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REVISADO 14/03/2012 Por Júlio Cesar T.P.

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Abreviaturas e Símbolos
Lista de abreviaturas (ordenadas por ordem alfabética)
AC - Alternating Current
BJT – Bipolar Junction Transistor
CI – Circuito integrado
CSV - Coma-Separated Values
DC - Direct Current
EECS - Electrical Engineering and Computer Science
EMI - Interferências Electromagnéticas
FFT – Fast Fourier Transform
IEEE- Institute of Electrical and Electronics Engineers
IMD – Distorção de Intermodulação
IRF - International Rectifier
JFET - Junction Field Effect Transistor
MESFET - Metal Field Effect Transistor
MOSFET - Metal Oxide Semiconductor Field Effect Transistor
PA – Public address
PCB – Printed Circuit Board
PDF - Portable Document Format
PDM – Pulse Density Modulation
PNG - Portable Network Graphics
PWM – Pulse-width Modulation
SISO - Single Input Single Output
SPL - Sound Pressure Level
THD – Total Harmonic Distortion
SMPTE - Society of Motion Picture and Television Engineers
SPICE - Simulated Program with Integrated Circuits Emphasis

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INTRODUÇÃO

O som (áudio) é a propagação de uma oscilação mecânica, esta onda não se propaga no
vácuo propagando-se em meios materiais com massa e elasticidade (sólidos, gasosos,
líquidos). A sua frequência distingue-se pela possibilidade do ser humano conseguir ouvir essa
oscilação. As frequências de áudio encontram-se no espectro de frequências entre 20 Hz e 20
Khz, a sua amplitude e energia mede-se em Decibéis. Os circuitos de áudio foram os primeiros
circuitos eletrônico com uma concepção prática, a necessidade comunicar e transmitir sons
com níveis mais elevados ou a distâncias superiores gera uma imensidão de circuitos, desde o
simples amplificador de aúdio ao mais sofisticado circuito eletrônico de transmissão e captação
de sons à distância.

PROPRIEDADES DE UM SINAL

A forma de onda do sinal mais utilizado nas medições de áudio é a senoidal (senóide), por ser
um tom puro, livre de harmônicas. Para representarmos um sinal senoidal precisamos
conhecer sua amplitude e frequência, ou período.

NÍVEL E AMPLITUDE

A amplitude é o parâmetro que nos fornece o nível máximo do sinal, ao elevar ou baixar o
volume de uma música estamos atuando no nível de sua amplitude. Para sinais alternados
como a onda senoidal da figura anterior, o nível pode ser medido pelo valor de pico, pelo
valor de pico-a-pico ou pelo valor eficaz, também conhecido como valor RMS, que
significa elevar o sinal ao quadrado, tirar a média e extrair a raiz quadrada dessa
média. Isso porque o sinal alternado tem o valor médio igual a zero ao longo do tempo,
considerando esse sinal simétrico, pois a área do semi ciclo positivo é igual à área do semi-
ciclo negativo.Elevando esse sinal ao quadrado obtemos um resultado proporcional à
energia, cuja média, ao longo do tempo, é proporcional à potência eficaz ou média

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FREQUÊNCIA E PERÍODO

A freqüência, é o número de ciclos de um sinal periódico, existente em um intervalo de tempo


igual a 1 s (um segundo), e o período é o tempo de duração de um ciclo. A freqüência pode
ser especificada em ciclos por segundo (cps) ou em hertz (Hz). Na figura abaixo temos um
sinal de 1Hz e outro de 4Hz, no eixo horizontal temos a escala de tempo, indo de 0 a
1s . O ciclo do sinal de 1 Hz ocupa todo o eixo do tempo (1s) e o ciclo do sinal de 4Hz
ocupa apenas ¼ do eixo (0,25s ou 250ms), portanto o período do primeiro é T=1s e o
período do segundo é T=0,25s. Portanto conclui-se que a freqüência é o inverso do período,e
vice-versa: F=1/T e T=1/F.

POTÊNCIA

A potência é uma unidade de capacidade de fornecimento de energia no tempo, bem como


também de consumo. Qualquer circuito amplificador, consome potência da rede (AC)
quando é energizado, e isso inclui pré-amplificadores, amplificadores de Potência, etc. A essa

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potência dá-se o nome de potência de consumo.A potência fornecida, ou mais comumente
potência de saída, é certamente uma das características mais disputadas entre os
fabricantes, o que vem promovendo uma busca Constante de aumentos dessas potências. A
forma de medir a potência de um amplificador é aplicar um sinal senoidal à entrada deste e
medir a tensão eficaz (EL) em uma carga Resistiva de valor conhecido (RL). A potência, então,
é calculada através da Equação;

Esta é a potência a ser especificada para o amplificador, conhecida como RMS. Durante a
medição, a tensão de alimentação do amplificador (AC ou DC) deve ser mantida constante, e
as condições de teste (tensões, distorções, frequências, etc) devem ser as sugeridas por
normas e de acordo com às especificações técnicas do amplificador. Com base nos sinais da
figura abaixo, observa-se que a potência do sinal dinâmico é menor do que a potência do sinal
estático, considerando ambos com amplitudes iguais. As amplitudes são limitadas pelo
circuito amplificador e isso mostra que sua potência Nunca estará sendo plenamente utilizada
por um sinal de programa musical ou de voz.

COMPARAÇÃO ENTRE UM SINAL SENOIDAL ESTÁTICO E DINÂMICO

A potência RMS ou valor quadrático médio ou rms (do inglês root mean square) ou valor eficaz
é a potência gerada por uma corrente e tensão alternada que tem o mesmo efeito de uma

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corrente e tensão contínua. Existe muita confusão quando se encontram referências a
equipamentos de áudio em W (Watt) com valores discrepantes. Estes valores são valores de
pico, podem induzir em erro.

A potência PP (pico-a-pico) - refere o nível de pico a pico - Peak-to-Peak. É a potencia entre


os picos superiores e inferiores de saída. Pode ser calculado o valor RMS a partir deste valor
usando a seguinte expressão Ppico-a-pico= 2 * Pico ou RMS = Pico / 1,414

A potência PMPO - refere o nível de pico de saída instantânea - Peak Momentary Performance
Output. O valor é instantâneo e existem muitas formas de cálculo, sendo que cada fabricante
pode dar um valor que mais lhe convém. A PMPO é uma medida realizada no máximo do
máximo que um sistema sobre condições restritas pode fornecer. É importante por isso nos
fatores de comparação usar algo constante a potência RMS.

Um amplificador áudio é um amplificador eletrônico que amplifica sinais compreendidos entre


as frequências de 20 Hertz 20.000 hertz, com um nível apropriado o sinais podem colocar em
funcionamento altofalantes. A primeira fase de um amplificador de áudio é composta por
etapas executam tarefas como a pré-amplificação, controle de tom, equalização, mistura e
efeitos ou fontes áudio como leitores gravadores, de cd ou cassetes. A maioria dos
amplificadores necessitam de entradas de baixo nível. O sinal de entrada a um amplificador
pode ser de apenas alguns micro-watts a sua saída pode ser dez, cem ou milhares dos watts.
Quando referimos amplificadores de áudio e as suas etapas de saída, as configurações mais
comuns são: A, B, AB, D, G, e H.

SISTEMAS BALANCEADOS E NÃO BALANCEADOS

Os sistemas balanceados têm elevada imunidade ao ruído, amplificando apenas os sinais de


interesse, utilizando de amplificadores diferenciais, que amplificam apenas a diferença entre
os sinais aplicados simultaneamente em suas duas entradas, sendo uma Delas denominada de

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não inversora (+) e a outra de inversora (-). Se um mesmo sinal for Aplicado simultaneamente
às entradas inversoras (-) e não inversora (+), o resultado na saída do amplificador diferencial
será zero. Se dois sinais iguais, porém com polaridades Invertidas, forem aplicados
simultaneamente a cada uma das entradas o resultado será Proporcional a sua soma.

MODOS DE OPERAÇÃO DE AMPLIFICADORES

Independente da classe de operação, é possível utilizar um amplificador de potência com


várias configurações, destacaremos duas configurações para operação em estéreo e
operação em mono.

OPERAÇÃO EM ESTÉREO

O estéreo é um efeito que esta relacionado com o programa de áudio a ser reproduzido.
Quando um amplificador é configurado para operar em estéreo, o mesmo será habilitado
para operar com dois sinais de áudio independentes, inclusive o próprio sinal estéreo.

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OPERAÇÃO EM MONO

Nesta configuração, é necessário apenas um circuito amplificador para reprodução do


programa de áudio. Quando um amplificador de dois ou mais canais é posto para operar em
mono, entende-se que ambos os canais estão amplificando o mesmo programa, embora
ainda continue existindo a independência entre os circuitos amplificadores.

DISTORÇÃO

Um circuito amplificador ideal entrega em sua saída um sinal que é a réplica do sinal de
entrada amplificado em amplitude, podendo diferir em fase ou com atraso no tempo. Na
prática, essa condição não é possível, pois os dispositivos semicondutores não são lineares,
têm resposta de frequência limitadas e operam dentro de restrições impostas pelo processo de
fabricação, além de introduzirem ruído. Como consequência dessas limitações de operação, o
sinal amplificado estará sempre sofrendo algum tipo de deformação, ou seja, distorção.

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DISTORÇÃO POR SATURAÇÃO E CORTE DE AMPLITUDE

DISTORÇÃO POR SLEW RATE

Slew rate (taxa de inclinação) é o parâmetro que informa a máxima taxa de aumento ou
diminuição da tensão de saída, de um circuito amplificador, por unidade de tempo.Todo circuito
amplificador tem um limitação quanto a velocidade de resposta a uma excitação de entrada, e
essa limitação é expressa em Volt por microssegundo.

PROTEÇÃO DOS AMPLIFICADORES DE ÁUDIO

As proteções dos estágios amplificadores de áudio, devem garantir a integridade do


circuito eletrônico, mesmo nas mais extremas condições de operação.

PROTEÇÃO TÉRMICA

Essa proteção atua em função da temperatura interna e de partes internas de um


amplificador de áudio. Sensores térmicos são estrategicamente colocados no estagio

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Amplificador , com a função de monitorarem as temperaturas ali existentes. O aumento da
temperatura pode ocorrer devido a sobrecarga de potência, a temperatura ambiente
acima do limite especificado, a obstrução da ventilação, etc.

PROTEÇÃO CONTRA CURTO-CIRCUITO

Na possibilidade de ocorrer um curto-circuito na saída do amplificador, seja nos terminais


de saída, no cabo que faz a interligação amplificador / caixa acústica, ou até mesmo no alto-
falante. Um curto circuito danificará o amplificador caso este não tenha algum tipo de
proteção. Os amplificadores atuais dispoem de dispositivos para limitar a corrente, e realizar a
desconexão da carga.

PROTEÇÃO CONTRA DC

Uma falha no circuito amplificador pode provocar o envio de tensão contínua (DC) à caixa
acústica ou alto-falante. Os amplificadores atuais trabalham com alimentação simétrica e
dispensam os capacitores de acoplamento. Tensões contínuas danificam os alto-falantes, pois
deslocam o cone da sua posição de repouso, forçando o conjunto móvel e tensionando o
anel de suspensão, além de aquecerem a bobina.

PROTEÇÃO CONTRA CEIFAMENTO (clipping)

O ceifamento ocorre sempre que o nível do sinal que está sendo amplificado ultrapassa o
limite de máxima excursão admissível no circuito amplificador. Um circuito limitador pode
realizar essa proteção, quando o clipping acontece, o ganho do amplificador é reduzido
automaticamente, minimizando o efeito.

PROTEÇÃO CONTRA TRANSITÓRIOS

É comum ouvirmos um som pop toda vez que ligamos ou desligamos algum
equipamento de áudio. Isso se deve ao fato de que ocorrem transitórios no momento em que
o circuito eletrônico é energizado. Uma forma de se evitar esse efeito é desconectar,
momentaneamente, os alto-falantes ou caixas acústicas do circuito amplificador. Essa
proteção é comumente chamada de MUTE (emudecimento).

CLASSE DOS AMPLIFICADORES

Amplificador classe A: Usada apenas em amplificadores Hi-Fi, tanto transistorizados como


com válvulas. Elevada fidelidade na reprodução, com um consumo de energia e libertação de
calor muito alto, os transistores (ou válvulas) de saída conduzem de forma permanente,
mesmo na ausência de sinal.

