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MULTIVIBRADOR MONOESTÁVEL:
Circuito utilizando a Estrutura Interna do CI 555
Belo Horizonte
2018
Barbara Torres dos Santos Silva
Samuel Johnny Macedo Cruz
MULTIVIBRADOR MONOESTÁVEL:
Circuito utilizando a Estrutura Interna do CI 555
Belo Horizonte
2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 4
3 METODOLOGIA ................................................................................................................... 9
4 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 16
ANEXO 1................................................................................................................................. 17
ANEXO 2................................................................................................................................. 19
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 21
1 INTRODUÇÃO
A Figura 1 mostra de forma simplificada o que o projeto irá conter. Como pode ser
observada, a estrutura interna do CI 555 é composta por dois comparadores (A1, A2), um
flip-flop composto por duas portas lógicas NOR (N1, N2), um transistor (T1) e um divisor de
tensão formado por três resistores idênticos (R1, R2, R3). O capacitor C1 e o resistor R4
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formam a parte de temporização. O resistor R5 em conjunto com o botão push-bottom (B1)
são utilizados como o trigger do circuito. A saída conectada ao LED L1 e ao resistor R6 são
utilizados como uma forma de visualizar as propriedades do oscilador.
1.1 Objetivos
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
Um dos focos deste projeto é recriar a estrutura interna do Timer 555. Desta forma, é
importante que haja um estudo detalhado de sua estrutura. A Figura 2 mostra sua estrutura,
assim como as funções de cada terminal.
O comparador superior tem uma entrada limiar (pino 6) e uma entrada de controle
(pino 5). Na maioria das aplicações a entrada de controle não é usada, de modo que a tensão
de controle é sempre 2/3 de Vcc (MALVINO, 1987). Sendo assim, toda vez que a entrada
limiar for maior que a entrada de controle, a saída do primeiro comparador é Vcc, acionando
o set do flip-flop.
O pino 4 funciona como um reset externo que inibe o dispositivo de funcionar, por
isso é normalmente ligado à Vcc.
O comparador inferior tem a entrada inversora usada como trigger no pino 2. Neste
comparador, a entrada não inversora tem sempre 1/3 de Vcc. Dessa forma, toda vez que o
trigger for menor que 1/3 de Vcc, a saída do comparador vai a nível alto e reseta o flip-flop.
Os pinos 1 e 8 são os pinos de alimentação ligados ao terra e à Vcc, respectivamente.
E o pino 3 é saída do circuito.
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2.2 Operação Monoestável
( ) ( )
7
Figura 4 - Formas de onda do Disparador, Capacitor e Saída
2.3 Projeto
Figura 5 - Projeto
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3 METODOLOGIA
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Ligado aos comparadores também haverá um circuito disparador. Este será feito por
um botão normalmente ligado à Vcc que quando acionado transfere 0V para a entrada do
comparador A2. Para isto será necessário um resistor R5 que impeça o curto-circuito da fonte
de alimentação, seu valor é indiferente ao circuito. O valor escolhido foi 100Ω.
Por último, faltam os resistores de pull-up (R8 e R9) que são exigidos na folha de
dados do LM339 (ANEXO 1). O valor sugerido pelo fabricante é 10KΩ.
Flip-flop
Como já foi exposto, o CI que será usado como flip-flop é o circuito TTL 74LS02
(ANEXO 2). Nesta parte, será colocado um LED L1 de 3mm na saída Q do flip-flop. Para
isto, será necessário um resistor que possa limitar a corrente a 20mA para o LED. Sendo
assim:
( )
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Circuito temporizador
Figura 8 – Circuito temporizador
( )
( )
O valor comercial mais próximo para R4 é 100KΩ, porém, para uma melhor
aproximação, é interessante colocar um resistor de 10KΩ em série com R4. Sendo assim,
espera-se que o tempo real seja:
( )
Por último, como o transistor usado no circuito trabalha apenas como chave, foi
escolhido o BC549 que é um transistor de uso genérico.
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3.2 Lista de Materiais
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3.4 Simulação
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Figura 11 – Montagem em Protoboard do Projeto
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Nota-se que na Figura 12 o tempo de carregamento total foi de 14.8s (na imagem
). Porém, este valor é muito maior do que esperado (12,1s, como mostra a
Equação 5). Decidiu-se, então, reduzir o valor de R4 de 110KΩ para 100KΩ melhorar a
precisão do tempo de carga. A Figura 13 mostra a forma de onda com as novas adaptações.
Como mostra a Figura 13, o tempo de carregamento desta vez foi de 12,3s (na
imagem ). Este valor está muito mais próximo do desejado, sendo assim conclui-
se que o projeto está bem dimensionado. A Figura 14 mostra a montagem final.
Figura 14 – Montagem Final
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4 CONCLUSÃO
Após a conclusão do projeto é importante que haja uma análise mais detalhada dos
valores finais obtidos.
Analisando as tensões de Vc e Vo (Figura 13), nota-se que há uma discrepância entre
os valores obtidos e os valores esperados. Na simulação, a tensão Vo aumentava de 0 a 5V,
enquanto Vc crescia de 0 a 3,3V.
Porém, como pode ser lida na Figura 13, a tensão máxima de Vo é 3,12V. Ainda que
este valor seja muito diferente de 5V, o fabricante da porta lógica (ANEXO 2) informa que
qualquer valor acima de 2V (VIH) é reconhecido como nível alto. Dessa forma, a tensão está
dentro da faixa de valores aceitáveis.
A tensão no capacitor, por sua vez, esperava-se que ela fosse imediatamente a zero
após ultrapassar 3,3V. Entretanto, isso só acontece em 3,48V. Isso pode ter acontecido por
diversos fatores, a fonte pode não estar fornecendo exatamente 5V ou o amplificador A1
pode não estar recebendo 3,3V na entrada inversora, por exemplo.
Após todas essas análises, conclui-se que a montagem final (Figura 14) desempenha
sua função corretamente. O projeto funciona como um temporizador de 12s, assim como se
esperaria de um circuito usando o próprio CI LM555.
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ANEXO 1
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ANEXO 2
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REFERÊNCIAS
MALVINO, Albert Paul. Eletrônica Volume 2. 2. Ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1987.
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