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GRUPO 8
Etapa Acompanhamento
O estudo contido nesta etapa consiste na variação dos parâmetros do circuito mostrado na Figura 1
de forma a obter o maior ganho diferencial possível e o menor ganho de modo comum possível,
levando a uma razão de rejeição de modo comum (CMRR) elevada. A CMRR é, por definição, a razão
entre o ganho diferencial e o ganho de modo comum. Como é difícil, em um mesmo circuito, avaliar
ambos os ganhos separadamente, foram usados duas configurações para, em cada uma delas, obter os
parâmetros ideais para otimizar os ganhos diferencial e de modo comum. As Figuras 2 e 3,
respectivamente, mostram os diagramas usados para analisar o ganho diferencial e o ganho de modo
comum.
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Figura 2: Montagem simplificada para o circuito Figura 3:Montagem simplificada para o circuito de
diferencial modo comum
Os parâmetros de interesse são os seguintes:
● Valor da resistência Rref, que tem influência direta no valor da corrente de polarização.
● Valor da tensão contínua (offset) aplicada às duas entradas do amplificador diferencial.
● Dimensões W e L dos transistores.
Também há interesse em analisar a faixa de tensão diferencial na entrada que garante amplificação
linear, definindo a excursão máxima do sinal de entrada diferencial. Apesar da expectativa de que a
finalidade do circuito seja de operar em baixas frequências, a resposta em freqûencia do amplificador é
interessante para fins de análise. Assim, são avaliadas as variações dos ganhos diferencial e de modo
comum com a freqûencia e, então, analisa-se a variação do CMRR. Dessa forma, espera-se que, ao
final da etapa de acompanhamento, todos os parâmetros do primeiro estágio do amplificador
operacional estejam definidos de forma a garantir sua operação com maior CMRR possível, abrindo
caminho para a análise dos próximos estágios e finalização do projeto.
3. Resultados e Discussões
3.1-Dimensionamento e definição de parâmetros
Primeiramente, é importante ressaltar que o circuito mostrado na figura 1 foi dimensionado a fim de
se obter o maior CMRR possível. Para isso, na simulação realizada no LTSpice, o norte do grupo foi
verificar os parâmetros que poderiam ser variados a fim de que o maior ganho diferencial fosse obtido,
tendo em vista que o CMRR, por definição, é a razão entre o ganho diferencial e o ganho de modo
comum.
Utilizando a ligação mostrada na figura 2, simulou-se o circuito, utilizando os parâmetros do
Projeto 1. Esses parâmetros foram usados no momento inicial como uma referência, tendo em vista
que não foram realizados cálculos por fora da simulação. Sendo assim, baseado na nomenclatura
circuito da figura 1, iniciou-se a simulação com os seguintes parâmetros:
W e1 = W e2 = W 1 = W 2 = W 3 = W 4 = 20µm , le1 = le2 = l1 = l2 = l3 = l4 = 0, 6µm , Rref = 8kΩ .
Outros parâmetros, como já mencionado no item 2, foram pré-definidos, como V dd =− V ss = 2, 5V e
V dc(of f set) = 0V .
Tomando esses parâmetros como base, iniciou-se o processo para a obtenção do maior CMRR.Vale
a pena ressaltar que todos os gráficos apresentados a seguir, terão no seu eixo y, o ganho diferencial e
no eixo x o parâmetro a ser analisado.Além disso, o método utilizado para a obtenção do maior CMRR
se deu da seguinte forma:
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Repete o processo para outros parâmetros
Primeiramente, variou-se a largura dos transistores 3 e 4, como mostrado na figura 4.
Como pode-se ver pelo cursor, o maior ganho diferencial ocorre quando W 3 = W 4 = 1, 6µm. Logo
em seguida, realizou-se o .step de Rref, como mostrado na figura 5.