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Os primeiros amplificadores a serem projetados, e mesmo construídos, encontravam-se
incluídos nesta classe. Nesta classe de funcionamento está sempre presente uma corrente de
polarização a percorrer o andar de saída mesmo que o sinal à entrada seja nulo. Desta forma
consegue-se baixa distorção no sinal e maior linearidade quando comparada com as outras
classes (B, AB, D, G, H). Para o caso das classes B, AB, D, G e H como funcionam com
dispositivos comutados introduzem uma não linearidade na altura da comutação que não existe
na classe A. No entanto, o fato dessa corrente de polarização se encontrar constantemente
a percorrer a saída independentemente do sinal à entrada faz com que o rendimento
energético seja baixo. Para esta classe penas se conseguem obter valores de rendimento na
ordem dos 20%. Torna-se então necessário o uso de grandes dissipadores para prevenir a
dissipação térmica, aumentando consideravelmente o tamanho e o peso dos amplificadores
desta classe.
Amplificador classe B: Na classe B de amplificadores, o problema é abordado de forma
diferente. Cada um dos dispositivos presentes de saída apenas conduz durante metade do
ciclo de onda do sinal de entrada (um conduz no semiciclo negativo e o outro no semiciclo
positivo) funcionando em push-pull. A Figura abaixo apresenta um seguidor de emissor com
transístores bipolares, que utiliza um transístor bipolar npn e outro pnp .

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Devido às tensões mínimas de polarização de cada transístor ( - tensão entre a base e o

emissor do transístor Q1; - tensão entre o emissor e a base do transístor Q2), na altura

em que o sinal à entrada vi se situa dentro da gama de valores > vi > os


transístores encontram-se em corte, pelo que, apesar do sinal à entrada ser diferente de zero,
o sinal à saída é nulo. Isto introduz uma não linearidade no sinal de saída que passa a
apresentar alguma distorção comparado com o sinal de entrada (distorção de cruzamento –
Crossover Distortion). Para o caso da amplificação classe B já se consegue um rendimento
energético máximo de 78.5%, que é obtido quando a tensão de saída tem amplitude máxima
igual à tensão de alimentação.Assim sendo, esta classe de amplificação aumenta o
aproveitamento energético, mas aumenta também a distorção na onda de saída.

Amplificador classe AB: Modo intermédio entre as classes anteriores (daí o nome), reunindo
algumas vantagens de ambas. É a classe de amplificadores mais usada atualmente. Os
transistores conduzem ligeiramente, quando na ausência de sinal. Como forma de resolver os
problemas das perdas energéticas sem diminuir a “qualidade” do sinal amplificado, juntaram-se
as melhores características de cada uma das classes A e B, respectivamente. Juntando o
princípio de funcionamento da classe A, que amplifica o sinal sem lhe introduzir não
linearidades, e o princípio de funcionamento da classe B, que utiliza dois dispositivos, para
amplificarem cada um dos semiciclos do sinal de entrada individualmente, obtêm-se a classe
AB. Isto é implementado deixando que os dispositivos se encontrem ligados ao mesmo tempo
por um curto período. Assim cada interruptor conduz durante pouco mais de metade de cada
ciclo de onda , fazendo com que o sinal amplificado continue a ser linear durante a passagem
por zero no sinal de entrada. Figura abaixo apresenta-se um amplificador classe AB no qual se

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ilustra a inclusão de tensões de polarizações, Vpol1 e Vpol2 que garantem as tensões mínimas
de polarização dos transístores Q1 e Q2. Deste modo elimina-se a descontinuidade da tensão
de saída existente na classe B.

Amplificador classe D (ou PWM): Vulgarmente chamado "amplificador digital", funciona


segundo a técnica de modulação por largura de pulso (PWM). Usa-se de forma cada vez mais
frequente em aplicações onde se exige alto rendimento. Recentes avanços na fabricação de
transístores de alta velocidade, têm trazido melhorias na qualidade de áudio destes
amplificadores. O amplificador classe D utiliza interruptores de potência totalmente controlados,
que são comandados, por uma modulação de largura de impulso (PWM) resultante da
comparação do sinal de entrada com uma onda moduladora triangular. Esta deverá ter uma
frequência fundamental no mínimo duas vezes superior ao valor de frequência máximo do sinal
de entrada (teorema de Nyquist-Shannon). A Figura abaixo apresenta os sinais envolvidos na
modulação por largura de impulsos. Mediante a comparação de amplitudes entre a onda
sinusoidal e a onda moduladora triangular obtém-se uma onda quadrada, de ciclo de trabalho
variável, que adquire o valor máximo quando a sinusóide apresenta uma amplitude igual ou
superior à da onda triangular, e adquire um valor mínimo quando ocorre a situação inversa.

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Sinais envolvidos na modulação por largura de impulsos. Em cima - Onda sinusoidal de 20kHz, No meio - Onda triangular de
0.5MHz; Em baixo- sinal de PWM resultante da comparação das duas ondas anteriores

Desta forma o sinal à saída dos interruptores apresenta uma forma de onda quadrada,
com duty cycle (ciclo de trabalho) variável que apresenta o valor máximo ou mínimo de
tensão aplicado ao amplificador. Posteriormente essa onda quadrada passa por um filtro
passa-baixo passivo que elimina todas as componentes de frequências que se encontrem
acima da máxima frequência existente no sinal de entrada (20kHz) restituindo à onda de
saída as características no domínio das frequências do sinal de entrada. Em termos teóricos
esta configuração seria capaz de apresentar um aproveitamento energético na ordem dos
100%. Tal não é porém conseguido devido aos tempos, não nulos, de comutação, bem como,
ao fato de possuírem uma resistência de condução, Ron. O fato de os semicondutores usados
não possuírem um tempo nulo de comutação obriga a que seja necessário inserir um tempo
morto entre comutações dos diferentes dispositivos o que terá consequências a nível de
distorção harmónica. Um tempo morto de 40ns pode criar 2% de distorção total harmónica
(THD - Total Harmonic Distortion) que pode ser melhorada para 0.2% reduzindo para
15ns.Em termos práticos esta classe de amplificação é capaz de apresentar um
aproveitamento energético na ordem dos 90%.Devido às comutações dos dispositivos de
potência serem realizadas a altas frequências (entre os 100KHz e 1MHz) no projeto de um
amplificador de classe D há alguns pontos que devem ser levados em conta no
dimensionamento dos mesmos e na implementação do circuito de modo a que distorção
gerada seja pequena e a eficiência energética seja a mais elevada possível.

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Entendendo filtros de saída para amplificadores Classe-D

John Widder e Yun Zhao Tao, STMicroelectronics

Amplificadores Classe D geralmente usam um filtro passa-baixa para atenuar o ruído de


comutação em forma de onda de saída ao passar o sinal de áudio para o altofalante, mas
muitos engenheiros não estão familiarizados com as funções desempenhadas pelos vários
componentes em um filtro amplificador Classe-D ou como calcular os valores adequados. O
coração de um amplificador Classe-D é um filtro LC filtro passa-baixa. A frequência do filtro é
escolhido de modo que o filtro terá um efeito mínimo sobre o intervalo desejado a saída de
frequência enquanto atenuando a ruído de comutação, tanto quanto possível.

Um filtro de passagem baixa para um amplificador de classe D

Low-Pass Filter
O valor óptimo para o indutor de filtro é

L=RL/2 fC

em que f é a frequência C canto desejada do filtro e L R é a carga de resistência (coluna). Note-


se que o valor do indutor é dependente tanto a frequência do canto desejado ea impedância de
alto-falante para o valor do indutor , se as mudanças de impedância dos altofalantes. Designs
práticos requerem o uso de valores de componentes normalizados ajustes de tamanho tão
pequeno geralmente têm de ser feitas ao indutor ideal e os valores dos capacitores. Deve-se
calcular o indutor e os valores dos capacitores de forma independente e, em seguida,

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ajustando seus valores, é melhor para calcular o valor do indutor, selecione o valor mais
próximo indutância padrão, e então calcular a capacitância necessária usando o indutor
selecionado.

C = 1 / ((2 f C) 2 • L)

O fator de qualidade (Q) de um filtro é a razão entre a frequência central para a largura de
banda do filtro.

Q=RL (L C / 2)

Um alto Q produz uma curva subamortecida e um Q baixo produz uma curva superamortecida.
O Q do filtro deve estar no intervalo de 0,6> Q> 0,8 para evitar o comportamento
subamortecida ou superamortecida. Se você usar as equações acima o filtro deve ter um Q de
cerca de 0,7, o que proporciona bom desempenho e permite uma variação de impedância nos
alto-falantes. Note-se que o Q do filtro irá mudar se a impedância dos altofalantes é alterada,
sem ajustar os valores do componente de filtro, o que pode resultar numa resposta
subamortecida ou superamortecida.

Seleção de componentes
Não só é importante escolher os valores corretos filtro LC, como também é importante escolher
os tipos corretos de componentes para o amplificador classe D, a fim de evitar perdas e
minimizar a distorção harmônica.A avaliação de corrente DC de indutores de filtro deve ser
maior do que ou igual à corrente máxima que ele irá ver. A mudança na indutância versus
corrente de carga não deve ser superior a 10%. O material do núcleo pode afetar a distorção
harmónica do amplificador e deve ter perdas por histerese muito baixos. O condensador deve
ser um poliéster multicamada, polipropileno ou policarbonato. Evite o uso de capacitores de
cerâmica no filtro low-pass. Capacitores de cerâmica podem sofrer grandes mudanças na
capacitância como a tensão entre eles,tendo alterações, que podem resultar em distorções.

Amplificador classe G e H: Funcionam segundo princípios semelhantes, sendo a H uma


evolução da G (em alguns países, as definições são invertidas). Cada um tem sua própria fonte
de alimentação com valores diferentes, que atuam de acordo com o nível de saída exigido. Na
classe H, a tensão mais alta da fonte é modulada pelo sinal de entrada. A classe H começa a
ser comum em PA, nos amps para graves. A qualidade nas frequências altas ainda não
satisfaz, mas novos aperfeiçoamentos prometem melhoras.
Existem ainda algumas classes exóticas, como I (reúne classe A e D num único aparelho);
A/AB ou super A (polarização variável, oscila entre A e AB); as defuntas classes E e F; classe J
que combina as B e D; a classe S, semelhante à classe D; e algumas topologias proprietárias
de certos fabricantes, como Crown, Sunfire (Carver), Tripath (classe T)

Características das classes de amplificação mais comuns em áudio

Classe A A/B B D H

Eficiência Baixa Média Alta Alta Alta

Qualidade
Alta Alta Baixa Baixa Baixa
baixas freq.

Qualidade Alta Alta Alta Alta Alta

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altas freq.

Relação
Fraca Média Média Boa Boa
Custo-Potência

Relação
Fraca Média Média Boa Boa
Peso-Potência

BEL, Decibel e dB

Bel é uma unidade medida de comparação entre duas potências ou duas tensões.
Como a unidade tem um valor muito grande usa-se o decibel dB.
Comparando a potência de entrada para um amplificador com saída de energia.
A relação entre potência de entrada e a potência de saída denomina-se ganho de potência.

Utilizando três estágios de amplificação.


Para encontrar o ganho global, multiplica-se os ganhos individuais.

10 X 5 X 9,4 = ? 10 X 5 X 9,4 =?

O resultado da multiplicação pode resultar em números de valor elevadíssimo.

Se encontrarmos o log do ganho de potencia, o resultado aparece em Bel.

Uma vez que a unida BEL é uma unidade com grande dimensão usa-se o Décibel.

Uma vantagem da utilização de decibéis é a de que o seu valor é menor, mais fácil de utilizar.
Um ganho global de 1000000000 ou +90 DBS.
Um ganho de 1000 é igual +30 dB.
Para encontrar o ganho global total, ganhos individuais são adicionados.
• O sinal + indica um ganho.

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• O sinal - indica uma atenuação.

Se se usar relação entre tensões então a formula a utilizar será:

Podemos por isso usar alguns valores de referência para aplicação direta prática

• PdB = 3 dB então Psaída é o dobro de Pentrada


• PdB = 10 dB então Psaída é 10 vezes maior que Pentrada
• PdB = -10 dB então Psaída é 10 vezes menor que Pentrada
• PdB = 20 dB então Psaída é 100 vezes maior que Pentrada
• PdB = -20 dB então Psaída é 100 vezes menor que Pentrada
• VdB = 6 dB então Vsaída é o dobro que Ventrada
• VdB = 20 dB então Vsaída é 10 vezes maior que Ventrada
• VdB = -20 dB então Vsaída é 10 vezes menor que Ventrada
• VdB = 40 dB então Vsaída é 100 vezes maior que Ventrada
• VdB = -40 dB então Vsaída é 100 vezes menor que Ventrada

Informações iniciais para o recondicionamento de Alto-falantes,


Cornetas, Drivers, Médios e Tweeters.

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Um alto-falante funciona basicamente da maneira inversa de um microfone. É um tipo de
transdutor que recebe o sinal elétrico e o converte em vibrações físicas, criando uma variação

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na pressão no ar à sua volta e conseqüentemente dando origem às ondas sonoras.
O principal componente do alto-falante é o seu conjunto magnético, ou seja, o ímã permanente
e a bobina móvel (que produzirá um campo magnético à medida que for percorrida por
corrente). Entre estes dois componentes existe um espaço livre, denominado entreferro, com
permeabilidade magnética equivalente a do ar. Por tratar-se de um alto-falante de 8 polegadas,
foi possível determinar a direção do campo magnético do ímã permanente com o uso de um
teslâmetro. O resultado encontrado em laboratório foi uma densidade de fluxo magnético radial
no entreferro, de dentro para fora, de modo que podemos concluir que o pólo norte magnético
está localizado no centro do ímã, enquanto o sul encontra-se em sua periferia, conforme pode
ser visto na figura abaixo.

