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Departamento de Engenharia Elétrica

Laboratório de Instrumentação e Controle – TE333

Experimento 1 – Amplificadores Operacionais


Prof. Gideon Villar Leandro

Aluno Nº matrícula Data:21/09/2021


Henrique Martins Domanski GRR20182088

1. Objetivos:
• Familiarizar o aluno com uso de amplificadores operacionais.
• Fixar os conhecimentos sobre análise de amplificadores operacionais e suas configurações
2. Teoria envolvida: Amplificadores operacionais, Leis de Kirchhoff, função de transferência.
3. Amplificador inversor ou ganho:
Monte o circuito a seguir, sendo Ri = 10kΩ e Rf = 100kΩ.

Amplificador inversor
Alimente o circuito com as tensões informadas, e faça as medidas indicadas na tabela a seguir. Através da relação
e0(t)/ei(t) encontre o valor do ganho A. Através da relação -Rf/Ri encontre o valor do ganho teórico At. Comente os
resultados.

ei(t) (V) v1(t) (V) v2(t) (V) e0(t) (V) A At


0,5 1,02 m 0 -4,98 -9,96 -10
1 1,85 m 0 -9,97 -9,97 -10
1,5 443,61 m 0 -10,09 -6,73 -10

O resultado teórico obtido leva em consideração que a entrada inversora e a não inversora são iguais a zero por estarem
conectadas com a massa virtual e com o terminal de terra respectivamente.
A diferença observada entre os resultados prático e ideal ocorre pelo fato de que a massa virtual na entrada inversora
não é ideal. Sendo assim seu valor de tensão não é 0 como esperado (1,02 mV para uma entrada ei(t) = 0,5 V, por
exemplo). Isso faz com que a tensão na saída seja um pouco mais baixa do que o resultado esperado para um ganho
ideal.

4. Amplificador inversor ou ganho com carga:


Monte o circuito a seguir, sendo Ri = 10kΩ, Rf = 100kΩ e ei(t) = 1 V.

Amplificador inversor com carga


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Alimente o circuito com a tensão informada, e faça as medidas indicadas na tabela a seguir. Através da relação e0(t)/ei(t)
encontre o valor do ganho A. Comente os resultados.

Rc v1(t) (V) v2(t) (V) e0(t) (V) i0(t) (A) A


1k 55,6 m 0 -9,38 -9,38 m -9,38
100Ω 382,37 m 0 -5,77 -57,69 m -5,77
10Ω 796,92 m 0 -1,19 -118,81 m -1,19
Ao se adicionar um resistor de carga no terminal de saída, temos o aparecimento de uma corrente i0(t). Quanto maior a
resistência RC, maior a tensão no terminal e0(t) e, consequentemente, menor a corrente i0(t) que flui pela carga, desse
modo o ganho do circuito fica mais próximo ao ganho ideal do amplificador inversor. Podemos perceber, também, que
com a diminuição de RC a tensão no terminal inversor v1(t) aumenta o que comprova o menor ganho.

5. Amplificador Somador

Monte o circuito a seguir, sendo R1 = 100kΩ, R2 = 200kΩ e Rf = 390kΩ.

Amplificador somador
Alimente o circuito com a tensão informada, e faça as medidas indicadas na tabela a seguir.

v1(t) (V) v2(t) (V) e0(t) (V)


e1(t) = 0,3V 1,01 m 0 -1,72
Deduza a função de transferência para o amplificador somador. Calcule teoricamente a saída e0(t) para os valores dados
de Rf, R1, R2 e e1(t). Comente os resultados prático e teórico.

O resultado teórico é obtido pela função de transferência que leva em consideração que a entrada inversora e a não
inversora são iguais a zero por estarem conectadas por estarem conectadas com a massa virtual e com o terminal de terra
respectivamente. Com isso, a saída do somador é a soma ponderada dos sinais de entrada e1(t) e e2(t) = e1(t) que pode
ser expressa pela seguinte fórmula:
𝑒1 ∙ 𝑅𝐹 𝑒2 ∙ 𝑅𝐹
𝑒𝑜 = − ( + )
𝑅1 𝑅2

A diferença observada no resultado prático ocorre pelo fato de que a massa virtual na entrada inversora não é ideal.
Sendo assim seu valor de tensão não é 0 como esperado, mas sim 1,01 mV. Assim, a tensão na saída é um pouco mais
baixa.
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6. Amplificador Integrador
Monte o circuito a seguir.

