Você está na página 1de 9

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E


INFORMÁTICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
ELÉTRICA

PROF. JOSÉ GUTEMBERGUE DE ASSIS LIRA

LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA

MARIA NATHÁLIA DE FREITAS NUNES - 118210742

EXPERIMENTO 1
AMPLIFICADOR OPERACIONAL

Campina Grande - PB
10/01/2023
1. Introdução Teórica
Desenvolvidos da era das válvulas e aprimorados com a chegada do
transistor, os amplificadores operacionais ganharam fama e tornaram-se
componentes populares na eletrônica analógica devido a imensa quantidade de
aplicações que possuem. Com tamanha importância, o amplificador
operacional faz-se um componente indispensável do estudo na eletrônica,
levando-o a ser alvo do assunto tratado no presente relatório.
O amplificador operacional é um componente que pode ser descrito com
apenas cinco terminais – sendo dois deles utilizados para alimentação
simétrica ou não – com a capacidade de amplificar a diferença de tensão entre
dois dos seus terminais, apresentando o resultado em um terceiro terminal
(chamado terminal de saída). Em termos matemáticos, pode-se dizer que:
𝑉𝑠𝑎í𝑑𝑎 = 𝐴(𝑉+ − 𝑉−)
Onde, A representa o ganho do amplificador, 𝑉+ é a entrada não
inversora e 𝑉− a entrada não inversora. O símbolo associado ao amplificador
operacional pode ser conferido na Figura 1.

Figura 1. Símbolo do amplificador operacional

Como o ganho em malha aberta de um amplificador operacional (A) é


teoricamente infinito (na prática o ganho é limitado, porém muito grande),
qualquer que seja a diferença de tensão entre seus terminais de entrada,
resultaria em um ganho infinito positivo ou negativo na saída. Por outro lado, a
alimentação do amplificador, VS, limita o valor da tensão de saída. Com isto,
tem-se apenas dois estados possíveis para o ganho em malha aberta: 𝑉𝑆+ ou
𝑉𝑆−. Esta função é normalmente utilizada para construção de comparadores.

2. Objetivos
Realizar a montagem de circuitos com amplificadores operacionais estudados
previamente em aula teórica no laboratório de eletrônica, visando a comparação de
resultados obtidos com cálculos previamente estipulados.
3. Desenvolvimento Experimental

COMPARADOR DE TENSÃO AC

No início desta série de experimentos montei o “bloco” de componentes que


acho mais prático dentre os vistos com amplificadores operacionais, a primeira
montagem foi o Comparador de Tensão AC. Para realizar este experimento, foi
aplicada na entrada não inversora um sinal Vi, no qual, utilizei uma fonte geradora
de sinal senoidal, triangular e quadrada disponível na bancada do laboratório.
A fim de análise e comparação do que vi na disciplina teórica, foi monitorado
a saída e a entrada com um osciloscópio e observei que para uma onda triangular
na entrada, a saida Vo saturou para 12v quando a entrada não inversora do
aplificador era superior a entrada inversora (ou referência). Em conformidade com a
teoria, a saida Vo saturava para Vo = -12v quando a entrada não inversora era
inferior que a entrada inversora. A relação desta análise pode ser dada por:

Vcc+ > Vcc- = 12v


Vcc+ < Vcc- = -12v

Um ponto importante que foi notado, foi que a frequência do sinal de entrada
e do de saída mudaram da mesma maneira da alteração, ou seja, quando altero a
frequência do sinal de entrada vi alteração equivalente na frequência do sinal de
saída Vo.
O que pude notar neste experimento foi exatamente o que vi quando
estudava sobre o comparador de tensão: sem realimentação negativa, teremos um
amplificador trabalhando na região de saturação, ou seja, teremos nosso ganho
infinito na saída e a visualização de uma onda quadrada em Vo.

COMPARADOR DE TENSÃO DC

Na segunda montagem o bloco de montagem foi quase o mesmo, mas com


um potenciômetro e dois LEDs que abrilhantaram a visualização e entendimento, o
que divergiu do anterior foi o sinal de entrada aplicado, neste caso teremos um
comparador de tensão DC. A entrada foi uma fonte contínua que variava entre 12v e
-12v, essa variação de tensão era feita com um potenciômetro ligado na entrada.
Além disso, para visualizar o comportamento semelhante a montagem 1, na saída
estava conectado dois LEDS em paralelos e ligados inversamente, como observado
na figura abaixo.
A entrada inversora do amplificador operacional estava conectada em zero,
pois foi determinado que a referência seria esse valor. Assim, à medida que variava
o potenciômetro ligado na entrada não inversora, observei que a tensão nessa
mesma entrada variava proporcionalmente. Assim, quando a tensão na entrada
não inversora era maior que a entrada inversora conectada em zero, o LED D1
acendia, ou seja, saturava positivamente e, quando a tensão na entrada não
inversora era inferior que a tensão entrada inversora, o LED 2 acendia, ou seja,
saturava negativamente. Dessa forma, validando o comportamento esperado pelo
comparador de tensão estudado em aula. Vale lembrar que o sinal de saída do
amplificador nos dois experimentos mencionados é uma onda quadrada, coerente
com o esperado. A leitura da tensão usando um multímetro digital no LED vermelho
foi aproximadamente 1,96 v e no LED verde foi 2,81 v, valores coerentes e
aproximados com as tensões esperadas.