Alto-Falantes, quanto a seu tamanho

Para maior facilidade, as dimensões dos alto-falantes são dadas em polegada,


que é uma medida internacional.
Caso você não saiba a medida do alto-falante, “ em polegadas ( 2,54 cm ) ”,
utilize uma régua, meça em
centímetros e divida por 2,54.
Ex: Um falante que você mediu 25,4 cm basta agora você dividir 25,4 por 2,54 e o
resultado será um auto-falante de 10” ( dez polegadas ).

Alto-falantes profissionais

No que se refere a desempenho e qualidade, são vários os tipos de alto-falantes


disponíveis no mercado.
No caso dos alto-falantes profissionais, esses são fabricados com maior qualidade
de modo a proporcionar um melhor desempenho em sua aplicação na sonorização
de ambientes, é um mercado em constante evolução.
Portanto, dada a qualidade do material, sua recuperação torna-se altamente
vantajosa.
Impedância

Cada alto-falante tem uma impedância específica, ou seja, um valor em Ohms, e


que pode ser de 3,2 OHMS, 4 OHMS , 6 OHMS , 8 OHMS, 16 OHMS, 25 OHMS,
etc...
Na falta de especificação da impedância no alto-falante, utilize um multímetro na
escala de resistência e de preferência um multímetro digital.
Potência

No próprio alto-falante encontramos estampada a potência, que poderá vir com


referência em P.M.P.O ( potência máxima de pico de saída ), ou em R.M.S (
relação métrica quadrada ) sendo está última a potência real.
Exemplo: um alto-falante de 1000 Watts P.M.P.O. tem potência de 277 Watts em
R.M.S.
Caso seu alto-falante esteja especificando a potência em P.M.P.O. e você queira
saber qual é a potência em R.M.S., basta dividir por 3,6 para obter a potência real.

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Na prática usamos dividir o valor indicado no auto-falante por 4, sendo, assim um
falante que vem indicado uma potência de 1000 Watts dividida por 4 resulta em uma
potência real de 250 Watts.

Como começar a limpar e tirar as medidas de um alto-falante?

São vários os cuidados para iniciar a limpeza de um ALTO-FALANTE:


a) Verifique quantas polegadas é o auto-falante.
Retire o cone velho com muito cuidado, de modo a não danificar a bobina, pois
nem sempre encontramos outra com a mesma impedância e diâmetro, meça a altura
do cone.
Logo em seguida meça também a bobina, é comum a bobina vir a sua
especificação em milímetros.
Retire agora a centragem, meça o seu diâmetro e também a sua altura.
Na maioria dos alto-falantes importados, as bobinas e os cones são diferentes.
Por isso às vezes torna-se necessário reutilizar esses componentes, desde que
não estejam danificados.
b) Observe com atenção se o cone é liso ou frisado.
c) Verifique se o protetor é de papel, alumínio ou de fibra, se for necessária à troca,
substitua pelo mesmo tipo para manter a originalidade.

Obs: Muitos fabricantes como Pioneer, Aiwa, Sony, JVC e outros, usam alto-falantes
com cones de polietileno, obrigando-nos a mantê-los, uma vez que são encontrados
no mercado de reposição.

Caso seja realmente necessária a troca do cone desse tipo de alto-falante,


mantenha o original à mão como referência quando da aquisição de um novo.
É importante que as características destes se assemelham ao máximo às do
original, com isso pode se cobrar mais pelo serviço.
d) O imã é um componente muito importante, portanto verifique com atenção se o
mesmo não está deslocado, quebrado ou mesmo trincado.
e) Verifique atentamente se a bobina não está solta, quebrada ou desfiada dentro
do sulco.
f) Observe se a sujeira ou ferrugem não tomou conta do sulco.
Caso isso ocorra, utilize uma fita crepe ou adesiva para efetuar a limpeza.
Se necessário, desloque o imã e retire os resíduos, conforme explicaremos
posteriormente.
Antes da limpeza dos resíduos que ficaram na carcaça do auto-falante é necessário
se colocar um pedaço de fita crepe fechando a parte central do imã do auto-falante.
g) Na limpeza da carcaça, utilize Thinner para amolecer a cola e um formão para
retirar os resíduos.
h) No caso de carcaça enferrujada, lixe e pinte, pois em certos tipos de alto-
falantes, é interessante, do ponto de vista econômico, o aproveitamento para
conservar a originalidade.
i) Observe bem os terminais de ligação. Caso estejam quebrados, estes deverão
ser consertados cuidadosamente, arrebitando-os antes de colar o cone ou
qualquer outro material.

Muita atenção na hora da montagem desses terminais para que não fiquem
em curto com a carcaça. Coloque-os antes de arrebitar a bucha de
isolação.

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Tipos de Alto-Falantes

A profundidade dos alto-falantes são bastantes variadas portanto, na hora da


compra dos materiais, é aconselhável que se leve à carcaça a ser recuperada pois o cone
tem três medidas de profundidade: alta, média e baixa ( reta ).
A centragem ou aranha; também pode ser alta, média e baixa ( reta ).
Às vezes é necessário se colocar dois cones colados juntos, porque o auto-
falante é muito pesado, quer dizer, muito potente.
O mesmo pode ocorrer com a centragem que, em certos casos convém colar
duas centragens juntas, evitando assim que o auto-falante pule demais.
A figura abaixo mostra em detalhes as partes de um auto-falantes em vista
explodida.

Alto-Falante com borda ou suspensão de esponja ou fibra

Geralmente utilizados na instalação de som automotivo porque com esse tipo de


ALTO-FALANTE, podemos obter sons mais graves.
Nesse caso não é aconselhável a troca do cone de borda por um cone comum
de papel, porque poderá haver alteração tanto na potência como na qualidade do som.

Passos para o recondicionamento de um auto-falante

1) Colocar a bobina no sulco do auto-falante e marcar a profundidade,


lembrando que a melhor altura da bobina deve ser aquela em que a altura do enrolamento da
bobina fique rente em cima com o tarugo central do imã do falante.
2) Em seguida cortar o furo da centragem exatamente na medida da bobina,
cortando em seguida o furo do cone que é do mesmo tamanho do diâmetro da bobina.

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3) Logo coloque a bobina, centragem e o cone, verificando se todos esses
componentes estão na medida da carcaça.
Se todos os componentes colocados na carcaça do auto-falante estiverem bem
ajustados poderemos prosseguir com a reparação, agora verifique bem pois, se o material
colocado não ficar ajustado adequadamente ocasionara algum problema mais para frente.
Certifique-se pela altura do cone, se estiver acima da borda do auto-falante, você
terá que substituir ou o cone ou a centragem e se estiver abaixo vale também a mesma dica.

Atenção
Ainda não use cola alguma, só estamos testando o material que esta sendo preparado.

Colocação da bobina e gabarito de centralização

Coloque a bobina no imã circular central do auto-falante, afunde até que a altura do
enrolamento da bobina fique pareado no tarugo central do imã.
Em seguida coloque um ou mais gabarito de centralização em quantidade suficiente
até que esta fique bem fixada e centralizada .
Se for necessária maior firmeza na fixação, utilize mais um gabarito, até que se
certifique que a bobina está bem fixada, para que essa não desloque quando for colocado o
cone e a centragem.
Observe que a bobina possui um gap ou abertura em toda a sua extensão que é
proposital para que o técnico reparador possa ver a altura do enrolamento da bobina que deve
estar rente à parte de cima do tarugo do imã.
Logo, quando você confeccionar seus próprios gabaritos devera também manter
esta abertura para que possa ver a altura do enrolamento da bobina. Veja na figura logo mais.

Importante
Observe cuidadosamente a profundidade da bobina quando estiver fixando a
mesma, É preferível deixar algumas espiras para cima do tarugo central para que esta
não bata no fundo do auto-falante, quando o usuário aumentar demais o volume de seu
equipamento.

O próximo passo agora é partir para a preparação da centragem e sua colocação.


Como é efetuado o corte da centragem e sua fixação é mostrado a seguir.
Fique atento quanto ao tempo de cada passo respeitando o tempo mínimo de 10
minutos para cada colagem.
Agora nosso próximo passo é colocar a bobina sobre a centragem e marcá-la com a
caneta retro-projetor, veja logo a seguir.
Em seguida com uma tesoura de ponta fina, corte a centragem exatamente em cima de
onde você riscou, faça um corte o mais redondo possível para ajustar melhor ba bobina.
Se a bobina ainda não entrar na centragem você deve, pegar a tesoura e raspar em

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forma circular por dentro da centragem fazendo assim uma bainha e alargando a centragem.
E se caso a bobina estiver entrando um pouco folgada na centragem, não haverá
maiores problemas, desde que a folga não seja assim tão grande. Caso contrario você terá que
colar com cola araudite um papel em volta da bobina aumentando o seu diâmetro.

Corte e colocação da centragem

Coloque a bobina exatamente no centro da centragem e em seguida marque com a


caneta retro-projetor circundando a bobina, marcando assim o local de corte na centragem.
Retire a bobina e, com uma tesoura de ponta fina, corte a centragem exatamente em cima de
onde você riscou.
Após a colocação da bobina, aplique a cola BRASCOPLAST na centragem e na
carcaça do auto-falante.
Ainda não cole, aguarde pelo menos cinco minutos para, então, colar a centragem,
porque esta cola é chamada de cola de contato e deve ser passada em ambas as partes e
aguardar alguns minutos para uma boa adesão.
Colar agora a centragem apertando bem com os dedos ou com uma madeirinha para
aderir melhor.
Não é necessário reforçar de cola a centragem porque a cola de contato ira aderir
ainda mais com o tempo e emborrachar quase endurecendo já sendo o suficiente.
Com o aumento da temperatura durante o funcionamento do auto-falante, o calor
pouco interfere com a cola, sem contar que, com o movimento de vai e vem do auto-falante,
desloca-se ar que retira a temperatura de cima do auto-falante como um todo.
Alguns fabricantes dotam os seus auto-falantes com um duto, que vão de fora a fora e
por dentro do imã formando assim um duto de ventilação resfriando o imã e todo o auto-falante.
Existe auto-falantes com o dobro da altura de seus imãs, motivo pelo qual, o fabricante
já esta prevendo que o usuário ira colocar muita potência e com isso o auto-falante ira pular bel
mais do que o normal.
Já outros fabricantes colocam dois imãs em seus auto-falantes, fazendo com isso um
reforço nas linhas de forças que provem do imã, conseguindo um rendimento maior.
Após essa operação, verifique se a bobina continua na posição correta. Caso a
bobina esteja fora da posição correta, você terá que ajustá-la novamente.
Em seguida, prepare a cola ARALDITE RÁPIDA em um pequeno pires para que seja
colocada entre a bobina e a centragem.
Coloque uma camada de cola em boa quantidade para que ela possa entrar pelos
furos da centragem, dando uma camada maior e reforçando a colagem tanto do lado de cima
da centragem como do lado de baixo.
Outra dica, quando o auto-falante estiver secando em cada fase dos passos de
montagem, colocar o auto-falante de cabeça para baixo, evitando assim que a cola escorra
para dentro do auto-falante e cole a bobina no imã.
Caso isso ocorra, você terá que aquecer o falante em água quente, descolar tudo e
recomeçar todo o trabalho, sem contar com a perda do material.

Auto-falante em processo de secagem de cabeça para baixo.

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Preparação do cone

Marcação do local onde será feito o corte do cone,.


Veja a figura abaixo.

Depois do corte do cone veja se a bobina entra com certa facilidade no cone caso a
bobina não entra pegue novamente a tesoura passe por dentro do cone e faça uma bainha
alargando o cone, veja novamente se a bobina se ajusta bem ao cone.
Depois de colocar a cola entre a centragem e a bobina, utilize a cola BRASCOPLAST
na carcaça e no cone, tomando o cuidado de deixar os fios no centro do cone e do lado dos
terminais. (ver figura abaixo).
Deixar sempre a mão um pedaço de pano e um pouco de thinner para a limpeza devido
a se trabalhar com cola e tinta.
Processo de se passar à cola BRASCOPLAST no cone, veja as figuras abaixo.

Figura 1

Figura 2

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Após a fixação do cone, reforce a cola ARALDITE entre o cone e a bobina, do lado de
dentro do cone, concluindo assim essa fase do trabalho, conforme a figura abaixo:

Ligação do fio da malha entre o cone e os terminais

Primeiramente faça dois pequenos furos no cone do alto-falante com uma punção ou
mesmo com a tesoura para a passagem do fio de malha, esses orifícios deverão ficar próximos
à bobina e do lado dos terminais para que não haja problemas na hora da colocação do
protetor.
Veja a figura abaixo.

