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Blog do Picco: Recepção

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Antena ativa MiniWhip

Recentemente eu montei uma antena ativa miniwhip para um amigo fazer suas escutas e
aproveitei para estudar melhor o funcionamento da antena e o funcionamento do circuito,
a relação da placa captadora com o circuito e com o aterramento, com isso já pude tirar
umas conclusões a respeito dessa antena.

Antena ativa miniwhip (desenvolvida por Roelof Bakker - pa0rdt)

Essa antena foi desenvolvida para ser usada na escuta de sinais na faixa de Ondas
Longas, devido ao grande comprimento das antenas para essa faixa era necessário uma
antena compacta, que trabalhasse em toda a faixa e que não captasse tanto ruído
elétrico, dessa necessidade surgiu a miniwhip, o esquema original pode ser visto na
figura 1.

Fig. 1

O circuito não é crítico, é constituído de dois estágios, o primeiro tem como elemento
principal o J310 que é um FET de baixo ruído muito usado em circuito de RF, possui uma
alta impedância na entrada para facilitar o acoplamento com o estágio anterior e alta
sensibilidade para captar sinais muito fracos, esse estágio é responsável pelo ganho da
antena, o segundo estágio que é composto pelo 2N5109 e componentes associados,
possui alguma amplificação, mas a principal função dele é acoplar a impedância de
saída do primeiro estágio

com o receptor.

A impedância de saída dessa antena é de 50 a 100 ohms, isso facilita bastante na


montagem pois não fica escravo do cabo de 50 ohms, pode usar os cabos de 75 ohms
de TVs que é mais barato e fácil de achar que o cabo de 50 ohms.

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A sonda(probe) mostrada no esquema é constituído de um pedaço retangular de trilha de
cobre feita na própria placa da antena, essa trilha é responsável pela captação do sinal
de rádio e a variação da área desse pedaço tem influencia no ganho geral da antena.

A alimentação do circuito é feita através do cabo coaxial, mas é mais aconselhável o uso
de cabos externos, como aqueles cabos usados em antena parabólica, o circuito para
usar na alimentação da antena é mostrado na figura 2.

Fig. 2

Esse foi o esquema principal da antena, existem algumas variações que apareceram
depois, mas todos eles tem o mesmo princípio de funcionamento que é a amplificação do
sinal em função da diferença de capacitância entre a área cobreada que capta o sinal de
rádio(probe) e o circuito amplificador.

Para entender melhor como isso funciona eu fiz um desenho que pode ser visto na
figura 3. Para representar o sinal de rádio no ar eu usei um gerador de RF, esse sinal
entra na placa captadora(probe) e é acoplado ao circuito direto no gate do J310, foi
representado como dois capacitores porque essas duas partes da antena tem uma
capacitância equivalente e a diferença na capacitância influencia no ganho da antena,
assim diminuindo a capacitância da placa captadora(probe), tem um aumento no ganho
da antena.

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Fig. 3

Você pode aumentar ou diminuir a capacitância da placa captadora(probe) assim como


pode aumentar ou diminuir a capacitância do circuito amplificador e com isso obter o
máximo ganho. Para aumentar a capacitância da placa captadora(probe) é só aumentar
a área dela ou ligar alguma antena externa como uma longwire por ex., para diminuir a
capacitância basta reduzir a área de captação.

No caso do circuito amplificador, a capacitância dele é controlada pelo aterramento, sem


aterramento se tem uma capacitância baixa e conforme é aterrado a capacitância
aumenta, por isso a importância de um bom aterramento para se obter um alto ganho.

Montagem

A placa ficou com 10,5cm de comprimento por 3cm de largura, a placa captadora(probe)
ficou com 4cm de comprimento por 3cm de largura, usei alguns resistores SMD para
facilitar na redução da placa, na figura 4 você pode ver o resultado do desenho da placa
que eu fiz a mão.

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Fig. 4

E na figura 5 a antena já finalizada, como não tinha os transistores do esquema, eu usei


equivalentes, o MPF102 para o FET de entrada e o 2N3866 para o transistor de
acoplamento.

Fig. 5

Para fazer a ligação da entrada da antena à placa captadora(probe) eu usei um indutor


que o autor recomenda para que a antena trabalhe até 30MHz, sem esse indutor ela só
trabalha até 20MHz, o valor que usei é de 10uH e qualquer valor entre 5 a 10uH pode
ser experimentado.

Nas figuras 6 e 7 mostra o power feed para fazer a alimentação, usei um capacitor de
passagem para fazer a ligação da entrada de alimentação.

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 Fig. 6

Fig. 7

Testes

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Obs; Essa antena foi testada somente em ondas curtas, portanto os resultados da minha
avaliação não devem ser considerados por aqueles que pretendem montar a antena para
escutar ondas longas e médias
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Os primeiros testes que fiz foi com a antena bem próxima do chão e depois instalei no
telhado de casa, não vi muita diferença no ganho de sinal, a diferença maior foi nos
ruídos captados, no telhado a captação de ruído foi maior e mesmo com uma placa
captadora pequena foi possível captar muito ruído. A princípio eu achava que a placa

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captadora era pequena por causa do alto ganho da antena, assim, com uma placa
captadora pequena não pegava muito ruído, mas depois dos testes eu percebi que o
ganho dessa antena não é alto, é menor que o ganho de uma longwire de 12m.

