Você está na página 1de 13

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA II

LORRAINA VITÓRIA COSTA DOS SANTOS

VINICIUS OLIVEIRA DE SOUSA

ULISSES GARCIA DE ARAÚJO

DOCENTE: ELMER OSMAR HANCCO CATATA

RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS

RIO BRANCO - AC

2023
LORRAINA VITÓRIA COSTA DOS SANTOS, VINICIUS OLIVEIRA DE
SOUSA, ULISSES GARCIA DE ARAÚJO

Amplificador Amp-Op (Configuração Não Inversora)

Projeto apresentado por Lorraina Vitória


Costa dos Santos, Vinicius Oliveira de
Sousa, Ulisses Garcia de Araújo para
obtenção de nota na disciplina de
Laboratório de Eletrônica II
Professora: Elmer Osmar Hancco Catata

Rio Branco - Acre

2022

2
RESUMO

O relatório abrange a análise e a aplicação do amplificador operacional (Amp-Op) na


configuração não inversora. O Amp-Op é um componente crucial em eletrônica, conhecido
pela sua multifuncionalidade, e ampla utilização em circuitos analógicos. A configuração não
inversora é uma das configurações comuns do Amp-Op, destacando-se pela sua caraterística
de fornecer ganho de tensão positivo. Começamos com uma introdução aos princípios
básicos do Amp-Op que é uma explicação detalhada da configuração não inversora. Ao longo
deste relatório, são abordados tópicos essenciais, como a equação de ganho para a
configuração não inversora e os parâmetros que influenciam o desempenho do amplificador
nesta configuração específica. Destaca-se ainda exemplos práticos de aplicação da
configuração não inversora em circuitos reais, ilustrando como o Amp-Op pode ser utilizado
para amplificar sinais de forma eficaz e controlada.
Em conclusão, o relatório mostra a importância da configuração não inversora do Amp-Op
em projetos eletrônicos e destaca o seu papel na manipulação de sinais analógicos.

Palavras-chave: Amp-op; Amplificador; Configuração; Aplicação.

3
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 5
1.1. Objetivos da aula 5
1.2. Relevância da configuração inversora
1.3. Benefícios e Aplicações práticas 5
2. DESENVOLVIMENTO 6
2.1. Pré-Laboratório 6
2.1.1 Materiais 6
2.1.2. Procedimentos 6
2.1.3. Resultados 7
2.2 Prática 9
2.2.1 Materiais 9
2.2.2 Métodos
3. CONCLUSÃO 10
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12

4
INTRODUÇÃO

O Amplificador Operacional (AOP) é um amplificador de múltiplos estágios com


uma entrada diferencial cujas propriedades buscam se aproximar das características ideais de
um amplificador. Com impedância de entrada infinita, impedância de saída nula, ganho de
tensão infinito, resposta em frequência infinita e insensibilidade à temperatura, o AOP é
conhecido pela sua multifuncionalidade em diversas aplicações.

Este amplificador, é constituído por duas entradas e uma saída, gera um valor
proporcional à diferença entre essas duas entradas. O fator A, que representa o ganho de
tensão do AOP, é a relação entre a tensão diferencial de entrada e a tensão de saída do
dispositivo. Estas características fazem do AOP um componente essencial nos circuitos
eletrônicos, proporcionando uma amplificação eficiente do sinal.

A importância da utilização do ganho de tensão em decibéis (dB) justifica-se quando


são utilizados grandes valores para Av.

1.1. Objetivos da aula

Nosso objetivo é revelar a configuração não inversora do Amp-Op, explorando suas


modulações teóricas e demonstrando sua utilidade prática. Ao longo da aula, buscamos
compreender os princípios ocultos que essa configuração apresenta, examinando os
benefícios que ela oferece e explorando exemplos concretos de sua aplicação em circuitos do
mundo real.

1.2. Relevância da Configuração Não Inversora:

A escolha da configuração não inversora é motivada pela sua capacidade única de


fornecer ganho positivo, preservando a fase do sinal. Esta característica faz com que seja uma
escolha valiosa em uma variedade de aplicações, desde sistemas de áudio de alta fidelidade
até dispositivos de medição precisos.

5
1.3 Benefícios e Aplicações Práticas:

Ao longo da prática, exploramos os benefícios intrínsecos da configuração não


inversora, destacando suas vantagens em termos de resposta de frequência e estabilidade.
Para garantir uma compreensão abrangente, nosso relatório seguirá uma estrutura lógica,
começando com os princípios básicos e progredindo para exemplos práticos. Ao entender a
configuração não inversora do Amp-Op, estaremos equipados não apenas com conhecimento
teórico, mas também com as habilidade necessária para aplicá-lo às nossas próprias criações
eletrônicas.