Como pode-se observar pela figura acima, optou-se pela escolha do resistor Rref= 50kΩ . O resistor
de referência foi dimensionado, parcialmente, com base na corrente. Como quería-se uma corrente de
polarização próxima de 500µA ( pois foi utilizada no Projeto 1) optou-se por balancear ganho
diferencial e corrente de polarização. Sendo assim, para esse valor escolhido tem-se um alto ganho e
uma alta corrente, como foi desejado. O próximo parâmetro a ser analisado foi a largura dos
transistores do espelho de corrente, como exibido na figura 6.
Figura 6: Comportamento do Ganho pela variação da largura dos transistores do espelho (Me1 e Me2)
O valor encontrado foi W e1 = W e2 = 2µm tendo em vista que é o pico de maior ganho. Por último,
plotou a resposta do .step do comprimento de canal dos transistores 3 e 4. Assim, como apresentado na
figura 7, l3 = l4 = 1, 6µm .
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Figura 7: Comportamento do Ganho pela variação do comprimento dos transistores 3 e 4
Embora o ganho fosse maior quanto maior fossem l3 e l4 , A relação de área por comprimento deve
ser de no minimo 1. Como W 3 = W 4 = 1, 6µm, logo 1, 6µm também é o máximo valor pro tamanho do
comprimento do canal. Vale ressaltar que também alterou-se o comprimento do canal do espelho,
porém como as variações foram mínimas, os resultados não serão apresentados. É importante também
ressaltar que os parâmetros dos amplificadores (MOSFETs 1 e 2) não foram alterados tendo em vista
que se objetiva a maior proximidade possível com o Projeto 1.
Sendo assim, tem-se finalmente todo o circuito dimensionado. Em resumo,
W e1 = W e2 = 2µm, W 1 = W 2 = 20µm, W 3 = W 4 = 1, 6µm , le1 = le2 = l1 = l2 = 0, 6µm,
l3 = l4 = 1, 6µm e Rref= 50kΩ.
3.2-Análises em CC e transiente
3.2.1- Diferencial
Com o circuito dimensionado por completo, pode-se simular o seu ponto de operação. Sendo assim,
como se pode observar na simulação “Diferencial.circ” obtêm-se os seguintes resultados mais
significativos, baseado no circuito da figura 2:
Como será mostrado mais detalhadamente nas seções seguintes, é interessante observar que as
correntes do amplificador são iguais. Em um caso ideal em que M1 e M2 sejam idênticos a corrente
que vem do espelho deve-se dividir igualmente para ambos, o que está ocorrendo. Outro ponto
interessante de se observar é que não se conseguiu um espelho de corrente perfeito, embora ele
também não seja totalmente desbalanceado pois existe apenas uma diferença de 1,4 µ A entre as
correntes. Sobre o ganho, 53,723 V/V foi o maior ganho diferencial obtido ao se considerar offset de
0V. Contudo, para fins didáticos decidiu-se verificar em qual ponto de polarização teria-se o maior
ganho diferencial, tendo em vista que pode ser útil para próxima etapa de projeto. O .step na figura 8
abaixo permite com que tenhamos esse valor.
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Sendo assim, percebe-se que para 1,58V tem-se o maior ganho diferencial. Além disso, é de extrema
importância verificar que só existe ganho diferencial significativo para a faixa de -2 a +2V de offset.
3.2.2- Modo comum
Utilizando os mesmos parâmetros definidos na seção 3.1, realizou-se uma outra montagem do
circuito para que fosse possível analisar e avaliar a tensão e o ganho de modo comum. O circuito
esquemático da figura 3 mostra como foi realizada essa montagem. O primeiro teste realizado, foi
verificar qual seria o ganho de modo comum para o caso sem offset, valendo ressaltar que se utilizou
uma frequência de 10kHz e uma amplitude de 10mV para a fonte de sinal senoidal. Sendo assim, como
pode ser observado na simulação “Modo comum.circ” , para esse ponto de polarização o ganho de
modo comum é de 0,036V/V.