Se necessário for coloque provisoriamente o protetor em cima do cone e faça uma


pequena marca com o lápis preto em cima do cone, retire o protetor e faça os furos com uma
punção no meio da distancia entre a sua marcação e a bobina.
Veja a figura abaixo.

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Passe o fio de malha pelos furos e solde com o fio da bobina, em seguida, cole com
ARALDITE RAPIDA para a fixação dos pontos de solda, passe cola nos dois lados do cone,
para que o cone e a malha não fiquem vibrando, logo em seguida solde também os fios de
malha nos terminais do auto-falante não deixando os mesmos esticados.
Para maior segurança, utilize a mesma bitola do fio original, nunca deixando o fio de
malha esticado, pois este precisa de folga para se movimentar com o cone.
Não utilize fio de malha muito fina, pois dependendo da potência do equipamento
utilizado, este poderá romper-se. Aguarde dez minutos ou mais e verifique em seguida se a
cola ARALDITE está seca.
Se já estiver seca, retirar os gabaritos, observando se a bobina não está raspando no
imã.
Para esse teste pressione o cone com a mão e verifique se este não está encostando-se
ao imã. Finalmente, faça um teste de áudio, e de preferência com baixo volume.
Se tudo estiver ajustado, passe para a fase de montagem do protetor, cole no centro do
cone, fixando-o com a cola BRASCOPLAST.

IMPORANTE
Existem diversos tipos de protetores, tais como: protetor de tecido, de plástico, de
acetato, de papel e de alumínio. O tipo de material a ser utilizado é uma opção pessoal
Recomendamos porem muita atenção na hora da instalação do protetor, como esses
auto-falantes em geral são pares a modificação do protetor de apenas um deles pode
provocar distorções de som, descontentamento do cliente, sem contar no visual que
ficaria diferente tirando a originalidade do auto-falante.

» Tipos de falantes

Os alto-falantes são escolhidos de acordo com a frequência sonora que irá reproduzir. Sendo assim,
existem diversos tipos, cada um com uma função específica. Veja as diferenças:

Woofers: Para sons graves, médio-graves e parte dos médios - grave de


ataque. Os woofers equipam a maioria dos "Trios-Elétricos", pela sua resposta
de freqüência estendida. A faixa de freqüência em que eles operam varia de
50 Hz a 5000 Hz. Seu tamanho varia de 6" a 18". São indicados para
reproduzir sons como: Bumbo, tambor, parte do piano, parte do baixo e da
guitarra.

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Subwoofers: Para os sons subgraves - grave retumbante). Dividem-se
basicamente em 2 categorias, a BOX (caixa) e a Free Air (ar-livre, tampão).
Quanto maior for o seu Ímã, melhor. A faixa de freqüência em que eles
operam varia de 20 a 1500 Hz. Seu tamanho varia de 8"a 18". São indicados
para reproduzir sons como: Contrabaixo, baixo eletrônico, bumbo da bateria,
músicas c/ subgraves (CD-BASS).

Mid-bass: Para os sons médio-graves. Os mid-bass são utilizados na parte


frontal do carro, para aumentar a resposta de graves na parte da frente do
carro. Em alguns casos eles são instalados nas portas onde é aproveitado o
espaço interno da porta como caixa acústica. Em outros casos eles são
usados em pezinhos. A faixa de freqüência em que eles operam varia de 60 a
5500 Hz. Seu tamanho varia de 6" a 8". São indicados para reproduzir sons
como: Bumbo, tambor e outros.

Mid-range: Para os sons médios. Eles tem uma maior fidelidade na faixa de
freqüência que cobre a voz. Também é usado em pezinhos. A faixa de
freqüência em que eles operam varia de 200 a 3500 Hz. Seu tamanho varia
de 3-1/2" a 6". São indicados para reproduzir sons como: voz
(preferivelmente) e a alguns instrumentos musicais que atuam entre 200 e
3500 Hz.

Full-range: Parte dos sons: graves, médios e agudos. São indicados para
cobrir a maior parte da faixa audível. Ele é muito usado em pezinhos. A faixa
de freqüência em que eles operam varia de 100 Hz a 12000 Hz. Seu tamanho
varia de 4" a 6". São indicados para reproduzir principalmente a voz e a
maioria dos instrumentos musicais.

Tweeter - (para sons agudos): Existem tweeters de vários materiais. Eles vão
do comum papelão ao moderno neodimium (o mais usado). Ele é usado em
pezinhos e em cima do painel, sempre direcionados de forma correta.

Triaxial: Contém um woofer, um mid-range e um tweeter na mesma carcaça.


Esses falantes são geralmente instalados nas portas e no tampão. Sua
vantagem é reproduzir uma grande faixa de freqüência, porém, só há divisores
que efetuam o corte subsônico, ou seja, eles atuam cortando os graves. Isso
faz com que o woofer reproduza sons agudos, perdendo um pouco da
qualidade sonora. A faixa de freqüência em que eles operam varia de 50 Hz a
20 KHz. Seu tamanho varia de 6", 6"x 9" e 8". São indicados para reproduzir
sons como: todos, exceto contrabaixo, baixo eletrônico e bumbo da bateria.

Coaxial: Contém um wooofer e um tweeter na mesma carcaça. Esse falante é


pratico, porém, com menor fidelidade. É muito usado em kits originais.
Apresenta o mesmo problema dos divisores dos Triaxiais. A faixa de
freqüência em que eles operam varia de 50 Hz a 20 KHz. Seu tamanho varia
de 4",a 8", incluindo o oval 6"x 9". São indicados para reproduzir sons como:
todos, exceto contrabaixo, baixo eletrônico e bumbo da bateria

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Associação de subwoofers

Impedância X Resistência Associação de Subwoofers bobina dupla

A resistência é a dificuldade que uma corrente elétrica Observando um subwoofer de bobina dupla,
contínua tem ao passar por um componente e a notamos que ele possui 4 terminais (2
Impedância é a resistência à corrente variável em positivos(vermelho) e 2 negativos(preto)),
frequência portanto a impedância varia com a frequência internamente ele é composto por 2 bobinas
também. independentes montadas em um suporte em
comum. Podemos aproximar o subwoofer B.D.
Associação de Subwoofers Bobina simples. (bobina dupla) a 2 resistores.
Portanto podemos ligar um subwoofer B.D. em
paralelo ou em série com ele mesmo ou em
Podemos associar dois subwoofers em paralelo ou em
conjunto com outro subwoofer B.D. sempre
série.
levando em conta a polaridade.Ligando as
bobinas de um subwoofer B.D. em série.Liga-se
Associação em série. polo positivo no polo negativo da outra bobina,
sobrando o polo negativo da primeira bobina e o
Consiste em ligar um terminal de um sub no polo oposto polo positivo da segunda bobina:
do outro, isto é, o polo positivo(vermelho) de um, no polo
negativo(preto) do outro (ou vice-versa), afim de termos
um polo positivo e outro negativo sobrando como mostra a
figura abaixo:

(ligação série de um subwoofer bobina dupla)

O resultado é um subwoofer com impedância igual


a soma das impedâncias das bobinas e potência
(ligação série de 2 subwoofers)
total igual à soma das potências suportadas por
cada bobina.Se você ligar polo positivo de uma
Se você ligar polo positivo com polo positivo e utilizar os bobina com polo negativo da outra bobina e
polos negativos (ou vice-versa), os cones de cada também o polo negativo de um com o polo positivo
subwoofer se deslocarão em sentidos opostos causando o do outro (como na figura abaixo), as bobinas se
cancelamento de ondas sonoras, pois um força o ar para deslocarão em sentidos opostos causando o
frente enquanto que o outro força o ar para trás resultando descolamento das mesmas sobre o suporte
em deslocamento zero (supondo os subwoofer virados cilindrico, travando o cone do subwoofer por dano,
para um mesmo lado). possivelmente por descolamento do fio da bobina.

(cancelamento sonoro por deslocamento oposto)

A impedância equivalente medida nos 2 terminais, será a


soma das impedâncias. A regra de soma vale para mais
de 2 subwoofers ligados em série.
(deslocamento contra por ligação errada)
Ligando as bobinas de um subwoofer B.D. em
paralelo.

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Basta ligar polo positivo de uma bobina com o
polo positivo da outra bobina e polo negativo de
uma bobina com o polo negativo da outra bobina,
o resultado é um sub com impedância equivalente
à metade da impedância de uma das bobinas
(quando iguais) e potência equivalente ao dobro
da potência suportada por cada bobina.

(ligação de subwoofers em série)

Associação em paralelo.

Consiste em ligar polo positivo(vermelho) no polo


positivo(vermelho) de outro subwoofer e o polo
negativo(preto) do primeiro no polo negativo do segundo (ligação em paralelo de um subwoofer bobina
como mostra a figura abaixo: dupla)

A ligação de um polo positivo no polo negativo e


polo negativo no polo positivo da outra bobina
também causará o deslocamento inverso das
bobinas no interior do sub, danificando-o.Para
utilização com outros subwoofers podemos
simplificar os cálculos agrupando em conjuntos
pequenos e calculando aos poucos.
Ex: Temos 2 subwoofers B.D. cada uma com 2
bobinas de 4 Ohms e quero ligá-los em um
(ligação em paralelo de 2 subwoofers) amplificador de 2 canais bridge com impedância
mínima de 4 Ohms
Supondo que os dois subwoofers possuam a mesma
impedância, o equivalente do conjunto será a metade da 1a opção:
impedância dos subs. No nosso exemplo, os 2 (4 + 4)//(4 + 4) = (8)//(8) = 4 Ohms
subwoofers são de 4 Ohms e a impedância equivalente é ligando em série as bobinas de um sub, fazendo o
de 2 Ohms. mesmo com outro sub e colocando em paralelo os
Mas a regra geral para mais de um subwoofer é: dois subwoofers

R = (R1*R2)/(R1+R2) 2a opção:
(4//4) + (4//4) = (2) + (2) = 4 Ohms
ou para mais subwoofers: ligando em paralelo as bobinas de um subwoofer,
fazendo o mesmo com o outro sub e ligando em
R = (R1*R2*R3*R4*...)/(R1+R2+R3+R4+...) serie os dois subwoofers.

"//" indica a ligação em paralelo.


O resultado é igual para ambos os casos:
Impedância final de 4 Ohms e potência igual a
soma das potências.

30
Crossover

Alto-Falantes

Para permitir uma melhor qualidade fabricam-se alto-falantes específicos para funcionar com
uma melhor performance a determinada frequência.

Tweeter é um alto-falante usado para reproduzir a faixa de alta frequência (a partir de


5kHz) do espectro audível, ou seja, os sons mais agudos.

Woofer é um alto-falante usado para reproduzir frequências graves e médio-graves


(300Hz para baixo). Woofers para frequências graves (abaixo de 120Hz) denominam-
se subwoofers.

Mid-range é um altifalante usado para reproduzir as frequências médias de áudio


(300Hz a 5kHz). Também engloba os mid-bass, falantes mid-range voltados mais para
os médio-graves.

A resposta de um alto-falante a um impulso elétrico faz com que a sua impedância varie, e o
som produzido é influenciado não só pelo movimento das bobinas internas como também da
impedância que varia com o funcionamento.

Para compensar esta limitação de resposta em toda a gama de frequências de áudio utilizam-
se circuitos de filtragem para frequências (CROSSOVER)

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Crossover

Um crossover é um circuito que filtra sinais baseado na frequência.

High Pass

Um crossover do tipo passa-alta ("high pass") é um filtro que permite que frequências acima
de um certo valor passem sem serem filtradas, e as abaixo do mesmo ponto continuam a
passar pelo filtro, mas são atenuadas de acordo com a curva do crossover.

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Low Pass

Um crossover do tipo passa-baixa ("low pass") é justamente o oposto, as baixas frequências


passam, mas as altas são atenuadas.

Band Pass
Um crossover do tipo passa-banda ("band pass") é o que permite a passagem de uma certa
gama de frequências, atenuando aquelas acima ou abaixo daquela faixa.

Crossover passivo

Os crossovers passivos são constituídos por componentes passivos, ou seja, não possuem
alimentação externa.

Crossover ativo

Os crossovers ativos são constituídos por componentes ativos, ou seja, requerem alimentação
externa. Como o da foto abaixo.

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Crossover 12dB por Oitava

Crossover 24dB por Oitava

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MEGACAPACITORES

texto produzido por Marcelo S. Motitsuki

Pra que servem

Basicamente servem para suprir a necessidade dos amplificadores nas rápidas requisições de
corrente elétrica, isso ocorre nas batidas da música, essa necessidade não é suprida pela
bateria, pois sua construção não permite que ela responda com uma velocidade compatível
com a velocidade de variação da música.

Em analogia com o carro, seria como o sistema de Nitro (óxido nitroso), sendo requisitando
quando necessita de mais velocidade. A música pede que você esteja a 150Km/h mas você
está a somente 100Km/h, liga o Nitro e rapidamente você alcança a música.

