Você está na página 1de 77

As correntes elétricas geradas por pilhas e

baterias são do tipo contínuo, ou seja, elas


percorrem o fio condutor sempre num mesmo
sentido. Essas fontes de tensão elétrica possuem
sempre dois polos distintos, ou seja, um polo
positivo e um polo negativo. O sentido
convencionado da corrente elétrica, nesse circuito, é
sempre do positivo para o negativo.

A corrente elétrica que recebemos em nossas


residências é do tipo alternada. Essa espécie de
corrente sofre inversão de sentido constantemente.
No sistema brasileiro de transmissão de energia
elétrica, ocorrem 120 inversões a cada segundo, ou
seja, a corrente elétrica, a cada segundo, percorre o
Por isso, dizemos que a corrente elétrica no
Brasil tem frequência de 60 Hz ou 60 ciclos por
segundo. Alguns países, como o Japão, utilizam a
frequência 50 Hz. Em razão dessas diversas inversões
de sentido, que ocorrem a cada segundo em
correntes alternadas, não podemos identificar, por
exemplo, em uma tomada, qual dos polos é positivo
ou negativo.
Uma função senoidal F(t) é uma função
alternada que oscila entre dois valores –Fmáx e Fmáx
e tem a mesma forma da função seno ou cosseno,
como mostra a figura. Basta saber os valores das três
distâncias T, Fmáx e t máx referidas na figura, para
caracterizar cada uma dessas funções.
O intervalo T, entre dois máximos ou dois
mínimos sucessivos, é o período da função e o seu
inverso, f = 1/ T, é a frequência. Designando por “t
máx” o valor absoluto da coordenada “t” onde a
função atinge o seu valor máximo, F máx, pela última
vez antes de t=0.
Os elementos essenciais de circuitos de corrente
alternada (C.A.) são os Geradores de C.A. e elementos,
passivos e lineares, que são uma combinação de Resistores,
Capacitores ou Indutores em série ou em paralelo. Alguns
circuitos poderão ter ainda transformadores que exibam
histerese ou saturação, considerados elementos não
lineares.
A energia elétrica é produzida em alguma usina
hidroelétrica, termoelétrica, nuclear ou de outro tipo,
geralmente muito remota. Esta energia é transportada
através de linhas de transmissão de muito alta voltagem
(centenas de quilovolts, podendo chegar até megavolts). A
razão disto é obvia, pela segunda lei de ohm: a perda nos
cabos é proporcional ao quadrado da corrente e à
resistência do cabo e, para uma dada potência de consumo,
diminuir a corrente significa aumentar a voltagem. Estas
“Aterrado” significa exatamente isto: o fio neutro é
ligado a uma lança condutora que está enterrada a
alguns metros de profundidade na terra, onde a
condutividade é alta. Os fios “vivos” são também
chamados “fases”. Em alguns casos (Estados Unidos,
por exemplo) há duas fases de 110 V eficazes e a
diferença de potencial entre elas é de 220 V. Assim,
uma casa pode ter 110 V para as tomadas e 220 V
para alguns eletrodomésticos que consomem muito,
tais como chuveiro elétrico, fogão elétrico, lavadoras,
etc. (lembre sempre que a corrente deve ser baixa,
menor que 40 A; caso contrário haverá que instalar
fios mais grossos). Em outros casos (Porto Alegre) há
duas ou três fases de 127 V, com uma diferença de
fase entre elas de 120º. A diferença de potencial
Na Europa e alguns países latino-americanos
(Argentina) o vivo é de 220 V e a diferença entre dois
vivos (que estão defasados em 120º) é de 380 V. Isto
barateia o custo das instalações das redes elétricas,
pois os fios são mais finos do que em países com
linhas de 110 V, mas encarece as instalações dentro
das casas pois é necessário um melhor isolamento e
mais cuidados com a segurança.
Outra diferença é que a frequência de linha,
em alguns países europeus e asiáticos com 220 V é
de 50 Hz, e nos países com 110 V é de 60 Hz.
No Brasil a tensão de linha depende da cidade
e até da casa! Por exemplo, em Brasília uma casa
pode estar ligada em 220 V e outra em 110. Em
Porto Alegre é 127 V/ 60 Hz. Note que a voltagem
A Segunda Lei de Ohm é uma expressão
matemática que relaciona as propriedades físicas
que interferem na resistência elétrica de um corpo
condutor e homogêneo. Essa lei informa que
a resistência elétrica de um corpo
é diretamente proporcional ao seu comprimento e
resistividade e inversamente proporcional à
sua área transversal.
Essa lei relaciona propriedades geométricas e
uma propriedade intrínseca do material que compõe
o corpo condutor: a resistividade. Em termos
simples, a Segunda Lei de Ohm estabelece que a
resistência de um corpo depende de
sua composição e do seu formato: quanto maior for
à espessura de um fio, por exemplo, menor será a
Fórmula da Segunda Lei de Ohm

