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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS NÁUTICAS

DEPARTAMENTO DE RÁDIO

ENGENHARIA ELECTRÓNICA E DE TELECOMUNICAÇÕES

DISCIPLINA: ELECTRÓNICA APLICADA I

Turma: 2R Semestre: I Ano: II

Tema: Amplificador de Vários Estágios.

Discente:

 Sualé Solé Kaunga;


.

Docente: Eng.o Lúcas Sabado

Maputo, Maio de 2023


ÍNDICE
1. Introdução...........................................................................................................................1
2. Objectivos...........................................................................................................................1
2.1. Objectivo geral............................................................................................................1
2.2. Objectivos específicos.................................................................................................1
3. Metodologia........................................................................................................................2
4. Amplificador de vários estágios.........................................................................................3
4.1. Características do amplificador de vários estágios..................................................3
5. Ganho..................................................................................................................................3
Resposta em frequência.........................................................................................................3
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................................11

I
1. Introdução

Um amplificador é um dispositivo eletrónico que apresenta dois sinais, um sinal de


entrada e um sinal de saída. Cujo sinal de entrada é de menor amplitude e o sinal de
saída é de maior amplitude sem alteração das suas características iniciais. Como um
simples estágio amplificador, normalmente não é suficiente nas aplicações em aparelhos
recetores, transmissores e outros equipamentos eletrónicos, é necessário que estes
tenham um ganho elevado. É possível obter este efeito, pelo acoplamento de vários
estágios amplificadores.
O presente trabalho tem como tema amplificadores transistorizados de vários estágios
ou em cascata. E surge necessariamente como material de consolidação da cadeira de
eletrónica analógica e eletrónica aplicada.
No presente trabalho a análise é feita apenas usando dois estágios, o que já serve de
modelo geral para amplificadores de “n” estágios.

2. Objectivos
2.1. Objectivo geral
 Abordar sobre os circuitos transistorizados de vários estágios bem como as suas
características, o tipo de acoplamento e o seu princípio básico.

2.2. Objectivos específicos


 Abordar sobre os amplificadores de vários estágios;
 Montar o amplificador de varios estágios;
 Caracterizar cada tipo de montagem;
 Descrever os seus parametros de interesse;
 Analisar os circuitos eléctricos e equivalentes;
 Garantir que o trabalho tenha ou sirva de base para o conhecimento e montagem
de um amplificador de vários estágios.

I
3. Metodologia

Pesquisa bibliográfica, consulta de livros, artigos e outro material disponível na internet.


4. Amplificador de vários estágios

Amplificadores de vários estágios ou em cascata ( ou ainda n etapas) é a associção de


“n” estágios de circuitos amplificadores, onde a saída de um amplificador é a entrada de
um outro estágios acoplados de diversas formas com o objectivo único de obter maior
ganho na saída.

5. Características do amplificador de vários estágios

As principais características que definem o desempenho de um amplificador com mais


de um estágio são:
 Ganho;
 Resposta em frequência;
 Número de estágios;
 Malha de realimentação;
 Distorção para grandes excursões de sinal;
 Tipo de acoplamento entre estágios;
 Imunidade a ruído.

 5.1 Ganho
É o resultado que se deseja obter na saída de um amplificador. Este pode ser ganho de
tensão, ganho de corrente, e ou ganho de potência.

 5.2 Resposta em frequência


Para um amplificador de um ùnico estágio, apresenta uma resposta em frequência que
pode ser dividida em três regiões: na região intermediária,também conhecida como
região de meia-faixa ou de frequências médias, no qual a amplificação e o atraso do
sinal são constantes bem como a sua desfasagem.

 5.3 Número de estágios


Define o número de acoplamentos no qual o circuito é submetido. Ou seja o número
total de amplificadores.

 5.4 Imunidade ao ruido


É a capacidade ou sensibilidade no qual o circuito amplificador é imune à interferências
externas que podem alterar as propriedades do sinal a ser amplificado;

 5.5 Tipos de acoplamento


Para os amplificadores de vários estágios ou em cascata os sistemas de acoplamento
princípais podem ser:
- Acoplamento RC (resistência-capacitância);
- Acoplamento a transformador;
- Acoplamento directo.
Para cada um dos acoplamentos, podem ser usados diferentes transistores em cada
estágio, ou seja TBJ-TBJ, FET-FET, TBJ-FET, FET-TBJ no primeiro e segundo estágio
respectivamente.

 5.5.1 Acoplamento RC
A tensão CA (corrente alternada) na saída do primeiro estágio é aplicada ao terminal de
entrada do próximo estágio por meio de um capacitor de acoplamento. O sinal que sai
do primeiro estágio, desenvolve-se no resistor RB. O capacitor C3 e os resistores R3 e
R4 constituem a rede RC de acoplamento entre os dois estágios.
Como é sabido, o capacitor tem a propriedade de bloquear a passagem de corrente
continua (CC) e deixar passar a corrente alternada(CA). Deste modo, o capacitor tem
como função:
 Isolar a tensão de CC presente no coletor do primeiro estágio, para que ela não
apareça na base do transistor do estágio seguinte, mantendo as condições de
polarização inalteradas;
 Transferir o sinal de um estágio para o outro.

