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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELETROTÉCNICA
ENGENHARIA ELÉCTRICA (DIURNO)
20 ANO
ELECTRÓNICA COMPLEMENTAR

AMPLIFICADOR OPERACIONAL E AMPLIFICADOR DE POTÊNCIA

Discentes: Docente:

Maputo, Outubro 2016


ÍNDICE
1. Introdução.................................................................................................................................2
2. Amplificador operacional.........................................................................................................3
2.1. Simbologia........................................................................................................................3
2.2. Descrição básica de um aop..............................................................................................3
2.3. Modo de funcionamento...................................................................................................4
2.4. Características de um amplificador operacional...............................................................4
2.4.1. Impedância de entrada e saída...................................................................................4
2.4.2. Ganho de tensão.........................................................................................................5
2.4.3. Resposta de frequência(bw).......................................................................................5
2.4.4. Sensibilidade à temperatura(Drift)............................................................................5
2.5. Circuitos básicos com AOP..............................................................................................6
2.5.1. Amplificador inversor................................................................................................6
2.5.2. Amplificador não-inversor.........................................................................................6
2.6. Aplicações dos amplificadores operacionais....................................................................6
3. Amplificador de potência.........................................................................................................6
3.1. Características...................................................................................................................7
3.2. Características desejáveis..................................................................................................7
3.3. Classes de operação..........................................................................................................7
3.3.1. Amplificadores de potência Classe A........................................................................7
3.3.2. Amplificadores de potência Classe B........................................................................8
3.3.3. Amplificador de potencia de tipo Push - Pull............................................................8
3.3.4. Amplificadores de potência Classe AB.....................................................................9
3.3.5. Amplificadores de potência Classe C........................................................................9
3.3.6. Amplificadores de potência Classe D........................................................................9
3.4. Comparação de classes de amplificadores......................................................................10
4. Conclusão...............................................................................................................................11
5. Referência bibliográfica.........................................................................................................12

1. INTRODUÇÃO
O amplificador operacional é um circuito electrónico de grande versatilidade que tem larga
aplicação nos dias de hoje, onde suas aplicações estão presentes nos sistemas electrónicos de
controle industrial, na instrumentação industrial, na instrumentação médica (eletromedicina ou
bioeletrónica), nos equipamentos de telecomunicação, nos equipamentos de áudio, nos sistema
de aquisição dedados. O amplificador de potência é um componente que tem como função
principalmente em ampliar a potência do sinal de áudio. Em sistemas eletroacústicos, onde o
amplificador é sempre o último componente activo no processamento do sinal, se localizando
antes dos alto falantes. Normalmente, em equipamentos domésticos, os amplificadores de
potência e os pré-amplificadores são construídos dentro de uma caixa única, formando um único
equipamento.
2. AMPLIFICADOR OPERACIONAL

O Amplificador Operacional (AOP) é um amplificador multiestágio com entrada diferencial


cujas características se aproximam das de um amplificador ideal.
As características ideais de um AOP são:

 Impedância de entrada infinita;


 Impedância de saída nula;
 Ganho de tensão infinito;
 Resposta de frequência infinita;
 Insensibilidade à temperatura.

2.1. SIMBOLOGIA

 V– – Entrada inversora;
 V+ – Entrada não–inversora;
 Vo – Saída.

2.2. DESCRIÇÃO BÁSICA DE UM AOP


O AOP possui duas entradas e uma saída, que possui um valor múltiplo da diferença entre as
duas entradas. O fator A é o ganho de tensão do Amplificador Operacional, ou seja, a relação
entre a tensão de entrada diferencial e a de saída do dispositivo:
V 0= A ¿

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2.3. MODO DE FUNCIONAMENTO
Consideremos o circuito abaixo:

Supondo que o ganho A seja de 100.000, obtemos atenção de saída Vo:


V 0= A ¿
Por definição sempre o fator A será positivo e sempre que V1–V2 for menor que zero a
Tensão de saída será negativa ou vice-versa.

2.4. CARACTERÍSTICAS DE UM AMPLIFICADOR OPERACIONAL


Olhar-se-á as características ideais que qualquer amplificador deveria ter. Os AOP reais tentam

se aproximar dessas características ideais.

2.4.1. IMPEDÂNCIA DE ENTRADA E SAÍDA


Considerar o circuito abaixo representa o modelo de uma fonte alimentando um amplificador e
este alimentando uma carga:

Onde:
 Vi – gerador;
 Ri – resistência interna do gerador;
 Zi – impedância de entrada do amplificador;
 Vo – gerador do sinal amplificado(A.VZi);
 Zo – impedância de saída do amplificador;
 RL – carga.