Onde:
R – resistência elétrica (Ω – omhs)
ρ – resistividade (Ω.m – ohms vezes metro)
l – comprimento do corpo (m – metros)
A – área transversal do corpo (m² – metros quadrados)

A resistividade, representada pela letra ρ, é uma


propriedade do material que depende de características
microscópicas, como a quantidade
de portadores de carga (elétrons, no caso dos metais)
disponíveis para condução e o tempo em que essas cargas
elétricas são conduzidas no corpo sem colidirem-se com a
sua rede cristalina (distribuição espacial de átomos). Além
disso, a resistividade é definida como o inverso da
σ – condutividade (Ω-1.m-1 inverso de ohms vezes
metro)
Deve-se lembrar de que, no caso de fios, que
geralmente apresentam formatos cilíndricos, suas
áreas transversais são circulares e podem ser
calculadas pela fórmula a seguir:
A resistividade é uma das grandezas físicas
com o maior espectro de valores, podendo variar
entre as ordens de grandeza de 10-6 até 1018. A
tabela a seguir apresenta os valores
de resistividade para alguns materiais conhecidos.
Material Resistividade (Ω.m)

Prata 1,6.10-6
Cobre 1,7.10-6
Alumínio 2,8.10-6
Quartzo fundido 7,5.1019
Exemplo:
1) Você constrói três resistências elétricas, RA, RB e
RC, com fios de mesmo comprimento e com as
seguintes características:
a) O fio de RA tem resistividade 1,0·10–6 Ω·m e
diâmetro de 0,50 mm.
b) O fio de RB tem resistividade 1,2·10–6 Ω·m e
diâmetro de 0,50 mm.
c) O fio de RC tem resistividade 1,5·10–6 Ω·m e
diâmetro de 0,40 mm.

Qual apresenta menor e qual apresenta a maior


resistência?
De acordo com a equação da segunda lei de Ohm, que
determina a resistência dos materiais a partir de suas
dimensões, vemos que a resistência é inversamente
proporcional à área de secção transversal do fio e
diretamente proporcional à resistividade e ao comprimento
do fio. Sendo assim, sabendo que os comprimentos são os
mesmos para os três fios, temos:
O fio que possuir maior diâmetro necessariamente
possuirá maior área de secção transversal e, portanto, terá a
menor resistência. Nesse aspecto, os fios RA e RB possuirão
menor resistência e o fio RC, por ter menor diâmetro, será o
de maior resistência.
Como a resistividade é diretamente proporcional à
resistência, entre os fios RA e RB, aquele que possuir maior
resistividade terá maior resistência. Nesse aspecto, o fio
R possui maior resistência que R .
2) Determine a resistência elétrica de um fio
condutor de 20 metros de comprimento, com área
transversal de 8 mm² e resistividade igual a 1,7.10-
8 Ω.m.

