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INTRODUÇÃO
Especificamente neste trabalho iremos detalhar a reprodução de: radio freqüências nas
faixas de AM/FM, Compact Disc Player, MP3, USB e o Amplificador de Saída de Áudio
Digital. Para uma melhor compreensão destes circuitos, é necessário conhecer alguns
conceitos de como se comporta um sinal elétrico que irá ser transformado em
informação acústica.
PROPRIEDADES DE UM SINAL
A forma de onda do sinal mais utilizado nas medições de áudio é a senoidal (senóide),
por ser um tom puro, livre de harmônicas. Para representarmos um sinal senoidal
precisamos conhecer sua amplitude e freqüência, ou periódo
NÍVEL E AMPLITUDE
conhecido como valor RMS, que significa elevar o sinal ao quadrado, tirar
a média e extrair a raiz quadrada dessa média. Isso porque o sinal alternado
tem o valor médio igual a zero ao longo do tempo, considerando esse sinal
simétrico, pois a área do semi ciclo positivo é igual à área do semi-ciclo negativo.
Elevando esse sinal ao quadrado obtemos um resultado proporcional à
energia, cuja média, ao longo do tempo, é proporcional à potência eficaz ou média.
FREQUÊNCIA E PERÍODO
0,5
AMPLITUDE
0,0
T = 1s
-0,5
-1,0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
4 Hz
1,0
0,5
AMPLITUDE
0,0
T = 0,25s
-0,5
-1,0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
Tempo em segundos
POTÊNCIA
Com base nos sinais da figura abaixo, observa-se que a potência do sinal dinâmico
é menor do que a potência do sinal estático, considerando ambos com amplitudes iguais.
As amplitudes são limitadas pelo circuito amplificador e isso mostra que sua potência
Nunca estará sendo plenamente utilizada por um sinal de programa musical ou de voz.
COMPARAÇÃO ENTRE UM SINAL SENOIDAL ESTÁTICO E DINÂMICO
0,5
AMPLITUDE
RMS=0,707
0,0
-0,5
-1,0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
0,5
AMPLITUDE
0,0
-0,5
-1,0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
OPERAÇÃO EM ESTÉREO
CANAL
ESQUERDO
O estéreo é um efeito que esta Canal A
OPERAÇÃO EM MONO
DISTORÇÃO
0,5
AMPLITUDE
0,0
-0,5
-1,0
0 0,0005 0,001 0,0015 0,002 0,0025 0,003 0,0035 0,004 0,0045 0,005
Tempo em segundos
Slew rate (taxa de inclinação) é o parâmetro que informa a máxima taxa de aumento
ou diminuição da tensão de saída, de um circuito amplificador, por unidade de tempo.
Todo circuito amplificador tem um limitação quanto a velocidade de resposta a uma
excitação de entrada, e essa limitação é expressa em Volt por microssegundo.
EFEITO DO SLEW RATE EM UM SINAL SENOIDAL
1,0
0,5
AMPLITUDE
0,0
-0,5
-1,0
0 0,0005 0,001 0,0015 0,002 0,0025 0,003 0,0035 0,004 0,0045 0,005
Tempo em segundos
0,5
AMPLITUDE
0,0
-0,5
-1,0
0 0,0005 0,001 0,0015 0,002 0,0025 0,003 0,0035 0,004 0,0045 0,005
Tempo em segundos
PROTEÇÃO TÉRMICA
Uma falha no circuito amplificador pode provocar o envio de tensão contínua (DC) à
caixa acústica ou alto-falante. Os amplificadores atuais trabalham com alimentação
simétrica e dispensam os capacitores de acoplamento. Tensões contínuas danificam
os alto-falantes, pois deslocam o cone da sua posição de repouso, forçando o
conjunto móvel e tensionando o anel de suspensão, além de aquecerem a bobina.
O ceifamento ocorre sempre que o nível do sinal que está sendo amplificado
ultrapassa o limite de máxima excursão admissível no circuito amplificador. Um
circuito limitador pode realizar essa proteção, quando o clipping acontece, o ganho
do amplificador é reduzido automaticamente, minimizando o efeito.
É comum ouvirmos um som pop toda vez que ligamos ou desligamos algum
equipamento de áudio. Isso se deve ao fato de que ocorrem transitórios no momento
em que o circuito eletrônico é energizado. Uma forma de se evitar esse efeito é
desconectar, momentaneamente, os alto-falantes ou caixas acústicas do circuito
amplificador. Essa proteção é comumente chamada de MUTE (emudecimento).
AMPLIFICADORES CLASSE D
Comparar o sinal a ser amplificado com uma onda triangular, e obter uma onda
quadrada, dá-se o nome de modulação por largura de pulso ou PWM, do inglês
Pulse Width Modulation. A figura abaixo mostra esse procedimento, a onda
quadrada resultante mantém sua amplitude constante, enquanto a largura varia
de acordo com a amplitude do sinal de áudio. Nos semiciclos positivos a onda
quadrada exibe uma duração maior acima do eixo (lado positivo) e nos semiciclos
negativos ocorre o oposto. Dessa forma, o valor médio da onda quadrada é o
próprio sinal de áudio que, por ser de frequência bem menor do que a da onda
quadrada, é recuperado através de um filtro passa-baixas.
