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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA
Engenharia Eléctrica

[ESTUDO DE MONTAGEM EMISSOR


COMUM]

Relatorio Nº 01 de Eletrónica Complementar

Autores
Costa, Biquelton Sindique
Massange, Celso Eliote
Simbine, Adolfo Albino
Tambo, Manuel Sota
Jonasse, Leticia

Regente:
Eng˚ Luís Pililão
Monitor:
Celso André Tivane
Maputo, 2019

Costa, Biquelton Sindique

Massange, Celso Eliote

Simbine, Adolfo Albino

Tambo, Manuel Sota

Jonasse, Leticia

[ESTUDO DE MONTAGEM EMISSOR


COMUM]

Relatorio N˚01, referente à cadeira


de Eletrónica Complementar, pelo
curso de Engenharia Elétrica da
Universidade Eduardo Mondlane.
ÍNDICE

ĺNDICE
[Estudo de Montagem Emissor Comum] 4

1. INTRODUÇÃO
O amplificador é um dispositivo eletrônico constituído por três (3) blocos a destacar,
entrada, quadripolo activo e a saída, que ser para amplificar sinais. No presente relatório
ira se abordar da montagem do amplificador emissor comum, que este pode ser definido
como sendo um tipo de estágio de um amplificador electrónico baseado em
um transístor bipolar em série com um elemento de carga tal como um resistor. Ao
longo do trabalho serão contemplados ilustrações que facilitaram a compensam do
leitor, como circuitos, diagramas, dentre outros aspectos verificados na experiência
laboratorial.

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2. OBJECTIVOS
2.1.Geral
 Estudar a montagem do amplificador emissor comum.
2.2.Específicos
 Verificar o fenómeno de amplificação em um transístor;
 Analisar as principais características do amplificador emissor comum com
resistência de emissor acoplado;
 Verificar a influência dos capacitores de acoplamento;
 Verificar as consequências de algumas avarias.

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3. RESUMO TEÓRICO
3.1.AMPLIFICADOR EMISSOR COMUM

O termo "emissor comum" se refere ao fato de que o terminal do emissor do transístor é


conectado a uma ligação "comum", tipicamente a referência de 0 volt ou a terra. O
terminal do colector é conectado à carga da saída, e o terminal da base actua como a
entrada de sinal.

Figura 1. Circuito elétrico do amplificador EC

3.1.1. CONCEITOS IMPORTANTE

Entrada: malha a qual se aplica um sinal proveniente de uma fonte que se deseja
amplicar (input).

Saida: Circuito do qual se obtem um sinal simplificado. Designa-se a saida pelo


subscrito (output).

Distorcao: deformação no sinal de saida em relação a entrada.

Tensao de entrada (Vi): Tensão que é aplicada na entrada para ser amplificada.

Tensao de saida (Vo): Tensão alternada que se manifesta nos extremos da carga.

Corrente de entrada (I): corrente que é solicitada do gerador, pelo circuito de entrada.

Corrente de saida (Io): Corrente alternada que circula pela carga.

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Impedância de entrada (Zi): Resistência de entrada do amplificador, visto pelo gerador


ou fonte de sinal.

Vi
Zi = Eq .(1)
Ii

Impedância de saida (Zo): Resistência interna que apresenta Vo se outro dispositivo é


conectado saida do amplificador. Isto significa que o amplificador esta sendo usado
como fonte de sinal.

V0
Z 0= Eq .(2)
I0

Ganho de tensão (Kv): Relaciona as tensões de saida e de entrada.

V0
KV = Eq .(3)
Vi

Ganho de corrente (KI): É a relação entre as corrente de saida e de entrada.

I0
K i= Eq .(4 )
Ii

Ganho de potencia (Kp): É o coeficiente entre a potência AC absorvida pela carga e a


potência absorvida pelo circuito de entrada do amplificador.

K P=K v x K i Eq . ( 5 )

O circuito do emissor comum é constituído de um resistor de carga R C e de


um transístor NPN com a sua saída conectado; os outros elementos do circuito são
utilizados para a polarização do transístor e para o acoplamento/desacoplamento do
sinal. O resistor RE entre o emissor, liga o emissor e a terra o que contradiz a definição
estrita de "emissor comum", porém o termo ainda é apropriado neste caso pois, para
as frequências de interesse, o capacitor CE shunta o resistor do emissor. O resistor do
emissor aumenta a estabilidade e linearidade do amplificador, especialmente em
resposta às mudanças de temperatura.

