Você está na página 1de 11

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
ELE0519 - LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELETRÔNICOS – T01
DOCENTE: VALENTIN OBRAC RODA

RODRIGO LUNA ARAUJO

Prática 5: Amplificador inversor e não inversor

Natal/RN
8 de Dezembro
RESUMO TEÓRICO

Retificador de Meia-Onda

O circuito retificador mais simples que pode ser construído, usando apenas um
diodo para tal retificação. O diodo tem a característica unidirecional, de conduzir corrente
somente num sentido, portanto o mesmo é utilizado para retificar, por sua vez, ao
considerar o diodo ideal com polarização direta assemelhasse a uma chave fechada e com
polarização reversa como uma chave aberta. Quando a entrada tem um valor menor que
a queda de tensão direta do diodo (0,7V), o diodo está em corte, e assim, a tensão de saída
é nula., já quando a entrada tem um valor maior que a queda de tensão direta do diodo
(0,7V), o diodo conduz.

Assim o diodo entra em condução somente no semicírculo positivo da tensão e


entra em corte durante o semicírculo negativo. Desta forma, obtém-se um retificador de
mesma frequência da entrada, somente com a parte positiva da senoide.

Amplificador Inversor

Nesta configuração, o sinal a ser amplificado é aplicado à entrada inversora do


amp-op, enquanto a entrada não inversora é conectada à terra do circuito. A saída é obtida
pela multiplicação da entrada por um ganho constante, fixado pelo resistor de entrada e o
resistor de realimentação Rf, onde amplifica a uma saída invertida em relação à entrada.

É um circuito que possibilita diversas aplicações, sua característica possibilita


uma praticidade nas aplicações como: permite o ajuste de ganho, inversão de fase, baixa
tensão em modo comum, terra virtual e permite a instalação de limitadores.

Para determinar o ganho de tensão deste amplificador, devemos lembrar que não
existe corrente nas entradas do amp-op e que a tensão nas duas entradas é igual (não existe
+ −
diferença de potencial). Dessa forma: 𝑉 = 𝑉 = 0.

Conforme a sua configuração podemos considerar que:

𝑉𝑖𝑛
𝐼1 =
𝑅1
Pela lei dos nós,

𝑉𝑖𝑛
𝐼𝑓 = 𝐼1 =
𝑅1

Logo a tensão sobre o resistor Rf e determinada pela lei de Ohm,

𝑅𝑓
𝑉𝑅 𝑓 = 𝑅𝑓 ⋅ 𝐼𝑓 = ⋅𝑉
𝑅1 𝑖𝑛

Calculado pela tensão de saída, tem-se,

𝑅𝑓
𝑉𝑜 − 𝑉 − − 𝑉𝑅𝑓 = − ⋅𝑉
𝑅1 𝑖𝑛

Então conclui-se que o ganho da tensão é,

𝑅𝑓
𝐴𝑉 =
𝑅1

E a resistência de entrada dessa maneira,

𝑉𝑖𝑛 𝑉𝑖𝑛 𝑉𝑖𝑛


𝑅𝑖𝑛 = = = = 𝑅1
𝐼𝑖𝑛 𝐼1 𝑉𝑖𝑛 /𝑅1

Amplificador Não Inversor

Nessa configuração tem as seguintes características: ganho de tensão positiva, alta


impedância de entrada e baixa impedância de saída. Portanto o sinal a ser amplificado é
aplicado diretamente na entrada não inversora, devemos lembrar que não existe corrente
nas entradas do amp-op e que a tensão nas duas entradas é igual, logo não existe diferença
+ −
de potencial. Dessa forma: 𝑉 = 𝑉 = 𝑉𝑖.

Portanto,

𝑉𝑖𝑛 − 0 𝑉𝑖𝑛
𝐼1 = =
𝑅1 𝑅1
Considerando que não existe corrente através da entrada inversora, logo toda corrente
circulara por Rf, então,