Confesso que fiquei muito decepcionado com essa antena, eu participei de grupos de
radioescutas onde essa antena era exaltada a todo momento que era citada, por isso
minha expectativa quanto a essa antena era grande, talvez por causa dos poucos testes
que fiz com ela. A faixa de ganho dessa antena não é linear, nos testes eu puder
perceber uma queda de ganho que inicia próximo de 6MHz e vai até uns 8MHz, percebi
também que quando a frequência vai subindo, o ganho vai diminuindo, mas depois dos
8MHz, mesmo que o ganho esteja diminuindo, a diferença não é grande.

Depois de testar a antena no telhado eu baixei a antena para ligar uma longwire na placa
captadora(probe) achando que a antena iria trabalhar como um simples amplificador de
sinal, mas não foi o que aconteceu, o ganho diminuiu e o ruído aumentou. O próximo
passo foi instalar um filtro passa alta na entrada da antena para ligar uma longwire,
dessa forma eu desliguei a placa captadora(probe) que funcionou somente como uma
blindagem, também substituí o indutor por um capacitor de 100pF, na figura 8 é possível
ver como ficou essa ligação. A ideia era ligar uma longwire através de um parafuso por
fora do tubo de pvc, mas isso não ficou muito bom e eu desaconselho essa ligação. Na
figura 9 é possível ver a ligação da antena no parafuso, usei um cabo blindado para
fazer essa ligação, mas não liguei o malha no lado do parafuso.

 Fig. 8

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Fig. 9

Depois de ligar e testar eu resolvi blindar toda a antena para que não seja captado
nenhum sinal pela placa, nas figuras 10 e 11 é possível ver como ficou a blindagem.
Essa blindagem foi feita com tiras de cobre retirado de transformador de fonte chaveada,
essas tiras ficam por fora do transformador.

Fig. 10

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Fig. 11

Como essa antena amplifica em função da diferença de capacitância entre a placa


captadora(probe) e o circuito, essa blindagem só deixou a antena com menor ganho, por
isso acabei retirando a blindagem e deixando só uma pequena parte para fixar o
conector do cabo.

Considerações Finais e Dicas

Não recomendo essa antena para a faixa de ondas curtas, obtive melhor desempenho
com uma antena dipolo e uma dipolo dobrado sendo essa última indicada para quem tem
bastante ruído na região.

Como essa antena amplifica o sinal em função da diferença de capacitância, a placa


captadora(probe) deve ter uma menor área e a antena deve ter um bom aterramento,
assim a capacitância do circuito será maior que a placa captadora e como consequência,
um maior ganho.

Fiz uns vídeos mostrando as diferenças que citei nesse artigo, o link do meu canal para
acessar os vídeos está no blog.

Antena loop de quadro portátil de 1m para OM

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Uma antena poderosa para o radioescuta usar em OM. Essa é uma antena loop que
montei baseado nesse vídeo e que por ser bem fácil de montar e desmontar, facilita
muito o transporte da antena e minha mãe até fez uma bolsa com jeans para que eu
possa carregar a antena, a única coisa que ainda não fiz é um tripé de pvc para usar na
antena e que seja possível carregar na bolsa.

Essa antena é muito fácil de fazer, usa apenas tubos e conexões de pvc de 3/4 de
polegada, uma medida bastante comum de se achar nos depósitos de materiais de
construção.

Os materiais que usei para fazer essa antena são:

4 pedaços de tubo de 70 cm
4 pedaços de tubo de 8 cm

3 cotovelos
3 caps

1 cruzeta

1T

25 a 30m de fio cabinho fino [diâmetro externo de 3mm]


1 capacitor variável de plástico com quatro seções


1 tubo de cola para pvc

Montagem

A montagem da antena é bem simples, após cortar os pedaços, lixar as pontas que vão
ser coladas é primeiro é feito a montagem sem colar para acertar o quadrado
corretamente, depois disso é feita a colagem de um pedaço de 70 cm na cruzeta e no T.
Esse T é usado para sustentar a antena no tripé e para colocar o cap. variável.

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A antena nada mais é que um circuito LC sintonizado, isso é, uma bobina ligada em
paralelo com um capacitor, para quem tem dificuldades em fazer a ligação do cap.
variável, nesse vídeo eu mostro como fazer a ligação, as seções do cap. variável são
ligadas em paralelo e para quem tiver como medir a capacitância, pode ajustar os
trimmers que fica na parte de trás do cap. variável para cobrir a maior faixa possível.

Eu acabei usando uma luva para poder desencaixar o cap. variável, por dentro coloquei
um conector, na imagem abaixo você pode ver o resultado. Não coloquei a luva na lista
porque isso vai depender de como você vão desejar fazer com a ligação do variável e do
tipo do variável pois se usar um de metal será necessário outra forma de adaptar e fixar
na antena.

Repare que eu fiz uns furos a mais no pedaço do tubo onde vai a bobina por não saber
ao certo quantas espiras seria necessário para cobrir toda a faixa com o cap. variável
que tinha. Nessa ponta onde vai o cap. variável é onde fica o início e fim da bobina, eu
fiz nessa ponta de baixo, mas quem for montar pode fazer em qualquer uma das quatro
pontas.

Na imagem abaixo é mostrado quais partes são coladas e quais são soltas, eu fiz um
corte na ponta tubo para poder encaixar as partes com mais facilidade, mas atenção
aqui, não deve ser feito muitos cortes porque se não, o tubo não fica firme.

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A bobina é composta de seis espiras de fio, passe o fio primeiro sem se preocupar se
está esticado, depois que você passou todas as espiras, estique os fios com cuidado e
cole usando a cola de pvc. Eu usei a ponta de um palito de dentes para travar os fios
conforme fui esticando. Não é necessário esticar muito. Deixe a cola secar bem, pelo
menos um dia secando.