Assim como feito para a montagem diferencial, decidiu-se avaliar como seria o comportamento do
ganho de modo comum com a variação do offset, tendo em vista que essa análise nos vai ser útil para
quando a temperatura começar a variar. A figura 9 abaixo mostra o .step realizado.
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utra situação simulada foi para verificar o limite da região de saturação em relação a tensão
O
diferencial( (V+) - (V-)), lembrando novamente, para um offset nulo. A figura 11 mostra o
comportamento do amplificador.
Figura 12: Efeito da excursão da tensão diferencial nas correntes dos amplificadores
Sendo assim fica evidente que quanto maior for a tensão diferencial, maior será o desbalanceamento
das correntes e consequentemente mais imprevisível ficará o amplificador. Vale ressaltar que a região
linear das correntes corresponde a excursão da tensão de entrada permitida no amplificador diferencial.
Ou seja, ao estar fora da faixa de excursão delimitada, o amplificador não apresentará o
comportamento desejado. Além disso, um fenômeno interessante de se observar é para o caso em que
se utiliza o ponto de polarização que apresentou o maior ganho diferencial, ou seja, 1,58 V de offset.
Como já mostrado, para esse ponto, embora se tenha um alto ganho diferencial, também se tem um
alto ganho de modo comum. Esse elevado ganho de modo comum faz com que a inclinação das curvas
aumente, como mostrado na figura 13.
Figura 13: Efeito da excursão da tensão diferencial nas correntes dos amplificadores
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3.4- Análises em frequência
Com os circuitos para avaliar o ganho diferencial e o ganho de modo comum prontos , pode-se analisar
seus comportamentos na frequência, sendo os resultados parecidos com o esperado. Primeiramente,
temos o comportamento do ganho diferencial na frequência, como mostrado na figura 14.
Como também era de se esperar, o ganho de modo comum é muito pequeno, cerca de 36mV/V em
baixas frequências. Já em altas frequências , após sua frequência de corte de 19,32MHz ele se torna
muito significativo e faz com que seja perdido o comportamento de amplificador do circuito
diferencial.
3.5- Resultados finais e análise do CMRR
Após a realização de todas as simulações e a obtenção dos ganhos diferenciais e de modo comum
para diferentes situações , escolheu-se duas para realizar a análise do CMRR, que é a taxa de rejeição
ao modo comum. Vale a pena ressaltar que nesta seção , embora os dados tenham sido colhidos no
LTSpice, as figuras foram plotadas no MATLAB, como mostram as rotinas em anexo. Primeiramente,
avaliou-se o comportamento do CMRR devido à mudança da polarização, no caso, a tensão de offset,
como pode ser visto na figura 16(a). Como mostrado na seção 3.1, o circuito diferencial se encontra na
saturação entre -2V e + 2V, o que também é evidente na análise do CMRR, já que, entre esses valores
o CMRR é extremamente elevado. Isso ocorre, pois, para grandes offset, embora o ganho diferencial
tenda a aumentar, o ganho de modo comum aumenta proporcionalmente mais, fazendo com que o
CMRR diminua, até se aproximar de 0, o que seria o pior caso. Sendo assim, novamente, é de extrema
importância trabalhar com o amplificador diferencial em sua faixa adequada.
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Outra análise realizada foi como o CMRR se comporta na frequência, como pode-se observar na
figura 16(b). Pela seção 3.4 este comportamento era previsível pois o ganho diferencial é alto em
baixas frequência ao passo que o ganho de modo comum é elevado em altas frequências. Sendo assim,
como o CMRR é dado por Adif/Acom, logo, ele é elevado nas baixas frequências, próximo a 65dB, e
extremamente baixo em altas frequências. Conclui-se então que para o amplificador funcionar como o
desejado deve-se trabalhar justamente nas baixas frequências, a fim de evitar o efeito das capacitâncias
intrínsecas presentes no circuito.
4. Anexos
[A] MindMup
5. Referências Bibliográficas
[1] SEDRA, S.; SMITH, K.. Microeletrônica. 5ª. Edição, Pearson Makron Books, São Paulo,
Brasil, 2005