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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO E AUTOMAÇÃO
CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO E AUTOMAÇÃO

RELATÓRIO DA Nº08 EXPERIÊNCIA


AMPLIFICADOR INSTRUMENTAÇÃO E GERADOR DE
ONDA QUADRADA

Mateus Arnaud Santos de Sousa Goldbarg:2016021918

Victor Kaillo Costa Sousa:20180155278

Natal-RN
2019
Mateus Arnaud Santos de Sousa Goldbarg

Victor Kaillo Costa Sousa

AMPLIFICADORES INVERSOR, NÃO INVERSOR E


COMPARADOR

Oitavo Relatório Parcial apresentado à disciplina de


Laboratório de Eletrônica, correspondente à avaliação da
2º unidade do semestre 2019.2 do 5º período do curso de
Engenharia de Computação e Automação da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, sob orientação do Prof.
Andrés Ortiz Salazar.

Professor: Andrés Ortiz Salazar

Natal-RN
2019
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1 INTRODUÇÃO

Com o surgimento do ENIAC (Eletronic Numerical Integrator and Computer),


primeiro computador digital e eletrônico criado, conjuntamente surgiu a primeira geração
de computadores, uma geração marcada pela utilização de válvulas, elementos frágeis, que
queimavam com facilidade e aqueciam bastante.
Alguns anos depois, a segunda geração de computadores foi caracterizada pelo
abandono do uso de válvulas em detrimento do uso dos transistores, que eram menores,
mais rápidos, aqueciam menos e consumiam menos energia.
A partir da terceira geração inicia-se o uso de circuitos integrados, que continham
em si uma grande quantidade de transistores. Um exemplo de circuito integrado é o
amplificador operacional, componente principal dos circuitos tratados na presente prática,
que tem como objetivo implementar por meio de simulador e em laboratório para três tipos
diferentes de montagem.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Amplificadores Operacionais
O amplificador operacional, abreviado como Amp-Op, é um elemento ativo de
circuitos e que se comporta como uma fonte de tensão controlada por tensão. A terminação
“operacional” segue como consequência desse tipo de amplificador ser capaz de realizar
operações matemáticas como soma, subtração, integração, derivação e etc., quando está
operando em região linear. Quando está na região saturação, pode ser usado como gerador
de sinais de corrente alternada, comparador, filtro e etc.
Embora geralmente sejam tratados como simplesmente uma caixa preta nos
circuitos em que aparece, é importante ressaltar que amplificadores operacionais não se
tratam de componentes monolíticos, mas sim de um circuito integrado complexo, composto
por diversos componentes eletrônicos como resistores e capacitores. A figura 1 mostra um
dos tipos de Amp-Op.
Figura 1 – Amplificador operacional

A representação do amplificador operacional nos circuitos é um triângulo com os


sinais “positivo” e “negativo” nas entradas, não inversora e inversora, de forma respectiva
como é mostrado na figura 2.
Figura 2 – Representação de um amplificador operacional
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Um sinal aplicado à entrada não inversora resultará num sinal de saída com a mesma
polaridade que o sinal de entrada, enquanto que quando o sinal é aplicado a entrada
inversora, a polaridade da saída será inversa a de entrada.
De forma ideal, um Amp-Op apresenta resistência de entrada infinita, resistência
de saída igual a zero e ganho na malha aberta infinito. De forma real esses valores não são
factíveis, embora as características de resistência de entrada e saída, com valores muito
altos e muito baixos, sejam observados.
Figura 3 – Circuito equivalente do Amp-Op

2.2 Amplificador de Instrumentação


Uma das aplicações do amplificador operacional é o amplificador de
instrumentação, assim chamado devido ao uso em larga escala em sistemas de medição.
Esse tipo de amplificador amplifica a diferença entre os sinais de entradas inversora
e não inversora, portanto pode ser considerado um tipo de amplificador diferencial. É
composto por três amplificadores operacionais e sete resistores, sendo um deles externo ao
circuito, para ajustar o ganho, como mostra a figura 4.
Figura 4 – Amplificador de instrumentação
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3 METODOLOGIA
3.1 Materiais utilizados:
 Resistores: 5kΩ, 5x10kΩ, 2x 25kΩ;
 Potenciômetro de 5k e 10k;
 3x Amplificador operacional LM741;
 Capacitor 330nF
 1 protoboard;
 Equipamentos de bancada: (multímetro, fonte de tensão, osciloscópio e
gerador de função).
3.1.1 Metodologia
Foi utilizado o software Proteus 8 professional para a realização dos experimentos
computacionais dos circuitos propostos afim de analisar o comportamento do transistor,
primeiramente sua resistência e depois aplicações e curva característica. Obtivemos os
valores da parte teórica através de cálculos nos baseando em valores já fornecidos por
componentes dentro do software utilizado.
A parte prática foi feita no laboratório de eletrônica da UFRN com materiais
fornecidos pela própria instituição. O professor e os monitores da disciplina auxiliaram na
utilização desses materiais.
Os resultados obtidos teoricamente e na prática serão analisados e comparados neste
relatório.
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4 SIMULAÇÕES COMPUTACIONAIS
4.1 Gerador de onda quadrada
Primeiramente foi montado o circuito proposto para análise da saída do
amplificador operacional, para isso, o Vcc+ e o Vcc- do amp-op foram definidos como
+15V e -15V respectivamente. Além disso, um dos lados do potenciômetro ficou como
ponto flutuante como mostra a figura 5.
Figura 5 – Circuito gerador de onda quadrada