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3.1.2. CARACTERÍSTICAS DO AMPLIFICADOR EM EMISSOR


COMUM
 Apresenta inversão de fase do sinal de saída em relação ao sinal de entrada;
 Altos valores de ganho de tensão e de corrente;
 Valor médio de resistência de entrada;
 Alta transcondutância;
 Alta resistência de saída;
 É usualmente utilizado para fornecer a parte principal do ganho de tensão
total em amplificadores com vários estágios;
 Num circuito amplificador em emissor comum, ocorre uma defasagem de
18O° entre a tensão do sinal de saída e a tensão do sinal de entrada (180° =
180 graus).

Neste tipo de transístor há uma inversão da fase do sinal que entra, portanto há uma
diferença de fase entre o sinal que entra e o que sai do transístor. O desfasamento de
180° do sinal de saída com relação ao sinal de entrada é expresso, matematicamente,
por meio de um sinal negativo (–) no valor do ganho de tensão (Kv) do estágio, o que
leva a um resultado com o mesmo sinal (–) para a tensão c.a. amplificada em sua saída
(Vout).

3.1.3. LOCALIZAÇÃO DO PONTO Q

Para que um amplificador transistorizado funcione adequadamente é necessário que o


ponto de funcionamento esteja a metade da recta de carga CC. Para isto a tensão V CEQ
deve ser igual a tensão de alimentação do circuito de polarização CC, a fim de permitir
a geração de um sinal CA simétrico na saída do amplificador. Quando esta condição não
é satisfeita o transistor poderá estar funcionando próximo à sua região de corte ou de
saturação ou à sua região de saturação, causando distorção do sinal de saída por
ceifamento.

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3.1.4. ANALISE DA IMPEDÂNCIA DE ENTRADA NO


AMPLIFICADORES EC
Como a Tensão Vi é aplicado ao circuito paralelo formado por R 1 e R2 e pelo transistor,
devemos então conhecer a resistência que apresenta o transistor para a fonte de Vi.
O sinal de entrada é aplicado ao circuito base-emissor, que é formado por um diodo,
cuja a curva característica é:

Gráfico 1.Curva característica

A polarização do diodo base-emissor vem determinada pelo ponto Q, que implica numa
corrente IE para uma tensão VBE. Ao aplicar-se Vi, esta produz uma variação em torno
desse valor de VBE; estas variações apresentam um ∆ V BE, que provoca a variação de IE=
∆ IE .

3.1.5. ANALISE DA IMPEDÂNCIA DE SAÍDA NO AMPLIFICADORES


EC
Semelhante ao caso anterior, devemos utilizar o circuito equivalente de AC para estudar
a impedância de saída. Nele observa-se que V0 é tomado pelo circuito paralelo formado
por Rc e pelo circuito Colector-
emissor, pelo qual devemos
analisar este último.

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Em condições de repouso, Q implica dois valores, IC e VBE para IB. Mantendo-se IB


constante provocamos variações de IC equivalente a ∆ I C . O coeficiente entre ambas
determina a resistência dinâmica do coletor, que coincide com a impedância de saída
deste, a qual chamaremos de Z 0( T )e será:

∆ V CE
Z 0(T) = Eq .( 6)
∆ IC

3.1.6. RELAÇÃO DE FASE

Gráfico 3. Relação de fase

3.1.7. CIRCUITO EQUIVALENTE

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O amplificador EC, pode garantir ganhos de corrente e tensão que são simultaneamente
maiores do que 1 ( e, portanto, um ganho de potência maior do que 1). Nesta ordem de
ideia é o único e o mais útil dos três tipos de amplificadores considerados. O sinal (-) do
ganho de tensão significa que um amplificador EC é sempre chamado “amplificador-
inversor” (a sua tensão de saída tem uma fase inversa com respeito a entrada”.

PARÂMETROS ABREVIATURA FORMULAS


Ganho de corrente do KI −hfe . Rent R
amplificador
a
KI = /(1+ L )
a
Ri Rc
Ganho de corrente do KI −hfe
K I=
transistor R
(1+ L )
RC
Resistencia de entrada Rent hie. R p
Rent =
com R p hie+ R p
Resistência de entrada Ri Ri=hie
sem R p
Ganho de tensão do KV −hfe
a
KV =
amplificador a
1 1
hie( + )
RL RC
Resistência de saída com R saida R .R
RL R saida= 0 L
R 0+ R L

Resistência de saída sem R0 R0 =R C


RL

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Ganho de tensão de sinal KV R ent


s
K V =K V
s a
Rs + R ent
Ganho de potencia KP K P=K V . K Ia a

Tabela 1. Parâmetros principais do amplificador EC

3.1.8. APLICAÇÃO

Os circuitos emissores comuns são utilizados para amplificar sinais de baixa voltagem,
tais como os sinais de rádios fracos captados por uma antena. Eles também são
utilizados em uma configuração especial de circuito analógico conhecida como fonte de
corrente, onde uma única entrada compartilhada é utilizada para controlar uma série de
transístores idênticos, cada uma dessas correntes de saída será aproximadamente igual
às outras, mesmo que estes transístores estejam controlando cargas de saída distintas.

