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ROTEIROS DE EXPERIÊNCIAS DE CIRCUITOS

ELETRÔNICOS
- i -

APRESENTAÇÃO

Esta publicação apresenta os roteiros de nove ex-


periências básicas de circuitos eletrônicos. O objetivo comum a
todas elas é a apresentação das caracterTsticas principais dos
componentes eletrônicos mais comuns. Circuitos elementares com
os componentes são também ensaiados .
Sugerimos que os alunos compareçam as práticas com
o conhecimento prévio das tarefas sugeridas nos roteiros corres
pendentes . Os relatórios técnicos devem ser redigidos segundo
as recomendações .
Os roteiros aq\,Ji -
reunidos sao, em sua maior par-
te, baseados naqueles propostos em anos anteriores pelos profe~

sares Baker J . Mass e José Carlos Pereira, ambos do Departamen-


t o de Eletricidade da EESC-USP . Explicações e recomendações adi_
. c i o na i s- podem se r e n c o n t r a da s na s r e f e r ê n c i a s b i b 1 i o g r á f i c a s c i
tadas no f i nal de cada roteiro.
Os r oteiros foram previamente revistos pelo Pro-
fessor Ruy Barboza, deste Departamento, a quem agradecemos a co
labo r ação e as sugestões.
- i i -

r N D I C E

I - EXPERitNCIA N~ Amplificadores Operac1onais

2 Diodo Semi condutor . . . . . . . . . . . . . . ll

3 Curvas Características de um
Transistor Bipolar . . . . . . . . . . . . . . 23

4 Transistor: Polarização, Retas


de Carga DC e AC . . . . . . . . . . . . . . . . 35

5 Transistor: Regiões de Operação:


Normal, Corte e Saturação ........ 51

6 Resposta em Freqüência de Ampl i-


f i cadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

7 Amplificadores: Configurações
Emissor-Comum, Coletor-Comum
(Seguidor) e Base-Comum . . . . . . . . . 71

8 Transistor de Efeito de Campo


(FET) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

9 Válvula Eletrônica-Triodo ....... 89

li - REDAÇAO DOS RELATClRIOS TE:CNICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101


J.EXPERitNCIA N? 1 AMPLIFICADORES OPERACIONAIS

1, OBJETIVO

Avaliação das características de um amplificador


ideal através de um amplificador operacionaL
Características a serem verificadas:
- Ganho de tensão
- Resistência de entrada
- Resistência de saída

2, INTRODUÇÃO

O amplificador operacional é um amplificador dife


rencial de alto ganho, acoplado diretamente (amplificador DC),
que utiliza realimentação negativa para controlar suas caract~

rísticas de trabalho, Este dispositivo é muito utilizado por


ter parâmetros prÓximos aos ideais, O amplificador operacional
e capaz de amplificar, controlar, ou gerar formas de ondas se-
noidais ou nao senoidais em uma ampla faixa de frequências, T~

das as funções computacionais clássicas, tais como adição, sub


tração, multiplicação, divisão, integração e diferenciação -
sao
possíveis de ser realizadas, Portanto, apresenta i numeras a-
plicações em sistemas de controle, sistemas de regulação, pro-
cessamento de sinais, instrumentação e computação analÓgica,

3, EXPERitNCIA

3,1, IDENTIFICAÇÃO DO COMPONENTE

3,1, 1. Consultar o manual do fabricante e localizar:

(a) A identificação dos terminais


(b) A aplicação típica sugerida
(c) Valores típicos recomendados para operação
segura
- 2 -

(d) Valores máximos permitidos


(e) As curvas tTpicas fornecidas e quais sao
suas final idades. Citar as principais.

3.2. Verificação da Saturação

3.2.L Utilizando o circuito da Fig.l, aplicar na en-


trada uma tensão DC igual a IV (V 1 =1V) e medir a tensão de saí
da (V ) •
o

+V(+12V)

FIGURA 1 -Circuito para verificação da saturação na entrada


inversora.

3.2.2. Utilizando. o circuito da Fig.2, aplicar em v


2
uma tensão DC igual a lV e medir a tensão de saída (V).
o
- 3 -

+V

-V

FIGURA 2- Circuito para verificação da saturação na entrada


não inversora.

3.2"3. Explicar os resultados obtidos nos Ítens 3o2.1

3.3. VERIFICAÇÃO DO GANHO E DEFASAGEM

3.3. 1. Ganho de Tensão

Utilizando o circuito da Fig.3 com R1 =47k e


Rf = 470k~ aplicar no ponto A uma tensão DC de 12 Volts.
- Ajustar P para que se obtenha V =500mV
1 1
-Medir a tensão de saída V
o
- Verificar~ ganho de tensão, fazendo A =V /V .
v o 1
- 4 -

Rt

FIGURA 3 - Circuito para verificação do ganho e defasagem.

3.3.1.2. Variar P até que a saída atinja a satu-


1
ração.-Qual o valor de v1?

3.3.1.3. Aplicar, no ponto A do circuito da Fig.


3, um sinal senoidal de 100Hz.
- Ajustar P
1
para que se obtenha v 1 =0,5VPP
- Medir a tensão de saída V
o
- Verificar o ganho de tensão, Av = V /V
0 1

3.3.2 - Defasagem

3.3.2.1. Para a mesma situação do Ítem 3.3.1.3.,


verificar a defasagem entre o sinal de entrada (V ) e saída
1
(v ) •
o

3.3.3. Utilizando o circuito da Fig.3, com R =47k e


1
Rf=47k, repetir os Ítens 3.3.1 e 3.3.2.

3.4. VERIFICAÇÃO DA RESISTtNCIA DE ENTRAO~

3.4.1. Aplicar, no ponto A do circuito da Fig.4, um si


- 5 -

nal senoidal de 1KHz

1 para que se obtenha v 1 =0,5V PP


- Ajustar P

-Medir a tens~o de saTda V


o
- Verificar o ganho de tens~o A =V /V
v o 1
Medir a tens~o entre a entrada na- o inversora ( p _!_
no 3) e o ponto de terra.

Medir a tens~o entrada inversora e o ponto de


terra.

) v0

Rol
47K

FIGURA 4- Circuito para verificação da resistência de entrada


e saTda.

3.4.2. Curto-circuitar o resistor de lKQ (coloca-


--
do entre a entrada não inversora e terra) e repetir 0 Ttem
3. 4. L

3.4.3. Através da comparação dos resultados obti-


dos nos Ttens 3.4.1 e 3.4.2, qual a observaç~o feita com rela
ç~o à resistência de entrada do amplificador?
- 6 -

3.5. VERIFICAÇÃO DA RESISTtNCIA DE SATDA

3.5.1. Utilizando o circuito da Fig,4, com R =4,7k ohm,


o
aplicar no ponto A um sinal senoidal de 1KHz

- Ajustar P
1
para que se obtenha v 1 =0,5 Vpp

-Medir a tensão de saída,V


. o
- Verificar o ganho de tensão.Av = V /V .
0 1

3o5.2o Comparar os resultados obtidos nos Ítens 3,4, 1,


Qual a observação com relação ã resistência de saída
do amplificador?

3.6e CIRCUITO DE APLICAÇÃO

O circuito apresentado na Fig, 5 é uma das aplic~


-
çoes do amplificador operacional- o circuito somadoro

(o ) (b)

FIGURA 5 -a) Circuito Somador e b) Divisor Resistivo.

3o6oL Utilizar no circuito da Figo 5(a), R1 =R =Rf=47K


2
-As tensÕes V e V podem ser obtidas através do
1 2
- 7 -

divisor resistivo mostrado na Figo S(b)


- Verificar a tensão de saída
- Qual a relação entre a saída, V , e as entradas,
o

3o6o2- Utilizando o circuito da Figo S(a), com R


1
=
R = Rf = 47k ohm, aplicar em
2
v1 um sinal senoidal de 1KHz e

2V e em v2 um sinal com forma de onda quadrada de 100Hz e


PP
4V
pp
- Verificar a tensão de saída" Anotar a forma de
onda.

4 c PERGUNTAS

4" L Determinar a expressão do ganho de tensao do amplifica


dor operacionaL

4o2. Considerando o circuito da Figo S(a):

a) Calcular a tensão de saída, quando R =SOK, R =20K ,


1 2
Rf=lOOK, V =2V e V =1V.
1 2
b) Calcular a tensão de saída, quando R =R =50K,
1 2
Rf=lOOK e V =V =SV.
1 2
c) Esboçar a forma de onda da saída quando R =R =Rf
1 2
=lOOk e v e v são entradas senoidais de 1kHz,
1 2
2V e 10kHz, lV respectivamente.
pp pp

5. B I BL I OGRAFIA

Sol - MILLMAN, Halkias; lntegrated Electronics-Analog and


Digital Circuits and Systems- McGraw-Hill Kogaku~

ha, Ltd
5o2 - BOYLESTAD, Nashalsky; Dispositivos Eletrônicos e Teo-
ria de Circuitoso Prentice/Hall do Brasil.
- 8 -

5,3- TOBEY, Graeme; Operational Amplifiers Design and Ap-


pl icationso Mc Gr a w- H i 1 1 Ko g a k u s h a , Lt d •
5 4 - S TO UT , Ka u f ma n ; Ha n d b o o k o f Op e r a t i o n a 1 Amp 1 i f i e r
e

Circuit Design - McGraw-Hi11 .Book Company.

6e EQUIPAMENTO E MATERIAL NECESSÁRIOS

1 • OsciloscÓpio
2 e Geradores de áudio
2 o Fonte DC
1 e Placa para as montagens (AMPLIFICADOR OPERACIONAL)
1e Ferro de Solda
- 9 -

FOLHA - RESPOSTAS

EXPERitNCIA N~ 1 - AMPLIFICADORES OPERACIONAIS

Na(s) fo1ha(s)-respostas, devem constar as respo~


tas às questões propostas no roteiro, na ordem especificada a
seguir:

3.1 - IDENTIFICAÇÃO DO COMPONENTE

3o1.1(a), 3.Ll(b), 3.Ll(c), 3.l.l(d), 3.l.l(e)

3.2 - VERIFICAÇÃO DA SATURAÇÃO

3.3 - VERIFICAÇÃO DO GANHO E DEFASAGEM

3 o 3e 1o j ' 3o 3o 1a 2' 3o 3a 1o 3' 3•3o 2 a ] '

3.4 -VERIFICAÇÃO DA RESISTtNCIA DE ENTRADA

3.4.1, 3.4.2, 3.4.3

3o5 -VERIFICAÇÃO DA RESISTtNCIA DE SATDA

3 5
o o 1' 3. 5•2

3.6 - CIRCUITO DE APLICAÇÃO

4. PERGUNTAS

4.1, 4.2(a), 4.2(b), 4.2(c)


lT -

EXPERitNCIA N~ 2: DIODO SEMICONDUTOR

l" OBJETIVO

Estudo da caracterfstica est~tica, traçados das


retas de carga AC e DC e anãl i se gráfica.

2 o I NTRODUÇAO

O diodo semicondutor, constitufdo por uma junção


PN, pode ser considerado como sendo o elemento não linear mais
simples dentro da vasta famfl ia dos dispositivos semiconduto-
res, que inclui transistores, tiristores e circuitos integra-
doso Dentre as aplicações em circuitos eletrônicos. destacam-
se o uso em retificadores (fontes de alimentação, principal
mente), demoduladores, moduladores, grampeadores, limitado-
res, etco São elementos de dois terminais, cuja principal ca
racterfstica é a de oferecer resistência quase nula a passa-
gem da corrente elétrica em um sentido, enquanto que no outro
é praticamente um circuito aberto.

3" EXPERitNCIA

3.1. IDENTIFICAÇAO DO COMPONENTE

3o1.l. Consultar o manual do fabricante e localizar


3.l.LL A aplicação tf pica sugerida,
3ol.1.2o os valores tfpicos recomendados para
- segura e
operaçao
-
3oLL3o os valores maximos permitidos,

-
Quais as curvas tfpicas fornecidas e quais sao
suas final idades? Citar as principais.
3ol.3o Citar um outro modelo que poderia ser emprega-
do como substituto, se necess~rio.

3.1.4" Utilizar um ohmfmetro para identificar os ter-


minais (lados P e N)
12 -

3.2, CARACTERTSTICA ESTÁTICA TENSÃO - CORRENTE

O termo 11
estático 11 refere-se ao comportamento de
natureza resistiva que leva ao estabelecimento de modelos i-
nearizados resistivos. Valem, portanto, até certos imites de
frequências onde não aparecem efeitos reativos, Os modelos
que incluem tais efeitos reativos são chamados de dinâmicos
Os modelos incrementais, diferenciais ou de pequenos sinais
são modelos 1 ineares onde se relacionam pequenas variações em
torno dos valores de polarizaçãoo A característica estática
tensão-corrente pode ser obtida através de qualquer um dos
métodos descritos a seguire

.3.2o 1. Método Ponto-a-Ponto:

Utilizar o circuito da Fig.l para construir a ta-


bela I o Construi r em papel mi 1 imetrado o gráfico GR.I corres-
pondente.