Existem dois casos onde o capacitor entra em funcionamento. No primeiro caso, imagine uma
música com batidas secas (pah!) e rápidas. Isso causa um pico de consumo de corrente.
Nesse momento o capacitor entra em ação fornecendo corrente suficiente para essa requisição
momentânea, descarregando mais rápido do que a velocidade da bateria para suprir essa
demanda de corrente, logo depois o capacitor se carrega, até antes da próxima batida seca.

Num segundo tipo, imagine uma música com batidas longas (buuuuuuuummmm,
buuuummmmmm). Isso causa um pico de consumo, mas mais prolongado. O capacitor se
descarrega rapidamente, antes de teminar a batida. Nesse momento a bateria precisa carregar
o capacitor e também fornecer corrente para o amplificador.

Quando preciso usar?

Detectamos que um sistema necessita de um mega-capacitor quando a bateria já está bem


dimensionada e mesmo assim as luzes do carro piscam no ritmo das batidas da música
(lanternas, luzes do painel, luz interna do carro, etc) Mas atenção, esse mesmo problema
ocorre quando a bateria está fraca, normalmente após 2 anos de uso da mesma.

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Quanto preciso?

A rigor, a proporção é de 1 Farad para cada 500W RMS de áudio ou 1000W elétricos. Ambos
equivale a dizer 83 Ampéres de corrente consumidos por um amplificador de 500W classe AB
com eficiência de 50%.
Caso utilize pouca capacitância para uma potência sonora maior (1 Farad para mais de 1000W
RMS) , há risco do capacitor nem fazer diferença no seu sistema.

Como são e como funcionam

Os Megacapacitores são capacitores de grande capacidade, tem a definição de mega porque


um Farad é equivalente a um milhão de microFarads, os valores comerciais mais comuns de
capacitores são de 1uF (um microfarad) a 470uF (valores derivados de 1, 2.2, 4.7, 6.8 são os
mais comuns), são necessários mais de 2000 capacitores de 470uF para se conseguir um
valor de 1 Farad.

São totalmente lacrados portanto podem ser utilizados na horizontal, vertical ou de ponta
cabeça. A única restrição na instalação é não obstruir uma saída de ventilação que previne a
explosão do mesmo caso a temperatura interna aumente o que acontece quando utilizado
acima da tensão nominal ou ligado invertido.

A tensão de isolamento do capacitor indica que acima dessa tensão o capacitor pode entrar em
curto. Para uso automotivo, uma tensão de 16 a 20 Volts está bom, acima disso é desperdício
e terá uma carga devagar, não sendo eficiente para uso em áudio. Resumindo, um capacitor
com isolamento de 250Volts tende a carregar mais lento que outro com isolamento de 20Volts,
como queremos rapidez, o melhor é o de 20Volts.

O Megacapacitor é carregado pela bateria e descarrega corrente para o amplificador nos


momentos das batidas das músicas, cessando a batida, o capacitor se carrega rapidamente
em milésimos de segundo.

Capacitor não é bateria. O Megacapacitor é um acumulador de cargas, portanto, ele vai


fornecer elétrons na mesma proporção que foi carregado com elétrons, não é igual a uma
bateria que é uma fonte de elétros por geração química.

Como usar

* Carregando o capacitor
Material necessário:
- 20 e 40 Ohms x 1 Watt ou mais potente (ideal 5W pra mais)
ou
- lâmpada de 12 Volts 5 a 20 Watts

Primeiramente, o capacitor deve ser carregado antes de ser instalado no sistema, utilize um
resistor entre 20 e 40 Ohms x 1 Watt ou mais potente, até mesmo uma lâmpada de 12 Volts
utilizado nas lanternas serve como resistor.

Ligue o terminal negativo (ou também chamado terra) do capacitor num fio que esteja aterrado
na lataria no carro, ou negativo da bateria. Depois ligue um terminal do resistor no terminal
positivo do capacitor e o outro terminal do resistor num fio que tenha +12 Volts.

Veja no final, os passos da carga de um mega-capacitor.

Não segure o resistor com o dedo pois ele esquentará no processo de carga e você poderá
queimar o dedo.

Outra forma de carregar o capacitor é retirar o fusível de seu sistema, instalar o capacitor no
lugar definitivo e colocar um resistor no lugar do fusível somente para carregar o mega-
capacitor, quando estiver feito, retire o resistor e coloque o fusível no lugar.

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* Ligando o som após a carga
Você pode testar seu som depois de uns 2 minutos depois que o megacapacitor estiver
carregado.

* Comprovando a carga
O processo de carga dura de alguns segundos a 15 minutos, quanto maior a resistência mais
demorado será a carga. Quando a tensão sobre o capacitor se iguala com a da bateria indica
que o capacitor se carregou completamente.
Você pode medir a tensão no capacitor com um multímetro na posicão Volts DC, coloque a
ponta de prova positiva no terminal positivo do capacitor e a ponta de prova negativa no
terminal negativo do capacitor, quando a tensão do capacitor estiver aproximadamente 11
volts, você já pode considerar que o capacitor esteja carregado o suficiente para instalá-lo no
sistema.
Se estiver utilizando uma lâmpada, você saberá que o capacitor está suficientemente
carregado quando a lâmpada se apagar.

O carro pode estar com o motor desligado ou ligado, não influencia em nada.

Após a carga, retire o resistor e ligue o fio positivo no terminal positivo do capacitor. Pronto, seu
capacitor está ligado no sistema sem nemnhum dano.

* Se não carregar o capacitor antes?


Se não fizer a carga, e instalar o megacapacitor descarregado diretamente na fiação, uma
faísca saltará entre o fio e o terminal do capacitor danificando o terminal. Isto é, vai fazer um
buraco no metal e vai ficar preto na região.

* Onde instalar

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Os Megacapacitores devem ficar a no máximo 50 cm do amplificador e a bitola do fio deve ser
o maior possível, geralmente da mesma bitola do fio puxado da bateria para o amplificador.
Idem para o fio que vai do capacitor ao terra, de preferência na mesma chapa onde foi fixado o
terra do amplificador para evitar loops de corrente de terra.

O Megacapacitor pode ser instalado em qualquer posição, horizontal, deitado, inclinado, de


ponta cabeça, etc.

Não coloque fusíveis entre o capacitor e o(s) amplificador(res), pois num pico de grave é o
capacitor que entrega a corrente pro amplificador e nesse pico, a corrente pode queimar o
fusível. Mas dependendo se velocidade de fusão do fusível for baixa, mesmo um pico acima de
sua capacidade, ele não queima, mas aí já entramos numa discussão que merece outro artigo.
Em último caso quando você quer que dois amplificadores sejam beneficiados por um capcitor,
e existe um bloco de distribuição, você poderá instalar o capacitor entre a bateria e o bloco de
distribuição.

Nunca curto-circuite os terminais positivo e negativo do capacitor, pois uma corrente muito alta
irá circular, podendo danificar o capacitor além de gerar uma faísca que danificará o terminal
do mesmo, há perigo de choque entre os terminais, caso você mexa com os dedos úmidos.

Quando o capacitor é desligado da alimentação, o display continua acesso consumindo os


elétrons armazenados no interior do capacitor e a tensão pode cair na proporção de 0,1Volts a
cada 15 segundos.

* Atenção se a bateria for removida


Caso um dia você remova a bateria ou desconecte todo o sistema da bateria. O capacitor deve
ser desconectado e depois de instalado a bateria você deve carregar novamente o capacitor
antes de ligá-lo no sistema.

Associação de Capacitores

Vocês podem associar 2 capacitores ou mais. Para isso, eles devem ser ligados em paralelo.
Isto é, positivo com positivo e negativo com negativo. Com isso a capacitância será somada,
mas a tensão máxima de trabalho se mantêm, pois os capacitores estarão submetidos a uma
mesma tensão.

Tensão no display

A tensão mostrada no display digital do capacitor é a rigor a tensão no capacitor. Que será a
mesma no amplificador e na bateria caso a resistência dos cabos de força forem despresíveis,
isto é, se foram bem dimensionadas.

Se o cabo de força não for bem dimensionado a tensão oscilará de acordo com a oscilação da
corrente consumida, que varia de acordo com as batidas da música. Quanto maior a
resistência do cabo de força, maior essa variação.

Vamos supor um cabo de 13mm2, que tem 1,27 Ohms num pedaço de 1000 metros. Utilizando
5 metros, teremos 0,00625 Ohms.
Vcap = Vbat - Vcabo
(tensão no capacitor igual a tensão na bateria - tensão perdida no cabo)
Vcap = Vbat - RxI
(tensão no capacitor igual a tensão na bateria - resistência vezes a corrente)

Assim, numa variação de 20A a 80A teremos variações de tensão de:


Vcap = 12 - 0,00625 x 20 = 11,875 Volts (variação 1% na tensão para 20A de corrente)
Vcap = 12 - 0,00625 x 80 = 11,50 Volts (variação 4.2% na tensão para 80A de corrente)
partindo de uma bateria em 12 volts
Isto indica que apesar da bateria fornecer 12Volts, dependendo da corrente, você terá perda de

40
tensão no cabo. Por isso você terá 11,5 Volts no amplificador. 0,5Volts foram perdidos no cabo.
Num cabo de bitola menor, a resistência do cabo é maior com isso a variação será maior, mas
se o cabo for super-dimensionado diminindo ao máximo a resistência do cabo, a variação seria
mínima.

Mitos

O megacapacitor não eleva a tensão para mais do que lhe é fornecido.


O pico de corrente que o megacapacitor poderá fornecer, não queima o amplificador, pois esse
pico somente ocorre quando necessitado.

41
SISTEMA SPL PARA SOM AUTOMOTIVO

Um sistema de som voltado para o SPL (Sound Pressure Level ou nível de Pressão sonora)
consiste em fazer um sistema de som com o maior nível de pressão sonora possível, ou seja, o
maior barulho possível, normalmente utilizando as baixas freqüências (os graves). Muito comum
em campeonatos aonde os competidores chegam ao extremo com dezenas de subwoofers,
módulos e baterias em apenas um automóvel.
Neste tipo de sistema quando mais equipamentos colocarem maior será o SPL, portanto o fator
determinante para o limite é o bolso do cliente ou o espaço do carro. Pessoas normais que
adotam este tipo de sistema para o dia-a-dia são os adeptos ao estilo musical Bass, este tipo de
música tocam freqüências tão baixas que em um carro com um sistema bem eficiente chega
parecer um verdadeiro terremoto, disparando alarmes de carros e vibrando vidraças, para isso um
ou dois subwoofers já são suficientes sem ter que sacrificar completamente o porta-malas do
carro. Os falantes responsáveis pelas freqüências médias e altas podem ser os falantes originais
tocados pelo CD-Player ou por um módulo, vai depender do gosto e bolso do cliente.
Abaixo temos um exemplo de um sistema de som de SPL para campeonato:

* Alguns módulos têm entrada RCA e saída RCA para não serem necessários divisores
como mostrado no exemplo.

42
INSTALAÇÃO DE FONTES EM MÓDULOS DE POTÊNCIA

43
VOLTÍMETRO PARA SOM AUTOMOTIVO

O que consiste uma ligação em BRIDGED

- Consiste em ligar o positivo do SubWoofer na saída positiva do canal esquerdo e o


negativo do SubWoofer na saída negativa do canal direito, ou vice-versa.
- Essa ligação não é aceita em módulos do tipo Booster

44
- Em alguns amplificadores é necessário mover chaves e configurar crossovers.
Verifique sempre seu manual.
- Assim você tem uma saída mono com cerca de 3 vezes mais potência do que numa
ligação comum em estério.
- A maioria dos amplificadores aceita uma mínima impedância de 4 Ohms nesta
ligação, mas em alguns amplificadores, chamados de alta corrente, podemos ligar uma
associação de SubWoofer com 0,5 Ohms podendo chegar a até 10 vezes mais de
potência fornecida pelo amplificador comparando com uma ligação comum em 4 Ohms
(caso do Audio Art 100HC).
- Em alguns amplificadores como o 4.6x da Rockford Fosgate é necessário inverter a
polaridade do SubWoofer em relação à polaridade de saída do amplificador caso esteja
utilizando crossover passa-alta para os falantes da frente e passa-baixa para o
SubWoofer.
- Verifique sempre o manual do amplificador para se certificar se ele aceita este tipo de
ligação e como fazer a correta ligação em modo Bridge.
- Geralmente os amplificadors MOS-FET trabalham com tensões de -28 Volts a 0 volts
e 0 a +28 Volts na ligação estério (2 canais) e na ligação bridge (1 canal) a tensão
varia de -28 a +28 Volts.

COMO REGULAR O GANHO DO AMPLIFICADOR


A regulagem do ganho é fundamental para o bom desempenho do sistema, e ganhos de entrada
corretamente regulados são garantia de durabilidade da aparelhagem.

Um amplificador, quando projetado, deve prever a possibilidade de utilização de vários aparelhos


de marcas diferentes (isto é, um amplificador de uma marca com um CD de outro etc.).
Diferentemente do som residencial, não existe um padrão no que se refere à voltagem do sinal de
áudio (RCA) e sua impedância. Um determinado amplificador, então, tanto pode ser ligado em um
aparelho que envie 2 volts de sinal, ou a um que envie 0,5 volts, e o mesmo deve vir preparado
para que se possam compensar essas variações. Este é chamado "ganho de entrada" do
amplificador.