Eu passei cola por fora e por dentro nos fios para colar bem.

Na imagem abaixo tem o detalhe do fio colado e o corte no tubo que falei para facilitar o
encaixe e desencaixe da antena.

Os caps eu não colei, só encaixei para dar o acabamento.

Só para questão de comparação, os valores da bobina e do cap. variável ficou em:

Bobina: 137uH

Cap. variável: 4 a 670pF

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A faixa de trabalho da antena ficou de 500kHz a 1710kHz

Como é uma antena direcional, a base dela não pode ser colada no tripé, deve ser solta
para poder girar.

Abaixo alguns vídeos de exemplos de escuta feita com essa antena. Eu fiz os vídeos de
dia para mostrar o ganho da antena.

Esse foi o vídeo mais recente que fiz dessa antena, é a Rádio Gaúcha que com a antena
chega com sinal local, a emissora fica a uma distância de aproximadamente 830km de
onde fiz o vídeo, o horário local está no display do rádio.

Watch Video At: https://youtu.be/H1VBPeJp2yk

Nesse próximo vídeo foi o mais cedo que consegui escutar uma emissora Argentina na
x-band, a qualidade não está muito boa porque nessa época eu não tinha uma câmera
descente então fazia os vídeos com meu celular.

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Watch Video At: https://youtu.be/2UwQe7nzx9A

Nesse outro vídeo a Rádio Rubi chegando bem às 17:30hs aprox.

Watch Video At: https://youtu.be/BcMjVKl0AkA

Artigo em pdf

BFO para ouvir SSB em receptores comuns

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Trago aqui um esquema bem simples de oscilador que pode ser usado como BFO nos
receptores comuns para a escuta de SSB.

O circuito é bem simples e usa um ressonador cerâmico de 455kHz de dois terminais, o


ressonador de três terminais não funciona nesse circuito. O ressonador de dois terminais
é facilmente encontrado em controles de TV.

O trimpot na saída é para ajustar o nível de sinal, como a intensidade do sinal é um


pouco alta, o CAG do receptor pode deixar o som do rádio muito baixo.

O transistor pode ser qualquer equivalente a esse como os famosos BC547, os


capacitores de 1,2n do divisor capacitivo e de 47p devem ser do tipo NP0 para não variar
a frequência com a temperatura.

O acoplamento no receptor pode ser feito enrolando duas ou três voltas de fio na base
do último transistor da FI e ligado na saída do BFO, o acoplamento é capacitivo, isso é, o
fio da saída do BFO não vai ligado ao circuito do receptor, é só aproximado da última
etapa de FI.

Quem for montar, se achar que é necessário pode adicionar mais um capacitor cerâmico
na saída de uns 100pF. A alimentação pode ser feita por pilha pois o consumo é muito
baixo. Eu fiz algumas medições de consumo em diferentes tensões de alimentação e os
resultados são esses:

12V - 8,4mA
9V - 6mA

6V - 4mA

5V - 3,3mA
3V - 2mA

1,5V - 0,8mA

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Antena plano terra para escutar aviação

Fiz essa antena para escutar a faixa de aviação que no meu rádio fica entre 118 a
137MHz, a frequência central é 127,5MHz, sendo assim eu calculei as varetas da antena
para 1/4 do comprimento de onda ficando com 59cm aproximadamente.

O tamanho exato não tem muita importância já que a antena vai ser usada apenas para
recepção, por isso quem quiser montar não se preocupe tanto com a precisão, isso vale
também para o cabo usado que no caso eu usei cabo de 75 ohms e não 50 ohms, mas o
cabo deve ser de boa qualidade para que não haja perdas, o cabo que usei é o mesmo
usado pelas empresas de TV a cabo ou satélite e que hoje em dia é possível achar em
muitas lojas para comprar.

A ligação dos elementos é bem simples e pode ser visto na imagem abaixo:

A montagem da antena é bem fácil, basta ter alguma prática em soldar e furar, eu usei
um cap de PVC de 3/4 juntamente com um pedaço de cano de PVC da mesma medida.
Os elementos são feitos de fio rígido de cobre de 6mm2.

Em vez de soldar os elementos no cabo coaxial eu soldei em um conector fêmea para


uso de cabo 75 ohms, o mesmo conector que tem nas TVs para conectar o cabo de
antena, na imagem abaixo é possível ver como ficou depois de soldado os elementos.

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Uma dica que dou em relação a solda é usar ferro de solda com mais de 50W para que o
tempo de soldagem das varetas radiais seja o mais rápido possível para evitar derreter o
cap de PVC, estanhar as pontas dos elementos e o conector para facilitar a solda.

Abaixo um vídeo da antena finalizada e instalada.

Watch Video At: https://youtu.be/hEwGBqfvs0k

No meu canal no youtube é possível ver alguns vídeos de escutas realizadas com essa
antena e um vídeo comparando essa antena com uma log periódica para FM.

Como converter o Bosch San Francisco para escutar radioamador

É possível fazer a modificação no Bosch basicamente de três maneiras diferentes:

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 - A primeira é feita usando um frequencímetro e um gerador de RF(ou VFO) que faz
com que seja melhor ajustada;

 - A segunda é feita usando somente um gerador ou VFO que trabalhe na faixa de 7000
a 7300kHz, se for usado um VFO é necessário saber a faixa de cobertura;

 - A terceira e menos precisa pode ser feita sem uso de qualquer equipamento, mas
necessita, pelo menos, de um receptor que capte a faixa dos 40m de radioamador.