270

FIGURA 1 Circuito para obtenção da característica estática


tensão-corrente de diodos semicondutores pelo mé-
todo ponto-a-pontoo
- 13 -

3o2.2o Método da Varredura

Utilizar o circuito da Figura 2 para visualizar a


característica estática de um diodo semicondutor. Observar os
modos de acoplamento dos sinais ao osciloscópio (DC ou AC), O
oscilador representa o "gerador de Varredura 11 e o osciloscó-
11
pio o traçador de curvas 11 (modo XY) o

TABELA

CARACTERTSTICA ESTATICA TENSÃO-CORRENTE DE DIODO

TENSÃO (V) I CORRENTE (mA) TENSÃO (V) CORRENTE (mA)

0,45 o' 6 6 ~~ ~

o' 4 7 0,67
0,49 o' 68
" o' 5o o' 69
0,52 0,70
o' 54 o' 71
o' 56 0,72
o, 58 o' 7 3
0,60 0,74
o' 61 o' 7 5
0,62 o, 76
o, 6 3 o' 77
0,64 -
0,65 -

3o2o2o1 o Se x(t) e a tensão sobre o diodo, o que


representa o sinal y(t) ?
- 14 -

GERADOR DE ÁUDIO OSCILOSCOPIO

Rs =soo .n.
270
EEJ
1N4148
y X

FIGURA 2- Circuito para obtençio da caracterfstica est~tica

tensão-corrente de diodo semicondutor pelo método


da varredurao

3o2o3. No gr~fico GR. I traçar duas assfntotas na re-


gião direta da caracterfstica est~ticao Indicar no próprio gr~

fico o valor da tensão correspondente ao ponto de cruzamento.


Quais sao as duas regf~es que tal valor separa?

3.2o4o A equação (l) relaciona, aproximadamente, a cor


rente com a tensão em um diodo semicondutor:

(l )

onde

1 =corrente através do diodo, A


0
v0 tensão sobre a junção, V

1 corrente de saturação reversa, A


5
VT KT I q
-23
K constante de Boltzmann, l,38xl0 joule/k
- 15 -

T = temperatura absoluta, K
n constante empÍrica, valor entre l e 2
-1 9
q carga do eletron, 1,69 x lO coulomb

- de
Determine a expressao 1 para as situa
0
-
çoes:

(a) O < VD << nVT'

( b) >> e

3o2o4o2. Com os valores constantes na Tabela tra


çar a caracterTstica estática em papel mono-log, com a tensão
v0 na escala 1 inear,

(a) Determinar graficamente a inclinação da -


seçao
reta o
(b) Determinar analiticamente a inclinação da se-
ção reta,
Sugestão: considerar que v >>
-
n VT na equaçao
0
( 1) •
(c) Estimar graficamente o valor da corrente 1 .
5

3o3" RETA DE CARGA DC

A partir das medidas obtidas através do circuito


da Figo 3 realizar as seguintes operações:
- 16 -

FONTE OC AJUSTÁVEL

Ro<10.n.

v 1N4148
vo

fiGURA 3 - Circuito para obtenção da reta de carga DC.

(a) Ajustar a fonte DC para que se obtenha VA=3,5V.

Medir v0 e ID (ponto Q),


Q Q

(b) Curto-circuitar o diodo (V =0) e medir a nova


0
corrente 1
0
= 1
0,
(c) Abrir o diodo (1 =0) e medir a nova tensão
0
vD = v•D
(d) Em um gráfico (1 inear-1 inear) que contenha a
curva característica do diodo marcar os pon-
tos correspondentes a (V
0, 1 =0)
0
e (V =o, 1
0 0).
Unir os dois pontos através de um segmento de
retao A intersecção é o ponto de operação Q
(quiescente) o Verificar se os valores medi-
dos coincidem com os determinados graficamen-
te (ponto Q),
(e) Determinar a inclinação da reta de carga obtJ...
da no ítem (d). Seu valor é numericamente i-
gual a que parâmetro do circuito? Qual se r i a
a inclinação da reta de carga na região de po
- 17 -

larização reversa?
(f) Repetir os Ítens (a) a (d) para VA=2,5 V e VA=1 ,5V,
(g) Determinar graficamente o ponto Q para uma tensao
VA = 1 ,O V e

(h) supor que o fabricante de um determinado diodo na- o


forneça a curva característica estática e sim dois
valores de tensão correspondentes a dois valores de
corrente na região direta. Exemplo: VF = 0,6V (0,6V
1

para lmA) e VF 0,7V (0,7V para 10m A) Se r i a


1o
possível realizar qualquer análise gráfica nestas
condiçÕes?

3.4, DETERMINAÇÃO GR~FlCA DA RESPOSTA A UMA EXCITAÇÃO

Considerar o circuito da Fig. 4 e realizar:

GERADOR DE SINAIS
0 1 4148
N AO OSCILOSSCÓPIO
~--~~vv._~----~J-------~~:--------~~-----

FIGURA 4- Circuito utilizado para a determinação gráfica dares


posta a uma excitação senoidal,
- 18 -

(a) Aplicar ao ponto (A) um sinal senoidal de 1KHz


e 0,75V de valor de pico (medir com a melhor
precisão possível) o Verificar e esboçar a for
ma de onda sobre o resistor R ,
1
(b) Em um gráfico que contenha a curva caracterís-
tica do diodo,determinar graficamente a forma
de onda da corrente que flui pelo circuito,
(c) No mesmo gráfico determinar a forma de onda da
tensão sobre o resistor de 270 Q e
(d) Ainda no mesmo gráfico,esboçar a forma de onda
da tensão sobre o resistor de 270 Q obtida no
ítem (a) o

3.5. AN~LISE DE PEQUENOS SINAIS

Considerar o circuito da Figura 5 e realizar:

GERADOR DE SINAIS FONTE DC

FIGURA 5 - Circuito para análise de pequenos sinaiso


19 -

(a) com a chave s 1 aberta,ajustar a fonte VDC para


que VB = 2,5 v. Ajustar a fonte vs para que
se obtenha no ponto ( B) um sinal de l KHz e ten
-
sao de pico vP = l 'o v
" o

( b) Medir ID e VD (ponto QL
Q Q

(c) Com o osciloscÓpio na posição ''Acoplamento DC"


verificar e esboçar as formas de onda nos pon-
tos (B) e (C),

(d) Com o auxílio do conceito de reta de carga DC


obter graficamente as formas de onda de ten-
-
sao e corrente sobre R ,
1
(e) Esboçar no mesmo gráfico a forma de onda de
tensão sobre R (ponto (c)) obtida no Ítem(c),
1
(f) A excursão máxima do sinal alternado em torno
do ponto Q determina dois pontos limites de
variação na curva característica do diodo, Pa
ra que se possa efetuar uma análise de peque-
nos sinais os dois pontos limites devem carac
terizar os extremos de um segmento de reta.Ve
rificar se o sinal estipulado no ítem (a) pr~
enche tal requisitoo Em caso afirmativo deter
minar graficamente o valor do inverso da in-
c] inação deste segmento de reta. Este valor
é numericamente igual à resistência dinâmica
do diodo no ponto Q, dada por

rd = ( 2)
t:.iD ponto Q

Em caso negativo,determin~r a máxima excursão


do sinal.
(g) Ajustar a fonte VDC para que se obtenha v 8

l 'ovo Manter inalterada a fonte v ,


5
- 2'0 -

(h) Repeti r os Ítens (b) a (e),


(i) Explicar, baseado em análise gráfica, a dife-
rença observada entre as formas de onda obti-
das para V =2,5V e V =1 ,OV,
8 8

3.6 - RETA DE CARGA AC

(a) Com a chave ~l fechada no circuito da Fig.5,aju2_


tar a fonte VDC para que se obtenha V =2,5V e a-
8
justar também a fonte v para que a tensão alte~
5
nada no ponto (B) seja 1KHz e amplitude Vp=l,OV,
(b) Medir IDQ e v0 Q (ponto Q).

(c) com o osciloscÓpio na posição "acoplamento DC 11 •

verificar e esboçar as formas de ondas nos pon-


tos (B), (C) e (O),
(d) Em um gráfico que contenha a característica está
tica do diodo traçar a reta de carga DC,
(e) Considerar os capacitares c1 e c2 como sendo cur
tos efetivos para a frequência de 1 KHz, Determi
nar a resistência efetiva vista pelo diodo. Tra-
çar uma reta passando pelo ponto Q com inclina -
- cujo valor seja numericamente igual ao inver
çao
so negativo da resistência efetiva, Esta é a re-
ta de carga AC.
(f) A partir da reta de carga AC traçada.determinar
graficamente as formas de onda de corrente e ten
são correspondentes ao ponto (O),
(g) No mesmo gráfico.esboçar a forma de onda de ten-
são no ponto (O) obtida experimentalmente no l-

tem (c).

4. B I BL I OGRAFIA:

4.L D.L. SCHILLING, C.BELOVE, Circuitos Eletrônicos Ois-


eretos e Integrados, R.J., Guanabara, Dois, 1979,
- 21 -

4,2- J. MILLMAN, C,C,HALKIAS, ELETRÔNICA, Vols. 1 e 2- SP,


Mc Gr a w- H i 1 1 do Bras i l , 1 9 8 l ,
4.3 - H,A.LOUREIRO, L.E,P, FERNANDES, Laboratório de Dispo
sitivos Eletrônicos, RJ, Guanabara Dois, 1982,

5, EQUIPAMENTO E MATERIAL

osciloscópio duplo traço


gerador de.sinais de áudio
fonte DC ajustável
2 multímetros eletrônicos
ferro de solda
conjunto ponte de terminais

diodo: 1N4148 ou equivalente


choque para l KHz
Resistores:
1 de 270, de 1 K, 1 de 2 , 2 Krl , l I 4 WATT

Capacitares:
de 2211F, l6V e l de 47llF, 16V,
potenciômetro 1 inear de lOOKQ
- 22 -

FOLHA-RESPOSTAS

EXPERitNCIA N? 2: DIODO SEMICONDUTOR

Na(s) folha(s)-respostas devem constar as respostas


-
as questoes propostas no roteiro, na ordem especificada a se-
gui r o

3"1 - IDENTIFICAÇÃO DO COMPONENTE

3 1• l • 1, 3 . I • I . 2 , 3 . l • l . 3 , 3 . l • 2 , 3 . 1 , 3 e 3 . 1 , 4 .
o

3.2 - CARACTERTSTICA ESTATICA TENSÃO-CORRENTE


3.2.2. I, 3.2.3, 3.2.4. I, 3.2.4.L (a), (b) e (c)

3.3 - RETA DE CARGA DC


(a) VDQ' I DQ' (b) I 0, (c)V 0, (e), (f), (g), (h).

3.4 - ANALISE DE PEQUENOS SINAIS


(a) IDQ' VDQ' (f), (h), (i)

3.6 - RETA DE CARGA AC

(b) I D , VD , (e)
Q Q
- 23 -

EXPERitNCIA N? 3 - CURVAS CARACTERfSTICAS DE UM TRANSISTOR


BIPOLAR

l. OBJETIVO

Estudo das características estáticas,

2o INTRODUÇÃO

Os transistores bipolares são dispositivos bási-


cos importantes em eletrônica e estão presentes em praticame~

te todos os sistemas, apresentando-se na forma discreta ou 1n


tegrada. Os transistores diferem entre si quanto a estrutura
física e à aplicação. Podem ser do tipo bipolar, no quala co~
dução ocorre devido a dois tipos de portadores, ou do tipo u-
nipolar ou de efeito de campo, As aplicações determinam a elas
se do dispositivo, tais como de pequenos sinais, de potência,
de baixa frequência, de microondas, etco A Fig. mostra a es
trutura interna simplificada e a simbologia dos dois tipos de
transistores bipolareso

E c
E
~ p+
IN I p
~ c

rB B
E c
E c
N+ p N

B
B (b)
(a )

FIGURA 1 -Transistor bipolar. (a) estrutura interna e (b) Sim


bologia.
- 24 -

3- EXPERitNCIA

3,1- IDENTIFICAÇÃO DO COMPONENTE

3, 1.1. Consultar o manual do fabricante e localizar:


3-1 "1 ,lo A aplicação típica sugerida,
3,1, 1,20 os valores típicos recomendados para
operaçao segura,
3, l ,l ,3, os valores máximos permitidos.
-
3 . 1 • 2 • Quais as curvas tÍpicas fornecidas e quais sao
as finalidades? Citar as principais,
3 • L 3 • C i t a r u m o u t r o mo d e 1 o q u e p. o d e r i a s e r e mp r e g a -
do como substituto, se necessário,
3.1 ,4_ Com o auxílio do manual, identificar os termi-
nais do componente (tipo NPN),
3,L5, Utilizar um ohmímetro para estabelecer regras
de diferenciação entre terminais,
3,1 ,6, Fazer as mesmas medidas do ítem anterior para
um transistor do tipo PNP e relatar as diferen
çaso
3.L7, o método do ohmímetro é apropriado para a ide~

ti f i cação (NPN/PNP) e/ou diferenciação (em i s -


sor/base/coletor) ?