Antes de fazermos o cálculo da resistência


elétrica, precisamos converter a área transversal do
fio, que está em mm², para a unidade de m² (8 mm²
= 8.10-6 m²).
Para calcular a resistência desse fio condutor,
faremos uso da segunda lei de Ohm, observe:
Exercícios:
1) Em relação à segunda lei de Ohm, assinale a
alternativa correta:
a) A resistência elétrica depende tanto de fatores
geométricos quanto de fatores microscópicos.
b) A resistência elétrica não depende de quaisquer
fatores macroscópicos, como o comprimento ou a
área transversal do condutor.
c) A resistência elétrica é uma grandeza física vetorial
medida em Ω.m.
d) A resistência elétrica é diretamente proporcional à
área transversal do fio.
e) Resistência e resistividade são grandezas
inversamente proporcionais.
a – VERDADEIRO.
b – FALSO. A resistência elétrica é macroscópica e
depende de fatores geométricos, no entanto,
depende da resistividade, que é de origem
microscópica.
c – FALSO. A resistência elétrica é escalar e sua
unidade de medida é somente Ω.
d – FALSO. Resistência elétrica e área transversal são
grandezas inversamente proporcionais.
e – FALSO. Resistência e resistividade são grandezas
físicas diretamente proporcionais.
2) Um fio de cobre de área transversal igual a 10-
4 m² e de comprimento igual a 2,5 m é ligado em

uma tensão elétrica de 2,0 V. Determine:

a) a resistência elétrica do fio.


b) a corrente elétrica formada no fio.
c) a resistência do fio caso o seu diâmetro fosse
dobrado.
a) Para calcular a resistência elétrica desse fio de
cobre, utilizaremos a Segunda Lei de Ohm:

De acordo com o enunciado, a área transversal do fio


é de 10-4 m², a resistividade do cobre, segundo a
tabela fornecida neste texto, é de 1,7.10-6 Ω.m, e o
seu comprimento é de 2,5 m. Assim, temos que:
b) Para calcular o valor da corrente elétrica formada
no fio, aplicaremos a Primeira Lei de Ohm:
R=U/I

Para a tensão elétrica informada pelo enunciado,


de 2,0 V, teremos a seguinte corrente elétrica:
Se dobrássemos o diâmetro desse fio, também
estaríamos dobrando o valor do seu raio. Como
sabemos, a área da circunferência é determinada
pela seguinte relação:

A = π . r²

Portanto, sua área seria 4 vezes maior. Como a


resistência do fio é inversamente proporcional à
área, sua nova resistência seria 4 vezes menor, cerca
de 0,0106 Ω.
3) Um resistor de resistividade ρ tem comprimento
L e área de secção transversal igual a A. Qual será o
valor da nova resistência desse resistor caso seu
comprimento seja duplicado e sua área seja
quadruplicada?
A resistência é diretamente proporcional ao
comprimento e inversamente proporcional à área de
secção transversal. Sendo assim, a primeira resistência é
igual a:

A segunda resistência, após as alterações de


comprimento e área, é:

A nova resistência (R') é a metade da primeira resistência


4) (UEFS-BA) Dois condutores metálicos, A e B de
mesmo comprimento e constituídos do mesmo
material, possuem áreas de secção transversal
respectivamente iguais a SA e SB e estão em
equilíbrio térmico entre si. Pode-se afirmar que o
condutor A apresenta, em relação ao condutor B,
igual:

a) massa
b) resistividade elétrica
c) condutividade elétrica
d) resistência elétrica
e) grau de agitação dos átomos da rede cristalina
– Como possuem o mesmo material, então
possuem a mesma resistividade elétrica.
5) (UFC-CE) Um pássaro pousa em um dos fios de
uma linha de transmissão de energia elétrica. O foi
conduz uma corrente elétrica i = 1.000 A e sua
resistência, por unidade de comprimento, é
de 5,0∗10-5 Ω/m. A distância que separa os pés do
pássaro, ao longo do fio, é de 6,0 cm. A diferença de
potencial, em milivolts (mV), entre os seus pés é:

a) 1,0
b) 2,0
c) 3,0
d) 4,0
e) 5,0
– Como R = ρ . L/A, então a resistência por unidade
de comprimento é R/L, que é igual a ρ/A, portanto,
ρ/A = 5,0 . 10-5 Ω/m. Colocando na equação temos:

U=R.i
U = (ρ . L / A) . i
U = L. i (ρ / A)
U = 0,06. 1,000 . 5,0 . 10-5
U = 60 . 5,0.10-5
U = 300.10-5
U = 3,0.10-3
U = 3,0 mV
Capacitância é a capacidade de armazenar energia
de um capacitor, é medido em farad (F).
C=ϵA
d
Onde
C é a capacitância
ϵ é a permissividade dielétrica;
A é a área da placa;
d é a distância das placas.
Indutância
Enquanto o capacitor armazena energia em
um campo elétrico, o indutor armazena energia em
um campo magnético. Indutância é a capacidade do
indutor de resistir a variação de corrente elétrica e é
medido em henries (H). O indutor nada mais é que
um fio enrolado em espiras que pode ter um núcleo
dentro para aumentar o campo magnético e a
indutância. Ás vezes indutores são chamados de
solenoides.
L = μNA ² Onde
l
μ é a permeabilidade magnética;
N é o número de espiras ou voltas no indutor;
A é a área de seção;
Corrente Alternada
Uma tensão alternada é uma diferença de potencial que
varia no tempo. Uma tensão alternada que tem um
grande número de aplicações práticas é a que varia
harmonicamente no tempo (do tipo senoidal), e pode ser
descrita como:

V(t) = Vp cos (ωt + Φ0)

onde:
Vp é a tensão máxima ou tensão de pico ou, ainda,
amplitude,
ω é a frequência angular
Φ0 é a fase da tensão alternada no instante t=0.
A frequência angular, ω, é dada por: ω = 2 π f
Tensão de fase e tensão de linha

A tensão de fase é aquela medida entre qualquer


fase e o neutro. Em nossa cidade é de 227V, em
Porto Alegre é de 110V.
A tensão de linha é aquela medida entre quaisquer
duas fases. Nos sistemas 380/227, como em nossa
cidade, a tensão de linha é de 380V. Ela é √3 vezes
maior que a tensão de fase. Em Porto Alegre, a
tensão de linha é de 220V.
TENSÃO E CORRENTE EM
CORRENTE ALTERNADA
Tensão em circuito monofásico

De Para Multiplicar
por
Pico RMS 0,707
Pico Pico a pico 2
Pico Médio 0,637
RMS Pico 1,414
RMS Médio 0,901
Médio RMS 1,110
Médio Pico 1,570
Medição de Ondas Senoidais

A figura apresenta a forma de onda de saída de um


gerador. Se o condutor executar uma rotação num
segundo, a frequência da onda senoidal produzida
pelo gerador é de um Hertz.
Existem quatro tipos de medição de tensão ou
corrente que deve conhecer se pretende efetuar
medidas AC.

O primeiro tipo de medição é a amplitude de


pico e é abreviada para Vp ou Vpico. Uma onda
senoidal completa é formada por duas alternâncias:
uma positiva e outra negativa. A amplitude de pico é
o valor máximo de tensão de uma alternância. A
figura apresenta uma onda senoidal onde são
apresentados os valor de pico e o valor de pico a
pico.
O valor máximo da tensão positiva é o pico
positivo. Como esta onda senoidal tem um valor
máximo de pico de +10 volts, a tensão de pico
positiva é de +10 volts. De igual modo, o valor
máximo negativo é de -10 volts, tensão de pico
negativa é de -10 volts.
O segundo tipo de medição de tensão ou
corrente é o valor pico a pico e é abreviado para Vpp.
A tensão pico a pico é o valor da tensão desde o pico
positivo até ao pico negativo, então a tensão pico a
pico é de 20 volts. Para concluir, pode-se dizer que a
onda senoidal da figura tem um valor de pico de 10
volts e uma tensão pico a pico de 20 volts.

A fórmula para o cálculo da tensão ou corrente


pico a pico (pp) é:

Vpp = 2 x Vp

Ipp = 2 x Ip
Exemplo:
Calcular o valor pico a pico de uma onda senoidal
com 30 V de valor de pico.

Vpp = 2 x Vp
Vpp = 2 x 30 = 60 Vpp

O valor pico a pico da onda senoidal é de 60 volts.

