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INTRODUÇÃO

Um amplificador diferencial é um amplificador que multiplica a diferença entre duas entradas


por um valor constante (o ganho diferencial). Sendo este o estágio de entrada da maioria dos
amplificadores operacionais. Dadas duas entradas V 1 e V 2 um amplificador diferencial perfeitamente
simétrico dá uma saída V0.

𝑉0 = 𝐾𝑑(𝑉1 − 𝑉2)
Onde: Kd é o ganho deferencial

A razão de rejeição de modo comum é comumente definida como a razão entre o ganho de modo
diferencial e o ganho de modo comum (Ac):

A principal função desta configuração é amplificar a diferença (e somente a diferença) de dois


sinais de entrada. Esta configuração é largamente utilizada em projetos de circuitos
integrados analógicos e digitais.
AMPLIFICADOR DIFERENCIAL

Um amplificador diferencial consiste de dois transistores de entrada, uma fonte de corrente


que polariza este par e dois resistores de carga. Esta configuração permite que dois
transitores do mesmo tipo sejam conectados de tal forma que uma tensão difenrencial ou
não na saída seja proporcional a diferença de duas tensões aplicadas.

Figura 1 – Configuração do par diferencial bipolar

A principal característica do amplificador diferencial e a sua capacidade de amplificar a


diferença dos sinais de entrada sem amplificar o sinal de modo comum. O amplificador
diferencial (AD) é importante no estudo dos amplificadores operacionais (AO), pois ele é
o primeiro estágio de um AO estabelecendo algumas de suas principais características.

Figura 2 – Amplificador diferencial ideal

No caso ideal VS = Ad.Vd = Ad.(V1 – V2) onde Ad = Ganho diferencial de tensão


Vd = V1 – V2= sinal diferença ou sinal erro
Se V1 = V2 então Vd = 0 e portanto VS= 0

Na pratica existirá sempre uma pequena tensão na saída quando V1 = V2 (situação esta
chamada de modo comum). No caso de um AD real a expressão da tensão de saída em
função das entradas é dada por:
Vs =Kd.Vd + V’0

como V’0 = Kc *Vc Então Vs = Kd.Vd + Kc *Vc


Onde Vc = (V1 + V2)/2 = sinal em modo comum e Kc = Ganho em modo comum.
Está claro pelo exposto que no caso de um AD ideal o valor de Kc = 0.

ANÁLISE DO AMPLIFICADOR DIFERENCIAL EM CC E CA POLARIZAÇÃO CC

POLARIZAÇÃO CA

gráfico de tensão alternado quando é polarizado na base


TENSÃO / CORRENTE DE COMPENSAÇÃO (OFFSET)
TENSÃO DE OFFSET DE ENTRADA

𝑉𝑂𝑆 =

CORRENTE DE OFFSET DE ENTRADA

GANHO DIFERENCIAL (GANHO DE MODO COMUM, CMRR)


Figura 3 – Amplificador Diferencial com Entrada Dupla em Fase ou em Modo Comum

O ganho diferencial pode ser determinado com as entradas em igualdade de amplitude,


mas em oposição de fase. Isto força o valor médio das entradas para zero.
• O ganho modo‐comum pode ser determinado, ligando‐se as duas entradas juntas de
forma que elas sejam alimentadas pela mesma tensão Vcm.
• A TENSÃO COMUM PARA AMBAS AS ENTRADAS É CHAMADA TENSÃO
DE MODO‐COMUM.

Uma medida de mérito para o amplificador diferencial é a relação de rejeição de


modocomum, usualmente expressa em dB:

AMPLIFICADOR DIFERENCIAL COM SAÍDA ASSIMÉTRICA

Resumo de Modo de trabalho de uma amplificador deferencial

Modo Diferencial: Para V1=V2 e supondo F>>1, as correntes de agregador e emissor da


cada etapa são iguais. Todas estas correntes têm magnitudes iguais (aproximadamente) a
IEE/2 devido à simetria do circuito e à corrente é despresivel que circula por RE. Se
incrementamos V1 em v/2 e simultaneamente diminuímos V2 em v/2, o sinal de saída
aumenta em v advertir que o circuito funciona em modo linear enquanto v<4VT.

Modo Comum: Consideremos que as duas tensões V1 e V2 aumentam em v/2. A tensão


diferencial Vd permanece nula enquanto Ic1 e Ic2 são iguais. Não obstante a tensão VÊ
aumenta.

Portanto dependendo do sinal primeiramente, o amplificador diferencial actua ou bem


como etapa em emissor comum ou bem como etapa em emissor comum com resistência
de emissor. Portanto o ganho desta etapa é notavelmente maior no funcionamento como
modo diferencial que como modo comum. Normalmente os amplificadores diferenciais
desenham-se de forma que a efeitos práticos só resultem amplificadores dos sinais
diferenciais.