3.2. CURVAS CARACTERTSTICAS EM CONFIGURAÇÃO EMISSOR COMUM

Um conjunto de curvas características pode cara~


terizar o comportamento estático do transistor. Cada caracte-
rística é composta por uma família de curvas paramétricas. As
correntes e tensões em um transistor estão indicadas na Fig.2.
- 25 -

VcE

c~Ic\
-e
B o-----1
I
TRANSISTOR )

!IE~

FIGURA 2- Correntes e tensões em um transistor,

São duas as famÍlias de curvas características


nesta configuração:

3.2.1" Característica de Entrada

t representada por

( 1)
's c te

(a) Montar o circuito da Figura 3,

FIGURA 3 -Circuito para medida da característica de entrada.


- 26 -

(b) Obter a corrente de base, IB' desejada e me-


dir VBE' monitorando VCE para que permaneça constante a cada
medida" Construir a Tabela I para dois valores distintos de
VCE:O,O e 5,0 Vo

T A B E L A

CORRENTE DE BASE X TENSAO BASE-EMISSOR PARA VCE CONSTANTE

IB VBE(V)
IB VBE(V)
(llA) VCE=O,OV VCE=5,0V (l-lA) VCE=O,OV VcE=5,0V
1 27
2 30
3 35
4 40
5 45
6 50
7 55
8 60
9 65
1o 70
12 80
15 90
17 100
20 120
22 150
25

(c) Construir em um gráfico as duas curvas cor-


respondentes às medidas da Tabela lo
(d) Imaginar que no circuito da Figo3 a base es-
teja sendo excitada por uma fonte de corrente DC constante de
valor 30l1Ao Se, por algum motivo, VCE variar de 0,0 a 5,0V ,
qual será a variação correspondente de VBE?
- 27 -

Será Construfdo um gráfico da função representada


por

( 2)
= cte

(a) Utilizando o mesmo circuito mostrado na Fig,


3" co n s t r u i r a Ta b e 1 a I I "

TABELA I I

CORRENTE DE COLETOR X CORRENTE DE BASE PARA VCE CONSTANTE

VCE = 5,0 v VCE = 5,0 v

'B tc
IB lc
( ll A) (mA) ( ll A) (mA)
1 30
2 35
3 40
4 45
5 50
6 55
7 60
8 65
9 70
1o 75
12 80
15 85
17 90
20 1oo
22 12 o
25 15o
27
- 28 -

(b) Const~uir dois gr~ficos correspondentes~ T~

bela li: um em escalas 1 inear-1 inear e o ou-


tro em escalas log-log,
(c) O valor do ganho de corrente DC, hFE= S, e-
constante ao longo de toda a faixa de 'c me-
dida?
(d) Determinar a inclinação da curva no gráfico
construído em escala log-log e a inclinação
para valores de 1 até 40~A no gráfico cons-
8
truído em escala 1 inear-1 inear, Comparar o
valor obtido com aquele fornecido pelo fabri
cante em um gr~fico semelhanteo
(e) Determinar com o auxílio do gr~fico o valor
do ganho de corrente para VcE=5,0V e lc=2mA.
Comparar com o valor fornecido pelo fabrican
te o

(f) Determinar com o auxílio do gráfico o valor


do ganho de corrente para VCE = 5,0V e I
c =
= 20 mAo Comparar com o valor fornecido pelo
fabricante"

3o2.3 - CARACTERfSTICA DE SATDA

t representada por

( 3)

(a) Montar o circuito da Figura 40


- 29 -

Ic
"
Is

v
VCE

FIGURA 4 - Circuito para medida da característica de saída,

(b) Variar VCE e obter o valor da corrente de co


letor, Construir a Tabela I I I para três valores distintos de
1 : 5,0, 10,0 e 15,0l1Ac
8
(c) Construir um gráfico com as três curvas cor-
respondentes aos dados da Tabela I I I.
(d) Utilizando o circuito da Figura 4 construir
a Tabela IV para quatro valores distintos de 1 :20,0, 30,0,
8
50,0 e lOOllA"
(e) Construir o gráfico com as quatro curvas cor
respo~dentes aos dados da Tabela IV,
(f) No mesmo gráfico, construir a curva de máxi-
ma potência dissipada,
- 30 -

TABELA III

CORRENTE DE COLETOR X TENSÃO COLETOR-EMISSOR PARA 1 CONSTANTE


8

VCE lc(mA)

(V) = 5llA 1 =10].lA


's 8 's = l5llA
o' l o
o' l 5
0,20
0,25
o' 3 o
0,35
--- -
0,40
o' 4 5
0-, 5o
0,60
0,70
o' 80
0,90
l ' oo
-- -~~ - -
- ) l -

TABELA IV

CORRENTE DE COLETOR X TENSÃO COLETOR-EMISSOR PARA I B CONSTANTE

I c (mA)
VCE
IB = 201JA IB = 301JA IB = 501JA 's = 1001JA
(V)

o' 1 5
o' 2 o
0,25
0,30
o' 3 5
o' 40
o' 5o
o' 6 o
0,70
o' 80
0,90
1 , oo
1, 2o
1 '5o
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
*5,00
6,00
**7,00
***8,00
9,00
1o ' o o

* Valor limite de VCE para 1


8
= 1001JA
** Valor limite de VCE para 1 501JA
8
*** Valor limite de VCE para 18 = 301JA
- 32 -

3.30 PERMUTA ENTRE COLETOR E EMISSOR

= 20~A, medir a corre~


No circuito da Figo 4, para 1
8
te IC para dois valores distintos de VCE: -1,0 e-5,0V. Compa-
rar com os valores correspondentes de IC para VCE>O obtidos
na TABELA IVo Explicar a diferença entre os valores de IC,

3o4o UTILIZAÇÃO DAS CURVAS CARACTERTSTICAS DC: MODELO DO


TRANSISTOR POR PAR~METROS HTBRIDOS, Ho

Através das curvas características DC é possível esti


mar os valores dos parâmetros hÍbridos de um transistor na con
figuração emissor comum (ê a que foi medida) o Realizar:

(a) Representar um quadripolo qualquer por parâmetros h,


(b) definir os quatro parâmetros h do quadripolo,
(c) considerar o quadripolo como sendo um transistor na confi
- emissor comum,
guraçao
(d) definir os quatro parâmetros h correspondentes,
(e) considerar um ponto de operação, Q, definido por VCE =5,0V
Q
e IB = 2Q~Ao Com o auxilio das curvas IB=f(VBE)iv =
Q CE cte

e I =f (VCE)
c I1 =cte
estimar os valores
8

(e o l ) !:. VBE

!:.
iB ponto Q

e (e. 2)

ponto Q

(f) A que parâmetro h correspondem os valores estimados?


(g) Comparar com os valores correspondentes fornecidos pelo
fabricante para f = 1KHz.
- 33 -

4 . B I BL I OGRA F I A

4,1, D,L,SCHILLING, C, BELOVE, Circuitos Eletrônicos Dis-


cretos e integrados, R.Jo, Guanabara Dois, 1979.

4.2, J. MILLMAN, CoC.HALKIAS, Eletrônica, vols. l e 2,SP,


McGraw-Hill do Brasil, 1981,

4.3. HcA,LOUREIRO, L.E.P.FERNANDES, Laboratório de Dispo-


sitivos Eletrônicos, RJ, Guanabara Dois, 1982,

5. EQUIPAMENTO E MATERIAL

2 fontes DC
2 multímetros eletrônicos
placa montada
ferro de solda
transistor NPN
transistor PNP
Resistores: lKS'i, l80K, 470, 100, 1/2 Watto
potenciômetro multivoltas 470KS'i.
potenciômetro multivoltas lOkS'io
- 34 -

FOLHA-RESPOSTAS

EXPERitNCIA N? 3: CURVAS CARACTERTSTICAS DE UM TRANSISTOR


BIPOLAR

Na(s) folha(s)-respostas devem constar as res-


postas ãs questoes propostas no roteiro, na ordem específic~

da a seguir,

3.1, IDENTIFICAÇÃO DO COMPONENTE

3.LL1, 3.LL2, 3.LL3, 3.1.2, 3-1,3, 3ol.4, 3,1.5,

3•1•6 e 3• l •7.

3.2. CURVAS CARACTERfSTICAS EM CONFIGURAÇÃO EMISSOR COMUM

3.3. PERMUTA ENTRE COLETOR E EMISSOR

Explicar a diferença entre os valores de I


c

3.4. UTILIZAÇÃO DAS CURVAS CARACTERTSTICAS DC

(a), (b), (c), (d), (e), (f) e (g)


- 35 -

EXPERitNCIA N~ 4: TRANSISTOR: POLARIZAÇÃO, RETAS DE CARGA


AC e DC

1" OBJETIVO

Estudo da polarização de transistores em função


de variações em seus parâmetros elétricos

2, INTRODUÇÃO

A seguir são estudadas a polarização simples, a


automática e as retas de carga AC e DC"

2"1, POLARIZAÇÃO SIMPLES

Seja PNP ou NPN, em aplicações usuais o transis-


tor apresenta sua junção coletor-base polarizada reversamen
te e sua junção base-emissor polarizada diretamente, A fig,
1 mostra um circuito de polarização simples e a Figo2 as
curvas características de saida e reta de carga DC referen-
te ao circuito da FigoL Conhecido V , valem as relações,
CC

(l )

( 2)

que e- a equaçao da reta de carga

RB o
1 B + VBE ( 3)

e, portanto,

( 4)
- 36 -

com v E- 0,7 V p/ transistores de silÍcio


8

( 5)

como 13 >>1, da eq"l,

( 6)

- vcc
A partir da eq. 2 e considerando VCE -2-
Q

- - resul
uma boa forma de se calcular RC e utilizar a .1nequaçao
tante

(7)

onde IC é encontrado em catálogos de fabricantes.


max

Assim, a capacidade de condução do transistor nun


ca e superada e o ponto quiescente Q fica, aproximadamente ,
localizado no centro da região 1 inear da curva de transferên
c ia IC x 1 , mostrada na Fig, 6o Desse modo, na
8

Figo 2, ficando R determinada com o auxílio da eq. 3,


8
Se 13 - parim~tro do transistor - variar por troca
de transistores de mesma família - entre os BC 237 há uma
variação de 13 entre 100 e 500 -ou por efeito de temperatu-
ra, para os mesmos valores de 1 resultam valores distintos
8
de IC' alterando a localização do ponto Q, Isso pode ser e-
vitado pelo uso da técnica de polarização automática"
- 37 -

FIGURA 1- Circuito amplificador empregando a técnica de po-


larização simpleso

Ic(m A) IB9

Vcc (p A)
IB7
Rc
IB6
IB5
IB4

f----1f-r~:.....--=-= ~.-~-:---------IB3
Ica
1
--~~~--------------IB2
~--+---~~----------IB1

--------+---------~~------IBO=O

VCE {V)

FIGURA 2 - Curvas características de saída de um transistor


bipolar NPN em configuração emissor-comum e reta
de carga DC referente ao circuito da Figura 1,
- 38 -

2.2. POLARIZAÇÃO AUTOMATICA

-
As Figuras 3 e 4 sao formas equivalentes do cir-
culto de polarizaç~o ; O pode-se ent~o a
automitica. Como 1
8
plicar o teorema de Thêvenin aos terminais·B e T, resultando

( 8)

( 9)

Do circuito da Fig. 3 tem-se que

( 1 o)

utilizando a eq. 1 em (10) resulta

( 1 1)

mas,

( 1 2)

Utilizando a eqo 4 na eq. 12 resulta

( 1 3)

se for considerado que

( 1 4)

ent~o a eqo 13 simplifica-se para

( S+ 1 ) ( 15)
S o RE • I C + V BE
- 39 -

mas, como 13>>1 finalmente tem-se que

( 1 6)

o que mostra que o circuito assim considerado fica indepen-


dente de S e, portanto, de sua variação. Obtém-se, entao ,
com o sistema de equações (11) e (16) um ponto de operação
do transistor Q(VCE' IC) praticamente fixo,

vcc"> o

-Is

FIGURA 3- Circuito de polarização automática no configura-


ção emissor-comumo
- 40 -

Vcc>o

FIGURA 4- Circuito de polarização automática equivalente ao


da Figura 3 onde foi aplicado o teorema de Théve-
nin entre os pontos B e To

2o3o RETAS DE CARGA DC e AC

No Ítem 2.L a reta de carga considerada tem in-


c] inação -1/RC" No caso, RC representa a carga D C e AC. A
Figura 5 mostra o circuito de polarização simples com excita
ção senoidal de pequena amplitudeo A Figura 6 mostra a carac
terística de transferência do transistor bipolar. Na Figura
5, o capacitar c8 bloqueia a passagem da componente DC,de p~

larização, para a fonte de sinal senoidal. Com relação ao


circuito representado na Figo 3 ou 4, a carga AC e DC é (RE+
+RC) e a inclinação da reta de carga é -1/(RE+RC), como é vis
-
to na equaçao 11 o Acrescentando-se um capacitar CE, de capa-
citância elevada, em paralelo com RE' ter-se-a como carga AC
apenas RC (por quê?), enquanto que a carga DC fica sendo (RE+
+RC), como mostrado nas Figs. 7 e 80
- 41

FIGURA 5- Circuito de polarização simples com excitação se-


no i da 1 de pequena amp 1 i tu de.

