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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA

ELETRÔNICA - INTEGRADO

ÁGATA VERÔNICA GUIMARÃES


LINCOLN PEREIRA DA SILVA
GUSTAVO FERREIRA TIBURCIO

PRÁTICA 01
Conversor CC/CC Abaixador de Tensão

Salvador/Ba
2022
ÁGATA VERÔNICA GUIMARÃES
LINCOLN PEREIRA DA SILVA
GUSTAVO FERREIRA TIBURCIO

PRÁTICA 01
Conversor CC/CC Abaixador de Tensão

Relatório das aulas práticas


requerido pelo professor Carlos
Anibal Regis Dias em cumprimento
parcial da I Unidade da disciplina de
Eletrônica de Potência.

Salvador/Ba
2022
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO……………………...……………………………………………. 4
1.1 Objetivo………………………..…………………………………………………. 4
1.2 Princípios de Operação e Aplicações…………………………………….....4
2 DESENVOLVIMENTO……………………………………………………………
6
2.1 Dados Experimentais (Prática).......…………………………….…………… 6
2.1.1 Parte I………………………………………………………………………………6
2.1.2 Parte II…………………………………………………………………………….. 8
2.1.3 Parte III……………………………………………………………………………. 10
3 CONCLUSÃO……………………………………………………………...…….. 11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………...…… 13

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1 INTRODUÇÃO

Este relatório tem o objetivo de descrever as atividades exercidas no

laboratório. Todas as práticas presentes no roteiro foram feitas e relatadas neste

documento.

1.1 Objetivos

1. Estudar o funcionamento de um CI PWM (SG 3524 / 2524);

2. Montar um conversor CC/CC abaixador comandado pelo CI PWM em malha

aberta;

3. Testar a regulação de tensão de saída em malha fechada para variações na

carga e na tensão de entrada;

4. Analisar os resultados experimentais e compará-los com os resultados de

análise teórica e simulação.

1.2 Princípios de operação e Aplicações

Os conversores CC/CC são compostos por semicondutores de potência


operando como interruptores, e por componentes passivos com o objetivo de
controlar o fluxo de potência entre a fonte de entrada e saída. Também sendo
chamados de choppers, esses conversores convertem tensão contínua em outra
tensão contínua.
Algumas situações em que os conversores CC/CC são usados: em controle
de velocidade de motores CC; fontes chaveadas; carregadores de bateria;
adaptação de tensão contínua etc.
Na década de 70, o engenheiro Bob Mammano (trabalhava na época para
Silicon General) criou o CI SG1524, que foi o primeiro CI com modulação PWM para
conversores CC/CC. Hoje a empresa ”Texas Instruments” produz os circuitos
integrados que são a evolução do CI feito por Bob: o SG2524 e SG3524. Esses
circuitos ainda são produzidos devido a sua grande versatilidade e facilidade de

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manuseio - eles podem ser utilizados em conversores CC/CC isolados ou não, em
ampla faixa de frequências de operação e tensão de alimentação.
O CI SG2524 tem a função de controle regulador de tensão do tipo PWM

(Pulse Width Modulation) de frequência fixa. Essa frequência é programada por um

resistor (RT) e um capacitor (CT). O resistor (RT) designa uma corrente de carga

constante para o capacitor (CT) gerando uma rampa de tensão linear em CT, e essa

por sua vez é aplicada ao comparador.

Dentro do CI, há um regulador de 5V que é usado como referência e como

fonte para os circuitos de controle interno do regulador. A tensão usada como

referência passa por um divisor de tensão externo para gerar uma tensão de

referência para o amplificador de erro (na faixa de modo comum). A tensão que será

regulada é detectada por outro divisor de tensão. O sinal de erro é amplificado e

comparado com a rampa linear do capacitor (CT) por meio do comparador de alto

ganho.

O pulso de saída do oscilador também pode ser usado com um pulso de

tempo morto que garante que ambas as saídas não conduzam ao mesmo tempo

durante os intervalos de tempo das transições. A duração de pulso do tempo morto é

definida a partir do valor do capacitor (CT).

As saídas podem ser aplicadas em uma configuração push-pull onde a

frequência é a metade da frequência do oscilador base.