Como é feita a modificação

A modificação é feita através do ajuste de três bobinas, a bobina osciladora


F254(vermelha), e as duas bobinas da entrada da antena F252 e F253.

O primeiro passo é ajustar a faixa girando o núcleo da bobina osciladora F254 no sentido
horário, se você tem a disponibilidade de um frequencímetro basta conectá-lo ao pino 10
através de um cap. cerâmico de 10n ou 100n no CI TDA1072(identificado como V200 na
placa) para fazer a leitura, a frequência indicada será 455kHz maior que a frequência de
recepção, portanto o ajuste na bobina deverá ser feito de modo a ter uma leitura no
frequencímetro entre 7455 a 7755kHz.

Mas antes de conectar o frequencímetro e ajustar é preciso colocar um resistor de carga


entre o pino 10 e o negativo(pino 6) de 2,2k para que a leitura fique estável, essa ligação
está no esquema abaixo que aparece no datasheet do CI.

Figura 1

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Se você não tem um frequencímetro terá que usar um receptor que indique a frequência
de recepção, dessa forma fica mais complicado pois você terá que escutar alguém no
início da faixa com o receptor e depois ajustando a bobina osciladora até captar com o
Bosch, note que nesse caso você vai precisar prestar atenção quanto a posição do dial
no Bosch, se você deixar o ponteiro do dial no final do cursor nunca vai conseguir ajustar
a bobina osciladora para escutar alguém no início da faixa, portanto se você quer
sintonizar alguém no início da faixa o ponteiro do dial do Bosch deve estar próximo ou no
início também.
Se você tem um gerador de RF basta conectá-lo a antena por meio de um capacitor
cerâmico de 100n e ajustar para a frequência de 7000kHz e com o ponteiro do dial do
Bosch tudo para a esquerda, isso é, no início, ajuste a bobina osciladora até captar o
som característico do gerador. Depois ajuste o gerador para 7300kHz e gire o ponteiro
do dial do Bosch até o final da faixa para ver se escuta o som do gerador, captado o som
ele já está ajustado, basta agora selar o núcleo da bobina com parafina ou cola.
Abaixo a foto do Bosch já modificado e com o BFO, o CI TDA1072 é aquele próximo a
bobina osciladora, ele tem um capacitor colado em cima dele.

Figura 2

O próximo passo é ajustar as duas bobinas da entrada da antena F252 e F253. Para
esse ajuste é necessário o uso do VFO ou gerador de RF e um multímetro.
Você deverá ajustar o dial do Bosch para a frequência de 7150kHz(frequência central da
faixa), com o uso do frequencímetro basta ajustar para 7605kHz, feito isso conecte um
resistor de 2,7k entre o pino 9 do CI e o negativo(pino 6) como carga da mesma forma
que está no esquema da figura 1.
Depois conecte o VFO ou gerador de RF na entrada de antena do Bosch, ajuste o
gerador para a frequência aproximada de 7150kHz, usando um VFO eu conectei um
atenuador entre o VFO e o Bosch para não saturar a entrada de recepção, usei o
esquema do próprio datasheet do CI que fica dentro da linha pontilhada na imagem
abaixo:

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Figura 3

Conecte o multímetro para medir a tensão no pino 9 do CI, ela deve estar um pouco
abaixo de 2Vcc, ajuste F252(ou F253) para maior tensão indicada no multímetro, não
tem uma ordem para esse ajuste, você pode começar com qualquer uma das duas
bobinas, o ajuste é o mesmo, sempre com a intenção de obter a maior tensão na leitura
no multímetro, ajuste uma bobina, depois ajuste a outra e depois volte a retocar a
primeira, ajuste até obter a maior tensão no pino 9, feito isso basta lacrar as duas
bobinas que a conversão está pronta.
Abaixo o vídeo da conversão que fiz:

Watch Video At: https://youtu.be/nMY4NnSY1I0

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Quando você faz o ajuste usando o VFO, antes de ajustar as bobinas é preciso
sintonizar o VFO até obter a maior tensão cc no pino 9 do CI, assim você estará
sincronizando a frequência do VFO com o Bosch.
Se você não tem um gerador ou VFO a única maneira é ajustar as bobinas - quando
escutar alguém no meio da faixa - até obter um volume de som mais alto nos falantes.
Os ajustes das bobinas devem ser feitos usando uma chave não metálica, mas é
possível fazer usando a chave metálica, basta ter mais paciência na hora de retocar as
frequências pois quando você encosta a chave metálica no núcleo da bobina osciladora
a frequência altera algumas dezenas de kilohertz.
Ligando um BFO

A ligação do BFO é simples, deve ser usado a mesma ligação que está no pino 10 da
figura 1, isto é, conecte um resistor de 2,2k como carga e depois um capacitor cerâmico
de 10n e um resistor de 1K em série entre o pino 10 e a saída do BFO.
Como chave para ligar/desligar o BFO eu usei a chave de stereo/mono do Bosch e
peguei a alimentação do fio da saída para acionar a antena elétrica, esse fio tem 12V
somente quando ligar o Bosch.
O esquema do BFO usado foi esse abaixo:

Figura 4

Esse ressonador cerâmico X1 pode ser encontrado em controle remoto de TV, o


transistor aceita equivalentes.
O vídeo com mais detalhes da ligação do BFO está abaixo:

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Watch Video At: https://youtu.be/ZfPyewUNXVs