FIGURA 6 - Caracterfstica de transferincia do transistor bipo


1 a r.
- 42 -

I c /

FIGURA 7 - Retas de carga do c rcuito com polarização auto-


mática"

Íb(t)

FIGURA 8 - Circuito com polarização automática excitado com


sinal senoidal de baixa amplitude.
- 43 .

3, PARTE EXPERIMENTAL

3,1 - POLARIZAÇÃO SIMPLES

O circuito de polarização simples mostrado na Fi-


gura 9 foi calculado para operar em regime DC com

1 OV e IC 5mA,
Q

+15V

560k~

FIGURA 9 - Circuito de polarização simples para teste.

3 c 1 o 1 , Medi r IC , 1 e VCE . Há coincidência entre


8
. 1 1 .1
os valores med dos e projetados? Explicar as
eventuais dife-enças entre os valores.
3,1.2. Substituir o t-ansistor por outros dois da
me s ma f a mí 1 i a ·~ me d i r IC I B e VCE . Me d i r ,
2 2 2
ainda, IC 1 e VCE. Explicar as eventuais
8
3 ~ 3
diferenças ent-e os valores.
Com o cuidado de na- o toca r no transistor, a-
proximar um so'dador 1 i gado e, nestas condi-
- 44 -

-
çoes, medir IC e VCE para o mesmo transistor do
4 4
ítem 3 1 "1 "
o Ex p 1 i c él r a s e v e n t u a i s d i f e r e n ç a s e n -
tre os valoresc
3.1 .4cSubstituir o transistor BC-237 por outro do tipo
PD-1001 e medir IC, 1 e VCE Explicar as e-
8
5 5 5
ventuais diferenças entre os valores.

3.2. POLARIZAÇÃO AUTOMÁTICA

O circuito da Fig. 10 foi colocado para operar er.1


resime DC com VCE e IC respectivamente lOv e 5mA.
Q Q

47k1l 330 ..n.

18 k.O.

FIGURA 10 -Circuito de Polarização Automática para Teste.

3.2"1. com o mesmo transistor utilizado no ítem 3.1.1.,


repetir as medida; sugeridas nos Ítens 3.1. 1. a
3"1•4 o Fa z e r u ma ·,: a b e 1 a c o mp a r a t i v a d e v a 1 o r e s
para os casos de polarização simples e automáti
cao
- 45 -

3"2.2, A parti r das medidas obtidas nos Ítens 3.1.1. a


3,1 "4, e 3-2.1, estimar o ganho est~tico de cor
rente S(hFE). Fazer uma tabela comparativa de
valores para os casos de polarização simples e
automática.
3.2.3. Medir as tensoes VC, v8 e VE
3,2.3- l. Quais seriam tais valores se a junção
coletor-base estivesse aberta?
3.2.3.2. Qual a justificativa para o fato de se
ter Vc=VE ?

3-3- RETAS DE CARGA DC e AC

3-3.1. com os valores obtidos nos Ítens 3. l. l. e 3.2. l,


(neste Ítem, utilizar somente as primeiras medi
das), desenhar as retas de carga DC sobre as
curvas IC x VCE obtidas na Experi~ncia n? 3-
3.3.2. considerar o circuito da Fig.ll. Aplicar em sua
entrada um sinal ~;enoidal de 1KHz, ajustando a
amplitude para quE a saída v (t) não se defor-
ce
me- Desenhar a reta de carga AC sobre as curvas
IC x VCe do Ítem :>.3.L Estimar o ganho de ten

são alternada med ndo as tensoes de entrada e


saída-

+15V

1k..O..
560k.fl.

ENTR:DA) l---+--
10pF

FIGURA ll -Circuito de polarização simples a ser excitado com


sinal AC de baixa amplitude.
- 46 -

3 . 3 . 3 . Co n s i d e r a r o c i 1· cu i to da F i g u r a 1 2 .

3.3.3.1. Com o capacitor CE desligado, aplicar


um sinél senoidal de frequência 1KHz
~ entrada do circuito, ajustando sua
amplitude de r.10do a não deformar o si
nal e v ( t) e
ce
v (t). Estimar o ganho de tensão al-
e
ternada.

3.3.3.2. Com o capacitor CE 1 igado, repetir as


I

medidas sugeridas no Ítem 3.3.3. 1. Ve


rificar que as senÕides vc(t) e vb(t)

estão defasadas de 180°. Explicar o


motivo.

3.3.3.3. Traçar a reta de carga AC no gráfico


correspondente do Ítem 3,3. 1.

3.3.3.4. Explicar a função do capacitor CE no


circuito da Fig. 12.

3o3.3o5o Se no circuito da Fig. 12 o resistor


RE fosse substituído pela associação

série de dois outros resistores RE


1
e RE , e o capacitor CE igado confor
2
me mostra a Fig. 13, quais seriam as
alterações?
- 47 -

+15V

330 ...n..

---------0.
10JJF SAlDA

ENTR:DA)

FIGURA 12 - Circuito de polarizsç~o autom~tica a ser excitado


com sinal A de baixa amplitude,
c

FIGURA 13- Alteraç~o da resistência RE e do posicionamento


do capacitar CE.
- 48 -

4 . B I B L I OGRAFIA

4oL SCHILLING,D, e BELOVE,C., Circuitos Eletrônícos Díscre


tos e Integrados, R.,J., Guanabara Dois, 1979.
4.2. MILLMAN,J. e HALKIAS,C.C, Eletrônica, vol. l e 2, SP,
McGraw-Hill do Brasil, 1981.
4.3. BOYLESTAD,R. e NASHELSKY, L., Dispositivos Eletrônicos
e Teoria de Circuitos, R.J., Prentice Hall do Bra-
s i 1' l 982.

5. EQUIPAMENTO E MATERIAL

fonte de tensão DC
Multímetro digital
gerador de sinais de áudio
osciloscópio
placa montada
ferro de solda
- 49 -

FOL HA- RES P OS T,\ S

EXPERitNCIA N'? 4 TRANSISTOR: 'OLARIZAÇAO, RETAS DE CARGA DC


e A.C

Na(s) folha(s)-respostas devem constar as respostas


às questões no roteiro, na ordem especificada a seguir

3. l. POLARIZAC~O SIMPLES

3.L1, 3.1.2, 3o1-3 e 3.1.4.

3.2. POLARIZAÇAO AUTOMÁTICA

3 . 2 . 1 . , 3 . 2 . 2 e 3 o2 . 3 o

3.3. RETAS DE CARGA DC e AC

3 . 3 . 1 , 3 . 3 . 2 e 3 o3 . 3 .
- 51

EXP E R I t NC I A N'? 5 : T RANS I S T OR - F~ E G I ÕE S DE OP E RACÃ O :


NORMAL, CORTE E SATURACÃO
-~·~ --------- -- --- ~--·--- --- --

1. OBJETIVO

Verificaç~o do transistor operando nas regi~es de


saturaçao, corte e ativa ou normal.

2. INTRODUÇÃO

Quando polarizado nas regi~es de corte e satura -


-
çao o transistor pode ser encarado como uma chave.
No corte, ambas as junç~es (BE e BC) estao inver-
samente polarizadas. As correntes através do transistor -
sao
muito pequenas e seu comportamento~ praticamente o de uma
chave abertao
Na saturação, ambas as junç~es estao diretamente
polarizadas. Como as tens~es das junç~es sao opostas, elas
quase se anulam de modo que a tensão VCE é pequena. Assim o
transistor é praticamente uma chave fechada entre coletor e e
missor.
-
Os circuitos que usam o transistor como chave sao
denominados 11
Circuitos Chaveados 11 o Conforme a Figura l.é pos-
sível separá-los em circuito de controle e em circuito chavea
do propriamente dito.

,---------r-------., CARGt
1 CIRCUITO DE 1 CARGA I
I CONTROLE I 1
I I
I
I
I ICONTROLE~- -

I
I
CIRCUITO 1
1 1
'
'--- - - - - -
-::-
__j_- -
CHAVEADO
- - - _ _.J

F I GURA 1 - Circuito chaveado.


- 52 -

A chave a transistor, em comparaçao com as chaves


mecânicas, apresenta as vantagens de comutaçao mais rápida,p~

quenas dimensÕes e controle eletrônico, Entretanto possui re-


sistência maior quando em condução (ON) e resistência muito
menor na condição de aberta (OFF), além de não suportar altas
correntes e ter problemas de ruptura das junções-

3. EXPERitNCIA

3.1. TRANSISTOR OPERANDO NA SATURAÇÃO

3.1.1. Utilizando o circuito da Fig. 2, ajustar R p~


8
r a q u e a c o r r e n t e d e b a s e s e j a i c:J u a 1 a 3 Üll A .

270K

FIGURA 2- Circuito de polarização para verificação da satura


-
çao.

3.1.2. Medir VBE' VCE e 'c

Ll.3. Construir a reta de carga sobre as curvas


IC x VCE já obtidas na Experiência N? 3 e 1n

dicar o ponto de operação para os valores me


didos no ítem 3.1 .2.
3. 1.4. Variar a corrente de base através de R em
8
torno do valor rreviamente ajustado e verifi
- 53 -

c a r a s v a r i a ç ê, e s n a t e n s a o VCE e n a c o r r e n -
te I C.

3.L5. No circuito da Fig, 2, substituir o resistor


de coletor (lOk) por outro de lK e proceder
da mesma forma que nos ítens 3-l.l, 3.1.2,
3.1.3. e 3.1.4.

3.2. TRANSISTOR OPERANDO NO CORTE

3.2 1. Utilizar o circuito da Figura 3(a).

. -
O potenciômetro R poderá ficar na mesma postçao
6
que a utilizada no Ítem 3o 1.1-

..-------.--o+ 40V
+10V
10K
10K

(a) ( b)

FIGURA 3 -Circuitos de polarizdção para verificação do corte.

3.L2. Medir VBE' 16 , ICe VCE.

3.2.3. Utilizar os valores medidos no ítem anterior e


a reta de carga obtida no Ítem 3oL3. para ve-
rificar o ponto de operação do transistor.
3.2.4. Polarizar inversamente a junção base-emissor
do transistor conforme a Fig, 3(b) e medir

VBE' 1 B' VCE e c·


- 54 -

3.2.5° Comparar os resultados obtidos nos ítens 3.2-2.


e 3. 2. 4.

3.3. TRANSISTOR OPERANDO NA REGIÃO NORMAL

3.3. 1. Uti 1 izar o circuito da Fig- 4.


Ajustar o potenciômetro R para que a corrente
8
de base seja igual a 30 JJA
Ajustar RC para obter V 5,0 v.
CE

Rs

SAlDA

l
FIGURA 4 - Circuito de polarização para operação normal.

Traçar a reta de carga

do circuito sobre as curvas do transistor


Transportar os valores medidos s~

bre a reta de carga e verificar o ponto de op~


-
raçao do transistor.

3.3.3. Aplicar um sinal senoidal de 1KHz e amplitude


igual a 30 mV na entrada do amplificador e
PP
verificar o sinal de saída, Calcular o ganho
de tensão A
v
= V saída/ V ent.
3.3.4. Mantendo o sinal na entrada, variar o potenci~

metro RC para se obter VCE ; 0,8V e verificar


o sinal de saída.
- 55 -

Explicar o que o:orre, esboçando graficamente


os sinais de ent~ada e saída, com auxÍlio da
reta de carga.