PRINCÍPIOS DE REALIMENTACAO
REALIMENTACAO NEGATIVA

A estrutura geral dum amplificador realimentado pode ser representada pelo seguinte
diagrama de fluxo de sinal, em que x pode representar quer um sinal de tensão, quer de
corrente.

O amplificador básico A (ao qual é aplicada realimentação) tem transmissão unilateral


com um ganho A, pelo quexo=Axi
A saída xo alimenta quer a carga, quer o bloco de realimentação, que admitimos ter
transmissão unilateral com um valor designado factor de realimentação.
A forma como a saída alimenta o bloco de realimentação designa-se amostragem e pode
revestir duas formas: amostragem de tensão ou amostragem de corrente.

O sinal de realimentação xf é subtraído ao sinal da fonte xs, produzindo um sinal xi que é a


entrada do amplificador básico: xi = xs – xf. A realização prática desta subtracção
denomina-se comparação ou mistura e pode ser feita de duas formas: em série ou em
paralelo.

Num amplificador genérico que tem uma realimentação, quando uma amostra do sinal de
saída é reintroduzida na entrada. A ligação entre a entrada e a saída é feita através de um
bloco de realimentação que, no caso mais trivial, pode ser constituído por uma simples
malha resistiva.
Desta forma, o percurso através do amplificador e do bloco de realimentação constitui
uma malha fechada denominada malha de realimentação. O ganho ao longo desta malha
de realimentação, isto e, partindo, por exemplo, da entrada do amplificador e regressando
ao mesmo ponto, chamase ganho em anel.
Na banda de trabalho do amplificador, o ganho em anel é dado por um número real e
pode ser positivo ou negativo. Diz-se que a realimentação é negativa quando o ganho em
anel é negativo.
Pode documentar-se mais aprofundadamente sobre a realimentação consultando o texto
complementar sobre a teoria da realimentação.

TEOREMA DE REALIMENTAÇÃO
A estrutura geral dum amplificador realimentado pode ser representada pelo seguinte
diagrama de fluxo de sinal, em que x pode representar quer um sinal de tensão, quer de
corrente.

Exemplo de diagrama de fluxo com sinais de tensão:

Diagrama de fluxo com sinais de corrente:

Por outro lado, o ganho realimentado resulta praticamente independente do ganho do


amplificador básico, esse sim, fortemente condicionado pelas variações dos parâmetros
dos transístores que o constituem. Apenas se requere que o amplificador básico tenha um
ganho suficientemente elevado para que seja  A » 1. É por esta razão que se fabricam
AmpOps com ganhos muito elevados.
A análise dum amplificador realimentado pode fazer-se usando o método habitual de
análise dum amplificador, i.e., recorrendo às leis dos circuitos para a obtenção dos
valores dos seus parâmetros: ganho, resistência de entrada e de saída. Todavia, a análise
clássica não permite extrair facilmente conclusões da dependência dos parâmetros do
amplificador em relação aos valores dos componentes utilizados e à topologia do circuito,
aspecto que é crucial em fase de projecto.

Em contrapartida, a expressão fundamental da realimentação, acima apresentada, indica,


relativamente ao ganho desejado, como poderemos obtê-lo actuando sobre os valores do
ganho em malha aberta e do factor de realimentação.

Acresce que, relativamente às resistências de entrada e de saída, se obtêm expressões que


mostram como a partir do conhecimento dos valores dessas resistências, em malha aberta,
se podem derivar os valores em malha fechada, uma vez mais recorrendo ao
conhecimento de e de A.

O bloco β representa a malha de realimentação que, pode ser tão simples como um
simples fio de ligação ou ter uma configuração complexa. A saída xo alimenta quer a
carga, quer o bloco de realimentação, que admitimos ter transmissão unilateral com um
valor β (designado factor de realimentação), pelo que produz uma amostra da saída x f = β
xo.
O bloco de realimentação é suposto ter transmissão apenas no sentido da saída do circuito
para a sua entrada. Esta suposição, num caso prático, não só não é verdadeira, como a
transmissão num sentido pode ser da mesma ordem de grandeza da transmissão no
sentido inverso. Todavia, a transmissão da entrada para a saída é, geralmente, desprezável
comparada com a transmissão através do amplificador básico. Podemos admitir, assim,
em boa aproximação, que o bloco de realimentação é unilateral.
Admitimos também que o factor de realimentação β é independente, quer da resistência
da fonte, quer da resistência de carga.
A forma como a saída alimenta o bloco de realimentação designa-se amostragem e pode
revestir duas formas: amostragem de tensão ou amostragem de corrente.
A amostragem diz-se de tensão quando a ligação ao bloco de realimentação é feita em
paralelo com a saída. Reconhece-se facilmente pois, se anularmos a tensão Vo, anula-se o
sinal de realimentação xf. Em contrapartida, se anularmos a corrente Io, não se anula o
sinal xf.
A amostragem diz-se de corrente quando a ligação ao bloco de realimentação é feita em
série com a saída. Reconhece-se facilmente pois, se anularmos a corrente I o, anula-se o
sinal de realimentação xf. Em contrapartida, se anularmos a tensão Vo, não se anula o
sinal xf.