LED 1 Ligado quando amplificador satura positivamente

LED 2 Ligado quando amplificador satura negativamente

Tensão esperada Tensão medida


LED Vermelho 1,63 V 1,96 V
LED Verde 2,53 V 2,81 V

GERADOR DE SINAL PWM


No terceiro experimento, foi montado um gerador de sinal PWM (Pulse
Width Modulation), que funciona comparando dois sinais de entrada do
amplificador. O objetivo do experimento é aplicar um sinal de onda triangular de
tensão DC variando entre -12v e 12v na entrada inversora (portadora) e na
entrada não inversora. O comportamento do gerador PWM aprendido em aula é
que a largura do pulso de saída é proporcional à variação da entrada não
inversora Vi (nível CC) do amplificador operacional, ou seja, conforme o nível CC
da entrada V+ aumenta , a largura do pulso muda proporcionalmente, conforme
mostrado na figura. Além disso, alterar a frequência de entrada não altera a
frequência de saída, a frequência e o período permanecem os mesmos.
Portanto, o único parâmetro que muda é o tempo do sinal PWM

Figura 4 – Comportamento do Sinal PWM.

CIRCUITO INTEGRADOR PASSIVO RC


Na quarta montagem o integrador passivo foi montado, a sua
funcionalidade foi vista quando visualizei o sinal de entrada e o sinal de saída.
Este bloco é composto de um gerador PWM com um filtro passa-baixa na saída
Vo, que resultará em um circuito integrador, ou seja, para um determinado sinal
de entrada, a saída entregará a integral do sinal. Como o sinal de entrada é uma
onda quadrada (PWM), logo, a integral da onda quadrada é uma onda triangular,
como observa-se na figura abaixo.

Entrada Saída

Onda quadrada (PWM) Onda triangular


AMPLIFICADOR INVERSOR
Nesta montagem, de cara já pude notar uma diferença significativa nas
montagens anteriores: nesta fiz uma realimentação negativa. A região de
operação do amplificador será linear, ou seja, podemos controlar o ganho com
este bloco (o ganho não é infinito).
Ao analisar o sinal de entrada e o de saída pude ver que atende
justamente com o esperado, ou seja, o sinal de entrada foi invertido.

Dados:

Vs = 760mV
Ganho Teórico:
-21,28

Tensão Teórica:
Vo = 17,6V
-16,17V

Ganho Experimental:
Rf = 100kΩ
-23,15

Tensão Experimental:
Rs = 4,7kΩ
-17,60V
AMPLIFICADOR INVERSOR COM GANHO VARIÁVEL
Nessa montagem trocamos o resistor Rf por um potenciômetro de 47kΩ
na realimentação. Observamos que à medida que variávamos o valor do
potenciômetro, o ganho variava e o valor do sinal na saída aumentava ou
diminuía de acordo com o ganho, além de ser invertido.

AMPLIFICADOR INVERSOR COM GANHO CONTROLADO PELA LUZ


Nessa montagem retiramos o potenciômetro da realimentação e
conectamos um sensor LDR (Light Dependent Resistor) e observamos que,
quando a luz do laboratório diminuía o ganho aumentava proporcionalmente,
assim como, quando a incidência de luz aumentava no sensor, o ganho
diminuía. Ou seja, a relação entre o ganho e a incidência de luz é inversamente
proporcional. Inclusive, quando a ausência de luz era total no ambiente a saída
saturava para 12V, deformando a onda senoidal.

AMPLIFICADOR NÃO INVERSOR


Neste experimento, o bloco de montagem é quase o mesmo, o que
diverge é que desta vez o sinal de entrada foi aplicado na entrada não inversora,
o que resultou em um sinal não invertido. Este comportamento diz respeito ao
amplificador não inversor, ele opera na região linear.
Dados:

Ganho Teórico:
Vs = 790mV
22,27

Tensão Teórica:
Rf = 100kΩ
~17,64V

Ganho Experimental:
Rs = 4,7kΩ
24,24

Tensão Experimental:
Vo = 17,64V
~19,2V

MONTAGEM 9
Nessa montagem, observei com o uso de dois canais do osciloscópio os
sinais de entrada inversora e não inversora e verifiquei que, por causa da
realimentação negativa, os valores são praticamente iguais.

LEDS’s POLARIZADOS COM CORRENTE CONSTANTE (FONTE DE


CORRENTE)
A montagem 10 é referente a uma fonte corrente que alimenta três LED’s
de cores vermelho, azul e verde. Medindo e comparando a tensão em cada
LED, temos:

Cor Tensão Medida Tensão


Esperada
LED 1 Vermelho ~1,95V ~1,62V
LED 2 Azul ~2,90V ~2,73V
LED 3 Verde ~2,80V ~2,52V

Conclusão
Nos experimentos são verificadas algumas aplicações que podem ser
realizadas utilizando o amplificador operacional, além de se obter conhecimento
operacional das diversas funções que ele pode apresentar quando combinamos
mais elementos com ele. A partir disso poderei tentar elaborar um circuito
funcional para contornar o problema final do nosso trabalho, visto que já vimos
várias aplicações lineares com amplificadores operacionais.

Você também pode gostar