3.3.5. Variar o potenci3metro RC para se obter VCE -


9,0 V e rroceder como no ítem 3.3.4. para es-
te ponto de operação.

3.4. CIRCUITO DE APLICAÇÃO

3.4.1. O circuito apres=ntado na Fig. 5 é um circuito


típico empregado em sinalização, Os componen -
tes
1
c1 ,
D , D , R
2 1
e c
2
formam um circuito de-
tetar do tipo dobrador de tensão. Os diodos o
1
e o operam como retificadores e a constante
2
de tempo R e c _ é tal que o sinal presente em
1 2
B acompanha a envoltória do sinal aplicado
entrada do circuito, Por isso, este circuito e-
chamado de detetar de envoltória.
Os t r ans i st o r es T
e T s ã o u t i 1 i z a d o s como c h a
1 2
ves para acionar o LED. indicando a presença ou
-
nao de sinal na entrada •

.------------.--o+ 10V

C1
.1J.!F 02

Ri C2
ENTRADA D-1 1K .33J.!F

FIGURA 5- Circuito de sinaliza,;ão.


- 56 -

3.4.2. Aplicar na entra:la do circuito um sinal senoi-


dal de 10KHz e 6J (medir com circuito desco-
PP
nectado) c

a) Medir as tens)es nos pontos A, B, C e D.


b) Medir a tensã) sobre os terminais do LED e
a corrente de coletor de T • Indicar se nes
2
ta situação o LED está apagado ou aceso.

3.4.3c Retirar o sinal :la entrada e repetir os Ítens


3.4o2 (a) e 3.4.2 (b).

3.4.4. Explicar o funci)namento do circuito.

3.4.5. Se no circuito d3 Figo 5, as polaridades dos


diodos e D Df·)Ssem invertidas, qual seria o
1 2
funcionamento do circuito?

3.4.6. Qual deveria ser o circuito a ser utilizado p~

ra que o efeito ja sinalização fosse invertido?


Isto e: -
Circuito C\tual Circuito Proposto
LED aceso LED apagado
LED apagado LED aceso

4. REFERtNCIAS BIBLIOGRAFICAS

4.1. D.L. SCHILLING, C. BELOJE, Circuitos Eletrônicos Dis-


cretos e Integrados - Ed. Guanabara Dois.
4.2. J. MILLMAN, C.C. HALKIAS, Eletrônica, vols. e 2. Ed.
McGraw-Hill do Brasil,
4.3. BOYLESTAD, NASHELSKY - Dispositivos Eletrônicos e Teo
ria de Circuitos Ed. Prentice-Hall do Brasil,
4.40 HoA. LOUREIRO, LoE.Po FERNANDES - LaboratÓrios de Ois
po s i t i vos E 1 e t r ô n i c 1) s E d o Gu a n a b a r a Do i s •
- 57 -

5. EQUIPAMENTO E MATERIAL NECESSARIOS

1 • Osciloscópio
1 • Gerador de áudio
2 c Fontes DC
2• Multímetros digitais
1 • Ferro de solda
1 • Placa para as montagens
- 58 -

FOLHA - RESPOSTAS

EXPERIENCIA N~ 5 -TRANSISTOR- REGIÔES DE OPERAÇAO:


NORMAL, CORTE e SATURAÇAO

Na(s) folha(s) respostas devem constar as respo~


tas ãs questoes propostas no roteiro, na ordem especificada a
seguir:

3.1. TRANSISTOR OPERANDO NA SATIJRAÇAO

3.2. TRANSISTOR OPERANDO NO CORTE

3 . 2 . 2 . ' 3 . 2 "3 . ' 3 . 2 . 4 . ' 3 . 2 . 5 .

3.3. TRANSISTOR OPERANDO NA REGI~O NORMAL

3 3 . 2 ' 3 . 3 . 3 . ' 3 . 3 . 4 . ' 3 "3 . 5 .


<

3.4. CIRCUITO DE APLICAÇÃO

3.4.2. (a), 3.4.L (b), 3.4.3., 3.4.4., 3.4.5., 3.4.6.


- 59

EXPERIENCIA N? 6: RESPOSTA EM FREQilENCIA DE AMPLIFICADORES*

1. OBJETIVO

Construção da curva ganho x frequência, estimati-


va das frequências de corte pelo teste de onda quadrada e i-
dentificação dos parâmetros determinantes das frequências de
corte.

2. INTRODUÇÃO

Há vários critérios que podem ser utilizados para


classificar um amplificador. Um deles, a resposta em frequên-
cia, subdivide os amplificadores em várias classes, a saber:
a) De corrente contínua
b) a úd i o ( 2 O a 2 O KH z)
c ) v i de o o u p u l s o (a t é a 1g u n s ~~ Hz )
d) rádio~freqüências (até centenas de MHz)
e) ultra-altas-freqúências (milhares de MHz)
Em inúmeras apl icaç:)es há necessidade de se ampl
ficar um determinado sinal com Jm mínimo de distorção. Em um
amplificador ideal (consideramos aqui aqueles que operam so-
bre uma porção 1 inear de sua característica) a forma de onda
do sinal de saída é uma réplica exata do sinal de entrada. En
tretanto, as características dos dispositivos ativos e os ele
mentos do circuito associado desviam a característica do am-
plificador real em comparação com a do idealizado, As distor-
ções que podem ocorrer são do tipo distorção não-linear, dis-
torçao de freqUência e distorção de fase.

* Grande parte deste roteiro mantém a forma inicialmente pro-


posta pelo Prof. José Carlos Pereira,
- 60 -

3. RESPOSTA EM FREQUENCIA DE AMPLIFICADORES

A Fig. l mostra a curva de resposta em freqU~ncia

típica de um amplificador.

MÓDULO
DO
GANHO REGI~Ç>~ DE ,
FREQUENCIAS MEDIAS
REGIÂÍJ DE
d8 Potência Corrente
v ALTAS
.o Ap AI Av
FREQÜÊNCIAS
-3 & Ai
2 V2

LARGURA DE FAIXA
·-
FREQUENCIA
fi fs

FIGURA l-Curva ganho x freqU~ncia de um amplificador típico.

As freq~~ncias de corte inferior, f., e superior,


I
fs' delimitam tr~s regiÕes distintas, a saber

a) Região de Baixas freqU~ncias: na qual o ganho decresce a


uma determinada taxa conforme a freqU~ncia se aproxima de
zero.
b) Reg i ã o de Mé d i a s F r e q.ü ~ n c i a s : na q u a l o ganho e p r a t i c ame~
te constante.
c) Região de Altas Freqü~ncias: na qual o ganho decresce a u-
ma determinada taxa conforme a freqüência aumenta.

Os 1 imites que definem a região de freqU~ncias me


dias são especificados conforme a aplicação. Geralmente, en -
tretanto, os I imites são as freqU~ncias f. e f , nas quais o
I S
ganho situa-se 3dB abaixo do valor correspondente ao da re-
gião de freqU~ncias médias. A largura de faixa (B) é a dife -
rença (fs- fi).
- 61

4. PARAMETROS DETERMINANTES DAS FREQU~NCIAS DE CORTE

Para se determinar a influência dos componentes e~

ternos ou dos elementos parasitários internos do elemento ati-


vo, o amplificador pode ser representado por circuitos equiva-
lentes, de acordo com a região considerada em questao na sua
curva de resposta em freqüência.
Os amplificadores aqui considerados para ensaio são
do tipo emissor comum com acoplamento RC. Tais amplificadores
empregam capacitares de acoplamento entre estágios e capacitar
de passagem no emissor.
Os modelos empre0ados, com maior ou menor grau de
complexidade, são utilizados para analisar o efeito destes ele
mentos na resposta em freqüênci.>, e para estabelecer critérios
de projetos simplificados, que ::liminem a simultaniedade de e-
feitos.

5. TESTE DE ONDA QUADRADA

A inspeção da curva ganho x frequência é suficien-


te para a determinação das freqiiências de corte, Como a função
ganho e complexa, também é possível estabelecer a curva deres
posta em fase, função da freqüência. Uma maneira alternativa
de determina r a f i de 1 i da de de u rn a mp 1 i f i c a do r é v e r i f i c a r a r e s
posta a uma certa forma de onda particular na entrada. O de-
grau de tensão é uma forma de o.1da conveniente pois permite e-
videnciar as pequenas distorç5es. Através do teste de onda qu~
drada e possível estimar as freqüências de corte f.I e f S
A inspeção da curva mostrada na Fig. indica que
o amplificador comporta-se em b3ixas freqüências como um f i 1-
tro passa-altas (FPA)RC, e em a'tas freqüências como um filtro
passa-baixas (FPB)RC. As Fig. 2 e 3 mostram os dois filtros, o
m6dulo da função ganho e a resposta em freqüência (m6dulo do
ganho x freqüência),
- 62 -

IAi(jf)l
C1 -Y2 ; fi freq..
+ ~ 1----e---o + IA i (jf) I= [1 +(fi/f)
2
J
V0
.
I
I
\o ei
-1 .
= tg <f i 1 f )

fi= 11211'RtCi
\ INCLINAÇÃo:

6dB/OITAVA ou
20 dB I DÉCADA

FIGURA 2 - Filtro passa-altas RC utilizado para si·mular o co~

portamento do amplificador em baixas-freqüências.

2
-v.2 fs FREQ.
IAs (jf)l= [1+(f/tsl ]

es = - tg- 1 ( f /ts)
/'J
fs = 1I 211' R 2 C 2 INCLINAÇÃO
-6dB/OITAVA ou
- 20d8/DÉCADA

FIGURA 3- Filtro passa-baixas RC utilizado para simular o co~

portamento do amplificador em altas-freqüências.

5.1. DECLIVE (D)

Se um degrau de tensao de amp1 itude V e- aplicado


ao FPA da Figura 2, então a saída será dada por

( 1)
- 63 -

a função exp(x) pode ser escrita em uma série da forma

2 x3
exp(x) l+x+ ~~ + ~ + . ( 2)

a expressao (1) pode ser aproximada para

v (3 )
o

A Figc 4 mostra o gráfico correspondente à expre~


são' (3).
A porcentagem de declive em relação ao tempo t é
1
dada por

o ( b)
(o )

FIGURA 4 - Resposta do FPA (a) ao degrau de tensão na entrada


( b) •

v - v,
o X 100 ( 4)
v

Em t = t , de ( 3) e ( 4)
1

o = ( 5)
- 64 -

As expressoes (4) e (5) valem para o declive de ca


da l/2 ciclo de uma onda quadrada simétrica de valor pico-a-pi
co V, freqüência f= 1/T, desde que t =T/2. Assim,
1

t l T
D = X lo o = X l oo = X l oo ( 6)
Rl o C l 2R c
1 1
2fR c
1 1

Portanto,

v - vl n.I
D X 1oo = X 1oo (7)
v f

o declive e- proporcional -a freqüência de corte f ..


I

5. 2. TEMPO DE SUBIDA ( t r )

A resposta do FPB da Figura 3 a um degrau de ten-


são de amplitude V na entrada e dada por

vo ( 8)

o gráfico mostrado na fig. 5 representa a resposta dada por


(8), o tempo de subida (t r ) é definido como sendo o intervalo
de tempo necessário para a resposta do circuito passar de
lO% para 90% d~ valor final. Assim, para

·V
o
v o' 1 v -+ t 1 o' 1 R2C2 ( 9)

v
o -+
v = 0,9V t2 2,3 R2C2 ( l o)

Portanto,

o'f3-5
t r = - (l l )
s
- 65 -

pois,

t
r
= t 2 -t l ~ ( 1 2)
2H
s

o tempo de subida e inversamente proporcional à freqüência de


corte fs. O tempo tr e uma indicação da rapidez com queum am
plificador pode responder a uma descontinuidade de tensão de
entrada,

6. EXPERI~NCIA

6.1. CONSTRUÇÃO DA CURVA DE RESPOSTA EM FREQÜENCIA

O amplificador a ser ensaiado é do tipo emissor co


mum e está mostrado em Figura 6.

AMFLITUOE V/V
1
AMPLITUDE 1 V e

1,0 ·--·--·--·----·-

TEMPO TEMPO
tr

(o) ( b)

FIGURA 5 - Resposta do FPB (a) ao degrau de tensão na entrada


( b) •
- 66 -

+ ~5V

330
47K

100pF,25V

e---j 1---------+-----1

1 181(

'------------4~ Ce + 220pF,25V

FIGURA 6 - Amp1 ificador emissor comum.

