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FACULDADE DE TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE

CAMPINAS

TT708 – DISPOSITIVOS FOTÔNICOS

Prof. Dr. Cristiano de Mello Gallep

RELATÓRIO – EXPERIMENTO II

Caracterização de Amplificador Óptico Semicondutor (SOA)

ALUNO: Rafael Henrique Ignácio

RA: 158356

LIMEIRA

2017
1. INTRODUÇÃO

Um Amplificador Óptico Semicondutor, do inglês Semiconductor Optical Amplifier (SOA),

é um dos tipos de amplificadores ópticos, e que se baseia em meio ativo semicondutor, assim como

os lasers semicondutores.

Sua construção é semelhante à de um laser, porém as faces clivadas semi refletivas dão lugar

a faces com revestimento antirreflexo e regiões de transparência (AR), conforme pode ser

visualizado na Figura 1 abaixo.

Figura 1. Estrutura de um SOA.

Para reduzir ainda mais as reflexões dentro da cavidade, geralmente o guia de ondas é usado

de forma inclinada.

O sinal óptico de baixa potência é normalmente enviado através de um guia de onda

semicondutor de modo único, com larguras que variam de 1 a 2 μm e um comprimento da ordem de

0,5 a 2 mm. A corrente de injeção cria uma certa densidade de portadores de carga na banda de

condução, permitindo transações ópticas da banda de condução para a banda de valência. O ganho

máximo ocorre para energia de fótons ligeiramente acima da energia de bandgap.

Se a densidade dos portadores exceder a da densidade de portadores de transparência, pode-

se dizer que ocorreu um ganho óptico. Então nesse caso, o dispositivo é usado para amplificar sinal

através de emissão estimulada.


A amplificação é intrinsecamente sensível à polarização, mas foram desenvolvidos

esquemas de amplificadores que fornecem características quase independentes de polarização. Por

exemplo, pode-se usar dois amplificadores idênticos em série, onde o segundo é girado contra o

primeiro em 90 °. Existem também configurações com dois amplificadores paralelos para as duas

direções de polarização, com divisores de feixe polarizadores antes e depois desses amplificadores.

Outra possibilidade é usar uma dupla passagem através de um único amplificador, onde há um

rotador Faraday entre o dispositivo e o espelho refletor.

Os SOA’s podem ser usados em sistemas de telecomunicações sob a forma de componentes

pigtail de fibra (com fibras normais monomodo ou fibras de manutenção de polarização),

funcionando em comprimentos de onda de sinais próximos de 1300 nm ou 1500 nm e oferecendo

um ganho de até ≈ 30 dB, limitado essencialmente por emissão espontânea ampliada (ASE). A forte

saturação de ganhos em SOA’s pode ser um problema para algumas aplicações, mas também pode

ser explorada para processamento de sinal não-linear em sistemas de telecomunicações, por

exemplo, para tradução de canais em um sistema de Multiplexação por Divisão de Onda (WDM).

2.OBJETIVOS

Os objetivos desse experimento são:

• Analisar o espectro de frequência de um amplificador óptico semicondutor com respeito a

variação da corrente de bombeio, de forma logarítmica e da forma linear;

• Entender de forma prática o princípio de funcionamento de um SOA, e seus parâmetros.


3. MATERIAIS

• Analisador de espectro óptico (OSA) Anritsu Modelo MS9740A;

• Laser semicondutor multimodo;

• Amplificador eletro-óptico

• Multímetro;

• Cabos ópticos;
4. DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL E RESULTADOS

Primeiramente, ligou-se a saída fonte de luz laser à entrada do SOA e a saída do SOA ao

OSA, com corrente de bombeio igual a 0, com o propósito de avaliar a conexão. O resultado, que é

caracterizado por um ruído do receptor pode ser visualizado na Figura 2.

Figura 2. Ruído do receptor.

Em seguida, realizou-se as medições de potência em dBm, para diferentes valores de

corrente. Para isso, inicialmente alimentou-se o SOA com uma corrente de injeção I de 20 mA, cujo

resultado é apresentado na Figura 3.

Para uma corrente de 50 mA, o espectro de frequência pode ser visualizado na Figura 4.
Figura 3. Espectro óptico para I=20 mA.

Figura 4. Espectro óptico para I=50 mA.


Dobrando a corrente tem-se a seguinte resposta em frequência:

Figura 5. Espectro óptico para I=100 mA.

Para uma corrente de 150 mA, o resultado é:

Figura 6. Espectro óptico para I=150 mA.


Para I=200 mA:

Figura 7. Espectro óptico para I=200 mA.

Da mesma forma, porém agora utilizando a escala de forma linear, tem-se os seguintes

resultados. Inicialmente para 2 mA, o resultado pode ser visualizado na Figura abaixo:

Figura 8. Espectro óptico para I=20 mA.


Figura 9. Espectro óptico para I=50 mA.

Figura 10. Espectro óptico para I=100 mA.


Figura 11. Espectro óptico para I=150 mA.

Figura 12. Espectro óptico para I=200 mA.


5. DISCUSSÕES E CONCLUSÃO

Através da análise dos resultados obtidos acima apresentados, pode-se dizer que o

amplificador SOA apresenta uma banda na qual ele realiza a amplificação, e que essa amplificação

não é uniforme dentro de todo esse espectro.

O ganho máximo de potência óptica acontece para um sinal óptico no comprimento de onda

de aproximadamente 1552 nm, e foi observado que quanto maior a corrente de inserção maior é a

banda na qual ele realiza amplificação, e maior é o ganho de potência.

Por fim, conclui-se que foi possível observar o comportamento de um amplificador SOA em

termos de frequência e corrente de bombeio.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• FARFAN, T. “Semiconductor Optical Amplifier”. Disponível em:

https://pt.slideshare.net/TaresaFarfan/semiconductor-optical-amplifier-31241713

Acesso em: 09 de Junho de 2017;

• Bandyopadhyay, P. K. “Performance of Semiconductor Optical Amplifier”. Disponível

em: https://pt.slideshare.net/Pranab_Bandyopadhyay?

utm_campaign=profiletracking&utm_medium=sssite&utm_source=ssslideview

Acesso em: 09 de Junho de 2017;

• https://www.rp-photonics.com/semiconductor_optical_amplifiers.html

• Notas de aula.

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