Tal regulagem existe para que você possa fazer com que o amplificador chegue ao seu limite de
volume juntamente com o aparelho (auto-rádio, toca-fitas ou CD player) a que estiver conectado.
Alguns instaladores imaginam que o ganho de entrada de um amplificador é responsável pela
potência que o mesmo irá produzir, o que não é verdade. Se a fábrica projetou um amplificador que
pode produzir 200 watts, no máximo, não há nada que este profissional possa fazer que aumente
essa potência. Porquê? Simples! A potência de um amplificador é determinada basicamente pela
voltagem e amperagem que sua fonte possa produzir. Se já sabemos que o ganho não torna o
amplificador mais potente, vamos adiante.

45
Ganhos de entrada

A maioria dos instaladores faz (ou sugere) que a regulagem dos ganhos de entrada seja feita de
ouvido. Cuidado! Vários testes provam que o ouvido humano não é capaz de identificar valores de
distorção menores do que 20% da duração da programação musical. Em um ambiente ruidoso,
como uma loja de instalação de som, aumenta ainda mais (chegando até 30% ou 35%). Distorções
por clipagem neste nível podem facilmente queimar tweeters mais sensíveis, mesmo que a
potência aplicada seja baixa.

Como Regular

A maneira mais segura de regular ganhos de entrada é aplicar um sinal de 1 KHz (o som que a
televisão tem pela manhã juntamente com as barras coloridas), gravado em -10 dB ou -15 dB, para
compensar os diferentes níveis de gravação dos CDs, e iniciar a regulagem até que o osciloscópio
acuse a "clipagem". Uma pequena quantidade não será prejudicial, mas procure manter a onda
perfeita.

FONTE DE ALIMENTAÇÃO DOS AMPLIFICADORES AUTOMOTIVOS

1.1. Teoria conversores CC-CC

Conversores CC-CC são sistemas formados por semicondutores de potência operando


como interruptores, e por elementos passivos, normalmente indutores e capacitores que tem
por função controlar o fluxo de potência de uma fonte de entrada para uma fonte de saída,
adaptando tensão de entrada e saída conforme especificado em projeto.

Figura 1-Conversor cc-cc e forma de onda de tensão de saída

Onde Fs é a freqüência de comutação. Esta freqüência tende a ser a mais alta


possível, diminuindo assim o volume dos elementos magnéticos e capacitivos do conversor e
melhorando ou eliminando os ruídos audíveis produzidos pela oscilação. A razão entre o
intervalo de comutação (Ts) e o intervalo de condução do interruptor S (Ton) é definida por
razão cíclica e dada por:

A tensão média na saída deste conversor é calculada por:

46
Usando Ton = D.Ts tem-se:

A relação entre a tensão de saída e a tensão de entrada é definida por ganho estático
do conversor e dada então por:

Pelo gráfico mostrado na Figura 2 pode-se notar que a variação da tensão de saída
contra a razão cíclica é linear.

Gráfico 1-Ganho estático em função de D.

Os sinais de comando do interruptor podem ser gerados com freqüência de comutação


fixa ou variável. Uma forma de gerar os sinais de comando com frequência fixa é através de
modulação por largura de pulso (PWM). Na Figura 2 mostra uma forma simples de realizar
PWM.

Figura 2-Exemplo de circuito PWM.

Algumas aplicações de conversores:

Controle de velocidade de motores CC;


Fontes chaveadas;
Energias alternativas;
Correção de fator de potência;
Carregadores de bateria;
Aplicações veiculares;
Adaptação de tensão contínua;

47
1.2 Conversor Boost

Para a demanda idealizada para este relatório, iremos projetar um conversor Boost
elevador, de forma a atende-la. Segue o princípio básico de funcionamento do mesmo.
O Boost é um conversor elevador de tensão, caracterizado por ter entrada em corrente
e saída em tensão. Pode operar no modo de condução contínua ou descontínua, sendo que no
primeiro apresenta pouca distorção e é preferencialmente seu modo de operação usual. Pode
manter a tensão de saída regulada, sendo utilizado como pré-regulador. Além disso, também é
utilizado para correção do fator de potência. A Figura 3 mostra o diagrama elétrico do
conversor Boost.

Figura 3-Configuração conversor Boost.

As etapas de funcionamento do conversor Boost para operação no modo de condução


contínua são descritas a seguir.
1a Etapa: S está conduzindo. O indutor L é carregado com a energia da fonte VI.
2a Etapa: S está bloqueado. O diodo D entra em condução. A fonte Vi e o indutor L
fornecem energia à saída. A tensão na carga aumenta.
Ao retornar para a primeira etapa, o capacitor Co irá manter a tensão constante,
idealmente, sobre a carga enquanto L é carregado novamente.
A forma de onda da tensão sobre o indutor é mostrada na Figura 4.

Figura 4-Configuração conversor Boost.

Como a tensão média sobre o indutor deve ser nula, então:

Na Figura 5 mostra a variação da tensão de saída em função da razão cíclica para o


conversor Boost.

48
Figura5-Ganho estático em função de D.

As principais formas de onda do conversor Boost são mostradas na Figura 6.

Figura 6 – Principais formas de onda.

49
As principais características do conversor Boost são:

Tensão de saída maior que de entrada.


Utilizado na correção do fator de potência, com boa qualidade na corrente de
entrada, operando em malha fechada ou malha aberta para, respectivamente,
modo de operação contínua ou modo de operação descontínua.
Pode apresentar descontinuidade, conforme temporização e chaveamento.

1.2.1 Circuito e aplicação

50
1.2.2 Dimensionamento do Conversor Boost

Potência de saída: Pom= 48V.15 A = 720 VA – especificada para suportar a capacidade


requerida por um módulo de potência com carga máxima de 15ª.
Tensão de entrada nominal: Vi = 13,8 Vrms ± 10%. Essa tensão é obtida através de uma
bateria(do automóvel).
Tensão de Saída: Vo = 60 Vcc – corresponde à tensão do secundário com o qual será
estabelecido o fornecimento de energia aos equipamentos. Função de alimentação e
estabilização da tensão de saída.

Considerando Pin = Po, para um circuito ideal sem perdas, tem-se:


Corrente máxima de entrada Ii(Max):

Vin.Iin = Vo.Io => Iin = Po / Vin

Corrente máxima de saída Io(Max):

Vin.Iin = Vo.Io => Io = Pin /

Freqüência de chaveamento: A escolha da frequência de chaveamento é realizada a partir de


alguns fatores, tais como: frequência audível, evitando ruídos; perdas nas chaves; melhoria do
rendimento dos elementos reativos. Portanto escolheu-se uma freqüência fs=20 KHz para
atender essas especificações.

Indutância L1: a indutância foi calculada para uma variação máxima de 10% da máxima
corrente de pico. A máxima corrente de pico do indutor ocorre no pico da tensão de entrada
mínima com solicitação máxima de potência. O ciclo de trabalho D e a corrente de pico do
indutor ILp(max) para esta condição são dados por:

VO 1 VO Vi (0,9)
D
Vi 1 D VO

Po
I Lp (max) 2
0,9 Vi

IL 10% IL = 0,1*25,63

O valor da indutância é obtido por:


2 (Vi 0,9) D
L1
fS IL
Para garantir o modo de condução contínua, diminuindo distorções, ainda pode-se
fazer a seguinte análise, como garantia.
L>Lmin = Vin2.D / 2.Po.f
L>Lmin = (39,6)2.0,175 / 2.720.20k

Capacitor de saída C1: A expressão para o cálculo da capacitância está abaixo, considerando
uma variação de +-5% na tensão de saída (ripple admitido no projeto)
Vo = 48*0,05 = 2,4V
Io D
C
Vo f s

51
Chave semicondutora controlada S1 e o diodo de saída D1: as correntes de pico da chave e
no diodo são iguais às do indutor. Uma vez que é estabelecido um equilíbrio de energia no
indutor, a corrente média da chave e do diodo é igual à metade da corrente média de entrada.
Quando a chave semicondutora controlada está no estado de condução a tensão de
saída recai sobre o diodo. Quando a chave é bloqueada o diodo passa a conduzir e com isso a
tensão de saída é aplicada diretamente à chave semicondutora. Como a operação se dá em
alta frequência o diodo a ser usado deve ser do tipo rápido. Como chave semicondutora
controlada pode-se usar IGBT (Isulated Gate Bipolar Transistor) ou MOSFET. (Metal-Oxide-
Semiconductor Field-Effect Transistor)
Assim as exigências para o diodo e a chave semicondutora controlada são:
Corrente de pico máxima: 25,63A
Corrente eficaz nominal: 15A
Corrente média nominal: 14,73A
Tensão reversa mínima (diodo): Vo + Vo = 48 + 2,4 = 50,4V
Tensão direta de bloqueio (chave): Vo + Vo = 48 + 2,4 = 50,4V

1.2.3 Circuito Projetado e Simulado

Abaixo o diagrama do circuito desenvolvido e as simulações.

Circuito implementado

52
Tensão média de entrada e de saída

VS1 - Tensão sobre a chave

VL – Tensão sobre o indutor (geral e ampliada)

53
Vantagens dos Transformadores Toroidais

Formatos de Transformadores EletroMagnéticos

Existem vários formatos de Transformadores EletroMagnéticos, os mais comuns são:

Núcleo Toroidal

Forma Geométrica Toroidal (forma de um cilindro com um furo no centro). O Núcleo Toroidal
não possui emenda, ele é uma fita de aço silício muito fina enrolada no seu formato, que
garante um alto desempenho.

Núcleo EI
Núcleo UI
Núcleo C

Estes três acima citados são os transformadores convencionais mais comuns, as suas laminas
devem ser encaixadas o que resulta em grande perda magnética tendo baixo desempenho.

Principais Vantagens

Baixíssima Irradiação Magnética

Como o Transformador Toroidal Não Possui Gap e sua forma construtiva é perfeita, a
irradiação magnética é praticamente desprezível. Podendo ficar próximo a circuitos eletrônicos
sensíveis como por exemplo pré amplificadores ou micro controladores, até mesmo direto na
placa de circuito impresso. Caso ainda ocorra alguma irradiação (muito raro) podemos incluir
uma cinta metálica por fora do transformador.

54
Blindagem Eletrostática

A Blindagem Eletrostática tem como principal função no transformador Toroidal diminuir a


corrente de fulga entre primário e secundário, muito usados em equipamento elétricos
médico/odontológicos de alta segurança. Outras funções seria; proteção contra descargas
atmosféricas (Raios) e ainda filtra vários tipos de ruídos elétricos presente na rede elétrica.

Alto Desempenho Magnético

O Transformador Toroidal além de suas varias vantagens ainda utiliza os melhores aços
magnéticos como por exemplo Aço GO 0,27mm, este aço tem 50% a mais de eficiência do que
o aço GNO, muito usado nos transformadores convencionais.

Existem vários aços ainda melhores que devem ser especificados por não serem de linha,
como exemplo Nano Cristalino, Aço GO 0,23mm ou outros.

Ciclo de Trabalho

O ciclo de Trabalho é muito importante para qualquer transformador e pode diminuir bastante o
seu tamanho, basta o cliente especificar exatamente o tempo que o transformador vai ficar em
carga máxima e o tempo em carga mínima, isto é levado em consideração na hora do projeto.

Classe de Temperatura

Todos os Transformadores Toroidais são construído dentro da classe A (105 Graus de


Temperatura), mas caso o cliente precise de temperaturas superiores, basta especificar. Os
Fios de Cobre esmaltados usados nos Transformadores Toroidais são 180 Graus com
isolamento reforçado.

Classe de Isolamento

Todos os Transformadores Toroidais são construídos com isolamento de 2KV entre primário e
secundário, mas caso o cliente precisar de isolamentos superiores, basta especificar. Podemos
Isolar e testar isolamentos até 4KV, acima deste valor fica o teste para o cliente.
Alguns Fatos Sobre Transformadores Toroidais

A corrente de partida para os Transformadores Toroidais com Aço de Silício GO,( “INRUSH”)
para grandes potência precisam de uma atenção especial porque é mais alta que a corrente
nominal de trabalho e pode influenciar nos fusíveis e disjuntores mal dimensionados.

Devido ao Aço de Silício GO ter um alto rendimento nos transformadores Toroidais, eles
possuem outras particularidades importantes como:

Regulação de Tensão mínima no secundário;


O Transformador Toroidal fica de 40 a 50% menor que o convencional.
Baixo Ruído Mecânico devido o sua forma construtiva sem montagem.
Corrente a vazio ultra baixo fazendo os Transformador Toroidal trabalhar frio em Regime
Constante e Bem Dimensionado.