DESENVOLVIMENTO

2.1. Pré-Laboratório

2.1.1 Materiais

● 1 AMP LM741;

● 2 Resistores de 10k, 5k;

● 2 Resistores de 1k;

Figura 1: Resistor 10 k e 1k

Fonte: Arquivo pessoal, 2023

Figura 2: Amplificador AMP LM741

6
Fonte: Arquivo pessoal, 2023

2.1.2. Procedimentos

1. Encontrar o ganho de tensão do amplificador não inversor.

𝐴𝑣 = 1 + (𝑅𝑓/𝑅1) = 1 + (5𝑘)/(1𝑘) = 6

2. Encontrar na folha de dados a banda do amplificador operacional LM741.

Bw: min 0,437 MHz; típico 1,5 MHz; T = 25°C

3. Quais são as principais funções do amplificador na configuração buffer.

a. Isolamento de carga;
b. Baixa impedância de saída;
c. Eliminação de perda de sinal;

Por conseguinte, de maneira simplificada ele atua como um intermediário que protege
o sinal. Um circuito buffer fornece um meio de isolar um sinal de entrada de uma
carga que utiliza um estágio com ganho de tensão unitário, sem inversão de fase ou
polaridade, e atua como um circuito ideal com impedância de entrada muito elevada e
impedância de saída muito baixa. A tensão de saída é determinada por:

Vo = Vi

2.2. Prática

O amplificador utilizado nesta prática de laboratório é o amplificador de configuração


não inversora, um AMPOP com dois resistores de realimentação, sendo VI a tensão de
entrada e VO a tensão de saída do amplificador. Este amplificador é chamado de não inversor
porque o sinal de saída tem a mesma polaridade que o sinal de entrada, ou seja, valores

7
positivos na entrada causam valores positivos na saída e o mesmo para entradas negativas. O
circuito montado é alimentado por uma fonte de 12V e os seus resistores empregados foram
de Rf de 10k e R1 de 1k. A resistência Rf de 10k está conectada à saída Vo do terminal 6 do
amplificador e está conectada à porta não inversora (2). O resistor ​de 1k está ligado entre a
entrada não inversora (2) e o terra, e o resistor de 10k está conectado entre a saída (terminal
6) e a entrada inversora (terminal 2). A fonte de alimentação de 12V tem seu terminal
positivo ligado ao terminal 7 (V+) do amplificador, enquanto o terminal negativo está
conectado ao terminal 4 (V−).

Figura 3: Circuito amplificador AMP OP

Fonte: Arquivo pessoal, 2023

Durante a prática inserimos uma onda senoidal de 1 Vp / 1 kHz, e conectamos o canal


1 do osciloscópio na entrada Vi e o canal 2 na saída Vo e o resultado foi uma onda sinusoidal
de saída saturada no topo.

2.1.3. Resultados

O resultado mostrado no osciloscópio sugere que o sinal de saída está para atingir o
limite superior da gama de alimentação do amplificador operacional.

8
Figura 4: Circuito amplificador AMP OP; Fonte: Arquivo pessoal, 2023

No caso do LM741, que opera com uma faixa de alimentação de ±12V, a saturação
ocorre quando o sinal de saída atinge esses limites.

2.1.4. Exercícios

1. Com o osciloscópio, medir as tensões de entrada e saída e, com base nesses


valores, calcular o ganho de tensão (Av).

A tensão de entrada Vi foi de 1V e a tensão de saída Vo foi de 11,6 V,


calculando o ganho de tensão obtemos:

𝐴𝑣 = 𝑉𝑜/𝑉𝑖 𝐴𝑣 = 11, 6/1 𝐴𝑣 = 11, 6 𝑉

2. Comparar o ganho de tensão medido com o ganho ideal do circuito.

O ganho de tensão ideal é dado por


𝐴𝑣 = 1 + (𝑅𝑓/𝑅1) = 1 + (10𝑘)/(1𝑘) = 11 𝑉 (ganho teórico)

𝐴𝑣 = 𝑉𝑜/𝑉𝑖 𝐴𝑣 = 11, 6/1 𝐴𝑣 = 11, 6 𝑉 (ganho prático)

3. Retirar o resistor de realimentação (Rf), verificar e explicar o que acontece


com a saída, comentar.