É possível também adicionar um botão de standby na recepção para quem for usar o
Bosch em conjunto com um transmissor, para isso basta interromper a trilha do pino 2 do
CI que originalmente está ligada ao negativo.
Usei o botão de FM LOCAL/DX para fazer essa ligação, para isso basta ligar a chave
entre o pino 2 e o negativo, quando a chave conectar o pino 2 ao negativo tem recepção,
quando interromper entra em standby.
Também é possível ligar um VU para indicar a intensidade do sinal recebido, para isso
basta ligar o VU no pino 9 do CI da mesma forma que está na figura 1.
Abaixo, um vídeo feito dando um giro no dial para mostrar o resultado da conversão do
Bosch:

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Watch Video At: https://youtu.be/bHPVMq6Be90

Receptor regenerativo

Watch Video At: https://youtu.be/4027DM1NqDo

Receptor regenerativo de alta performance para 40m e 80m [Parte 8 e 9]

Receptor regenerativo de alta performance para 40m e 80m [Parte 7]

Receptor regenerativo de alta performance para 40m e 80m [Parte 6]

Receptor regenerativo de alta performance para 40m e 80m [Parte 5]

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Watch Video At: https://youtu.be/troxbgZUvtQ

Receptor regenerativo de alta performance para a faixa dos 40m e 80m


[Parte 4]

Watch Video At: https://youtu.be/rDpFk04l9OE

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Receptor regenerativo de alta performance para a faixa dos 40m e 80m
[Partes 2 e 3]

Receptor regenerativo de alta performance para a faixa dos 40m e 80m

Watch Video At: https://youtu.be/t1J3OnJIPKM

Fazendo a conversão da faixa dos 49m para 40m no autorrádio Philco-


Ford

No próximo vídeo eu dou os detalhes dessa conversão para quem quiser experimentar.

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Watch Video At: https://youtu.be/Iwsjfrr8ncA

Antena de ferrite para Ondas Médias

Depois de muitos experimentos com esse tipo de antena, essa é minha última montagem
de antena de ferrite.

Nessa montagem eu usei um tubo de pvc de 32mm, é um tubo um pouco mais grosso do
que o comum de 3/4 sendo que seu diâmetro interno tem 1 polegada.

Decidi fazer essa antena depois de montar uma versão menor com esse mesmo tubo, a
vantagem de usar essa medida de tubo é que o capacitor variável cabe dentro do tubo
sem ter que fazer adaptações ou cortes no tubo como fiz nessa outra antena.

Eu usei barras de ferrite que tinha por aqui e completei os espaços com ferrite em pó,
todos os ferrites usados são para OM e não são ferrites de yoke de TV como fiz algumas
experiências anteriores.

Abaixo a imagem dos ferrites dentro do tubo ainda sem adicionar o ferrite em pó.

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O tubo tem um comprimento de 40 cm e foram necessários diversas barras de ferrite
para preencher o comprimento total do tubo. Eu usei fio Litz para fazer a bobina e como
não tinha um pedaço suficiente para a bobina toda eu fiz duas bobinas e liguei em série.
A primeira bobina ficou com 15 espiras e a segunda com 25 espiras. O início da primeira
bobina está a 16,5 cm de distância do lado oposto ao variável e a segunda bobina eu
confeccionei com as espiras mais espaçadas para atingir o valor necessário para cobrir a
faixa toda de OM, abaixo a foto das bobinas.

Para enrolar a segunda bobina com o espaçamento igual entre as espiras eu usei dois
fios em paralelo e ao final, um deles foi retirado. O capacitor variável que usei foi retirado
de uma sucata de rádio AM que foi conectado as secções em paralelo, também ajustei
os trimmers dele para que o início do valor fique em torno de 1pF.

A faixa de atuação da antena ficou entre 460kHz a 1710kHz. Abaixo a foto mostrando a
antena finalizada e comparando com o outra antena que eu já usava.

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Usei um espaguete termo retrátil para dar o acabamento no tubo e proteger a bobina.
Todo material usado(com exceção do espaguete termo retrátil) foi comprado no ferro
velho e o custo da antena não passou dos R$15,00.

Conclusão

O ganho da antena praticamente dobrou em relação a antena de 1 polegada vista na


imagem acima, mas em relação a minha loop de quadro de 50 cm ficou bem abaixo.

Para viagens onde não há possibilidade de levar antenas de grandes volumes é o ideal e
pode proporcionar um bom divertimento se usada com um bom receptor, mas para
prática do DX de longa distância o ganho ainda é muito baixo, para isso é melhor dar
preferências para antenas loop de quadro com pelo menos 1 metro.

É possível fazer antenas de ferrite com mais ganho aumentando o diâmetro do tubo, mas
não compensa porque se for adquirir material novo como as barras de ferrites por ex., o
preço que se gasta pode ser usado para montar grandes antenas de quadro feitas de
pvc e que sejam portáteis como nesse vídeo que foi onde me baseei para construir
minha loop de quadro de 1 metro de pvc que pretendo fazer um post só para falar dela
futuramente.

Para fazer minhas escutas eu usei a antena de ferrite de 1 polegada e quando tinha
alguma emissora com sinal muito baixo eu usava minha loop de quadro de 50 cm para
identificar a emissora, já com essa nova antena muitas das emissoras que chegavam
fraca eu consegui identificar pois o sinal no receptor chega mais forte.

Abaixo um vídeo que acabei de fazer para adicionar nesse post.

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Watch Video At: https://youtu.be/WGGmimaGF-A

Receptor de conversão direta

Essa é uma montagem que eu fiz já faz algum tempo, pra quem acompanha meu canal
no youtube já viu ele em funcionamento.

