e sua


limitações, bem como as consequências ambientais de sua utilização

• Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico estão forte e


intimamente conectados

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Curso de “Energia & Meio Ambiente – ENE130” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2016/01

Energia: Uma Definição Inicial

• Durante as últimas três décadas, o consumo de energia global


praticamente dobrou, enquanto, apenas nos EUA, este aumentou 35%

• Muito desse crescimento global aconteceu nos países menos


desenvolvidos

• Estima-se que que nas próximas duas décadas o consumo de energia vá


aumentar em torno de 100% nos países em desenvolvimento, o que
corresponde a um crescimento médio de 3% ao ano

• A maior parte deverá ocorrer nas nações em desenvolvimento da Ásia,


principalmente China e Índia

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Curso de “Energia & Meio Ambiente – ENE130” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2016/01

Energia: Uma Definição Inicial

• Juntamente com tal crescimento, observou-se o declínio da qualidade do


ar urbano e a séria e intensa degradação do solo e das águas

• Como os combustíveis fosseis representam 90% do nosso consumo de


recursos energéticos, continuamos a aumentar as emissões de dióxido de
carbono, que podem alterar de forma irreversível o clima da Terra

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Curso de “Energia & Meio Ambiente – ENE130” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2016/01

Energia: Uma Definição Inicial

• O uso adequado da energia requer que se leve em consideração tanto


questões sociais quanto tecnológicas

• De fato, o crescimento econômico sustentável neste século, juntamente


com o incremento da qualidade de vida de todos os habitantes do planeta,
apenas pode ser possível com o uso bem planejado e eficiente dos
limitados recursos energéticos e o desenvolvimento de novas tecnologias
de energia

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Uso da Energia e Ambiente

• Vivemos em uma era de preocupação ambiental

• Políticos terão dificuldades para serem eleitos se não tiverem, pelo menos,
uma clara preocupação com as questões ambientais

• O vigésimo aniversário do Dia da Terra, em 22 de abril de 1990, tornou-se


o centro das atenções de milhões de pessoas que queriam iniciar uma
década de ativismo ambiental

• Muitas mudanças ocorreram nos 35 anos decorridos desde o primeiro dia


da Terra, algumas delas estão listadas no quadro a seguir

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Curso de “Energia & Meio Ambiente – ENE130” – Aula Número: 03 – PROF. JOÃO A. PASSOS FILHO – Período: 2016/01

Uso da Energia e Ambiente

• Nossa Terra – Antes e Agora

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