O valor da resistência Rf (potenciômetro) foi variada para análise na saída do


amplificador. A análise foi feita com o potenciômetro com 50%, 75% e 25%.
Figura 6 – Saída do circuito com potenciômetro em 50%
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Figura 7 – Saída do circuito com potenciômetro em 75%

Figura 8 – Saída do circuito com potenciômetro em 25%

Além das três capturas feitas nas figuras 6, 7 e 8, o valor do Rf foi variado de 0% a
100%, e foi notado uma mudança no período, ou na frequência, de forma diretamente
proporcional, à medida que Rf era alterada. Além disso, utilizando um voltímetro, foi
possível notar uma diminuição na tensão de saída à medida que Rf aumentava. A tensão de
saída se manteve próximo de 13.7V decrescendo até 13V enquanto o potenciômetro foi
variado de 0% a 83%, após isso, a tensão caia de forma abrupta até chegar a 0V quando o
potenciômetro estava em 100%.
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Munido da fórmula apresentada no roteiro do laboratório (Formula 1) para calcular


o período da onda, sabendo que R2 = R1 = 10kΩ, que C = 330nF, é possível perceber que
a medida que Rf aumenta, o período da onda aumenta. Como a frequência é o inverso do
período, é possível concluir que quanto maior o Rf maior o período e consequentemente,
menor é a frequência.
Fórmula 1 – Período da onda quadrada.

4.2 Amplificador de instrumentação

Figura 12 – Circuito de amplificador de instrumentação

Escolhendo o valor da tensão V2 = 10mVp com frequência de 1KHz e aplicado o


valor de V1 = -10mVp com frequência também igual a 1kHz, o valor de saída foi observado
através do osciloscópio.
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Figura 13 – Rp = 100%, Ganho diferencial com V2 aterrado

Figura 14 – Rp = 100% com V1 aterrado


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Figura 15 – Rp = 100%, ganho comum.

É possível notar que as tensões de saída são maiores quando o potenciômetro se


aproxima dos extremos (0% e 100%) e menor quando se aproxima do meio (50%). Nas
regiões mais extremas, há uma saturação.

5 RESULTADOS PRÁTICOS
5.1 Circuito gerador de ondas quadradas
Em laboratório, foi montado o circuito apresentado na figura 5. Com a ajuda do
osciloscópio foi possível capturar o sinal de saída a medida que o valor do potenciômetro
era alterado como mostra as figuras 17 e 18, com a tensão do potenciômetro (Rp) em 0%,
50% e 75% como feito anteriormente nas simulações.
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Figura 16 – Rp = 50%

Figura 17 – Rp = 75%

Comparando o resultado obtido nas simulações com os obtidos em laboratório, é


possível notar que os resultados encontrados foram muito próximos dos esperados.
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5.2 Amplificador de instrumentação

Para análise do amplificador de instrumentação, foi montado o circuito


representado na figura 12 para análise de ganho diferencial, ganho comum e CRMM. O
ganho diferencial ocorre quando os sinais de entrada não estão em ponto comum. O ganho
comum, como o próprio nome diz, quando as entradas estão em pontos comuns. O CRMM
é a razão entre o ganho diferencial e o ganho comum.

A tensão de entrada para a prática foi a mesma adotada em laboratório, ou seja,


tensão de entrada de 10mVp e frequência de 1kHz. Os cálculos de ganho foram realizados
com o potenciômetro num nível que permitisse a maior tensão de saída possível.

Durante o laboratório, não foi possível utilizar um potenciômetro de 5k, no


momento, só foi possível utilizar um de 50k. Seguindo a orientação do professor,
continuamos com o experimento utilizando o de 50k.

Figura 18 – Ganho comum


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Figura 19 – Ganho Diferencial

Com esses resultados, é possível chegar aos valores de ganho comum, diferencial e
CRMM. Analisando a figura 19, temos que a tensão de saída é de 800mV, como a tensão
de entrada é de 10mV, o ganho comum (Ac) é de 80.

Na figura 2 é possível ver que a tensão de saída é de 3.6V para uma entrada de
10mV, ou seja, um ganho diferencial (Ad) de 3600.

Fazendo a razão entre os ganhos, vemos que CRMM é igual a 45.


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6 CONCLUSÃO
A partir dos resultados obtidos tanto nas simulações como em
laboratório, observamos que os resultados obtidos estão consoantes com os
esperados, tendo em vista todo o conhecimento teórico discutido em sala de
aula sobre o gerador de ondas quadradas e o amplificador de instrumentação.
Os resultados obtidos em laboratório foram consoantes com os obtidos
nas simulações, diferindo pouco, diferença essa também esperada devido aos
materiais utilizados não serem ideais.
Conforme apresentado, os resultados experimentais corroboram o que
já havíamos visto de forma teórica e na prática através de simulações.
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REFERÊNCIAS

BOYLESTAD, R. L.; NASHELSKY, L. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos.


8.ed.São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2004.

VAHID, F. Sistemas Digitais: Projeto, Otimização e HDLs. Porto Alegre: Artmed, 2008.

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