Depois de ganhar o CI NE602 do meu amigo Alexandre Madeiro [PU2SKA] (Alexandre


obrigado pelo presente!!!), eu parti para montagem, pois ele é o coração desse receptor
de conversão direta contendo o mixer e o oscilador local. O receptor que montei é
baseado no projeto do Neophyte, mas eu decidi fazer algumas alterações no projeto
original. Para quem não conhece receptores de conversão direta eu descrevo abaixo o
funcionamento dele.

O sinal de radiofrequência recebido é modificado, pelo misturador, usando o sinal de um


oscilador local. O misturador é um elemento não linear, que combina os dois sinais: sinal
de radiofrequência e o sinal do oscilador local resultando em um sinal de várias
frequências.

Como o oscilador local funciona à mesma frequência do sinal de radiofrequência


recebido, ou numa frequência muito próxima no caso de recepção em CW ou SSB, a
diferença resultante dessa mistura representa o sinal de áudio. Os sinais de amplitude
modulada (AM) são obtidos fazendo o sinal de radiofrequência igual ao sinal do oscilador
local, assim só as bandas laterais passarão pelo circuito e elas são precisamente o sinal
de áudio.

Abaixo o esquema de blocos do receptor.

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No caso de CW e SSB é necessário deslocar ligeiramente a frequência do oscilador local
para recuperar o sinal transmitido. Na saída do misturador temos o sinal de áudio que
deverá passar por um filtro passa-baixo de áudio antes de ser amplificado, o amplificador
deverá ter alto ganho.

Nos esquemas mais simples como o Neophyte não é usado um circuito amplificador de
RF, se desejar usar é necessário um filtro na saída para selecionar o sinal desejado e
eliminar os indesejados, principalmente sinais de broadcast de AM. Existem na internet
alguns projetos com esse filtro.

No meu projeto eu adicionei um par de diodos em contrafase na entrada da antena para


proteger de sinais altos e picos de estática durante chuva com raios. Na saída de áudio
eu aproveitei uma saída somente e adicionei um filtro passivo simples que vou substituir
por outro mais elaborado futuramente e depois usei um pré-amplificador de um artigo da
revista Elektor versão portuguesa antes do amplificador para melhorar o ganho na saída.
Como o CI amplificador usado não tem um ganho muito bom com alto-falantes eu resolvi
adicionar esse pré, mas se for usado um fone de ouvido não será necessário.

O esquema do receptor segue abaixo:

A versão que montei é para a faixa dos 80m que depois vou mudar para 40m.

Para quem quiser montar para faixa dos 40m é só substituir alguns capacitores de
acordo com a tabela abaixo:

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Banda C1 C7 e C8 C9 C10 C11

80m 330pF 1nF 470pF 270pF 120pF

40m - 330pF 120pF 68pF 150pF

Lembrando que esses capacitores devem ser de mica, poliestireno ou mica prateada
para garantir uma estabilidade boa no oscilador. No caso do C1 pode ser cerâmico, mas
tem que ser NP0 (aquele com a pinta preta do lado oposto aos terminais).

O esquema do pré e do amplificador seguem abaixo:

Eu alterei os valores do capacitor de entrada e de saída, no esquema original da revista,


o capacitor de entrada é de 6,8µF e o de saída é de 10µF, como gosto de um som um
pouco mais agudo resolvi fazer essa mudança.

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Também alterei o capacitor de entrada do amplificador, o original era de 10µF. Eu
aproveitei uns retalhos de acrílico que tinha para fazer a caixa do receptor e o resultado
ficou assim:

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Como o pré e o amplificador é alimentado por 12V e o receptor por 6V e eu não tinha um
zener para usar, eu aproveitei que tinha que colocar um interruptor e uma entrada de
alimentação, eu fiz uma placa para distribuir a alimentação usando um LM317 para os
6V, mas quem tiver um zener pode usar sem problema já que o circuito consome muito
pouco.

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Nessa foto é possível ver como fiz para não ter que fixar o variável por fora, se eu fizesse
assim ia aparecer os parafusos no painel. Na saída de som eu usei um daqueles
conectores de saída dos aparelhos de som, fiz a ligação de forma que os falantes fiquem
em série, assim mesmo se usar caixas de 4 ohms não vai sobrecarregar o CI
amplificador.

As duas bobinas eu tive que enrolar novamente, pois as que eu tinha não batiam com o
datasheet delas, para quem não achar as bobinas verdes pode enrolar usando 14
espiras no primário (a derivação é na 5ª espira) e 2 espiras no secundário, o capacitor
que está em paralelo com o primário é de 47pF e o valor da bobina deve variar em algo
em torno de 3,2µH a 5,7µH, o valor nominal é de 4,7µH, o fio pode ser reaproveitado de
outra bobina, como o fio tem um esmalte de baixo ponto de fusão não é necessário
raspar, é só soldar direto que o esmalte evapora com o calor.

Abaixo estão os dois vídeos que falei no início no post.

Antena de Ferrite para OM de 1 polegada - Conclusão

Essa é a aparência final depois de colocar o termo retrátil.

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Eu achei um capacitor variável menor do que esse que usei, também achei algumas
barras de ferrite maiores então pensei porque não refazer a antena.