O detetor de fase, que fornece uma tensão de saída Vd cuja componente contínua Vc
é proporcional a diferença de fase entre os sinais Ve (sinal de entrada) e Vv (sinal do
VCO). Vd costuma também ser chamada de tensão de erro.
O filtro passa baixo, cuja função básica é eliminar a componente de alta freqüência
na saída do detetor de fase, e extrair somente a componente continua que serve de
tensão de controle Vc do VCO.
O VCO, oscilador controlado por tensão, gera um sinal cuja freqüência fv depende da
tensão de controle Vc.
Para ser capaz de transmitir informações, a onda de rádio deve ser modulada, isto é,
modificada para apresentar variações de amplitude ou freqüência. Esse processo é
realizado através da “mistura” de dois sinais. O “sinal puro”, que caracteriza a
estação de rádio, é “misturado” a um sinal modulador, que é produzido, por exemplo,
pelo microfone do locutor da estação de rádio.
MODULAÇÃO DE AMPLITUDE
MODULAÇÃO DE FREQÜÊNCIA
AMPLITUDE
Em
SINAL DE BAIXA FREQUÊNCIA (ÁUDIO)
OU SINAL MODULANTE
+B
0 TEMPO
-B
-Em
AMPLITUDE
Ep
-A
-Ep
AMPLITUDE
Ep + Em Emax
+B
Ep
+A
Ep - Em Emin
SINAL DA PORTADORA, APÓS
TEMPO MODULAÇÃO
-Ep + Em
-A
-Ep
-B
Ep - Em
+75
+50
-50
-75
Partindo do príncipio que os sinais L(t) (de left = esquerdo) e R(t) ( de right = direito ),
que são as informações estéreo, devem ser codificadas de tal forma que os receptores
estéreo possam decodifica-las e os receptores mono possam receber os dois canais
misturados e somados. A partir da soma e diferença dos dois canais é possível
recupera-los novamente, mas como tanto a soma , quanto a diferença ocupam a
mesma região de frequências, uma das duas deverá ser deslocada. A soma não pode
ser deslocada, pois terá que ser recebida pelos aparelhos monofonicos, portanto à
diferença L(t) – R(t) deve ser deslocada no espectro de frequência.
Os sinais de áudio de 0 a 15KHz é a soma L(t) + R(t) dos dois canais e os sinais de
23KHz a 53KHz é a diferença L(t) – R(t) dos dois canais, modulada em AM-DSB/SC,
com portadora de 38KHz, é enviado um tom de 19KHz, chamado “sinal piloto”, a
partir do qual, dobrando sua frequência, recuperar a portadora da modulação de
L(t) – R(t) em AM-DSB/SC. A amplitude do sinal piloto é tal que provoque um desvio
de 7,5KHz na frequência da portadora, ou seja 10% do máximo permitido.
Para ler o disco utiliza-se um DIODO LASER e SISTEMA ÓPTICO do tipo 3 FEIXES.
Na figura abaixo pode ser observado uma unidade optica que transforma um
feixe de laser em três através de um artifício optico, partindo diretamente do prisma
polarizado para a superfície refletiva do disco. Na trajetória de retorno, o feixe não
encontra passagem pelo prisma, sendo então refletido para o fotodiodo, levando a
informação contida no disco.
LENTES COLIMADORAS:
Trabalha em conjunto com a lente objetiva. Sua finalidade é promover a concentração do
feixe do laser, fazendo com que o feixe principal e os secundários fiquem em paralelo.
PRISMA:
Dependendo da estrutura optica adotada, poderá haver mais de um prisma. Seu objetivo
principal é separar o feixe de laser que vai na direção do disco, que após refletido
retorna para os fotodiodos.
LENTE CILÍNDRICA:
A luz refletida volta para a placa de ¼ de onda, que vai polarizar a luz verticalmente,
com isso a luz não passa pelo prisma polarizado, mas é refletida para a lente cilíndrica,
para ser focalizada no conjunto fotodiodos.
CONJUNTO DE FOTODIODOS:
Os fotodiodos serão os responsáveis pela transformação da luz que retorna, em
impulsos elétricos, e através deles o sistema fará o foco e a trilhagem. Dependendo
do tipo de unidade são utilizados quatro ou seis fotodiodos designados pelas letras
A,B,C e D montados numa configuração formando um minusculo quadrado. Se a
unidade for de um feixe, serão utilizados quatro fotodiodos para os dados, foco e
trilhagem, para a unidade de três feixes são utilizados mais dois fotodiodos,
designados pelas letras E e F, são utilizados apenas para a trilhagem, ficando os
diodos A,B,C e D para o foco e os dados contidos no disco.
Os bits são prensados contra o disco prateado na forma de uma trilha de pits
(rebaixos) em espiral. Eles são lidos durante a reprodução através de um raio
laser de espessura microscópica. A leitura se inicia pelo centro, e segue em
direção a borda. Durante a reprodução, o número de rotações do disco é reduzido
de 500 para 200 rpm, a fim de manter uma velocidade de leitura constante. Os
dados contidos no disco são convertidos em pulsos elétricos através da reflexão
do raio laser em uma célula fotoelétrica.