Esta fórmula também se aplica para cálculos de


corrente.
A fórmula para o cálculo do valor de pico de tensão
ou corrente de uma onda senoidal é a seguinte:

Vp = Vpp / 2 ou Ip = Ipp / 2
Exemplo:
Calcular o valor de pico da onda senoidal da Figura.
Ip = Ipp / 2
Ip = 14 mA / 2
Ip = 7 mA
O valor de pico da corrente de saída do gerador é de
7 mA.
O próximo cálculo AC é o chamado "rms", que
significa "Valor Quadrático Médio" e é abreviado
para Erms. Este termo permite uma comparação
direta das tensões e correntes AC e DC.

A definição do valor "rms" é a seguinte:

Valor “rms” é o valor efetivo de uma tensão AC


que provoca a mesma dissipação de potência que
uma tensão DC específica. O valor rms é também
denominado de valor eficaz.
A razão pela qual uma tensão AC tem um efeito
menor que uma amplitude de tensão DC de valor
igual, deve-se à permanência constante da DC,
enquanto que a AC está constantemente alternando.

O valor eficaz ou valor “rms” de uma onda


senoidal de tensão ou corrente AC é encontrado a
45º da onda. sen 45º = 0.707
Assim, a fórmula para converter valor de pico AC em
valor eficaz ou rms é a seguinte:

Vrms = 0.707 x Vp
Exemplo:
Se uma onda senoidal tem 120 V de valor pico a pico,
qual é o valor eficaz?

Vrms = .707 X Vp
Vrms = .707 X 60 V
Vrms = .707 X 60 V = 42.42 V
Assim, uma onda senoidal com valor pico a pico de
120 V tem um valor eficaz de 42.42 volts DC.

A partir do valor rms da onda senoidal, a fórmula


para o cálculo do valor de pico é:

Vp = Vrms / 0.707 ou 1.414 x Vrms


Se uma onda senoidal AC tem 12 volts rms, qual
será o seu valor de pico?

Vp = 1.414 x Vrms
Vp = 1.414 x 12
Vp = 1.414 x 12 = 16.97 volts
Exercícios:

1) Se a tensão pico a pico é de 300 V, qual a tensão


RMS?
2) Se a tensão dada é de 127 Vrms, qual a tensão
pico a pico?
1)
Vpp = 2 . Vp
300 = 2 Vp
Vp = 300 / 2
Vp = 150 V

Vrms = 0,707 . Vp
Vrms = 0,707 .150
Vrms = 106,05 V
2)
Vrms = 0,707 . Vp
127 = 0,707 . Vp
Vp = 127 / 0,707
Vp = 179,63 V

Vpp = 2 . Vp
Vpp = 2 . 179,63
Vpp = 359,26 V
O último cálculo da onda senoidal é o valor médio,
que é abreviado para Vmed ou Eav (em inglês). Uma vez
que a onda senoidal está permanentemente a mudar de
amplitude, esta muda em cada instante que o gerador AC
gira.
A comparação entre a amplitude da onda senoidal
e a rotação do gerador está representada na figura
abaixo. No ponto A, o gerador iniciou a rotação,
resultando numa onda senoidal de zero volts. Uma vez
que o gerador gira, a tensão de saída começa a aumentar.
No ponto B, onde a rotação é de 30º, a tensão de saída é
de 5 volts. A 60º de rotação, a saída do gerador é de 8.66
volts. O valor de pico positivo de tensão é atingido aos
90º da rotação do gerador, tendo-se aí uma amplitude de
10 volts. Quando o gerador atinge os 180º, o valor de
Uma onda senoidal é completa quando a rotação do
gerador atinge os 360º. Logo, temos um valor de pico de
zero volts. Enquanto o gerador continuar a rodar, são
produzidas mais ondas senoidais.
A rotação de um gerador pode ser comparada à
função senoidal encontrada na matemática. O seno
de um ângulo teta (θ) é uma equação matemática
exata que descreve a tensão produzida por um
gerador.
A fórmula para o cálculo do seno é:
sen θ = Lado oposto
Hipotenusa
Como a hipotenusa representa o condutor do
gerador, o seu comprimento será constante. Pode-se
simplificar a equação tornando a hipotenusa igual a
"1".

sen θ = Lado oposto


1

O lado oposto representa a percentagem instantânea


da tensão máxima de saída do gerador.