O capacitor variável que achei cabe perfeitamente dentro do tubo, ele entra com um
pouco de pressão, não precisa nem colar, mas não deu certo, depois de confeccionar a
bobina eu medi a indutância que ficou bem maior que a outra, mesmo assim resolvi
testar.
A faixa ficou deslocada para a faixa de OL, então fui retirando espiras até que a
antena atuasse em 1710kHz, foi aí que percebi que não ia cobrir a faixa toda, chegou um
momento em que a antena ainda não atuava em 1400kHz e tendo como limite inferior
560kHz. Como o valor mín. do capacitor variável ficou bem alto, eu acabei desistindo da
idéia. Eu poderia tentar combinações com as secções também, mas como eu estava
fazendo outras coisas resolvi deixar isso pra depois.

Fiz um vídeo mostrando a diferença de sinal, o tempo não estava muito favorável e pra
ajudar uma tempestade com muitos raios estava próxima, tive sorte de ter pouca
oscilação no sinal.

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Watch Video At: https://youtu.be/APaPBIAdfGw

Antena de Ferrite para OM de 1 polegada

Essa é uma antena bem simples de montar e que vai surpreender pelo seu excelente
desempenho final. Além disso, ela é pequena e fácil de carregar, você pode deixar ela
solta ou presa por elásticos no receptor.

Abaixo eu faço um pequeno e breve resumo dos materiais e da montagem, coloquei o


valor da bobina como referência, se alguém que for montar tiver um medidor pode
comparar com o valor, esse valor não é crítico se respeitado a distância em que a bobina
vai ficar no tubo.

 - Materiais

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Quatro metros de fio 26 ou 28AWG.
Tubo de PVC de ¾ por 23 cm de comprimento.

Barras de ferrite para OM.


Um capacitor variável de plástico.

 - Construção

Enrolar 46 espiras de fio começando com 9 cm de distância do lado aposto ao capacitor


variável. Conectar a bobina em paralelo com o capacitor.

 - Valores medidos

Indutor - 344µH

Capacitor - 9 a 272pF

Faixa coberta pela antena - 515kHz a 1710kHz.

Se a bobina tiver no centro do tubo, a indutância fica maior e a faixa de cobertura vai se
deslocar para baixo, não chegando assim a 1710kHz. Pelo contrario, se a bobina ficar
mais na ponta do tubo a indutância será menor deslocando a faixa para cima. Se depois
de confeccionado a bobina, não chegar a 1710kHz, será necessário diminuir as espiras,
isso tem que ser feito uma espira de cada vez para não ficar com a indutância muito
baixa e deslocar a faixa de cobertura pra mais de 1710kHz.

Para a montagem dessa antena eu não aconselho o uso de ferrites de yoke, como a
quantidade usada é pouca (umas seis barras de ferrite são suficientes) fica fácil adquirir.

Como algumas barras que usei são de diâmetros diferentes eu tive que arrumar de um
jeito a preencher o máximo possível do tubo como mostro abaixo.

Para tampar eu colei um pedaço de acrílico com superbonder. Coloquei uns pedaços de
jornal por dentro para as barras da ponta não ficar soltas.

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A ligação do capacitor é bem fácil, uma olhada na imagem abaixo já diz tudo, só uma
pequena observação, alguns capacitores têm os terminais do outro lado, mas não deixa
de ser a mesma ligação.

Os terminais das pontas são os “positivos” e os dois do meio são o comum, isto é,
“negativo”. Coloquei entre aspas porque capacitor variável não tem polaridade, mas isso
facilita nas ligações.

Depois de terminado ficou assim:

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Para o acabamento no capacitor eu recortei alguns pedaços de papel, fiz um furo no
centro com um furador e com um pouco de cola branca misturada com água eu encaixei
os papeis no knob, fixei no variável e depois fui colando os papeis um em cima do outro
usando um pincel, ficou como na imagem abaixo.

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É possível conseguir todo esse material a um preço muito baixo no ferro-velho, toda
sucata de rádio AM-FM tem uma barra de ferrite e um capacitor variável, o fio esmaltado
tem nos transformadores. Gastei menos de R$10,00 em tudo e tive ótimos resultados.

Ainda pretendo colocar um pedaço de espaguete termo-retrátil preto pra não ter que ficar
passando fita crepe.

Abaixo alguns exemplos do uso dessa antena.

Rádio Imaculada Conceição

Watch Video At: https://youtu.be/ynOLqejjiIo

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Rádio Brasil

Watch Video At: https://youtu.be/j5cSsVXemCE

CPN Campinas

Watch Video At: https://youtu.be/SO2cJ3w4eIs

Acoplador de antena - Conclusão [Teste]

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Desde a semana passada venho fazendo testes com o acoplador e pelos resultados que
tive nas recepções feitas com meu rádio Sonymod. ICF-F12S fiquei bastante
entusiasmado. Eu sempre soube, em teoria, da influência que o descasamento das
impedâncias entre o rádio e a antena teria nas recepções, mas na prática não sabia da
grande diferença que poderia ocorrer, por isso fiquei também muito surpreso. Quero
dizer também que não usei um terra no acoplador por não ter uma aste e/ou cano de
ferro aterrado para ligar, usei somente a ligação do terra no rádio.

Abaixo uma imagem da disposição dos equipamentos.

Usei um varal de uns 25 metros como antena e um fio de uns 3 metros para a
interligação. Pode ser visto melhor na imagem abaixo.

Fiz também uns testes dentro de um quarto com o fio de 3 metros conectado a um trilho
de cortina.