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INSTALAÇÃO DE MÓDULOS DE ALTA TENSÃO

Estes módulos,não possuem fontes Boost internas, sendo assim o consumo de corrente destes
equipamentos são baixos e a tensão acima dos 100Vcc.

56
DICAS DE MANUTENÇÃO

Roteiro de manutenção de amplificadores automotivos


classe AB (módulos de som)
Siga as seguintes etapas:
Totalmente inoperante: LED POWER não acende: verifique os fusíveis(caso
tenham), diodo de proteção, dê uma visualizada nos fets da fonte, geralmente eles
ficam carbonizados juntamente com os resistores de polarização. Dê uma boa
visualizada nos capacitores eletrolíticos da entrada da fonte, se não estão
estufados(são geralmente de 2200µF a 3300µF), estes também são críticos...Meça o
transístor do remote;

LED POWER acende, mas não há sinal de áudio nas saídas: Verifique se há pulsos
nos GATEs nos Mosfets , eles são em torno de 5,30V.

57
Se não, verifique os transístores que amplificam os pulsos do CI PWM. Verifique se há pulsos
saindo do CI PWM...Existem dois CIs mais usados em amplificadores classe AB, são o 494 e o
3525...Abaixo um exemplo dos dois tipos:

58
Fonte utilizando o PWM SG3525

Fonte utilizando o TL494

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Quando o trafo(ou os dois) ficam apitando(gerando ruído), é sinal que o CI não tá gerando a
frequencia correta , substitua-o...

Pulsos nos gates dos fets

60
SECUNDÁRIO DA FONTE: Não é muito comum a substituição dos diodos de alta
frequência, mas podem entrar em curto ou abrir, neste caso não teremos tensão
contínua para alimentar as saídas. As tensões dos amplificadores AB variam entre +20
a +40V e -20 a -40V dependendo da potência exigida pelo módulo e do enrolamento
secundário do Trafo toroidal. Este Trafo, geralmente apresenta os seguintes defeitos :
Quando aberto um enrolamento, você verificará uma tensão abaixo que o especificado
pelo módulo ou até mesmo a falta dela. Quando em curto, haverá um
superaquecimento do primário da fonte, fazendo que os MOSFETs entrem em curto
assim que alimentados...
CIRCUITO DE PROTEÇÃO: Este é o circuito que após ser acionado, interrompe os
pulsos gerados pelo CI PWM, o próprio CI tem este pino de proteção que faz uma
vistoria nas tensões e corrente do secundário da fonte , sendo que se a tensão zerar,
obviamente a corrente irá ao máximo. Isto acontece devido a um curto-circuito nos
circuitos adjacentes, tais como as saídas de áudio, circuitos excitadores e pré-
amplificadores...

Caso o circuito de proteção esteja ativado no momento que se liga o módulo, verifique os
transístores bipolares de saída, pois haverá um ou os dois em curto.

61
Se o LED de proteção, demorar alguns segundos para ativar, verifique se os resistores
SHUNT(aqueles de fio de 5W) não estão abertos, haverá um desbalanceamento das saídas.
Verifique também se os diodos zeners de 15V não estão abertos ou em curto, pois se um deles
não tiver fornecendo os 15V ao circuito do pré, o mesmo, ao inserir sinal, terá a saída
“picotando” e acionará a proteção. Meça nos pré (geralmente se utiliza 4558 ou TL072 na
etapa de pré e cortes de frequência) se há 30V entre os pinos 8 e 4 destes integrados.

62
Estas são algumas das etapas que mais comumente apresentam defeitos, além é claro, de
uma verificação visual e faça também uma varredura em busca de solda fria, é bastante
comum aparecerem soldas frias, devido as altas temperaturas que estes equipamentos são
submetidos em pleno funcionamento.

Roteiro de manutenção de módulos classe D (digital)


Nestes amplificadores a utilização do osciloscópio é fundamental para se diagnosticar
possíveis defeitos, tanto da fonte quanto das saídas;
FONTE: Siga os mesmos passos da fonte dos módulos AB, caso não estejam
acendendo o LED POWER; contudo tente usar sempre os fets originais e só substitua
por equivalentes se o fabricante especificar. Estes MOSFETs geralmente são de alta
corrente (acima de 100A ) diferentes dos utilizados nos módulos AB( IRFZ44 ou IRF48)
e a velocidade ON/OFF é cerca de 10 vezes maior que os IRFZ44 ou 48. Os pulsos
nos gates são idênticos aos da classe AB, porém a maioria dos módulos digitais não
estão mais utilizando CIs PWM para gerarem estes pulsos. Estes estão sendo
originados por um microcotrolador e utilizam DRIVERS para acionarem os gates dos
MOSFETs da fonte.

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ETAPA DA SAÍDA DE ÁUDIO: Saída classe D, típica, pois os MOSFETs funcionam
como chave de alta velocidade e o sinal de áudio é misturado com um sinal PWM no
Drive e acoplado aos MOSFETs de saída e após passarem por um filtro RLC tornam-
se áudio puro;

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O circuito em bloco, exemplifica o funcionamento do amplificador classe D

DEFEITOS NA ETAPA DE SAÍDA: Qualquer modificação de corrente e tensão nesta


etapa, acionará a proteção. Um dos mais comuns é os MOSFETs entrarem em curto.
Antes de substituí-los, verifique o diodo zener de proteção do GATE, os diodos zeners
dos drivers e os drivers.Veja se o capacitor do filtro não está alterado ou em curto...

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ETAPA DO PRÉ E MODULADOR(GERADOR DE ONDA): Esta etapa é a mais crítica
e mais trabalhosa, Veja bem, o microcontrolador gera um sinal PWM de 50KHz que é
amplificado por um amp.operacional(TL072 ou TL074) e misturado ao sinal de áudio
vindo do circuito do pré e entregue a um CI de portas lógicas que funciona como um
comparador de sinais e entregam estes sinais aos drivers...Defeitos nesta etapa
somente poderá ser diagnosticado, utilizando-se um gerador de áudio(pode ser musica
mesmo) e o osciloscópio para seguir os sinais de áudio e PWM, onde o sinal
desaparecer, tá o defeito. Claro que se deve verificar sempre antes, se há alimentação
+15 e -15 para os operacionais e 5V para o CI lógico.

OBS: Os módulos de alta tensão são os mesmos classe D, diferenciando as fontes, que só filtram e estabilizam
estas tensões, que são acima de 100V de tensão contínua...

66
Manutenção de módulo de potência som automotivo

PB800-GX

Os módulos de potência para som automotivo estão presentes na maioria dos veículos das
pessoas que curtem som de qualidade e com alto volume. Vamos analisar o funcionamento e
instalação de um modelo muito comum no mercado de som automotivo bem como possíveis
problemas encontrados nestes módulos de potência que podem chegar a mais de 14.000
Watts RMS.
O módulo de som automotivo da marca Pyramid modelo PB800-GX, possui potência nominal
de 1000W PMPO sob 2 de carga na saída. O Módulo é constituído de 4 canais de som, que
podem operar individualmente, tendo uma saída de 4 canais ou em Bridge (ponte) para uma
saída de 2 canais stéreo.

Para melhor compreender o seu funcionamento, dividiremos o circuito em 3 blocos distintos:

1 – Pré amplificador, controle de níveis e controle de tonalidade

2 – Módulo de potência

3 – Gerador de alta tensão com fonte simétrica e controle de temperatura

Veja a figura a seguir

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Pré-amplificador, controle de níveis e controle de tonalidade

O circuito pré-amplificador é responsável em pré-amplificar os sinais proveniente da fonte de


áudio, geralmente um Rádio/CD/DVD Player e atuar como um controle de nível e tonalidade
para que os sinais sejam amplificados pelo módulo de potência com a máxima intensidade e
fidelidade. O circuito pré-amplificador é composto por vários circuitos integrados BA4558
(amplificadores operacionais) sendo que cada canal é pré -amplificado separadamente por
cada C.I. BA4558, os controles de níveis atuam diretamente neste circuitos integrados
controlando o fator de amplificação do circuito.
O controle de tonalidade é realizado pelo circuito integrado AN6554 que atua no controle de
graves e agudos no circuito pré-amplificador.
Os defeitos mais comuns apresentado no circuito pré-amplificador é canais sem som, som
distorcido ou os controles de tonalidade não atuando. Estes defeitos geralmente são causados
por problemas nos circuitos integrados relacionados e seu componentes de polarização, poeira
ou mau contato nos controles

Amplificador de potência

O circuito amplificador de potência é constituído por 4 amplificadores individuais e podem


oferecer 4 canais de som separadamente.
No modo bridge, os 4 canais são agrupados formando 2 canais de som de alta potência.
O modo de operação é selecionado no painel frontal, através do conjunto de chaves é possível
obter 2 canais de som stéreo de alta potência (bridge), 3 canais de som ( 2 canais stéreo + 1
canal em bridge para subwoofer) ou 4 canais de som individuais.

68
Através do painel frontal é possível agrupar o canal 1/2, tranformando-os em mono canal
podendo assim ser utilizado em modo bridge, assim como canal 3/4 também poderá ser
agrupado transformando-os em mono canal para ser utilizado também em modo bridge.

O defeito mais comum no circuito de potência é a queima dos transistores de saída e seus
componentes de polarização, os mesmos deverão ser substituidos por outros similares.

Na substituição dos transistores de potência devemos observar o estado dos isoladores, em


caso de dano devido ao calor, devemos troca-los, bem como a limpeza total da pasta térmica
antiga e aplicação de uma camada de pasta térmica nova. A pasta térmica tem a função de
transferir para o dissipador todo o calor gerado no componente, mantendo-o refrigerado.
Atenção : Na substituição do isolador, aplique uma camada de pasta térmica entre o dissipador
e o isolador e também entre o isolador e o transistor de potência, deste modo teremos a
máxima transferência de calor do componente para o dissipador.

Gerador de alta tensão simétrica

69
Para que seja possível produzir alta potência sob uma baixa tensão (12V gerado pela bateria) é
necessário consumir altas correntes, isto inviabiliza o projeto devido a dimensão dos
condutores na placa do circuito.
Para solucionar o problema e garantir alta potência de som com baixa distorção mesmo com
variação da fonte, foi desenvolvido dentro do módulo um gerador de alta tensão que alimenta o
estágio de potência e o pré-amplificador com uma tensão simétrica (+V e -V).
Deste modo conseguimos produzir alta potência com níveis de corrente aceitáveis ao projeto.
Veja a fórmula.

P=E.I

P: Potência, E: Tensão, I: Corrente em Ampères


Com o aumento da tensão, é possível reduzir a circulação de corrente para alcançar a potência
desejada.
Neste módulo é utilizado uma tensão de funcionamento de +26V e -26V nos transistores de
potência.

Funcionamento do gerador da fonte simétrica

O coração da fonte simétrica é o C.I. TL494, um circuito integrado PWM (Pulse-Wigth-


Modulation). O C.I. TL494 é alimentado pelo pino 12 com uma tensão de aprox. 12V.
No pino 5 podemos ver com um osciloscópio a forma de onda dente de serra, sendo
responsável pela frequência do oscilador interno o resistor de 3K (pino 6) e o capacitor de
poliester C511 de 4K7pf (pino 5).
Nos pinos 1, 2, 15, 16 e 3 temos sinais que servem de amostragem de erro para o circuito
integrado, deste modo o circuito PWM mantém o seu funcionamento estável e preciso.
Os pulsos PWM saem pelos pinos 9 e 10 do circuito integrado TL494 e são aplicados aos
transistores 2SA965 (Q509 e Q510) onde são amplificados e aplicados ao transistores fet
IRFZ44N (Q501, Q502, Q503 e 504). Uma corrente PWM é aplicada ao transformador toroidal
surgindo assim, uma corrente AC no secundário do transformador toroidal. A corrente AC é
retificada na ponte retificadora formada pelos diodos D509 e D510 e filtrada pelos capacitores
eletrolíticos C509A e c520A onde temos a tensão de alimentação da fonte A com +26V e -26V.
Para a fonte B o circuito é identico a fonte A.

70
este modelo temos então, duas fontes de alimentação (A e B) sendo as duas fontes
controladas pelo circuito integrado TL494.
Cada fonte é responsável por alimentar dois canais do módulo de potência.
O circuito integrado 2904D é um duplo amplificador operacional, sendo responsável pelo
monitoramento da temperatura do módulo, ele amplifica o sinal vindo do termistor que está
fixado junto ao dissipador do módulo. Esta informação é aplicada ao circuito PWM que controla
a fonte no caso de aquecimento excessivo do módulo. Este mesmo circuito integrado tem a
função de desativar o circuito PWM em caso de problemas com o circuito de potência do
módulo.
O acionamento do módulo é realizado através do conector “remoto” do módulo, onde é
alimentado com 12V o pino 12 (VCC) do C.I. TL494 através do resistor R516 (10R) e o diodo
D501.
Defeito com o circuito integrado TL 494 ou com algum de seus componentes de polarização
deixa o módulo inoperante.
Problemas com os transistores pré-amplificador do sinal PWM e os transistores fet pode causar
o não funcionamento de um dos canais do módulo de potência, bem como o desligamento total
em caso de curto nos transistores de potência no canal de áudio.
Este tipo de fonte com circuito de controle PWM temos uma tensão de alimentação estável
para os estágios amplificadores de áudio, garantindo baixíssima distorção e alta fidelidade,
mesmo com a tensão da bateria variando devido ao alto consumo de corrente quando em uso
com volume alto.