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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1. TRABALHO A REALIZAR

4.1.1.Experiência I
4.1.2.Montar o circuito de Autopolarização e medir as tensões contínuas de base,
colector e emissor, e a corrente contínua de colector;
4.1.3.Aplicar á entrada uma tensão alternada senoidal de 1kHz, de modo a obter na
saída a máxima amplitude sem distorção. Com auxílio do osciloscópio em AC,
medir o sinal de tensão pico á pico da base, colector e emissor, registando as
formas de onda e desfasamentos relativamente a entrada e com o osciloscópio em
DC, registar as ondas na base, colector e emissor. Calcular o ganho de tensão;
4.1.4.Introduza em série com a entrada, entre o gerador de sinal e o condensador, uma
resistência variável de 10kΩ no seu valor mínimo. Aumente gradualmente a
resistência até que a tensão de saída seja a metade da medida anterior. Retirar a
resistência e medir o seu valor naquele ponto, esta é a resistência de entrada do
amplificador.
4.1.5.Do circuito do ponto 4.2., introduza uma resistência variável de 10kΩ no seu valor
máximo, como carga do amplificador (entre a saída e a massa). Diminua
gradualmente o valor desta resistência até que a tensão de saída seja metade do
seu valor anterior, mas sem distorção. Retirar a resistência e medir o seu valor
naquele ponto, esta é a resistência de saída do amplificador.
4.2. Experiência II
4.2.1.Do circuito inicial, para todas situações abaixo indicadas, medir as tensões pico a
pico de emissor, colector e base:
4.2.1.1. Condensador de entrada C1 aberto;
4.2.1.2. Resistência R2 aberta;
4.2.1.3. Resistência Re aberta;
4.2.1.4. Condensador de emissor curto-circuitado;
4.2.1.5. Condensador C2 aberto;
4.2.1.6. Condensador C2 curto-circuitado;
4.2.1.7. Colector-emissor aberto (retirar o transístor).
4.2.2.Retirar o condensador do emissor, procurar a tensão máxima na saída sem
distorção e medir a tensão pico á pico de colector, emissor e base. Calcular o
ganho de tensão do amplificador e compara-lo com o calculado no ponto 4.1.2.
4.2.3.Repetir os pontos 4.1.3. e 4.1.4. Com o circuito referenciado no ponto 4.2.2. e
comparar os valores indicados neste ponto, com os dos pontos mencionados.

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5. MATERIAL DISPONÍVEL
 Transístores Bipolar de Junção;
 Resistências e Reóstatos;
 Painel de montagem;
 Condutores de ligação;
 Osciloscópio, fonte de tensão AC e DC;
 Multímetros.

6. CIRCUITOS DE ENSAIO

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RESULTADOS
RESULTADOS ANALÍTICOS

R p . hie
Rent = =0,92k
R p +hie

R 0 . RL
R saida= =0,923 k
R 0+ R L

−hfe 50
KV = = =−41,95
( 1 1
) 1
(1
)
a

hie + 1,1k +
R L RC 1,5 k 2,4 k

Rent
k vas=kva =−38,60
Rent + Rs

RESULTADOS EXPERIMENTAIS
MONTAGEM DE CIRCUITO DE AUTOPOLARIZAÇÃO

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Figura 2. Medição das tensões continuas

Tensões continuas e corrente no coletor


VE (V) VB (V) VC (V) IC(mA)
1.15 1.82 7.50 0
Tabela 2. Tensões e corrente no coletor em autopolarização

Tensões continuas de pico


VE (V) VB (V) VC (V)
1.15 1.82 7.58
Tabela 3. tensões continuas de pico

Experiência 2

C1 - aberto

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VB(V) VE(V) VC(V)


1,87 1,21 7,32

R2 Aberto

VB(V) VE(V) VC(V)


3,27 2,58 2,60

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RE aberto

VB(V) VE(V) VC(V)


1,91 1,59 12

ce em curto-circuito

VB(mV) VE(V) VC(mV)


696,15 0 30,11

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c2 aberto

VB(V) VE(V) VC(V)


1,87 1,21 7,32

C2 em curto circuito

VB(V) VE(V) VC(V)


1.87 1.21 2,16

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Retirando o TBJ

VB(V) VE(V) VC(V)


1,91 0 12

Retirando o ce

VB(V) VE(V) VC(V)


1,87 1,21 7,32

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CONCLUSÕES

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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