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2 DESENVOLVIMENTO

O regulador de tensão opera a uma frequência fixa, programada por um


resistor RT e um capacitor CT. RT será responsável por estabelecer uma corrente
de carga constante para CT, gerando uma rampa de tensão linear que será aplicada
ao comparador.
O CI terá um regulador de 5V interno que serve tanto como referência quanto
como fonte.
O pulso de saída do oscilador também serve como um pulso de tempo morto,
fazendo com as saídas não conduzirem simultaneamente nos intervalos de tempo
das transições. E esse pulso de tempo morto será controlado pelo valor de CT.
As saídas terão uma configuração push-pull, onde a sua frequência será a metade
da frequência do oscilador de base, e com elas ligadas em paralelo, a frequência
será igual a do oscilador.

Entrada Pino Descrição

RT 6 Local para conectar um dos terminais de RT (o outro vai para o


terra)

CT 7 Local para conectar um dos terminais de CT (o outro vai para o


terra)

IN- 1 Sinal da tensão de saída a ser regulada.

IN+ 2 Referência para a tensão de saída.

COMP 9 Compensação de pólo (controle)

CURR LIM+ 4 Terminais para a detecção e limitação da corrente através do

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CURR LIM- 5 resistor shunt.

SHUTDOWN 10 Sinal para desligamento emergencial

2.1 Dados Experimentais (Prática)

2.1.1 Parte I

Após determinar RT e CT, achar os componentes, seguir os seguintes passos

do roteiro e montar o circuito da parte I, construímos uma tabela que relaciona a

tensão no pino 2 (tensão IN+), o intervalo T ON e a relação cíclica. O primeiro passo

foi verificar o funcionamento correto do SG3524, para isso alimentamos o circuito

com VCC de 15V, verificando a sua tensão no pino 16 estava em 5V.

Em seguida conectamos RT e CT ao circuito, e observamos, com o

osciloscópio, a saída do oscilador OSC OUT no pino 3. Conseguimos, então, medir o

período e a frequência do oscilador e das ondas de saída. Variamos o potenciômetro

para observar como o Ton das saídas variava. Também medimos o Ton mínimo e o

Ton máximo, conseguindo determinar Dmin e Dmax.

Com isso determinamos como varia a relação cíclica em função da tensão de

referência. Utilizando um multímetro digital para medir a tensão IN + no pino 2, e o

osciloscópio para medir o intervalo Ton de um dos sinais de saída. Colocados na

tabela a seguir:

Tensão em IN+ Intervalo ON Relação Cíclica

0,81V 99µs 95%

1,23V 90µs 86%

1,65V 85,1µs 77%

2,01V 77,68µs 73%

2,41V 71,54µs 67%

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2,84V 64,02µs 60%

4,22V 52,5µs 50%

Circuito montado na prática de acordo com a folha de instrução dada na sala.

Fonte: do autor.

Foto que ilustra a forma de onda com a relação cíclica no seu máximo, em 99%.

Fonte: do autor.

Foto que ilustra a forma de onda com a relação cíclica no seu mínimo, no caso 50%.

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Fonte: do autor.

2.1.2 Parte II

Nesta segunda parte realizamos o estudo do conversor CC/CC abaixador

com controle em malha aberta. Mantivemos a mesma montagem da parte I,

adicionando apenas alguns componentes. Foram eles:

● 1 Transistor Tip42C,

● 1 Indutor

● 1 Diodo schottky

● 1 capacitor de 100µF.
Circuito da Parte II.

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Em malha aberta, a relação cíclica D será dada pelo amplificador de erro, que

será ligado com o terminal IN- ligado à saída do amplificador. Já o potenciômetro vai

permitir a variação de tensão de referência, isso fará com que a relação cíclica varia.

Após isso, observamos as formas de onda de saída do CI-PWM no pino 12 e

do coletor, utilizando uma única terra do osciloscópio e conectando-o ao terra do

circuito.

Ao final, determinamos a função de transferência Vo/Vref variando a tensão

de saída com o potenciômetro P1 e medindo as tensões Vo e Vref (tensão no pino 2,

IN +) com o multímetro digital.