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Observando o modelo anterior, podemos determinar que a tensão de entrada no amplificador
(VZi) é determinada por:
Zi
V Zi =( )∗V i
Ri + Z i

Ou seja, quanto maior for o valor da impedância de entrada(Z i) do amplificador, maior será o
percentual de tensão do gerador na entrada no amplificador, portanto o podemos concluir que:

Zi → ∞=¿ V zi →V i

Já em relação à impedância de saída (Zo), a partir da equação da malha de saída do amplificador,


podemos concluir que:

V RL=V o−i L∗Z o

Portanto, para se obter todo sinal de saída sobre a carga, é necessário que a impedância de saída
do amplificador seja muito baixa, ou seja:

Z o → 0=¿V RL →V o

2.4.2. GANHO DE TENSÃO


Para que a amplificação seja viável, inclusive para sinais de baixa amplitude, como sensores, é
necessário que o amplificador possua um alto ganho de tensão. Idealmente esse ganho seria
infinito.
2.4.3. RESPOSTA DE FREQUÊNCIA(BW)
É necessário que um amplificador tenha uma largura de faixa muito ampla, de modo que um
sinal de qualquer frequência possa ser amplificado sem sofrer corte ou atenuação. Idealmente
BW deveria se estender desde zero a infinitos hertz.

2.4.4. SENSIBILIDADE À TEMPERATURA(DRIFT)


As variações térmicas podem provocar alterações acentuadas nas características elétricas de um
amplificador. A esse fenômeno chamamos DRIFT. Seria ideal que um AOP não apresentasse
sensibilidade às variações de temperatura.

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2.5. CIRCUITOS BÁSICOS COM AOP

2.5.1. AMPLIFICADOR INVERSOR


O amplificador de ganho constante mais amplamente utilizado é o amplificador inversor,
mostrado abaixo. A saída é obtida pela multiplicação da entrada por um ganho(fator A)
constante, fixado pelo resistor de entrada R1 e o resistor de realimentação Rf. Essa saída
também é invertida em relação à entrada.

−R f
V o= V
R1 i

2.5.2. AMPLIFICADOR NÃO-INVERSOR


A figura abaixo mostra um circuito com AOP que trabalha como um amplificador não-inversor
ou multiplicador de ganho constante. Observe que a conexão do amplificador inversor é mais
utilizada por ser mais estável entre as duas.

Rf
V o =(1+ )V
R1 i

2.6. APLICAÇÕES DOS AMPLIFICADORES OPERACIONAIS


Proteções para circuitos com AOP aplicações que permitem ao projetista aumentar a
confiabilidade e a segurança de um sistema no qual esses circuitos se acham inseridos. Sabemos
que qualquer componente electrónico possui especificações máximas para suas diversas
características eléctricas, tais como tensão, corrente, potência. Se por algum motivo alguma
dessas características for ultrapassada, o dispositivo poderá sofrer danos irreparáveis. Onde tais
proteções podem ser Proteção das Entradas de Sinal, Proteção de Saída, Proteção nas Entradas
de Alimentação, Proteção contra Ruídos.

3. AMPLIFICADOR DE POTÊNCIA
Também conhecidos como amplificadores de grandes sinais. Fornecem potência suficiente
para acionar alguma carga, como um alto falante. Normalmente a potência de saída deste tipo de
amplificador se situa na faixa de Watts a dezenas de Watts.

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3.1. CARACTERÍSTICAS
 Eficácia de potência;
 Potência máxima na saída e
 Casamento da impedâncias com o dispositivo de saída.

3.2. CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS


 Baixa distorção;
 Alta eficiência;
 Estabilidade térmica;
 Baixa impedância de saída.

3.3. CLASSES DE OPERAÇÃO


3.3.1. AMPLIFICADORES DE POTÊNCIA CLASSE A
Classe A – Sinal de saída varia por um ciclo completo de 360o para um ciclo completo do sinal
de entrada, ou seja estes são amplificadores em que o sinal de saída é uma cópia do sinal de
entrada onde o ponto Q deverá estar posicionado no meio da reta de carga.

Figura 1 – Sinal de saída e polarização de um amplificador de Classe A

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3.3.2. AMPLIFICADORES DE POTÊNCIA CLASSE B
São amplificadores em que o sinal de saída é uma cópia amplificada de uma das metades do
sinal de entrada, da parte positiva ou da parte negativa do sinal de entrada, o transistor fica
polarizado em um valor que o mantém na região de corte, sendo ligado somente quando o sinal
é aplicado. Nesta classe, O ponto Q deverá estar posicionado no extremo da reta de carga
próximo à região de corte.

Figura 2 – Sinal de saída e polarização de um amplificador classe B

3.3.3. AMPLIFICADOR DE POTENCIA DE TIPO PUSH - PULL


Um só amplificador classe B não é suficiente para amplificar totalmente o sinal, sendo
necessários dois circuitos classe B para tal, na configuração push-pull.

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Figura 3 – Configuração Push-Pull

3.3.4. AMPLIFICADORES DE POTÊNCIA CLASSE AB


São amplificadores em que o sinal de saída é uma cópia amplificada de pouco mais da metade
do sinal de entrada, onde que para amplificação da totalidade do sinal de entrada também
funcionam na configuração Push-Pull. O ponto Q deverá estar posicionado um pouco acima do
zero em relação aos amplificadores classe B, porém não no meio da reta de carga como nos
amplificadores classe A, Sua necessidade é para resolver a distorção por cross-over da
configuração push-pull obtida com dois circuitos classe B.