6.1.1. Verificar qualitativamente a forma de onda do


sinal de saída fazendo uma varredura em freqüê~
cia em toda a faixa coberta pelo gerador de si
na i s.

6.1.2. Identificar as freqüências ou a faixa em que o


ganho do amplificador é máximo. Ajustar o
.
nJ-

vel de sinal senoidal de entrada para que na- o


ocorra distorção da forma de onda na saída.

6.1.3. Construir uma tabela em que conste freqüência,


tensao de ·entrada. tensão de saída, ganho e g~
nho em dBo

Obs: adotar o numero de pontos necessário para


que a curva tenha o formato conveniente. Ave-
r i f i c a ç ã o q u a 1 i t a ·: i v a f e i t a n o s i t ens (2 ) e ( b)
auxiliarão a delimitar as regiÕes próximas das
freqUências de corte.
6ol.4. Construir o gráfico ganho (dB) x freqüência (Hz)
em papel mono-log (ganho na escala linear).
- 67 -

6. 1 . 5. Identificar as freqüências de corte f.I e f S .


6. 1. 6. Delimitar as regiões de baixas, médias e altas
freqüências.
6.1.7. Estimar a largura de faixa.

6.2. PARAMETROS QUE DETERMINAM AS FREQÜENCIAS DE CORTE

6.2.1. A partir de medidas de ganho, calcular as fre-


quencias de corte f. e f .
s I
6 . 2 . 2 . Substituir o capacitor C por outros dois de
e
valores Ce = S~F e 2,7).lF. Calcular as
1
novas freqüências de corte f. e f .
I S
Estimar as novas larguras de faixa.
6 . 2 . 3 . Que par~metros determinam as frequências de co r
te f. e f ?
I S

6.3. TESTE DE ONDA QUADRADA

6.3.1. Aplicar uma onda quadrada na entrada do amrl i-


ficador mostrado na Fig.6, com amplitude e fre
qüência convenientes. Medir o declive, O, e o
tempo de subida t .
r
6. 3. 2. Estimar as freqüências f.
I
e f
S
a partir de o
e t .
r
6.3.3. Estimar a largura de faixa
6.3.4. Comparar os valores obtidos com os medidos no
ftern 6. 1.

7. B I BL I OGRAFIA

7.1. D.L.SCHILLING, C.BELOVE, Circuitos Eletrônicos Discre


tos e Integrados, P..J., Guanabara Dois, 1979.

7.2. J.MILLMAN, C.C.HALKIAS, Eletrônica, vols. 1 e 2, SP,


tkGraw-Hill do Brasil, 1981.
- 68 -

8. MATERIAL E EQUIPAMENTO

osciloscópio duplo traço


gerador de sinais
fonte DC
2 multímetros eletrônicos
transistor BC-237, ou equivalente
Resistor: 330, 680, 18K e 47Krt, l/4 W.
Capacitares: l x 2,2~F,

25V.
- 69 -

FOLHA-RESPOSTA

EXPERIENCIA N~ 6 RESPOSTA EM FREQÜENCIA DE AMPLIFICADORES

Na(s) folha(s)-respostas devem constar as res-


postas ãs questões propostas no roteiro, na ordem especifica-
da a seguir.

6.1. Construção da Curva de Resposta em Freqüência

As respostas aos ítens 6.1.5. a 6.1. 7. devem


ser indicadas no gráfico correspondente (ítem 6.1.4.).

6.2. PARAMETROS QUE DETERMINAM AS FREQÜENCIAS DE CORTE

6. 2. 1 a 6. 2. 3.

6.3. TESTE DE ONDA QUADRADA

6.3.2. a 6.3.4.
- 71 -

EXPERIENCIA N? 7: AMPLIFICADORES: CONFIGURAÇÕES EMISSOR-COMUM,

COLETOR-COMUM E BASE-COMUM

1. OBJETIVO

Estudo comparativo dos parâmetros das três con-


figurações básicas de amplificadores.

2. EXPERIENCIA

2.1. EMISSOR COt1UM (EC)

Considerar o circuito da Fig. 1.

2.1.1. Medir o ponto de polarização.Q(IC, IB' VCE).

2.1.2. Aplicar um sinal senoidal de freqüência 1KHz e


amplitude tal que não ocasione distorção no si
nal de saída.
(a) Medir as impedâncias de entrada e de saída.
(b) Medir as tensões e correntes de entrada e
saída e calcular os ganhos.
2.1.3. Estimar as freqüências de corte inferior e su-
perior e a faixa de passagem.

2.2. BASE-COMUM (BC)

Considerar o circuito da Fig. 2.

2.2.1. Medir o ponto de polarização Q(IC,IE,VCB).


2.2.2. Repetir os Ítens 2. 1.2 e 2.1 .3.
- 72 -

iOOK

10 pF o~
SA(DA ~470

ENT~
15K
+
1 ,21(
220pF

FIGURA 1 - Circuito emissor-comum.

470
10pF
BC-237
o----J ~-----,.
ENTRADA

8,21<

15K
+ : 25 JJF
1,2K

FIGURA 2 - Circuito base-comum.


- 73 -

2.3. COLETOR COMUM (SEGUIDOR DE EMISSOR)

Co n s i d e r a r o c i r cu i to d él F i g . 3 .

2.3.1. Medir o ponto de polarização,Q (IC, 1 8 , VCE)

2.3.2. Repetir os ítens 2.1.2 e 2.1.3.

2!> J.IF
8,2 K

10 pF
(J_
ENTRADA

15 K
+
1 ,2K
,
SAlDA =a470

FIGURA 3 - Circuito coletor-comum.

3. Fazer uma tabela comparativa entre os parâmetros medidos


das três configurações.

4 . B I BL I OGRA F I A

4.1. BOYLESTAD e NASHELSKY, Dispositivos Eletrônicos e Teo


ria de Circuitos, Prentice Hall do Brasil, 1984.

4.2. MILLMAN e HALKIAS, lntegrated Electronics, McGraw-Hil 1,


1 9 7 2.
- 74 -

4.3. SCHILLING e BELOVE, Circuitos Eletr5nicos Discretos e


Integrados, Guanabara Dois, 1979.

5. EQUIPAMENTO E MATERIAL

osciloscópio duplo traço


gerador de sinais de áudio
fonte DC ajustável
2 multímetros eletr5nicos
placa-montagem
- 75 -

FOLHA-RESPOSTAS

EXPERitNCIA N? 7: AMPLIFICADORES: CONFIGURAÇÕES EMISSOR-COMUM,

COLETOR-COMUM e BASE-COMUM

Na(s) Folha(s)-respostas devem constar as res-


- questoes propostas no roteiro, na ordem especifica-
postas as
da a seguir.

2.1. EMISSOR-COMUM

2.1.1., 2.1.2 e 2.1.3.

2.2. BASE-COMUM

·2 . 2 . 1 e 2. 2. 2.

2. 3. COLETO R-COMUM

2. 3. 1 e 2. 3. 2.

3. Tabela comparativa.
- 77 -

EXPERitNCIA N~ 8: TRANSISTOR DE EFEITO DE CAMPO (FET)

1. OBJETIVO

Verificação dos ítens seguintes:


- Características de saída (corrente de DRENO X TENSÃO
DRENO-FONTE) e transfer~ncia din~mica.

- Transcondut~ncia e resist~ncia incrementai


- Polarização
lmped~ncia de entrada
-Ganho do amplificador
Funcionamento do dispositivo como resist~ncia vari~­

ve 1.

2. INTRODUÇÃO

O transistor de efeito de campo FET(Field-effect


transistor), é um dispositivo semicondutor que oferece à corren
te elétrica uma resist~ncia que é função da intensidade de cam-
po elétrico transversal.
A operação desse dispositivo de junção Única e-
baseado num processo chamado modulacão de condut~ncia.

Nesse processo, a variação da profundidade da


região de depleção associada a uma região PN polarizada inver-
samente, faz variar a condut~ncia de uma pequena barra semico~

dutora (canal). Como esta profu~didade é função da tensão de


polarização inversa, a condut~ncia do canal por onde circula
a corrente pode ser variada em função daquela tensão.
O transistor de efeito de campo difere do tran-
sistor de junçao birolar nas seguintes características

Sua operação depende somente do fluxo de portadores majorit~


rios sendo,portanto, um dispositivo unipolar (um tipo de
portador).
- Possui resist~ncia de entrada extremamente dlta, com valor
típico da ordem de 100 M ohms.
- ~ menos ruidoso que o transistor bipolar.
- 78 -

- Não possui tensao de 11


off-set 11 quando usado como chave (ou
recortado r).
- t um elemento sensível à tensao enquanto o transistor bipo-
lar é sensível à corrente.
- t mais simples de ser fabricado e ocupa menos espaço quando
na forma integrada.

Alsumas desvantagens do FET sao: o produto ga-


nho-largura de faixa e relativa~ente pequeno em comparaçao ao
transistor bipolar e é mais suscetível a danos quando manuseado.
Há duas espécies de transistor de efeito de cam
po: o FET de junção (abreviado JFET, ou simplesmente FET) e o
FET de porta isolada (IGFET, mais comumente chamado de metal-
Óxido-semicondutor-MOSFET). Nesta prática apenas o JFET será u
tilizado.

3. EXPERI~NCIA

3.1. IDENTIFICAÇÃO DO COMPONENTE

3.1.1. Consultar o manual do fabricante e localizar:

a) A identificação dos terminais


b) A aplicação típica sugerida
c) Valores típicos recomendados para operação
segura
d) Valores máximos permitidos
- as
e) As curvas típicas fornecidas e quais sao
finalidades. Citar as principais.

3.2. CURVAS CARACTERTSTICAS

3.2. l. Característica Dreno-Fonte 1


0 f (VDS) I
VGS=CTE

1 =corrente de dreno
0
vos= tensão entre dreno e fonte

VGS= tensão entre porta e fonte


- 79 -

3.2.1.1. Utilizar o circuito da Fig. l(a)

BF 245 PORTA
(GATE)

FONTE
v 00 =15v (SOURCE)

L ___ _+
CURTO -CIRCUITO
VER ITEM 3.2. i .2
(b )

(o )

FIGU~A 1 -a) Circuito para levantamento das curvas caracte-


rísticas e b) Símbolo do JFET.

3.2.1.2. ~\edir as tensões e correntes conforme indica-


do na Fig. 1 (a) para obter os valores da Ta-
bela I. Para VGS=O os terminais de porta e
fonte deverão ser curto-circuitados.
A corrente de dreno deverá ser ajustada para
os valores indicados.atrav;s do potenci6me -
tro de lOK. Se essa variação não for sufici-
ente,atuar também no valor de v e conci li-
00
ar os dois ajustes.
- 80 -

TABELA l - CORRENTE DE DRENO X TENSÃO DRENO FONTE PARA TENSÃO PORTA-FONTE


CONSTANTE

VGS=O VGs=-0,~ VGs=-1,0 VGS=-1 ,5

V (V)
I 0 l D (mA) lD(mA) I D (mA) l D (mA)

o' 2
o' 4
o '6
o' 8
1' o
1 '2
1 '4
1 '6
1 '8
2' o
2' 2
2,4
2,6
2,8

3' o

VGs=O VGS=-0,5 v
GS
=- 1
'
o vcs=-1 ,5
v (V) 1 (mA) i (mA) 1 (mA) 1 (mA)
0 0 0 0 0

3, 5
4' o
4' 5
5 'o
5,5

6'o
7' o
8,o

9' o
1 o' o
1 1 'o
12 , o

13 ' o
14 ' o
1 5' o
- 81

3.2.1.3. Construir em um mesmo gráfico as 4 cur


vas correspondentes aos valores da ta-
bela

3.2.2. CARACTERlSTICA DE TRANSFERtNCIA

3.2.2. 1. A característica de transferência é um


gráfico que mostra a variação da corrente de dreno ) em fu~
(1
0
ção da tensão porta-fonte VGS' para um valor constante da ten-
- dreno-fonte vos·
sao
Dois pontos importantes da característica de transfe -
rência são 'oss e vp. 'oss é a corrente de saturação dreno-fon
te e Vp = VGS(OFF) é a tensão de estrangulamento ou de corte
porta-fonte.

3.2.2.2. Utilizar o circuito da Figura (a) p~


ra obter o valor de V .
p
a) Ajustar o circuito de polarização dreno-fonte (po
tenciômetro de lOK e v ) para que a tensão v S se mantenha
00 0
constante e igual a 8,0V.
b) Ajustar a tensao VGG até que a corrente 1 atinja
0
um valor bem baixo (alguns microamperes). Anotar o valor de
VGS; este valor representa a tensão Vp.