Vmed = sen θ
Exemplo:
1) Se um gerador tem uma amplitude de saída máxima de 20
volts, qual será a tensão de saída instantânea a 87º de
rotação?
Sen θ = X
O Seno de 87º = 0.9986
0. 9986 X Vp = E instantâneo
V instantâneo = 0. 9986 X 20
V instantâneo = 19.972 Volts

Então, quando o condutor tiver rodado 87º, o gerador


terá uma tensão de saída de 19.97 volts.
Para ângulos de rotação compreendidos entre 0º e
180º, o seno tem um valor positivo. De 180º a 360º, o seno
tem um valor negativo. Isto significa que de 0º a 180º temos
Se calcularmos a média de todos os senos que
ocorrem numa alternância da saída do gerador,
chegamos ao valor de 0.637, razão pela qual estamos
interessados na função seno.
Este número é uma constante que nos permite
calcular o valor médio ou amplitude da saída de um
gerador.

A fórmula para o cálculo da tensão média de saída


de um gerador é:
Vmed =0. 637 X Vp

O valor pico a pico não é aqui usado uma vez que a


tensão média de um ciclo completo é 0, dado que a
alternância positiva é anulada com a alternância
Se calcularmos a média de todos os senos que
ocorrem numa alternância da saída do gerador,
chegamos ao valor de 0.637, razão pela qual estamos
interessados na função seno.
Este número é uma constante que nos permite
calcular o valor médio ou amplitude da saída de um
gerador.
A fórmula para o cálculo da tensão média de
saída de um gerador é:

Vmed =. 637 X Vp

O valor pico a pico não é aqui usado uma vez


que a tensão média de um ciclo completo é 0, dado
que a alternância positiva é anulada com a
Exemplo:
Se uma onda senoidal tem uma amplitude de pico de
36 volts, qual o valor médio da tensão nessa
alternância?

Vmed = 0. 637 X Vp
Vmed = 0. 637 × 36
Vmed = 22.932 V
Corrente alternada no circuito resistivo puro
Num circuito de uma malha que consiste de um
gerador de tensão alternada, uma resistência
ôhmica, R1, conhecida e um elemento qualquer de
circuito, que vamos chamar de elemento X:
Supondo que o elemento X seja um elemento
resistivo ôhmico, a lei de Ohm, é válida:

V=R.i

sendo “V” a tensão e “i” a corrente aplicadas ao


elemento estudado, respectivamente.

Portanto, no caso de tensão alternada, vamos ter a


lei de Ohm escrita como:

V (t) = R . i (t)
Tensão e corrente alternadas, em função do tempo,
para o resistor.
Corrente alternada no capacitor

Num capacitor submetido a uma tensão alternada, a


corrente está adiantada de π/2 em relação à tensão
aplicada ao capacitor (Atenção: a defasagem de π /2
é entre a corrente e a tensão diretamente sobre o
capacitor e não quaisquer outras).

V(t) = Vp cos (ωt) = q(t)


C

onde q(t) é a carga do capacitor e C é uma constante


de proporcionalidade chamada de capacitância.
A razão entre as amplitudes de pico, ou máximas, da
tensão aplicada e da corrente que atravessa o capacitor é
chamada de reatância capacitiva, XC:
Corrente alternada no indutor
No circuito com indutor a corrente está
atrasada de π/2 em relação à tensão aplicada ao
indutor. Como no caso do capacitor, a defasagem
tem esse valor somente quando comparamos a
corrente com a tensão aplicada ao indutor, sendo
que a defasagem entre a corrente e quaisquer outras
tensões existentes no circuito não tem
necessariamente esse valor.
O que é Reatância Capacitiva
Em um capacitor a quantidade de carga
equivale à queda de tensão sobre o componente,
multiplicada pela sua capacitância, ou seja, Q = CV.
Em um circuito CA, as cargas se movem de um lado
para outro a cada ciclo, e a taxa de movimento
dessas cargas é proporcional à tensão elétrica, à
capacitância e à frequência aplicadas.
Se considerarmos os efeitos da capacitância e
da frequência em conjunto, obtemos um efeito que é
similar a uma resistência. Porém, não é gerado calor
(por dissipação), e por isso chamamos a essa
resistência aparente à corrente alternada de
reatância – no caso, reatância capacitiva – e não de
resistência em si. Ainda assim, medimos a reatância
A fórmula para cálculo da reatância capacitiva,
levando em consideração as grandezas citadas, é a
seguinte:

Sendo:

Xc – Reatância Capacitiva, em ohms


f – Frequência em Hz do sinal CA
C – Capacitância em farads
π – Valor de pi, aprox. 3,1416
Ás vezes usamos a letra ω (omega) no lugar
de 2πf, e chamamos ω de frequência angular.

Analisando a fórmula nos deparamos com o


seguinte fato: conforma a frequência f aumenta, Xc
tende a zero, e o capacitor age como se fosse um
curto em altas frequências, permitindo a passagem
de corrente. E, quando a frequência tende a zero, a
reatância Xc tende ao infinito, e o capacitor age
então como se fosse um circuito aberto, impedindo
assim a passagem de frequências baixas.
Esse comportamento será importante na
construção de filtros de passagem de sinais.
Exemplo
Calcular a reatância de um capacitor de 220pF
quando percorrido por uma corrente na frequência
de 10 MHz.

Resolução:
Temos que C = 220pF = 220 x 10-12F, e f = 10MHz =
10 x 106 Hz. Assim:
O que é a Reatância Indutiva
Damos o nome de Reatância à oposição ao fluxo de corrente
elétrica sem a dissipação de energia, de forma distinta da resistência
elétrica, que também é uma oposição à passagem da corrente,
porém com dissipação de energia na forma de calor.
A Reatância Indutiva (XL) é a oposição à passagem da
corrente elétrica oferecida por um indutor (como uma bobina), sem
a dissipação de energia. De forma análoga à resistência, é medida em
ohms (Ω), e podemos calculá-la facilmente empregando a fórmula a
seguir:

XL = 2.π.f.L

onde:
XL é a reatância indutiva, expressa em ohms (Ω)
2π significa 2π radianos, ou 360°
f é a frequência da corrente alternada que atravessa o indutor, em
hertz (Hz)
Como se pode observar pela fórmula, a reatância
indutiva é diretamente proporcional à frequência aplicada,
pois frequências mais elevadas causam maior mudança de
corrente no indutor, e com maior mudança de corrente,
mais força contra eletromotriz é gerada, a qual está em
oposição (“reatância“) ao fluxo da corrente no indutor.
Se uma frequência de 0 Hz for aplicada (corrente
contínua), não há mudança na corrente ao longo do tempo,
de modo que a reatância indutiva será igual a zero.
A reatância indutiva também é diretamente
proporcional à indutância do elemento, pois quanto maior a
indutância, maior o campo magnético gerado e,
consequentemente, maior a força contra eletromotriz.
Exemplo:
1) Qual o valor da reatância indutiva da bobina L
mostrada na ilustração a seguir?
Temos uma bobina cuja indutância informada é de
25 mH, sendo atravessada por uma corrente
alternada de 3 A e frequência igual a 50 kHz.
Aplicando a fórmula da reatância indutiva temos:

XL = 2πfL
XL = 2 x 3,14 x 0,025 x 50.000
XL = 7850 Ω ou 7,85 kΩ
Portanto, a reatância da bobina é de 7,85 kΩ.
2) Calcule o valor da corrente que flui no circuito a
seguir:
Resolução: Temos aqui um circuito que consiste em uma
fonte de tensão alternada de 10 V e 50 kHz, atravessando
uma bobina cuja indutância é de 15 mH. Para calcular a
corrente que a atravessa podemos aplicar a Lei de Ohm,
usando o valor da reatância indutiva no lugar da resistência
elétrica (ignorando outros fatores).

XL = 2πfL
XL = 2 x 3,14 x 0,015 x 50.000
XL = 4710 Ω (4,71 kΩ)

I = V/XL
I= 10 V / 4710 Ω
I= 2,12 mA
Portanto, a corrente que atravessa esta bobina é de 2,12

Você também pode gostar