3.3.5. AMPLIFICADORES DE POTÊNCIA CLASSE C


A saída de um amplificador Classe C é polarizada para uma operação em menos de 180º do
ciclo e opera apenas com circuitos sintonizados (ressonantes), os quais fornecem um ciclo
completo de operação para a frequência sintonizada ou ressonante. Portanto, essa classe de
operação é utilizada em amplificações especiais de circuitos sintonizados, como os de rádio ou
de comunicações.

3.3.6. AMPLIFICADORES DE POTÊNCIA CLASSE D


Amplificadores Classe D é uma forma de amplificação para sinais pulsados (digitais), que
permanecem ligados por um curto intervalo de tempo e desligados durante um longo intervalo.
A utilização de técnicas digitais possibilita a obtenção de um sinal que varia sobre um ciclo
completo (utilizando circuitos de amostragem e retenção) para recriar a saída a partir de vários
trechos do sinal de entrada. A principal vantagem da operação Classe D é que o amplificador
está ligado durante curtos intervalos, e a eficiência global pode, na prática, ser muito alta.
Muitos parâmetros foram definidos para caracterização dos amplificadores, cujos principais são:
o ganho de tensão (ou corrente); a frequência de corte; a potência de saída, o
slew-rate; a distorção harmônica total (THD); a distorção por intermodulação e a eficiência. O
parâmetro mais utilizado para compreender melhor as diferenças entre os amplificadores é
comparar o grau de eficiência de potência entre as várias classes. A eficiência de potência,

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definida como a razão entre a potência de saída e a de entrada, melhora da Classe A para a
Classe D. Em termos gerais, o amplificador Classe A, com polarização DC na metade do valor
da fonte de tensão, utiliza muita potência para manter a polarização mesmo sem nenhum sinal
de entrada aplicado. O resultado é uma baixa eficiência, principalmente com sinais pequenos de
entrada, quando pouca potência CA é liberada para a carga. Na verdade, a eficiência máxima de
um circuito Classe A, que ocorre para a maior oscilação de tensão e corrente de saída, é de
somente 25% para uma conexão de carga direta ou realimentada em série, e 50% para uma
conexão utilizando indutores e capacitores. É possível mostrar que a operação Classe B, sem
nenhuma potência de polarização DC para o caso de ausência de sinal de entrada, fornece uma
eficiência máxima que chega a 78,5%. A operação Classe D pode obter uma eficiência de
potência maior que 90% e fornece a operação mais eficiente de todas as classes de operação. A
Classe C geralmente não é utilizada para transferir grandes quantidades de potência, portanto
não foi possível medir a sua eficiência. Como a Classe AB situa-se entre a Classe A e B, em
termos de polarização ela mantém sua eficiência entre 25% (ou 50%) e 78,5%. A Tabela 01
fornece uma comparação relativa da operação do ciclo de saída e eficiência de potência para os
diversos tipos de classes.

3.4. COMPARAÇÃO DE CLASSES DE AMPLIFICADORES

COMPARAÇÃO DE CLASSES DE AMPLIFICADORES


Classes A AB B C D
Ciclo de Operação por
360º 180 a 360º 180º Menor que 180º
Operação pulso
Eficiência Entre 25% (50%) e Normalmente
25% a 50% 78,5% ––
de Potência 78,5% acima de 90%

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4. CONCLUSÃO
Após ter feito o trabalho constatou-se que os amplificadores operacionais assim como de
potência são dispositivos que fazem parte do cotidiano da sociedade atual, seja através de um
toca Cd ou um acionamento de um motor elétrico, eles estão sempre presentes no nosso dia a
dia.
Neste estudo, verificou-se que os amplificadores de potencia são subdivididos em cinco
classes (A, B, AB, C e D) e estas são caracterizadas de acordo com a variação do sinal de
saída, potência de saída, freqüência de corte, distorções e principalmente por sua eficiência,
onde temos melhores resultados da classe A para a D.
5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
 PERTENCEJÚNIOR,Antonio.Amplificadores Operacionais e Filtros Ativos. 6ªed.
PortoAlegre:
 Bookman,2003.302p.BOYLESTAD,RobertL.NASHELSKY,Louis.Dispositivos
eletrônicos e teoria de circuitos. 8ªed.SãoPaulo:Pearson Prentice Hall, 2004.671p.
 MALVINO,AlbertPaul.Eletrônica Vol. II. SãoPaulo:McGraw=Hill,1987.283p.
 A. Alfred. Op-amp Tutorial 1: Basics, amplifier structure, testing 741 IC
 BARÚQUI, Fernando Antônio Pinto. Apostilha de Eletrônica IV. Departamento de
Eletrônica - Escola Politécnica (UFRJ)
 BOGART, Theodore F. Jr. Dispositivos e Circuitos Eletrônicos. 3ª ed. São Paulo:
Editora Makron Books. 2001.

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