OBS: Para se conseguir corrente de dreno nula ou muito baixa o


valor de Vp medido é muito incerto.

3.2.2.3. ·Através do gráfico obtido no ítem 3.2.


1 .3. determinar o valor de 'oss·

3.2.2.4. Com os resultados obtidos nos Ítens


3.2.1 .3., 3.2.2.2. e 3.2.2.3, construir a curva de transferên-
cia para v 0 S = 8V.

3.2.2.5. A corre11te de dreno 1 pode ser obtida


0
através da expressao:
- 82 -

(l (l )
'o 1
oss

Verificar se a curva experimental 1 x VGS confere com


0
a teórica.

3.3. TRANSCONDUTANCIA

3.3. l. A transcondutância,gm, muitas vezes esrecifica-


da como yfs ou gfs' e uma indicação da amplificação AC do FET.

gm ( 2)

3.3.2. Determinar o valor de gm para v 0 s=8,0V e VGS =


-l,OV. Para isso.utilizar a curva de transferência obtida no
Ítem 3.2.2.4.

3.4. RESISTENCIA DRENO-FONTE

3.4. l. O parâmetro rd, representa a resistência de dre


no ou resistência de saída e e- definido como:

rd ( 3)

CTE

O inverso de rd, a condutância de dreno gd, é qeralmen


te esrecificada por g os (condutância de saída).

3.4.2. RESISTENCIA INCREMENTAL NA ORIGEM

3.4.2.1. Para valores de VOS pequenos (próximo


da origem nos gráficos) o FET se comporta como um resistor va-
riável com a tensão de entrada V,s· Nestas condiç~es a resis-
IJ
tência incremental na origem é i~Jual à resistência total.
vos ( 4)
rd -,-0-
- 83

3.4.2.2. Atrav~s das curvas obtidas no gr~fico

do Ítem 3.2.1.3., determinar os valores de rd em torno da ori


gem para cada valor de VGs·

3.4.2.3. Com os valores obtidos no ítem 3.4.2.2.


traçar um gr~fico de rd em função de VGS para v 05 =0

3.5. POLARIZAÇÃO

3.5.1. POL/\RIZAÇÃO SIMPLES

A Figura 2 mostra um amplificador com FET que


utiliza uma Única fonte de tensi~o e um resistor de autopolar.i_
-
zaçao (R ) para se obter a tensão de polarização porta-fonte.
s

ENTRADA l____.... SAlDA


~

BF 245
r.I

IM
330

FIGURA 2 - Amplificador com polarização simples.

3. 5. 1• l • I~ e d i r : V GS , V OS e I O•

3.5.1.2. Marcar os valores medidos no Ítem


3. 5. l. 1 sobre as curvas j~ obtidas
0 x VOS e de transfe
(1
r~ncia) e comparar com os respectivos valores obtidos anal i ti
camente (utilizar reta de carga).
- 84 -

3. 5. l . 3. Aproximar do corpo do FET, por


alguns instantes, um soldador (não encostar diretamente) e ve-
rificar a alteração dos valores medidos com a variação da tem-
peratura.

3.5.2. POLARIZAGÃO r.OM DIVISOR RESISTIVO

O circuito da fi~ura 3 produz uma estabilidade


de polarização DC maior que o circuito da Figura 2.

IM

ENTRADA ,
SAlDA

FIGURA 3- Amplificador utilizando polarização com divisor re-


sistivo na porta.

3.5.2.1. Repetir os Ítens 3.5.1.1., 3.5.1.2. e


3. 5. l . 3.

3 . 6 . - GANHO E I t1 PEDi\ NC I A DE ENT RA DA

3.6. 1. Utilizar o circuito da Fig.2 com o potenciôme-


tro curto-circuitado e aplicar na entrada um sinal senoidal de
1KHz e amplitude tal que o sinal de saída apareça sem distor-
-
çao.
- 85 ..

3.6.1.1. Retirar o sinal de saída no dreno e


verificar o ganho de tensão.

A V sa1"d a /V ent. ( 5)
v

3.6.1.2. Colocar em paralelo com o resistor de


fonte (R ) um capacitar de 220~F e verificar o sanha de ten -
5
são, ainda com o sinal retirado no dreno.
Qual a relação entre Av e gm.RD?

3.6.1.3. Desligar o capacitar de 220~F do cir-


cuito de fonte e retirar o sinal de saída sobre o resistor R .
5
Verificar o ganho de tensão. Nesta configuração
o amplificador é uti 1 izado como seguidor de fonte ou dreno co-
mum.

3 . 6 . 1 . 4 . Va r i a r c' p o t e n c i ô me t r o d e e n t r a d a ? me -
dir as tensões nos pontos A e B e daí verificar a impedância
de entrada.

3.6.1.5. Repetir o Ítem 3.6.1.4. com o potenci.§.


metro todo aberto (R=lM ohm) e com o capacitar 220~F l i gado
em paralelo com R .
5

3.6.2. Utilizar o circuito da Fig.3 e repetir os Ítens:


3.6.1.1., 3.6.1.2., 3.6.1.3, 3.6.1.4 e 3.6.1.5.

3.6.2.1. Qual dos dois circuitos (Fig. 2 e Fig.


3) apresenta maior impedância ce entrada?

3.6.2.2. b que pode ser feito no circuito da


Fig. 3 para elevar sua impedância de entrada? Verificar.

3.7. CIRCUITO DE APLICAÇÃO

Para pequenos valores de tensão VDS' a característica


de dreno do FET li D x VDS) é linear e a inclinação é determi-
nada pela tensão VGS" Desta forma, o FET nesta região é um re
- 86 -

sistor controlado ror tensao. Esta propriedade do FET é muito


Gtil, porque permite variar características de um circuitou-
tilizando controle essencialmente elétrico.
Algumas aplicações são:Controle automático de
ganho, atenuadores variáveis, filtros sintonizáveis, etc.
A F i g . 4 mostra um c i r cu i to de a p l i cação onde
o FET atua como resistor variável controlado por tensão no di
visor resistivo.

V=- 5V

FIGURA 4- FET utilizado como resistor controlado por tensao.

3.7.1. Aplicar uma tensao de lOV na entrada, variar a


tensao de porta de O a -SV e medir a saída.
3.].2. Repetir o Ítem 3.7.1. para um sinal de entrada
de 1KHz e 200 mV
PP

4. REFERtNCIAS BIBLIOGRAF.ICAS

4.1. D.L.SCHILLING, C.BELOVE, Circuitos Eletrônicos Discre


tos e Integrados. Ed.Guanabara Dois.
4.2. MILLMAN,C.C. HALKIAS, Eletrônica, Vols. e 2. Ed.Mc.
Graw-Hill do Brasil.
4.3. BOYLESTAD, NASHELSKY- Dispositivos Eletrônicos e Teo
ria de Circuitos- Ed. Prentice-Hall do Brasil.
- 87 -

5. EQUIPAMENTO E MATERIAL NECESSARIOS

1 • Osciloscópio
1• Gerador de áudio
2. Fontes DC
2. Multímetros digitais
1• Ferro de solda
l . Placa para as montagens
- 88 -

FOLHA-RESPOSTAS

EXPERitNCIA N? 8: TRANSISTOR DE EFEITO DE CAMPO (FET)

Na(s) folha(s) respostas devem constar as res-


postas às questões propostas no roteiro, na ordem especificada
a seguir:

3. 1. IDENTIFICAÇÃO DO COMPONENTE

3.1.1.(a), 3.1.1.(b), 3.1.1.(c), 3.1.1.(d), 3.1.1.(e).

3.2. CURVAS CARACTERfSTICAS

3 •2 • 1•2 ' 3 . 2 . 1. 3 ' 3•2 . 2. 2' 3. 2•2•3' 3.2.2. 4' 3•2. 2.5•

3.3. TRANSCONDUTANCIA

3. 3.2 .

3.4. RESISTtNCIA DRENO-FONTE

3 •4.2 •2 • , 3. 4 •2 •3 •

3.5. POLARIZAÇÃO

3.5.1.1.' 3.5.1.2.' 3.5.1.3.' 3.5.2.1.

3.6. GANHO E IMPEDANCIA DE ENTR~DA

3.6.1.1., 3.6.1.2.' 3.6 .1 .3.' 3.6.1.4.' 3.6.1.5., 3.6.2,


3 . 6 . 2 . 1. ' 3 . 6 . 2 . 2 .

3.7. CIRCUITO DE APLICAÇÃO

3.7. 1• ' 3. 7. 2 •
- 89

EXPERIENCIA N? 9: A VALVULA ELE7R0NICA - TRIODO*

1. OBJETIVO

Estudo do amplificador a triodo, avaliação da distor-


çao harmônica em amplificador a triodo.

2. ltHRODUÇÃO

O triodo a vacuo foi inventado em 1906. Foi o primei-


ro elemento ativo usado para amplificação de sinais. Com o a
parecimento do transistor em 1948, as válvulas a vácuo foram
substituídas em várias aplicações. Sua utilização restringe-
se hoje às áreas de altas freqüências e altas potências. Po-
tência consumida elevada e tempo de vida relativamente curto
sao as duas principais .desvantagens que apresentam as válvu -
las à vácuo em comparação ao transistor. Como elemento de cir
cuito,seu comportamento assemelha -se ao FET, apresentando sen
sibil idade a tensão e alta imped~ncia de entrada.

3. DIODO E TETRODO

A Figura mostra a simbologia do diodo a vácuo,o cir


cuito básico e a caracterfstica v x i. A relação entre a ten-
s ã o e a c o r r e n t e é re g i d a p e l a I e i d e Ch i l d - La n g mu i r ,

i -- G (l )
p

onde G é uma constante que depende da geometria e do material


do cátodo, é o va l o r i n s t a n t ;3 n e o d o c o r r e n t e d e p l a c a e
p
vPK é o valor instant~neo da tensão placa-cátodo.

*Este roteiro trata-se de um resumo inicialmente escrito pelo


Prof. José Carlos Pereira.
- 9 o-

ip,mA
R 50
CORRENTE ~
DE PLACA,
40

I
Íp

+PLACA, P ou I
_j_ 30
VPK (
-CATODO, I<
Vpp 20

10
-'
j_ ALIMENTAÇAO
DE FILAMENTO
o 60
VPK ,V
(o)

-
FIGURA l - O diodo a v acuo (a ) ~: sua característica vxi ( b).

O triodo, mostrado na Fig. 2, e- basi~amente um


diodo a v~cuo acrescido de uma grade de conttole~ colocada
pr6xima ao c~todo. Atravis do potencial de grade pode-se con-
trolar o fluxo de elitrons que alcançar~ a pla~a (~n6do). Pe-
quenas variaç~es na tens~o de g·ade proporctonar~o 9randes va
riaç~es na tens~o de placa. A ~elaç~b entre a corrente de
placa, a tens~o placa-c~todo e a tens~o grade-cátodo i dada
por

VGK<O, vPK~O, ip~O ( 2)

onde ll i o fator de amplificaçãO.


- 9 1-

ip, mA

l
+

ip p

-2
VpK

Jv~
o 100 200 300 VPK,V

(a) ( b)

FIGURA 2 - O triodo a vacuo (a) e sua característica v x de


placa (b).

4. PARAMETROS DE PEQUENOS SINAIS

O modelo de pequenos sinais da válvula a -


VélCUO

e semelhante ao do FET, conforme ilustra a Figura 3.

p Íp rp Íp

.1 Go p Go
+
o p

r
Go-----
Vgk p.Vgk

K K K K

VGK~O VGK40
"' p = rp.gm
( Q ) ( b) (c)

FIGURA 3- O triodo (a) e os circuitos equivalentes (b) e (c).


- 92

L1.1. RESISTENCIA DE PLACA (r): e a inclinação da característica


p

VX I , r.led i da no [JOntO de Operação, Q. f'.ssim,

6. v I' K
X ( 3)
p
6.i c te
r

4.2. CONDUTANCIA MOTUA OU TRANSCONDUTANCIA (gm)

t a relação entre a variação ocorrida na corrente de


placa devida a uma variação unit~ria na tensão grade-c~todo ,
com vPK mantido constante, ou seja,

9m = ( 4)

4.3. FATOR DE AMPLIFICACÃO (d

t utilizado sobretudo em an~lise de circuitos a triodo


e também pode ser avaliado a partir das curvas características
vxi. t dado por

( 5)

S. AMPLIFICADOR CATODO COMUM

A Figura 4 mostra um amplificador c~todo comum típico.