𝑉𝑜 − 𝑉𝑖𝑛
𝐼1 =
𝑅𝑓

Munido das equações anteriores, e manipulando

𝑉𝑖𝑛 𝑉𝑜 − 𝑉𝑖𝑛 𝑅𝑓
= → 𝑉𝑜 = (1 + ) 𝑉𝑖𝑛
𝑅1 𝑅𝑓 𝑅1

Portanto o ganho de tensão é,

𝑅𝑓
𝐴𝑉 = 1 +
𝑅1

Logo a resistência de entrada pode ser obtida por,

𝑉𝑖𝑛 𝑉𝑖𝑛 𝑉𝑖𝑛


𝑅𝑖𝑛 = = + = =∞
𝐼𝑖𝑛 𝑖 0

DESCRISSÄO DO EXPERIMENTO

Para o experimento, em questão, abordaremos o estudo do amplificador


operacional (amp-op), em duas modelos o inversor e não inversor apresentado na figura
01, em que examinaremos o comportamento do amplificador, efetuando medições dos
sinais de entrada e saída, dos ganhos em cada configuração, comprovando-se os efeitos
da realimentação negativa no controle do ganho de tensão de um amplificador.
Figura 01: Amplificador inversor e não inversor respectivamente.

Antes de efetuar as montagens dos circuitos, foi necessário gerar uma entrada para
o circuito conforme especificada no roteiro. O circuito que fornecera sinal para os
amplificadores trata-se de um circuito retificador de meia-onda representado na figura 02.

Figura 02: Sinal de entrada retificado em meia onda.

A montagem do circuito foi realizada em software, LTspice, e a simulação para


diferentes valores de 𝑅𝑓 = 1𝑘5, 5𝑘 𝑒 30𝑘 dada uma tensão de entrada de 1.5V com
frequência de 1kHz, o experimento deve se repetido para 250kHz.

EXPERIMENTO

Ajustando a fonte de entrada para fornecer em 𝑉𝑖𝑛 na saída do retificador de meia


onda um sinal senoidal de amplitude 1.5V e frequência de 1 KHz, ao considerar que o
diodo possui uma queda de potencial de aproximadamente de 0.7V, portanto teríamos
que ajustar a fonte a uma amplitude de tensão de 2.2V, visto que 2.2V - 0.7V = 1.5V, por
sua vez como o simulado aproxima-se da atividade real do componente o valor foi
ajustado até atingir o objetivo, em que a fonte ficou ajustada a 2.17V e permitiu um Vin
próximo de 1,5V, conforme a figura 03.
Figura 03: Sinal de entrada Vin, ajustado em 1.5V de amplitude a 1kHz.

Assim, podemos visualizar os sinais de entrada (Vin) e saída (Vo) de ambos os


amplificadores, com base nos valores de resistência Rf requeridas no roteiro do
experimento. Com base nesses valores a se obter pode-se calcular o ganho de tensão 𝐴𝑉 =
𝑉𝑜 /𝑉𝑖𝑛 para cada resistência nas diferentes medições.

Amplificador Inversor Não Inversor

Resistência () Vin Vo Av Vin Vo Av

1.5k 1.5 -1.5 -1 1.5 3 2

5k 1.5 -5 -3.33 1.5 6.5 4.33

30k 1.5 -15 -10 1.5 15 10

Tabela 01: Medições do experimento a 1kHz.

A seguir tem-se as figuras da simulação em cara valor de resistência Rf (1.5k, 5k


e 30k) com os dois amplificadores o inversor representado pelo Vo1 e o não inversor
por V02 .
Figura 04: 1.5k, 1kHz.

Figura 05: 5k, 1kHz.


Figura 06: 30k, 1kHz.

Repetindo as medições do experimento anterior para uma frequência no sinal de


entrada de 250kHz, obtém-se ganhos conforme a tabela 02.

Amplificador Inversor Não Inversor

Resistência () Vin Vo Av Vin Vo Av

1.5k 1.5V -309mV - 1.5V 323mV

5k 1.5V -352mV - 1.5V 348mV

30k 1.5V -429mV - 1.5V 405mV

Tabela 02: Medições do experimento a 250kHz.

A seguir temos os gráficos de tensão de entra e saída para ambos amplificadores.


Figura 07: 1.5k , 250kHz.
Figura 08: Rf=5k, 250kHz.

Figura 09: 30k, 250kHz.

Nas medições anteriores percebemos a importância devida a frequência do sinal


e a resistência de realimentação Rf, ao retirar o resistor Rf, verificar na figura 10.

Figura 10: Circuitos amplificador inversor e não inversor sem a resistência Rf.

Ao remover a resistência de realimentação, como o próprio nome já diz, não


haverá a realimentação no sinal de entrada, contudo o amplificador irá saturar a saída,
pois não terá a referência excitar a amplificação, pode-se observar na figura 11 o sinal de
entrada e ambos os sinais saturados das saídas dos amplificadores.
Figura 11: Sinal entrada e saída dos amplificadores, sem Rf.

Você também pode gostar