Quando o raio laser atinge um land (salto), toda a sua luz é refletida e a fotocélula
libera corrente. Quando o raio laser brilha sobre um pit, somente metade da
intensidade da luz atinge a superfície; a outra metade segue para a parte profunda
do pit. A diferença em altura entre os dois locais é de exatamente um quarto do
comprimento da onda da luz do raio laser, de modo que o raio original é totalmente
eliminado pela interferência entre o raio refletido da superfície do disco e o raio
refletido o pit. Neste caso a fotocélula não produz corrente.
Como podemos ver na figura abaixo, a leitura deve ser bastante precisa pois a
trilha do pits é 30 vezes mais fina que um único fio de cabelo humano. Em
um disco compacto há 20.000 trilhas como mostradas no desenho abaixo:
FOCO
Para detectar e fazer correção do erro no sistema do FOCO, utiiliza-se o SISTEMA
de ÓPTICA ASTIGMATISMO, quando o feixe de luz atravessa o conjunto de lentes,
para atingir o disco, a luz refletida dependendo da distância entre as lentes e o
disco será DIVERGENTE, PARALELA ou CONVERGENTE (ver as figuras abaixo).
O feixe de luz voltando a atingir o espelho do PRISMA serão desviados para serem
detectados pelos 4 FOTO – SENSORES usados. O resultado, ou seja, a soma de
A+C e B+D será aplicado nas entradas de um APLIFICADOR DIFERENCIAL para
ser usado na eventual correção de erros do FOCO .
Todos os sistemas de Tape Decks têm dois sistemas principais: o sistema mecânico para
mover a fita além das cabeças, e o sistema eletrônico para gravar e reproduzir o sinal
de áudio na fita magnética.
O Sistema Mecanico
1. Braço Tensor
2. Rolo Livre
3. Guia
4. Cabeça Apagadora
5. Fita magnética
6. Cabeça Gravadora
7. Cabeça Reprodutora
8. Eixo pressionador
9. Rolo Pressor
A maioria dos equipamentos atuais contém pelo menos uma unidade micro-
controladora e um grupo de ICs, para armazenar, exibir e executar as funções dos
circuitos canalógicos e digitais. Existem, é claro, muitas maneiras de interfacear
estes circuitos com a unidade micro-controladora, pórem, seria um grande
beneficio para o projeto do equipamento e também para o processo de produção
se este interface fosse simples e padronizado.
Com o intuito de evitar qualquer perda de informação contida nos dados seriais, o
I2C-bus incorpora um endereço unificado para cada circuito integrado em específico,
e um protocolo de barras executa um procedimento de decisão para definir as
prioridades de controle. Quando um circuito integrado com clock rápido se
comuninca com outro de clock lento, o protocolo sincroniza efetivamente o sistema
definindo a fonte de clock.
Ambas as linhas SDA e SCL são bidirecionais e estão conectadas à alimentação via
resistor PULL-UP ( veja figura abaixo ). Quando a barra está livre, ambas as linhas
permanecem em nível H. O estágio de saída do IC conectado à barra deve possuir
um coletor aberto ou um dreno aberto, para executar a função AND.
Os dados da linha SDA devem permanecer estáveis durante o período H dos pulsos
de clock. Os níveis lógicos da linha de dados devem mudar de H para L ou de L
para H, somente quando o sinal de clock da linha SCL estiver em nível L, conforme
mostra a figura abaixo.
MEMÓRIA EEPROM é uma memória ROM que aceita ter seus dados apagados por
um pulso elétrico e ser reprogramada novamente. As memórias EEPROM ou
E2PROM utilizadas nos televisores possuem as seguintes características:
- Interface para o barramento I2C a fim de se comunicarem com o micro através das
linhas SDA e SCL;
- Alimentação VCC de 5 volts;
- Um pino de Habilitação ou Proteção de Escrita (WP=Write Protect);
- Pinos de endereçamento; A0, A1, A2.
O pino de Proteção de Escrita (WP), se houver e for mantido no nível lógico definido
pelo fabricante, permitirá que os dados gravados ou escritos na memória sejam
alterados, caso este pino for ligado ao nível lógico aposto, a operação ficará inibida.
O tamanho destas memórias varia entre 1K e 16K, sendo todas de 8 bits. Algumas
muito encontradas são conhecidas como:
Os números 01, 02, 04 e 08 significam que elas são de 1k, 2k, 4k e 8k, outro
parâmetro importante é a velocidade de escrita (Write Speed). Por exemplo, as
memórias 24C01B e 24C01C são iguais no que diz respeito ao tamanho, pois
ambas são de 1K, entretanto a velocidade de escrita da primeira é de 10 (ms) e
da segunda e 1 (ms)
A conexão USB funciona como uma rede, com taxa de transferência da ordem de
1 Mb/s. Teoricamente, cada conexão ("hub") de USB pode ter até 127 dispositivos,
sendo que a capacidade de corrente em cada conexão (cabo) é de até 500 mA.
CONEXÕES