Ao retirar o resistor de alimentação de 10kΩ ficou entendido que a


configuração não inversora deixa de existir, com isso teremos um ganho
unitário ou seja:

9
𝐴𝑣 = 1 + 𝑅𝑓 /𝑅1 =1 . Portanto, sem o resistor de feedback (Rf), o circuito atua
como um amplificador com um ganho unitário, não amplificando o sinal de
entrada. O ganho de 1 significa que a saída será essencialmente igual à
entrada, sem amplificação.

4. Repor a resistência Rf e alterar o valor da frequência do sinal de entrada para 1


Vp / 1 MHz e verificar o ganho de tensão (Av) comparar com o ganho ideal.

Ao aumentar a frequência para 1MHz continuamos com o mesmo ganho, pois


características específicas do Amplificador Operacional utilizado o LM741
permitem que ele responda normalmente a altas frequências.

5. Qual será o valor máximo que o sinal de entrada pode ser amplificado?

Será o mesmo valor de ganho, ou seja, 11,6 V.

6. Aplique um sinal de VI = 5 Volts/60Hz na entrada e preencha a seguinte


tabela.

Figura 5: Formas de Ondas

10
Fonte: Arquivo pessoal, 2023

FORMA Rf R1 Vo (V) Ganho FREQUÊN


DE ONDA (Ω) (Ω) CIA (Hz)

Senoidal 1k 5k 5,84 V 1,168 V 60 Hz

Quadrada 1k 5k 6,72 V 1,334 V 60 Hz

Triangular 1k 5k 6,24 V 1,248 V 60 Hz

7. Na figura 2 seguinte representa-se um caso particular da configuração anterior


denominado BUFFER.

Nesta configuração Rf = 0 e R1 = ∞ e neste caso: Vo=VI

Este circuito é utilizado para isolar ou separar dois estágios de um circuito


eletrônico, fornecendo alta impedância de entrada e baixa impedância de
saída. A impedância de entrada alta evita que o estágio anterior (fonte de sinal)
seja afetado pela carga do estágio seguinte. Por sua vez, a baixa impedância de
saída garante que o próximo estágio receba o sinal sem perdas significativas.

8. Monte o circuito da figura 2 e aplique um sinal de Vi=2 Volts/60Hz na entrada


e preencha a seguinte tabela.

FORMA DE ONDA Vo (V) Ganho FREQUÊNCIA


Saída (Hz)

Senoidal 2V 1V 60 Hz

11
Quadrada 1,56 V 0,78 V 60 Hz

3. CONCLUSÃO

Diante das experimentações realizadas com o Amplificador Operacional (Amp-Op)


na Configuração Não Inversora, foi possível chegar a conclusões sobre o comportamento e
desempenho do circuito. Com base nos resultados obtidos, observamos que a onda de saída é
efetivamente amplificada, evidenciando ganhos de tensão práticos em torno de 11,6V e
teóricos de 11V. Além disso, a não inversão da onda de saída confirma a natureza da
configuração não inversora, onde a polaridade da saída mantém-se alinhada com a polaridade
da entrada.
É importante ressaltar que, mesmo com variações na frequência do sinal de entrada, o
ganho de tensão do circuito permaneceu constante. Essa estabilidade do ganho em relação à
frequência destaca a robustez da configuração não inversora em lidar com diferentes
frequências sem comprometer a amplificação desejada. Ao remover o resistor de
realimentação, como mencionado, observamos que o ganho é reduzido para o valor unitário.
Isso confirma a importância do resistor de feedback (Rf) na determinação do ganho de tensão
e na função de amplificação do circuito.
Além das conclusões apresentadas, destacamos também que a configuração não
inversora do Amp-Op tem uma característica de "buffering", onde a saída apresenta uma
polaridade e magnitude idênticas à entrada. Esse comportamento é útil em situações em que
se deseja isolar a carga do circuito de origem, mantendo a integridade do sinal sem introduzir
inversões.
Em síntese, a configuração não inversora do Amp-Op revela-se como uma ferramenta
versátil e eficaz na amplificação de sinais, proporcionando estabilidade em diferentes
frequências e preservando a qualidade do sinal original. Essas observações são cruciais para o
design e aplicação prática de circuitos eletrônicos que empregam Amplificadores
Operacionais na configuração não inversora.

12
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Floyd, T. L. (2014). Electronics Fundamentals: Circuits, Devices & Applications.


Pearson.

Sedra, A. S., & Smith, K. C. (2017). Microelectronic Circuits. Oxford University


Press.

Texas Instruments - Op Amps for Everyone. (https://www.ti.com/)

13

Você também pode gostar