Instalação do módulo de potência

A instalação do módulo de potência deve ser realizado observando alguns cuidados para
manter a qualidade do som e o seu perfeito funcionamento.
Dê preferência a locais ventilados. O dissipador esquenta bastante sob regime de alto volume.
Para conectar a entrada de sinal no módulo utilize cabos e conectores próprios para áudio, de
preferência para cabos coaxiais com malha trançada densa. Isso evita a captação e entrada de
ruídos proveniente do sistema de ignição do veículo.
Ligue a carcaça do módulo ao terra (carcaça do veículo). Utilize fios grossos ou malhas de
grande espessura tipo as utilizadas para aterrar o motor do veículo a carroceria.
Puxe a alimentação do módulo diretamente da bateria. Para evitar quedas de tensão no cabo
de alimentação utilize fios flexível de bitolas acima de 10mm. o mais curto possível.
O conector “Remote” do módulo deverá ser ligado a saída remote do Rádio/CD/DVD Player. Se
o rádio não tiver uma saída remote, ligue o remote do módulo através de uma chave L/D na
alimentação 12V no painel do veículo, neste caso você poderá ligar e desligar o módulo de
potência quando não está em uso.
Para a saída dos alto-falantes utilize fio flexível (polarizado com capa dupla) com expessura
mínima de 2.5mm. Cuidados devem ser tomados para que não ocorra curto circuito entre os
fios dos alto-falantes e também com a caroceria do veículo.

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Circuito de proteção

O módulo Pyramid PB800-GX possui dois fusíveis de proteção, ambos ligados em paralelo na
entrada de alimentação.

Internamente existe um diodo (1N5406) que evita a polarização invertida da alimentação no


módulo.
Em caso de ligar invertido a alimentação no módulo, o diodo conduz curto circuitando a entrada
queimando os fusíveis. Antes da trocar os fusíveis de entrada verifique se o diodo não
encontra-se em curto.
O módulo possui um circuito de proteção que atua em casos de sobre carga na saída ou níveis
excessívos de áudio na sua entrada. A atuação da proteção poderá ser observada no painel
frontal com o acinamento do LED protection.

Instalação dos alto-falantes

O módulo Pyramid PB800-GX possui 4 canais de áudio independentes, que pode ser ligados
individualmente 4 alto-falantes de 8/4/2 Ohm de impedância.

O módulo Pyramid PB800-GX possui o ajuste de Treble (agudos) atuante para o canal 1
e 2 e ajuste de Bass (graves) atuante somente no canal 3 e 4. Leve em consideração esta
informação no momento de projetar o seu som. Ao instalar os alto-falantes, subwoofer ou
twiters observer sempre a polarização dos conectores.

Através das chaves frontais podemos chavear o módulo para trabalhar em mono canal e
utilizar a saída em bridge, fazendo assim 2 canais stéreo com o dobro de potência. Veja a
figura abaixo. Lembre-se que o Treble será atuante no canal 1/2 e o Bass será atuante no
canal 3/4.

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Também é possível chavear o canal 3/4 em mono para ligar um subwoofer em mono sob alta
potência e bidge, e ainda manter no canal 1/2 dois alto-falantes em stéreo, ambos para canal
esquerdo e direito. Se for instalar um subwoofer utilize o canal 3/4 em mono e sua saída em
bridge, deste modo poderá ajustar o nível de Bass (graves) através do controle frontal. Veja a
figura a seguir.

Também é possível chavear o canal 1/2 em mono e ligar sua saída em bridge para ligar um
twiter sob alta potência e ainda manter dois alto-falantes em stéreo, ambos para canal
esquerdo e direito. Se for instalar um twiter utilize o canal 1/2 em mono e sua saída em bridge,
deste modo poderá ajustar o nível de Treble (agudos) através do controle frontal. Veja a figura
a seguir.

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Também é possível chavear o canal 1/2 em mono e utilizar sua saída em bridge para ligar um
tweter em mono sob alta potência, e chavear o canal 3/4 em mono e também utilizar a sua
saída em bridge para instalar um subwoofer. Se for instalar um twiter utilize o canal 1/2 em
bridge, deste modo poderá ajustar o nível de Treble (agudos) através do controle frontal. Para
instalar o subwoofer utilize o canal 3/4 em bridge, deste modo poderá ajustar o Bass (graves)
no controle frontal.Veja a figura a seguir.

Em todas as saídas poderão se ligados arranjos de vários alto-falantes, twters e subwoofers,


desde que sejam respeitados as impedâncias mínimas do módulo de potência utilizado.
Geralmente é utilizado combinações de 8/4 ou até mesmo 2 Ohm na saída.

Controle de nível do sinal de entrada

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O modelo PB800-GX posui dois controles de níveis que atuam no sinal de entrada do módulo
de potência. Inicialmente colocamos os ajustes de nível na posição mínima e ajustamos o
volume da fonte de sinal para no máximo meio volume (mínimo de distorção). Ajuste o controle
de nível para a máxima potência de saída sem que ocorra distorções ocasionadas por
saturação da entrada, se ocorrer distorções no som, você poderá baixar o nível da saída da
fonte de sinal.
Os aparelhos mais modernos possuem saídas auxiliares para serem ligados aos módulos de
potência. Utilize as saídas auxiliares para ligar ao módulo de potência. Não é recomendado
utilizar as saídas de alto-falante da fonte de sinal para ligar na entrada do módulo de potência.
O módulo Pyramid PB800-GX não tem apresentado defeitos constantes, sendo uma boa opção
para aplicações com cargas de 4 Ohm com volumes de intensidade moderada (média
potência).
Sua potência nominal total é de 800 Watts PMPO sendo esta dividida em 4 canais de 200
Watts PMPO resultando em pouco mais de 50 Watts RMS por canal.

Alguns defeitos solucionados

Queima do circuito de entrada remote: O circuito remote é composto pelo resistor R 516 ( 10 R)
e o diodo D501 (desconhecido) com a função de polarizar a entrada, este porém, está ligado
em série com o resistor. Estes componentes são responsável pela alimentação do circuito
integrado TL 494 (que liga o módulo) e o JRC 2409 . A queima destes componentes deixa o
módulo inoperante. Para o diodo podemos utilizar o diodo 1N4001 ou 1N4007.
ACENDENDO PROTEÇÃO APÓS ALGUNS SEGUNDOS LIGADA:
O defeito com certeza está na etapa de áudio, ou seja na saída dos amplificadores Push Pull
,que são 04.Verifique se há algum transistor das saídas em curto ou aberto,senão siga as
etapas abaixo:
Observe que a fonte de alimentação é dupla, sendo cada uma delas alimentar 02
amplificadores.

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Primeiro isole uma das fontes, retirando os 02 diodos schottky de um dos lados e ligue o
módulo.Se acender a proteção, recoloque-os no lugar e retire os do outro lado.Caso não
acenda a proteção, já sabemos qual lado dos amplificadores está o problema.
Verifique os resistores de fio das saídas que foram isoladas da proteção.
No meu caso um desses resistores de fio estava aberto.São resistores de 0R15 de 5W,mas se
houver algum mal contato,transistores e resistores alterados,em curto ou aberto nas etapas do
amplificador, o TL494 identificará como dano acionando assim a proteção, tendo visto que este
CI é um PWM e chaveado (além da freqüência) também de acordo com o consumo de corrente
, usando um comparador feito por um AO LM2904 ou LM358.

Veja acima os resistores de fio

Características e pinagem do:

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G840- 4

FONTE QUEIMADA:
Utiliza 02 MOSFET FQP50N06, 02 resistores de polaridade dos Fet’s de 68R,e o PWM
utilizado é o TL494,conforme a foto abaixo:

Pode-se substituir os MOSFETs FQP50N06 pelos IRFZ44,que possuem uma corrente de dreno
de 50A e tensão VDSS de 60V.
Características do FQP50N06:

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Veja as características do IRFZ44:

78
Já os resistores possuem tolerância de 5% e podem variar entre 47 R a 100R.

Após substituição dos componentes danificados, ocorrer um apito nos transformadores de


fequência (transformador Toroidal) ,substitua o TL494(pode ser KA,ST,TL...494).

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Foto acima destacando os transformadores de freqüência(toroidais)

CONFIGURAÇÃO TÍPICA DO TL494

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BANDA VXICE 1800WRMS MONO DIGITAL

Módulo de potência Digital,com microcontrolador para controle total do equipamento e saída


digital do tipo amplificador classe D.
NÃO FUNCIONA E PROTEÇÃO ACIONADA
Defeito constatado foi um dos MOSFETs de saída em curto.Mas vamos a um breve resumo de
como funciona este equipamento:
Possui uma entrada de áudio analógica, passando por um modulador e integrador e enviado a
um conversor analógico/Digital e entregue a um comparador que aciona um drive que chavea
os MOSFETs e sua saída pulsante aciona transformadores toroidais que converte o sinal
chaveado pulsante em sinal analógico que por sua vez aciona os altofalantes.
Sabendo disso, além de testar os MOSFETs é necessário também testar os drives do
respectivo Fet danificado.
Abaixo a foto da etapa de saída deste módulo:

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Características do MOSFET IRFP90N20D

83
Características do Diver IR2010S

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PLACA COMPLETA

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Esquema de um canal de áudio

Entrada de áudio, modulador e conversor AD

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Entrada de áudio,

Ligação de altofalante:

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TH2250

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SAÍDA DE ÁUDIO QUEIMADA, ACENDENDO PROTEÇÃO:
Este equipamento utiliza em sua saída transistores Darlington em cascata..
Em cada canal possui 03 TIP105 e 03 TIP102.A maior dificuldade de se medir estes na placa é
que os mesmos são interligados em cacata, e qualquer um deles que apresentar uma fuga fica
difícil perceber, medindo-os na placa, sendo que o primeiro passo é retira-los e medi-los
individualmente.

Sua fonte é chaveada é baseada no CI PWM SG3525, e este serve para gerar uma tensão de
-12Vcc para alimentar o amplificador de áudio, tendo assim presente nos demais circuitos +12
e -12 Vcc.

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CONFIGURAÇÕES TÍPICAS DO SG3525

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CFA1000 1000W RMS @ 1

Módulo digital com amplificador tipo D, utilizando MOSFET IRF9640 para SUBWOOFEER.
FONTE QUEIMADA:
Visivelmente se constatou a queima dos MOSFETs da fonte, devido a carbonização visível.Os
MOSFETs utilizados nesta fonte são os IRF3205,com características semelhantes ao IRFZ44 e
48, porém com corrente praticamente o dobro dos IRFZ, que são de 50 a 60 A e o IRF3205 é
de 110A ,sendo não indicado utilizar os IRFZ, porém pode-se utilizar o IRF1405 trabalha com
correntes de até 169A ,sendo até mais eficiente.

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Esquema da fonte do Crossfire

Amplificador tipo D do CROSSFIRE

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BOSS CX1000

DEFEITO: RUÍDO QUANDO CARRO ESTÁ LIGADO.

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Este módulo possui as características básicas análoga aos Pyramid.Porem com uma fonte
maior(04 Fets por fonte)e ao invés de utilizar o LM2904 este utiliza um KIA4558, a saída
utilizando 04 transístores por canal ao invés de 02.
É um defeito muito simples de se resolver, pois o mesmo está nos conectores RCA,
provavelmente está com o terminal terra quebrado, sendo asssim basta medir o terra dos
conectores com a carcaça do módulo. Evite emendar o conector para evitar mau contato e
justamente uma peça muito barata, substitua.

As fontes de alimentação

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Observe a foto acima, os conectores RCA ficam nesta placa menor.

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DICAS TÉCNICAS

TURBINANDO UM MÓDULO PYRAMID SIGNATURE PB778

Primeira coisa, melhorar os capacitores de entrada de alimentação, pra não ter queda,coloca
de 6800 µF/25V. Depois troca os IRFZ da fonte, original usa o IRFZ44, coloca os IRF3205 ou
IRF1405,. Enrolar o secundário do toroidal , original dá 23 voltas, enrola um com 33voltas.
Trocar os capacitores de filtro, coloca ,se possível, de 15.000 µF/70V,no secundário,. Trocar os
transistor de saida que é 2SB688 e o par 2SB718, e coloca os 2SA1941, e o par 2SC5198,. Ai
os excitadores trocar pelos BD139 e o BD140, que é o par. Agora pega os circuitos do pré que
usa o MC4558, coloca os LM072, pronto te garanto que você dobra a potencia do módulo....

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DATASHEET DE ALGUNS TRANSÍSTORES DE SAÍDA DE ÁUDIO

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TIPOS DE PINAGENS MAIS COMUNS

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