Para que haja máxima transferência do sinal, é necessário que a sua reactância seja
suficientemente baixa a fim de que a transferência do sinal se faça sem perda e sem
distorção de fase. Donde pode-se analizar apartir da seguinte fórmula:

Onde:
Xc = reactância capacitiva ;
ω= velocidade angular (ω = 2πf ;
C = capacitância

Deste modo, possivél concluir que a reactância capacitiva é inversalmente proporcional


a capacitância. Assim sendo, se desejar diminuir a reactância, é necessário que a
capaidade seja elevada. A eficiência do amplificador acoplado mediante uma rede RC é
baixa, por causa da dissipação de potência de CC no resistor de carga.

Fig.1 Circuito eléctrico de dois estágios usando acoplamento RC.


5.5.1.0 Vantagens
Oferece uma boa resposta de frequência;
Simples confecção;
Preço relativamente baixo.

5.5.1.1 Desvantagens
Dificuldades em casar as impedâncias entre estágios;
Apresenta grandes perdas quando usado em frequências muito baixas.

 5.5.2 Acoplamento por transformador

A tensão de saída CA do primeiro estágio corresponde à queda de tensão no primeiro do


transformador e o sinal é transferido para o próximo estágio pelo secundário do
transformador. O enrolamento do primário do transformador (T1) é a impedância de
carga do colector do primeiro estágio. O enrolamento secundário de T1 desenvolve o
sinal de CA, para a base do transistor do segundo estágio e também age como caminho
de retorno de CC, da base. Como não há resistor de carga de colector para dissipar
potência, a eficiência do que a amplificador acoplado a transformador se
reduz,teoricamente para 50%.

A reactância inductiva é dada pela seguinte fórmula:

Onde:

XL = reactância indutiva;
L = indutância.

Nota-se que a reactância inductiva é directamente proporcional a inductância. Assim


sendo é possível reduzir a sua reactância se reduzir-se a sua inductância.

Fig.2 Circuito eléctrico de dois estágios usando acoplamento por transformador


5.5.2.0 Vantagens

Isolação CC entre estágios;


permite o casamento de impedância entre estágios.

5.5.2.1 Desvantagens

Têm como principal desvantagem em termos de frequência e fase;


Os transformadores são relativamente grandes e caros.

5.5.3 Acoplamento directo

O acoplamento directo conciste na ligação directa da saída do primeiro estágio à entrada


do próximo estágio sem utilizar elementos de acoplamento. Este tipo de acoplamento é
utilizado em circuitos integrados onde não existe espaço disponível para capacitores ou
outros elementos de acoplamento.

Fig.3 Circuito eléctrico de um amplificador de dois estágios por acoplamento directo.

5.5.3.0 Vantagens

O amplificador precisa de poucos componentes para a sua construção;


Apresenta uma boa resposta em frequência cujo não é afectada pelos elementos de
acoplamento;
Máximo fidelidade de sinal.
5.5.3.1 Desvantagens

Número de estágios que podem ser acoplados directamente é limitado;


Difícil estabelecer o ponto de polarização estáctica para cada estágio, porque a tensão
de saída CC de um estágio determina a tensão de entrada DC do estágio seguinte.

Circuitos eléctrico de um amplificador de “n” etapas

Fig.4 Circuito eléctrico de um amplificador de 5 estágios (Com capacitor)

Esquema equivalente de um amplificador de “n” etapas

Fig.5 Esquema equivalente de um amplificador de “n” etapas.

Parâmetros de interesse de um amplificador de “n” etapas

Ganho de corrente (KIa)


Ganho de corrente (KI)

Resistência de entrada
Conclusão

No presente trabalho é possível concluir que cada tipo de acoplamento apresenta suas vantagens
e desvantagens, não só para boa transportação do sinal, é necessário que haja casamento de
impedâncias de modo a diminuir a distorção do sinal. Assim sendo, é necessário que o estágio
de entrada deve ter a impedância equilibrada com a da fonte de sinal (microfone, antena, etc); e
o estágio final deve ter a impedância equilibrada com a da carga (fone,alto-falante, linha de
transmissão etc). Da mesma forma, a impedância de saída de um estágio deve estar “casada”
com a impedância de entrada do estágio seguinte.
 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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Pereira, Jonathan. Instituto Federal de Educação e Ciência e Tecnologia Rio Grande do


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http://www2.joinville.udese.br/~dee2cjfa/Elal/Aulas/AmplificadoresdeMultipol Estagios.pdf:
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http://www.demic.gfee.unicamp.br/~elnatan/ee640/6a%20Aula.pdf; 7/06/23 pelas 11h54;

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