Amplificador integrador

Usando o gerador de funções, ajuste a fonte de tensão ei(t) para onda quadrada, frequência 2500Hz e amplitude
1VPP, com ciclo de trabalho (duty cicle) de 50%. Sendo Ri = 10kΩ, Rf = 10kΩ e Cf = 10nF. Depois troque Rf = 100kΩ
e novamente para 1MΩ. Esboce gráficos para os três casos, contendo o sinal de entrada e as saídas. Deduza a função
de transferência do amplificador integrador e encontre os respectivos pólos e zeros. Faça uma análise quanto a
localização do pólos e das respostas.

• Ri = 10 kΩ, Rf = 10 kΩ e Cf = 10 nF
Saída e entrada do Amp. Integrador em função do tempo

Entrada em verde e saída em roxo

Diagrama de Bode do Amp. Integrador


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• Ri = 10 kΩ, Rf = 100 kΩ e Cf = 10 nF
Saída e entrada do Amp. Integrador em função do tempo

Entrada em verde e saída em verde oliva

Diagrama de Bode do Amp. Integrador

• Ri = 10 kΩ, Rf = 1 MΩ e Cf = 10 nF
Saída e entrada do Amp. Integrador em função do tempo
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Entrada em verde e saída em roxo


Diagrama de Bode do Amp. Integrador
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O funcionamento do amplificador integrador ocorre de maneira adequada para frequências maiores do que as
frequências dos polos. Com o aumento do valor de RF os polos diminuem se deslocando para a esquerda. Assim, a
largura de banda do integrador diminui, se aproximando do comportamento do integrador ideal. Isso pode ser observado
nos diagramas de Bode acima em que os polos foram destacados com o marcador. Como em todos os casos a frequência
da fonte é maior do que a frequência dos polos, todos os circuitos acima funcionam como integradores. Para os casos
em que RF = 100 kΩ e RF = 1 MΩ, a saída é o sinal triangular esperado pela integração da onda quadrada. Já para o caso
de RF = 10 kΩ, o sinal triangular gerado não tem a mesma amplitude da entrada e apresenta uma forma um pouco
diferente da esperada. Isso ocorre possivelmente devido ao baixo ganho apresentado nesta configuração para essa
frequência. A diferença na função de transferência entre o comportamento ideal (linha preta contínua) e real (linha preta
contínua em negrito) pode ser facilmente observada na figura a seguir. Ao aumentarmos o valor de RF diminuímos os
polos e, consequentemente, a resposta do integrador prático se aproxima mais daquela observada em um integrador
ideal.

Figura 1
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Integrator
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7. Amplificador Derivador
Monte o circuito a seguir.

Amplificador derivador

Usando o gerador de funções, ajuste a fonte de tensão ei(t) para onda triangular, frequência 250Hz e amplitude
1VPP. Sendo Ri = 1kΩ, Rf = 100kΩ e Ci = 10nF. Depois troque Ri = 10kΩ e novamente para 39kΩ. Esboce gráficos para
os três casos, contendo o sinal de entrada e saída. Deduza a função de transferência do amplificador derivador e
encontre os respectivos pólos e zeros. Faça uma análise quanto a localização do pólos e das respostas.

• Ri = 1kΩ, Rf = 100kΩ e Ci = 10nF


Saída e entrada do Amp. Derivador em função do tempo

Entrada em verde e saída em roxo

Diagrama de Bode do Amp. Derivador


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• Ri = 10kΩ, Rf = 100kΩ e Ci = 10nF


Saída e entrada do Amp. Derivador em função do tempo

Entrada em verde e saída em roxo

Diagrama de Bode do Amp. Derivador

Ri = 39kΩ, Rf = 100kΩ e Ci = 10nF


Saída e entrada do Amp. Derivador em função do tempo

Entrada em verde e saída em roxo


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Diagrama de Bode do Amp. Derivador


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O processo de derivação ocorre para frequências menores do que as frequências dos polos. Sendo assim, todos os casos
acima funcionam como derivadores. Todavia, é evidente que o comportamento do caso em que Ri = 1 kΩ é o que mais
se aproxima ao de um derivador ideal. Os casos para valores maiores de Ri apresentam um sinal de derivação como
saída, porém com uma forma um pouco diferente da esperada. Isso ocorre, pois, quanto menor Ri, maior é o valor da
frequência dos polos. Desse modo, o comportamento do diferenciador se aproxima do ideal com a diminuição de Ri.
Nos diagramas de Bode acima fica evidente a diminuição das frequências dos polos (indicados pelos marcadores em
vermelho) com o aumento no valor de Ri. Isso faz com que o comportamento passe de algo próximo ao ideal (figura 2)
para um comportamento observado na prática (figura 3).

Figura 2 Figura 3
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Differentiator

Obs: Cada grupo deve entregar este relatório na data marcada. Se houver cálculos estes devem ser apresentados

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