Utilizando os componentes usados anteriormente na Parte I, montamos o

conversor CC/CC abaixador. Depois, determinamos a função de referência V O / Vref a

partir da variação do potenciômetro (P1) e elaboramos outra tabela que relaciona

tais valores.

Vref VO Função de transferência


Tensão em IN+ Vo / Vref

0,6V 2,4V 4

1V 5,2V 5,3

10
1,5V 7,6V 5,06

2,2V 10V 4,54

2,7V 13,2V 4,9

3,2V 14,8V 4,62

4,1V 15,2V 3,7

Circuito montado segundo as exigências do material guia.

Fonte: do autor.

2.1.3 Parte III

Como consequência da greve que estava ocorrendo no momento em que


fazíamos as aulas práticas, o orientador resolveu acelerar os projetos daqueles que
não tinham acabado ainda. O circuito da Parte III foi montado previamente pelo
orientador, e nos foi mostrado o seu funcionamento, juntamente com as variações
da resistência da carga e tensão de entrada.
Nesta parte estudamos o conversor CC/CC abaixador com controle em malha
fechada. A realimentação do sinal da tensão de saída Vs do conversor é aplicada no
pino 1 (IN-) através do divisor de tensão constituído pelos resistores de Rf1 = 2k7 e
Rf2 = 1k. O divisor de tensão constituído pelos dois resistores de 2k2 conectados ao

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pino 2 (IN +) produz uma tensão de referência Vref constante e igual a 2,5V. A
tensão de saída será regulada em (1+Rf 1/Rf) *2,5= (1+2,7) *2,5 = 9,30V.
Utilizando a mesma montagem do circuito da parte II, alteramos a
configuração do CI-PWM como foi indicado.

Circuito da Parte III montado pelo orientador.

Fonte: do autor.

Retiramos o divisor de tensão e acoplamos uma fonte fixa. Colocamos uma


resistência na carga de 100 ohms e outra de 27 ohms. As alterações feitas na
resistência e na tensão de entrada influenciavam os valores na tensão de saída.
Variamos a tensão de entrada para analisar como o PWM se comportaria. Em
malha fechada, o amplificador de erro se regula e acompanha a alteração da Vi com
objetivo de manter a Vo fixa.
Notamos que alterando Vin para 20V o ruído aumentou, mas a Vo se manteve

igual. Variando Vin para 12V, a forma de onda quadrada ficou imperfeita, porém

legível, e a Vo também se manteve a mesma.

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3 CONCLUSÃO

Apesar de não ter sido possível concluir o experimento da maneira que foi

projetado, conseguimos cumprir o objetivo principal da atividade: conseguimos

compreender melhor o funcionamento dos circuitos integrados de modulação PWM

SG2524 e SG3524, e entender melhor os conversores CC/CC abaixadores. Tivemos

um pouco de dificuldade de encontrar os componentes necessários para o circuito, e

durante a montagem do circuito no protoboard, mas no final conseguimos concluir o

que começamos.

Apesar dos conversores serem considerados simples e não utilizarem

demasiados componentes, há uma alteração entre os valores reais e os calculados,

ocasionando em um resultado um pouco diferente do esperado.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTÔNIO, Clóvis Petry. Introdução aos Conversores CC-CC. Florianópolis, agosto.


2001. Disponível em:
<https://www.professorpetry.com.br/Bases_Dados/Apostilas_Tutoriais/
Introducao_Conversores_CC_CC.pdf>. Acesso em: 22 de maio de 2022.

ANTÔNIO, Clóvis Petry. Introdução aos Conversores CC-CC. Florianópolis,


dezembro. 2012. Disponível em:
<https://professorpetry.com.br/Ensino/Repositorio/Docencia_CEFET/Eletronica_Pote
ncia/2012_2/Apresentacao_Aula_13.pdf>. Acesso em: 22 de maio de 2022.

ANTÔNIO, Clóvis Petry. Conversores CC-CC integrados. Florianópolis, março. 2020.


Disponível em:
<https://www.professorpetry.com.br/Ensino/Eletronica_Potencia/Capitulo_17.pdf>.
Acesso em: 22 de maio de 2022.

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