Tal amplificador ser~ aquele utilizado nesta pr~tica,

6. DISTORÇÃO HARMONICA

A distorção resultante de efeitos não-lineares na v~l­

vula a v~cuo, assim como no FET, é significativa. Considere u


ma tensão da forma
- 93 -

v
c
(t) =v m cos w t
o
( 6)

aplicada ã entrada do circuito amplificador da Figura 4. O si na 1


de saída sobre o resistor de carga apresenta-se distorcido,
como o mostrado na Figura 5.

+ 155 v

10 JJF

+
1/2 12AU 7
o---------1 HH>---+-- -- -- --
+
10 K .O.

vSAlDA
'

FIGURA 4 - Amplificador cátodo comum.


-94-

FIGURA 5- Saída do amplificador cátodo comum da Fig. 4


apresentando distorção

Este sinal pode ser representado por uma série de Fou-

rier,

(7)
- 95 -

A distorção mais significativa é aquela provocada pe-


los harmônicos de ordem 2 e 3. Fazendo A~=O para ~>4, e esco-
lhendo valores convenientes para (w t), é possível determinar
o
os valores dos coeficientes A ,"'.,A . Assim, pode-se esco-
0 3
lher

VL (O) = ' v l ( ~/ 3) = o e

( 8)

onde os valores VL '"""VL - medidos conforme


sao indicado na
l 4
Figura 5.
Substituindo (8) em (7) obtém-se um sistema de quatro
equaçoes e quatro incógnitas, que resolvido fornecerá

(9 . a )
4

( 9 . b)
4

v - VL
Ll 2
A2 = ( 9. c)
4

e
VL VL
1 2 2
A3 = -- + --
3 VL ( 9 'd)
4 12 3

A distorção harmônica total dado por aqueles de ordem


2 e 3 e-

D ( l o)

A1/f2'
- 9 6 -

7o TETRODO E PENTODO

A adição de mais uma grade ao triodo leva a um novo


dispostitivo: o tetrodo. A grade auxiliar reduz a capacitância
grade-placa e amplia a faixa de resposta em freqüência do tri~

do. Entretanto, o tetrodo apresenta um problema adicional os


elétrons secundários que deixam a placa e são coletados pelo
grade auxiliar reduzem a corrente de placa. A -
supressao de tal
inconveniência é conseguida com a inserção de uma terceira gr~

de, chamada de grade supressora, entre a grade auxi 1 i ar e a pl~

ca. O novo dispositivo, de características as mais próximas às


do FET, é o pentodoo

8. EXPERI~NCIA

8.1. IDENTIFICAÇÃO DO DISPOSITIVO

8.1.1. Com o auxílio da folha de dados fornecida pelo


fabricante, identificar os terminais do dispo-
sitivoo
8.1 "L Qual a principal uti 1 ização sugerida pelo fabri
cante?
8.1 03. Citar os valores dos principais parâmetros para
-
operaçao segurao
80 1.4. Quais as curvas típicas fornecidas pelo fabri
cante?

8.2. IDENTIFICAÇÃO DO PONTO DE OPERAÇÃO

Medir as seguintes tensões e correntes:

8.2.1. Tensão de alimentação, vPP

8.2.2. Tensão de placa, v


p
8 . 2 • 3 . Tensão de cátodo, VK

8.2.40 Tensão de grade, VG

8.2.5. Tensão grade-cátodo, VGK


- 97 -

8 . 2 . 6 . Tensão placa-cátodo, VPK

8.2.7. Corrente de placa, lp


8 . 2 . 8 . Corrente de grade, lG

8.3. GANHO DE TENSÃO

Aplicar na entrada do amplificador um sinal senoidal


de freqüência 10 KHz e amplitude suficientemente baixa para
na- o produzir distorção no sinal de saída, Medir:

8,3. l. A tensao pico-a-pico na entrada


8.3.2, A tensão pico-a-pico na saída

Calcular:

8,3,3. O ganho de tensão do circuito amplificador.

8~4. DISTORÇÃO HARMONICA

Aplicar na entrada do amplificador um sinal senoidal


de frequência 10KHz e amplitude a máxima possível, desde que
não produza corte ou saturação no sinal de saída. Medir, de a
cordo com a Figura 5:

8,4.2, VL ( ~) = VL
2
8,4,3, VL(~/3) = VL
3
8.4,4, VL (~/2) :;:
VL
4

Calcular:

8.4.5, Os valores A ,, .. ,A e D atraves das equações


0 3
(9) e (10),

Esboçar:

8.4,6. Esboçar as formas de onda dos sinais de entra


da e saída.
- 98 -

8.5. RETAS DE CARGAS AC E DC

8.5. l. Escrever as equações das retas de cargas AC e


DC e também da malha de grade do circuito da
Figura 4"
8.5.2. Com o auxílio da característica vxi de placa
fornecida pelo fabricante identificar o ponto
de dperaç~o e traçar as retas de cargas AC e
DC.

8.5"3. No mesmo gráfico, esboçar as formas de onda dos


sinais de entrada e saída dos ítens 8.3 e 8,4.

8.6. PARAMETROS DE PEQUENOS SINAIS

Com o auxílio da característica vxi de placa fornecida


pelo fabricante e com o ponto de operaç~o dado, estimar os va-
lores de r , g e ~c
p m

9" B I BL I OGRAFIA

9.1. D.L.SCHILLING e C.BELOVE, Circuitos Eletr6nicos Discre


tos e Integrados, Guanabara Dois, RJ, 1979.
9.2. H.A.LOUREIRO e L.E.P,FERNANDES, Laboratório de Disposi
tivos Eletr6nicos, Guanabara Dois, R.J., 1982.
9.3. J.MILMAN e C.HALKIAS, Eletr6nica, vol. l e 2, McGraw
Hill, 1979.

10. MATERIAL E EQUIPAMENTO

osciloscópio duplo traço 3 capacitares lO~F, 64V


gerador de sinais de áudio resistor 330, lOK, l5K e
multímetro elétr6nico lMst, l/2w
fonte de tens~o DC
fonte de alta tens~o

ferro de soldar
válvula (dupla) triodo 12AU7, ou equivalente
- s9 -

FOLHA-RESPOSTAS

EXPERIENCIA N~ 9: A VALVULA ELETRONICA-TRIODO

Na(s) folha(s)-respostas devem constar as res-


postas ~s quest5es propostas no roteiro, na ordem ~specifica­

da a seguir:

8.1. IDENTIFICAÇÃO DO DISPOSITIVO

8.1.1., 8.1.2., 8.1.3 e 8.1.4.

8.2. IDENTIFICAÇÃO DO PONTO DE OPERAÇÃO

8. 2. 1 a 8. 2.8.

8.3. GANHO DE TENSÃO

8. 3. 1. , 8. 3. 2 e 8. 3. 3.

8.4. DISTORÇÃO HARMONICA

8.4.1 a 8.4.6.

8.5. RETAS DE CARGAS AC E DC

8.5.1 a 8.5.3.

8.6. PARAMETROS DE PEQUENOS SINAIS

r , g e 1.1
p m
- 1o1

I I. REDAÇAO DOS RELAT6RIOS T~CNICOS

Os relatórios técnicos das experiências devem


apresentar a seguinte divisão:

( 1) Página de Rosto
( 2) Resumo
( 3) fndice
( 4) Introdução
( 5) Desenvolvimento
( 6) Conclusões
(7) Folhas-Res~ostas

( 8) Bibliografia
( 9) Apêndice

RECOMENDAÇllES:

(1) PAGINA DE ROSTO

Deve apresentar o nome da universidade, da unidade, do


departamento, o número e o título da experiência, o nome e o
numero dos autores, a turma, o nome do professor responsável e
a data de realização. Também deve constar a disciplina e seu
código.

(2) RESUMO

Deve ser de tamanho reduzido, escrito em 1 inguagem ela


ra e concisa. O resumo deve oferecer ao leitor uma nítida vJ-
são de todo o trabalho. Deve situá-lo na área correspondente
ao assunto, citar a metodologia empregada e os resultados mais
relev:antes. t. através do resumo que o leitor decide se há ou
não interesse na leitura completa do texto.
102 -

(3) fNDICE

Deve propiciar uma visão panorâmica do texto, istados


os ítens principais e com numeração adequada para facilitar o
acesso às subdivisões.

(4) INTRODUÇÃO

Deve indicar em que area do conhecimento a experiência


esta inserida, quais as areas a ela relacionadas, sua relevân-
cia, o objetivo, a extensão e os resultados que se espera ob-
ter.

(5) DESENVOLVIMENTO

A partir deste ponto será relatada a experiência. Pode con-


ter-(não necessariamente) um breve resumo dos aspectos teóri
cos. O relato deverá ser breve e claro, contendo todas as in-
formações necessárias à sua reprodução. Os diagramas elétricos
devem conter o tipo e/ou valor dos componentes e as ligações
dos aparelhos de medidas. Estes podem ser mencionados (tipo,m~

delo, marca) no próprio diagrama, em nota de pé de página ou


no Apêndice. Durante o relato poderão ser feitos comentários
-
comparaçoes, etc.

(6) CONCLUSÕES

Este e um dos ítens mais importantes do relatório. De


ve ser escrito em 1 in9uagem objetiva e em forma concisa, man-
tendo a sequência da experiência e dos resultados obtidos. Os
resultados mais relevantes devem ser citados e brevemente co-
mentados. r sempre interessante apresentar valores percentuais
dos desvios das medidas em relação aos valores esperados. As
principais relações provadas ou observadas devem ser citadas.
1o3 -

(7) FOLHAS-RESPOSTAS

Em cada experiência serao especificadas as in-


formações que devem constar nas folhas-respostas. Via de re-
gra, estas informações serão as respostas ao questionário pr~

posto e os principais resultados.

( 8) B I BL I OGRA F I A

Deve ser indicada no texto por um número entre


í-
c o l c h e t e s '-· J e constar nesta relação através de indicação
padronizada, conforme ilustram os exemplos a seguir. Maiores
detalhes poderão ser obtidos junto a Biblioteca Central da
EESC-USP.
A bibliografia indicada de forma desordenada
ou incompleta pode dificultar ou mesmo impossibilitar o aces-
soao texto citado. Alguns exemplos de citação padronizada:

1. R.E.COLLIN, Field Theory of Guided Waves. New York, t1cGraw-


Hi 11 , 1 96 O, cap. 11, pp. 470-473.
2. R.M.KNOX, 11
Dielectric Waveguide microwave integrated circuits
- An overview 11
, IEEE Trans. Microwave Theory Tech., vol.MTT-
24, pp. 806-814, nov. 1976.
3. E.A.O.Silva, Princípios de Eletr6nica, USP, EESC, Departame~

to de Eletricidade, São Carlos, SP, 1980, apostila.

(9) APtNDICE

Deste ítem devem constar todas as tabelas, gráfi


cos, as 1 istas de material e equipamento empregados, bem como
folhas de dados de componentes e diagramas adicionais. Também
devem constar as deduções de relações que, embora importantes
possam desviar a atenção do texto principal.

Em seguida são apresentadas as páginas correspo~

dentes às subdivisões e a indicação do espaço ideal e máximo des


tinado a cada uma delas.
UNIVERSIDADE DE SAO PAULO
ESCOLA DE ENGENHARIA DE SAO CARLOS RESUMO
DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE
SEL-XXX : LABORATÚRIO DE ... (TEXTO)

EXPERitNCIA N'? X
CURVAS CARACTERfSTICAS DE TRANSISTORES

AUTORES:
ESPAÇO IDEAL: ATr MEIA PAGINA
NOME - NOMERO
NOME - NOMERO o
l..n
NOME - NOMERO I

TURMA X, 5a. FEIRAS, PERfODO X

PROFESSOR RESPONSAVEL: NOME


DATA DE REALIZAÇÃO: X

ESPAÇO MAXIMO: UMA PAGINA COMPLETA


....------------·---·--------·--

rND ICE

TITULO E SUBTrTULO .......... n~ da p~g.


(TEXTO)

Cl
O"'
I

~SPAÇO MAXIMO: UMA PAGINA COMPLETA ESPAÇO MAXIMO: UMA PAGINA COMPLETA
A EXPERI~NCIA CONCLUSDES

(TEXTO) (TEXTO)
(TEORIA E RELATO)

o
--...j
I

QUANTAS PAG. FOREM NECESSARIAS ATt O MAXI- ESPAÇO MAXIMO: UMA PAGINA COMPLETA.
MO DE 10.
FOLHA-RESPOSTA BIBLIOGRAFIA

(TEXTO E QUADROS COMPLETOS CONFORME PRO-


POSTOS NO ROTEIRO)

ESPAÇO MAXIMO: O NECESSARIO

APtNDICE
o
(X)

ESPAÇO MAXIMO: DEFINIDO NO ROTEIRO ESPAGO MAXIMO: O NECESSARIO

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