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Observações:

- Notei que a maioria das derivações, da 24º em diante, não tem muita influência, talvez
seja pela banda de frequências que testei (5,9 - 18MHz), de acordo com as informações
do texto original, o acoplador cobre a faixa de 500 a 6.800kHz, note que testei numa
faixa bem superior;

desconectado, fica um ruído razoável até uns 10MHz, e entre 14 a
- Com o terra do rádio
18MHz o sinal das emissoras ficam um pouco mais fraco;

- Em alguns casos raros, o movimento das mãos nas proximidades da bobina afeta um
pouco na recepção, mas nada de grave.

Veja alguns vídeos que fiz durante os testes.

Funcionamento - Vídeo 01

Funcionamento - Vídeo 02

Funcionamento - Vídeo 03

Esses vídeos foram feitos dentro do quarto usando o trilho da cortina como antena.

Agora as diferenças da ligação direta da antena e depois passando pelo acoplador. O


primeiro vídeo foi feito também dentro do quarto, os outros dois com o varal.

Diferença - Vídeo 01

Diferença - Vídeo 02

Diferença - Vídeo 03

A diferença da ligação do terra do rádio.

E a antena dentro do quarto. E mais curioso é que onde moro, em Santo André, não
consigo fazer nenhum tipo de recepção e no interior de SP onde fiz esses vídeos, dentro
do quarto, a recepção é muito boa.

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Esse mostra como sinais fortes têm pouca influência do acoplador.

Conclusão

De um modo geral, o funcionamento do acoplador foi muito satisfatório, em alguns casos


parece até ser um amplificador de sinais, como pode ser observado nos vídeos das
diferenças de ligação direta da antena e depois passando pelo acoplador. Devem-se
levar em conta, também a região, as condições de propagação e os horários, que podem
influenciar na recepção, também não consegui uma boa conexão de terra para ligar junto
do conector da antena, isso só vou testar quando estiver na casa onde vou morar.

Qualquer dúvida, deixe um comentário

Acoplador de antena - Primeira parte [Montagem]

Esse é um equipamento indispensável para todo radioescuta, como, em breve, estarei


com um local fixo para fazer minhas escutas decidi montar e aproveito para mostrar todo
o processo que fiz.

Este é o esquema do acolpador, a postagem original você pode acessar aqui.

Componentes:

C1 - Capacitor variável de 250pF*


C2 - Capacitor variável de 365pF


C3 - Capacitor fixo de 270pF


J1 e J2 - Jacks de entrada e saída


SW1 - Chave seletora de 1 pólo 12 posições


SW2 - Interruptor simples

L1 - 112 voltas em um tubo


de 4,5 cm de diâmetro, 10 cm de comprimento** e fio 18
AWG com derivações conforme descrito no esquema.

(*)Usei um capacitor de 365pF no lugar.


(**)Essa é uma medida do esquema original, provavelmente quando usado fio


esmaltado, eu usei fio 18 tipo cabinho, o comprimento do tubo ficou com 29 cm.

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Esta é a placa que vai alojar os capacitores C1, C2 e C3, o interruptor SW2 e terminais de
ligação da bobina.

Esse é o lado dos componentes, repare nas furações perfeitas, hehe.

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Aqui é o detalhe do pequeno deslize que aconteceu quando fui cortar a placa, olha o
resultado abaixo.

Nada como um ovo cozido antes de dormir para acelerar o processo de cicatrização.

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Essa é a aparência da placa com os componentes. O conector azul é para o terra(centro)
e a bobina. O outro terminal é para o seletor da bobina(ponto A no esquema)

Tubo e as placas que usei para fixar a bobina. Início do enrolamento

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Furação da ripa de madeira que fiz a montagem(lado de baixo)

Furação da ripa de madeira que fiz a montagem(lado dos componentes)

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Aqui com as placas que fazem a fixação e ligação elétrica da bobina. Eu estava
imaginando uma forma de, ao mesmo tempo, segurar a bobina no tubo e conectar o
início e fim da bobina, como usei espaçador e parafuso de latão eu aproveitei e fiz essas
duas placas para as conexões elétricas. O parafuso que segura a bobina é aparafusado
por baixo junto com as arruelas de contato e a simples. Os parafusos que seguram
essas placas é encaixado por baixo da madeira, fixei as porcas com estanho para uma
melhor maneira de desmontar caso tenha algum problema. Fixei as placas para a
soldagem do terra, o resultado vocês podem ver na imagem abaixo.

A placa da bobina já com os terminais de entrada e saída.

O resultado da montagem vocês podem ver nas próximas imagens. Eu não quis colocar
a chave seletora porque não montei o acoplador dentro de uma caixa, no lugar coloquei
um simples fio com uma garra de jacaré para fazer a seleção manual.

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Detalhe das conexões da bobina.

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Aqui já com o fio do seletor no lugar

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Considerações finais

A montagem e o projeto das placas não teve muitos problemas, com muita paciência
consegui montar tudo em poucos dias. A confecção da bobina e suas derivações deram
um pouco de trabalho porque eu tinha que colocar, no fio, todos os termoplásticos que
iria usar juntos e toda vez que abria uma "boquinha" no fio para soldar a derivação, eu
tinha que segurar a bobina com as pernas para soldar.

Nos testes que fiz no apto que moro não deu para notar muitas diferenças nos sinais de
algumas estações que escutei, devido ao local que moro ser horrível para escutas, mas
notei as diferenças no áudio do rádio quando girei os variáveis e testei as dirersas
derivações nas bobinas. Como vou viajar essa semana, vou ter mais tempo para fazer
testes melhores que vou descrever na próxima parte.
Note que na imagem da montagem concluída, parece
que os terminais das derivações
da bobina estão tortos, isso é um efeito da foto que só fui observar agora.

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