O sinal de realimentação xf é subtraído ao sinal da fonte xs, produzindo um sinal xi que é a


entrada do amplificador básico: xi = xs – xf. A realização prática desta subtracção
denomina-se comparação ou mistura e pode ser feita de duas formas: em série ou em
paralelo.
A comparação diz-se série, de tensões ou em malha, quando existe na entrada uma malha
onde os sinais (tensões) envolvidos na comparação se encontram em série. Assim, a
expressão analítica da comparação, xi = xs – xf, toma a forma: Vi = Vs – Vf.

A comparação diz-se paralelo, de correntes ou num nó, quando existe na entrada um nó


onde convergem os sinais (correntes) envolvidos na comparação. Assim, a expressão
analítica da comparação, xi = xs – xf, toma a forma: Ii = Is – If.

Tendo em conta que xo = A xi, que xf = β xo e definindo como Af = xo / xs o ganho


realimentado (ou em malha fechada) do amplificador global, resulta facilmente:

Notemos que, uma vez que β = 0 significa a abertura da malha de realimentação, o ganho
do amplificador básico A representa, afinal, o ganho em malha aberta do amplificador
global, i.e.:
• com amostragem de tensão Rof = Ro / (1+β A )
• com amostragem de corrente Rof = Ro (1+β A )
• com comparação série Rif = Ri (1+β A )
• com comparação paralelo Rif = Ri / (1+β A )

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICA DE UM AMPLIFICADOR REALIMENTADO


NEGATIVAMENTE

A primeira característica de qualquer amplificador realimentado negativamente é o seu


ganho que é sempre reduzido. A baixa redução do ganho permite obter muito melhores
características do amplificador realimentado.

ESTABILIDADE DE GANHO

Os diversos factores (temperatura, substituição de transístores) que podem causar uma


instabilidade do ganho. A variação relativa do ganho, pode ser apresentada pela seguinte
expressão:
|dkr/kr|=(1/(1+γkr))*|dk/k|

Assim uma dada variacao percentual em k ficara reduzida, no ganho global kr, pelo factor
|1+γk|>1. Em particular se |γk|>>1 tem-se: kr k/γk=1/γ

DISTORÇÃO DE NÃO –LINEARIDADE

Uma vez que o ganho dum amplificador realimentado negativamente se aproxima duma
grandeza, que depende dos parâmetros do amplificador básico tanto menos quanto maior
for o produto
│γK│. (em limite de 1/γ), é de se esperar que a característica de transferência global do
amplificador realimentado seja substancialmente mais linear do que a do amplificador
básico. Em consequencia disso, as distorções de não-linearidade diminuem grandemente
e pode mesmo ser projectado um amplificador de modo a que não introduza praticamente
nenhuma distorção. Porém, existe uma limitação no grau de não-linearidade, que a
realimentação pode corrigir. Cada amplificador tem um limite rígido em relação aos
niveis de sinal de saída que podem fornecer. Estes limites, que decorrem no facto de os
transistores do amplificador ficarem em corte, saturados ou entrarem em pontos em
acentuadas não-linearidade, não podem ser removidos pelo efeito de realimentação.

BANDA DE PASSO
O ganho dum amplificador básico em altas frequencias, calcula-se pela formula geral,

K(2) = K(0)/ (1 + γf/f2(K)),

Em que: f2(K) _ é frequência limite superior relactiva a K; K(0) _ é o ganho em médias


frequências.

Kr(0) é o ganho do amplificador realimentado em médias frequências;

Kr(0) = K(0)/(1 + γK(0))

E f2 (Kr) _ a frequência limite superior do amplificador realimentado relactiva a Kr;

F2(Kr) = f2(K)(1 + γK(0))

O ganho em baixa frequência, temos;

K(1) = K(0)/(1 – jf1(k)/f)

Em que: f1(k) _ frequência limite inferior relativa a K

f1(Kr) -frequência limite inferior relativa a Kr


f1(Kr) = f1(k)/(1 + γK(0))

Uma realimentação negativa alarga a banda de passo do amplificador básico, ou seja,

∆f2-1(r) = f2(Kr) – f1(Kr) > ∆f2-1 = f2(K) – f1(k)

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